O Casamento do Meu Melhor Amigo escrita por Paula SC


Capítulo 5
Sempre ao Seu Lado


Notas iniciais do capítulo

Oi, tudo bem?
Não me matem por favor. O cap tá super grande, e acho q vcs vão gostar tanto quanto eu.
Eu sei que eu demorei uma eternidade, acreditem eu sofri com isso. Mas esse mês foi louco. Provas, trabalhos, trabalho de edição. Me desculpem mas eu tenho um vida (não parece mas eu tenho)
Eu fiquei mal em não postar, acreditem, pq quando eu começo uma fanfic eu crio uma obrigação com vcs, é meu dever atualizar as fanfics, pois fui eu que qis começar a posta-las. Perdão.
Vamos aos agradecimentos, ainda não respondi todos os comentários mas vou.
Obrigada :Suh Souza, ReginaGeorge, RaquelQueen, whoisabel, Luany Santos, Lady Lilyana, Olicity forever, Cinthya Belikov, Gabriely, felicitysmok, Elisa Queiroz,
La Volpe, MissDream, JosiAne, deusmoak,amandaflor, Panda, AndreaNeves, MelinhaPereira ♥

E um agradecimento especial a Miss Dream que foi lá puxar minha orelha hehe obg ♥



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I'll Be There For You - The Rembrants 
No one could ever know me
No one could ever see me
Seems like you're the only one who knows
What it's like to be me
Someone to face the day with
Make it through all the rest with
Someone I'll always laugh with
Even at my worst I'm best with you, yeah


It's like you're always stuck in second gear
When it hasn't been your day, your week, your month
or even your year 


I'll be there for you
When the rain starts to pour
I'll be there for you
Like I've been there before
I'll be there for you
Cause you there for me too

Seus lábios quentes davam atenção para a curvatura do meu pescoço, suas mãos apalpavam minhas coxas que se encontravam em cada lado do seu quadril, eu estava por cima, minhas mãos bagunçavam seus cabelos castanhos. Eu estava excitada e ansiosa assim como ele, sabia bem o que aconteceria. Sua camisa assim como a minha deveria estra jogada em algum canto, seu jeans estava desabotoado e a alça do meu sutiã caída em meus ombros. 

—Você tem certeza? -Perguntou pela milésima vez me afastando para olhar em meus olhos. 

—Sim. - garanti acariciando seu rosto. - Mas se continuar perguntando vou te botar para fora daqui e procurar outro para fazer o trabalho. - brinquei arrancado um sorriso seu. Tinha sido por aquele sorriso que eu tinha me apegado e claro o seu jeito todo dócil comigo. 

Voltei a beijá-lo com carinho e ele respondeu de bom grado, seus beijos eram calorosos, gentis e delicados. Sua língua brincava com a minha e suas mãos se moviam pela minha barriga, indo em direção ao sul.  

—Provavelmente iria procurar por Oliver. - disse entre o beijo para me provocar. 

Cooper sempre soube da minha paixão, ele saiu comigo pela primeira vez sabendo e convicto de que ia me fazer esquece-lo, superá-lo, eu acreditei e fui na onda, não sabia ainda que Oliver Queen não era superável. 

—Você realmente quer falar dele, agora? - indaguei parando o beijo. - Agora, agora? Estamos falando do Deus do sexo Queen e você como mero mortal quer falar dele agora? - nossas provocações de fato não gerava brigas, era uma coisa nossa, totalmente levada na brincadeira.  

As brincadeiras não geravam brigas, mas isso não significa que elas não existiam, namoramos por sete meses e 90% de nossas brigas eram causadas por Oliver Queen, pela minha maldita amizade com ele. 

—Ele pode ser quem quiser, mas quem te tem nos braços sou eu. - retrucou me virando na cama ficando por cima me fazendo rir. Mas, eu sabia que Oliver Queen sempre me teria em seus braços, pois ele sempre seria a pessoa que iria atrás quando tivesse um problema. 

Suas mãos foram para os botões do meu short. Não tinha volta, eu estava preste a ter minha primeira relação sexual aos meus dezenove anos, as pessoas raramente acreditavam quando eu dizia que ainda era virgem, ainda mais com Oliver como melhor amigo. Ao contrário da mãe de Oliver (que achava uma coisa incrível eu ainda ser virgem nos tempos de "hoje") a minha tinha desgosto, para ela eu era lésbica... não no sentido de não querer, preferia que eu fosse lésbica do que virgem. Para ela, era total desperdício de tempo. 

Meu momento, minha linda bolha que me separava do mundo foi estourada quando a porta do meu quarto abriu com um supetão e Cooper tirou suas mãos do ziper do meu short e olhou para porta assustado. Eu também olhei tão assustada quanto, mas nada me preparou para o que vinha a seguir. 

—Oliver!- gritei desesperada usando o corpo de Cooper para tampar minha semi-nudez. 

—Eu vou te matar!- sentenciou puxando Cooper da cama e o prensando contra a parede do meu quarto. O moreno se debatia nos braços do loiro, tentando inutilmente sair. 

—Solte ele. - Exigi pulando ao seu lado tentado empurrá0-lo.  

—Me solte seu bastardo. - gritou Cooper acertando-lhe um soco no queixo. 

Oliver cambaleou para trás o soltando, antes do meu namorado voar no pescoço do meu amigo e aquilo virar um banho de sangue entrei na frente dos dois os separando. É claro que aquilo iria acontecer, o universo me queria virgem e solteira, ponto final. 

—Você está louco? - perguntei para Oliver o trucidando com os olhos. -Qual o seu problema? 

—Ele é meu problema. - respondeu ácido o encarando de forma mortal. - Você tem noção do que ia acontecer aqui? - questionou direcionando seus olhos agora para mim, o ar assassino diminuiu ao encontrar meus olhos. 

—Sim! Eu ia transar com meu namorado se um idiota não tivesse interrompido! - ele parecia surpreso com a resposta.  

—Ex-namorado – corrigiu Cooper se afastando para pegar suas coisas. 

—Como? - eu tinha ouvido direito?  

—Desculpe, Felicity. -pediu saindo do quarto. 

Tentei o acompanhar, mas fui impedida por uma braço prendendo minha cintura, olhei para Oliver que tentava esconder um sorriso, o vagabundo ainda tinha coragem de sorrir.  

—Solte-me ou eu nunca mais vou olhar na sua cara. - exigi tirando seu braço de mim e correndo para a sala. 

—O que está acontecendo? - Perguntou Sara olhando tudo de forma curiosa.  

—Cooper – chamei o vendo atravessa a porta de saída com os sapatos nas mãos. 

—Felicity, precisamos conversar. - entoou Oliver aparecendo na sala. 

—Vai pro inferno. - fui para o corredor – Sara cuide desse insolente. - Fechei a porta com força e segurei o moreno antes que ele pudesse descer as escadas.  

—Eu não quero conversar. - disse me fuzilando com os olhos. 

—Problema é seu, pois eu quero!- exclamei ficando em sua frente. - Você não pode terminar comigo. 

—Posso sim, na verdade acabei de fazer isso. - senti meus olhos pinicarem e minha garganta fechar, ele suspirou - Já deu para mim, eu cansei. Eu cansei de ignorar tudo isso. 

—Ignorar o que? - quis saber pegando em sua mão. 

—Que sete meses se passaram e você ainda é apaixonada por ele. 

—Isso... isso é uma tremenda baboseira. 

—Não. - balançou a cabeça de leve e a abaixou. - Se esse fosse o único problema estaria bom, mas não é. Eu cansei de competir com ele por sua atenção, cansei de ser sempre a segunda opção. Ele me odeia e tenta fazer desse relacionamento um inferno e você nem ao menos liga, você não tenta impedir. 

—Isso não é verdade! - ou seria? 

—Não posso contar nos meus dedos as vezes que ele atrapalhou nossos encontros. E pior, não consigo contar todas as vezes que você deixou isso, pois sempre que ele liga você vai correndo. Você nem ao menos confia em mim como confia nele. 

—Ele é meu melhor amigo!-defendi. Ele soltou minha mão. 

—Eu sou seu namorado! - retrucou gritando. - Eu sou a droga do seu namorado que tem que competir com a droga do amigo perfeito! Eu o odeio a forma como ele te olha, odeio a forma como ele te toca, odeia a forma como te abraça. Odeio o fato de que como ele tem nas mão, pois você sempre vai preferir Oliver Queen. 

—Você não sabe o que está falando. - cruzei meus braços em um ato de defesa. Podia sentir as lágrimas descendo por meu rosto. 

—Se ele viesse aqui agora mesmo e dissesse que te ama e que quer passar a vida inteira ao seu lado e eu dissesse o mesmo. Quem você escolheria? 

—Você - respondi sem hesitar, sabendo que no fundo eu escolheria Oliver, mas nunca aconteceria e a brigava se tratava de algo real e concreto e não de um suposição, de uma hipótese. 

—Você é uma péssima mentirosa Felicity Smoak. - ele sorriu fracamente. - Eu fui o idiota que se apaixonou por alguém que eu nunca vou realmente ter. Eu amo alguém que não me ama de volta. 

Meu mundo parou de girar, ele tinha dito que me amava, nunca tinha dito isso antes, ele não queria me pressionar para dizer algo que não sentia. Era a primeira vez que Cooper Sheldon dizia que me amava e estávamos discutindo no corredor, para ajudar eu estava só de short e sutiã. 

—Você me ama... - balbuciei. 

—Amo. - confirmou cabisbaixo. - E você ama ele. Desculpa, mas eu não posso estar com alguém... eu não posso amar alguém que não me ama de volta. - Ele se aproximou e deu um beijo em minha testa. - Eu te amo e quero o melhor para você.  Mas, eu cansei de lutar por você. 

Ele saiu pelas escadas, aquilo acabou comigo. Eu queria dizer que não amava mais Oliver, que o amava de volta e queria lutar pelo nosso relacionamento, mas como ele mesmo tinha dito, eu era uma péssima mentirosa. A única verdade era que no momento, ele era o melhor para mim. 

Limpei as lágrimas teimosas que insistiam em riscar minha face e voltei para o apartamento abraçada ao meu próprio corpo. Com tudo tinha virado de cabeça para baixo? Alguns minutos atrás eu estava apenas tendo um momento com meu namorado e agora me encontrava solteira, destruída emocionalmente e seminu no corredor do meu prédio. Entrei no apartamento. 

—Se você continuar agindo assim, Oliver, você vai perde-la. - ralhou Sara. 

Assim que passei pelo batente Oliver se levantou do sofá preocupado. 

—Felicity eu... - começou, mas eu não deixei. 

Eu não estava apenas triste por ter terminado, desapontada por ainda nutrir algum sentimento pelo meu melhor amigo eu também estava furiosa, furiosa pela forma como ele se achou no direito de intrometer na minha vida. 

—Ele terminou comigo. - comuniquei. -Por sua culpa. Cooper é um ótimo rapaz, eu realmente gosto dele. 

—Eu não vou dizer que sinto muito. - informou travando o maxilar. 

—Oliver!- repreendeu Sara dando-lhe um tapa na nuca. 

—Oliver! Você arrombou a porta do meu quarto! - gritei e ele desviou os olhos. -Você não tinha esse direito. 

—Eu te livrei.... 

—De perder minha virgindade? - indaguei rindo com desgosto. - Eu tenho dezenove anos e você não é ninguém para me dizer quando e como devo perder a minha virgindade. Você não tem o maldito direito! – e lá estavam as lagrimas de novo. - Agora suma da minha frente. -ordenei seguindo rumo ao meu quarto. 

—Fe.li.ci.ty. 

—Deixe-a. - pediu Sara. Entrei no banheiro e bati a porta a trancando. Sentei-me no chão gelado e me permiti chorar. 

—Não. - sua voz saiu abafada. -Me desculpe Felicity se eu te chateei. Mas eu não vou me desculpar por ter entrado no quarto e impedido aquilo. Você não está pronta. 

—Quem decide sou eu. - gritei. - Você não meu pai, minha mãe nem meu irmão ou minha ginecologista . Você não é nada para decidir quando eu estou pronta. 

—Eu sou a porra do seu amigo. O desgraçado que se importa, você não quer perder a virgindade ainda, só está apressando as coisas pois acha que está velha, mas não está, você é nova, tem o mundo pela frente, a vida é muito mais que sexo. - disse eu tive vontade de quebrar tudo sabendo que era verdade. Mas não ia dar o braço a torcer. 

—É muita hipocrisia você dizer isso não acha? Logo você, Oliver Queen, que fode com uma, até mais, garotas por noite. Vá para o inferno Oliver. 

—Eu posso dizer que tem mais que isso, sexo é bom mas não é tudo, eu sou um canalha, eu não me importo em foder e as meninas que eu fodo não se importam também. - Ele suspirou. - Mas você se importa, você se importa com toda a coisa de cara certo, hora certa, é uma coisa boa em você. 

Eu não queria conversar, eu queria odiá-lo, eu precisava odiá-lo, precisava culpar outra pessoa, eu não queria ele me consolando, tentando provar seu ponto, eu queria apenas que fosse um idiota que fez uma puta burrada e que arruinou minha vida por isso. 

—Va embora, Oliver. Eu não quero falar com você, não hoje, nem amanhã, de preferencia nunca. Suma da minha casa, suma da minha vista, suma da minha vida. Me deixe em paz – exigi afundando minha cabeça em meus braços.  

—Você não tem o direito de querer isso. - percebi que sua voz estava diferente. - Sou seu melhor amigo. 

—Eu não quero que você seja meu melhor amigo. - aquela foi a primeira vez que eu fui totalmente honesta com ele em relação meus sentimentos. - Você me desrespeito, você interferiu em algo que não era da sua conta, você não foi o meu amigo, foi um canalha que não se importa com ninguém.  

Ele foi embora e eu chorei o dia inteiro, não por que tinha terminado meu relacionamento, mas por que tinha acabado de dizer para meu melhor amigo sumir da minha vida, coisa que eu não queria e nunca iria querer. Por mais idiota que fosse, eu amava aquele maldito idiota. 

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Sabe aqueles dias que você acorda com o pé esquerdo? Bem, parecia um daquele dias, eu tinha queimado meu café, peguei um trânsito terrível, deu problema na papelada de demissão, quase perdi meu apartamento antes da hora e para ajudar tinha que encontrar Oliver.  

Sai do carro e fui andando até a frente da sorveteria do centro que eu e Oliver costumávamos ir aos domingos, o detalhe, era que não era domingo e sim segunda e o sorvete foi só a chantagem que ele usou para me convencer a ir no centro buscar as coisas do casamento. Faltava apenas uma semana e meia. O tempo passou que eu nem vi. Eu evitava Oliver a todo custo, desse o beijo, só saia com ele quando era totalmente necessário e com a presença de Tommy. 

O vi sentado com uma casquinha de duas bolas na mão... de sorvete! Duas bola de sorvete! 

—Onde está Tommy? - quis saber ao parar em sua frente. Ele me olhou de cima para baixo com a testa franzida. 

Olhei para meu corpo tentar achar o erro. Estava tudo ok com minha calça jeans e minha regata branca e saltos, sem furos ou sujeira. Qual o problema dele? 

—Por que está usando calça? -perguntou e eu tombei a cabeça. 

—Ué, por que sim, agora me responda. 

Ele me ignorou completamente e continuou olhando para minha roupa. 

—Você não usa calça jeans em dias quentes como esse desde a faculdade. - disse e eu fiz uma careta. 

—É claro que eu uso. - ele voltou a encarar meus olhos e levantou uma sobrancelha com uma feição de deboche. Ele estava certo, preferia usar saias e shorts, calças só em caso de frio ou dependendo da ocasião. - Ok, eu não raspei minhas pernas ainda- sussurrei levemente envergonhada, tinha ficado tão ocupada que havia esquecido. - Mas, você ainda não respondeu cadê o prepotente do nosso amigo? 

—Trabalhando. - deu de ombros colocando a colher cheia de sorvete de pistache na boca. 

—Ele disse que ia vir – troquei o peso de uma perna para outra e peguei meu celular no bolso indo direto nas mensagens. 

—Felicity, não precisamos de Tommy. Pegue um sorvete, faz tempo que não tomamos sorvete juntos, depois vamos pegar o vestido e as alianças e iremos a igreja. - instruiu. Eu não queria ficar sozinha com ele, de forma alguma. Infelizmente ele percebeu. - O que há de errado com você?  

—Nada- respondi rápido de mais. 

—Está estranhas desde... o beijo- eles suspirou como se estivesse juntando as peças. 

—Vou pegar o sorvete.  

Eu tinha que sair daquela situação. A evitava desde o dia do beijo, assim que nos afastamos eu fui embora, arranjando uma desculpa qualquer, aquele maldito beijo, que mexeu com cada célula do meu corpo. Que me fez percebe o quanto eu o amo e que temos uma puta química, mas que nada disso importa. 

Peguei uma casquinha com uma bola de morango e outra de chocolate, fiz de tudo para concluir o processo da forma mais lenta, porém não tinha como enrolar tanto assim, afinal, era só um sorvete. Fui até a mesa e me sentei na cadeira da frente, rapidamente coloquei uma colher cheia de sorvete na boca, me arrependi quando senti a dor em meus dente. 

Maldito comercial de pasta de dente enganador. 

—Foi apenas um beijo, Felicity. Nem no primeiro fizemos alarde, por que deveríamos fazer agora? - perguntou quebrando o silêncio. Não disse nada, apenas coloquei mais sorvete na boca. - Foi um ótimo beijo –Completou. 

—Sim...- suspirei sem perceber e corei quando o fiz. 

—Eu sei que você não conseguiria ficar sem provar o sabor dos meus lábios uma última vez- provocou sorrindo como o canalha que era. 

—Idiota. - sorri automaticamente, o clima estranho entre nós se dissolvendo. 

—Deus, como vou sentir sua falta. - o sorvete desceu pelo tubo errado e eu quase morri. 

—Como assim? - ele sabia que eu ia embora? 

—Minha lua de mel em Paris, lembra? Fomos ver o pacote semana passada com Tommy. -Suspirei aliviada. Ou quase, seria bom se ele soubesse e já aceitasse, uma coisa a menos a se resolver. 

—Ah, certo... - ele riu e balançou a cabeça.  

Oliver colocou o sorvete na boca de forma obscena sem ao menos perceber e comecei a rir. Ele me olho como se eu fosse algum tipo de aberração. 

—Do que está rindo?- indagou. 

—Não importa o quão macho você aparente, comendo uma casquinha assim parece um habitante do vale da purpurina tentando conquistar mais integrantes. - conto entre a recuperação da crise de risos que foi por agua baixo com a sua expressão de indignação, sentia minha barriga doer de tanto rir. 

Minha alegria acabou quando as bolas do meu sorvete caíram no chão com um baque surdo. Senti todos os meus músculos se amolecerem em decepção. Olhei o sorvete caído com um luto enorme no peito. Ninguém deveria passar por isso. O loiro trincava de rir. 

—Isso que dá me zoar pela forma que como sorvete. - o fuzilei com os olhos e bati a mão em seu sorvete o fazendo cair ao lado do meu. 

Ele parou de rir bruscamente assim como eu e me olhou de boca aberta e olhos semicerrados. Todos nas sorveteria riam, logo nós começamos a rir. 

Olhei com carinho a forma como ele ria, sentiria saudades. Eu fui burra em deixar o beijo atrapalhar meu tempo como ele, o que deveria ser nosso mês de despedidas, estava sendo um mês de desaproximação e era a última coisa que eu queria. 

(...) 

—Os vestidos desse lugar são mais caros que minha casa com minha alma dentro. - falo boquiaberta ao olha o preço de um vestido simples. -Por Deus! O tecido é de diamante?  

—Isso é porque você não viu o que a Laurel escolheu. - proferiu e eu senti minha pele empalidecer.  

Após o sorvete fomos para Império das Noivas, a melhor loja de vestidos de Star, pois obviamente, tudo daquele casamento vinha do melhor lugar. Íamos pegar o vestido e depois ir na joalheira pegar as alianças e passar na igreja para ajeitar os detalhes. 

Uma mulher de meia idade, magra e loira nos guiou até uma espécie de sala branca redonda com uma passarela que saia dos provadores e ia até o cetro rodeados por sofás brancos, tinha vários espelhos colocados em lugares estratégicos.  

—Vou buscar o vestido. - comunicou a loira se retirando do recinto. Oliver se jogou no sofá e me sentei ao seu lado. 

—Eu vou me casar. - balbuciou olhando para um ponto fixo. 

—Sim, você vai. - concordei batendo em sua coxa.  

—Felicity... - ele pegou minha mão e encorou meus olhos desesperado, a realidade tinha batido em sua cara. - Eu vou me casar, em uma semana. - seu corpo parecia vibrar. 

—Sim, eu sei. Calma... 

—E se eu não for um bom marido, e se futuramente não for uma bom pai, Laurel vai querer filhos... eu... eu... 

—Oliver, respire – pedi o abraçando. Ele afundo o rosto em meus pescoço. -Vai dar tudo certo, você vai ser um ótimo pai, um ótimo marido, vai dar tudo certo. - dei meu máximo para passar a certeza que eu tinha em proferir aquelas palavras. 

—Como pode ter tanta certeza? - perguntou se acalmando aos pouco. 

—Por que eu te conheço. E você é ótimo. Você tem esse coração gigante, apesar de um tremendo cafajeste, você é uma pessoa que faz de tudo por aqueles que ama, é por isso que vai dar certo. - acaricie seus cabelos e deixei seu cheiro me reconfortar. 

—Eu não sei o que eu faria sem você. - confessou 

Antes que eu pudesse reagir a frase uma tosse seca nos fez separar. A mulher havia voltava e tinha o vestido em mãos.  

—Desculpe interromper. - pediu vindo até nós batendo o salto no piso de madeira clara. - O vertido. - o entregou para Oliver. -Sugiro que a senhorita o experimente antes, caso precisar de qualquer ajuste. 

—Oh, não sou eu a noiva, não daria certo... 

—Vista. - disse Oliver me surpreendendo. - Laurel vai voltar em cima da hora, nem vai dar tempo, se precisar de ajuste é melhor ver agora. 

—Ela é mais alta que eu e mais magra, melhor não. - neguei a contra gosto, era um vestido maravilhoso pelo que Thea havia contado, claro que eu queria experimentar.  

—Sabe, é bom provar, para ver se tem algum defeito, algum brilho fora do lugar, algum rasgo. 

Tente negar a todo custo, não adiantou nada já que em logo em seguida me encontrava em uma cabine de troca, entrando em um vestido todo pomposo, foi um belo sacrificial, a mulher teve que me ajudar e tudo mais. Prendi meus cabelos em um coque e me olhei no espelho. 

Era lindo, simplesmente lindo. Decote em coração, justo com um tecido mais firme até a cintura que tinha uma faixa com desenhos em costura e depois da faixa o vestido fica volumoso, como de princesas, era todo brilhoso. Em baixo sobrava pano e era mais justo do que deveria em meu corpo, mais ainda sim era encantador.  

—Mostre para ele como está linda nesse vestido. Como ele errou feio na escolha da noiva. - ordenou a mulher e eu a olhei confusa. - Trabalho com noivas e noivos á mais de vinte e cinco anos, eu sei reconhecer uma mulher apaixonada.  

—Não posso ir lá. Da azar... 

—Vai demorar mais quantos dias para eu pode ver esse vestido? - gritou Oliver fazendo a mulher sorrir de ponta a ponta. 

—Dá azar! - exclamei. 

—Eu prefiro o azar do que o prejuízo caso esse vestido não for tão fantástico quanto o preço. - rebateu. 

—Se ele que ver, é direito dele. 

Suspirei me rendendo. Com a ajuda dela saímos do vestiário. Não era certo, aquele não era meu noivo, não era meu vestido, não seria meu casamento. Mas algo dentro de mim queria fazer aquilo tanto quanto a ajudante. Andei pela passarela de cabeça erguida, sentido o peso do vestido. Os olhos do loiro estavam presos no celular, parei no fim da passarela e tossi de leve chamando sua atenção 

Seus olhos saíram vagarosamente do aparelho e analisaram-me de cima para baixo, apreciando cada pedacinho do vestido. Senti minha pele queimar com seu olhar. Quando seus olhos azuis chegaram aos meus vi um brilho se passar, sua boca abriu levemente. 

—Então...? - quebrei o silencio que Deus sabe quanto durou. 

—Você está linda- elogiou num sussurro. Meu coração começou a bater mais forte e a vagabunda da esperança se juntou aos sentimentos  - digo... o vestido, é lindo. - senti tudo morrer. Ele se endireitou no sofá. 

—É realmente um lindo vestido. - admiti olhando a peça em meu corpo. 

—Vamos checar se está tudo ok. - a mulher que até hoje não lembro o nome começou a olhar o vestido e fazer alguns ajustes. 

Foi estranho, ter alguém "em cima" de mim completamente focada, tudo bem que era no vestido mas, mesmo assim era estranho. Para ajudar vez ou outra o alfinete escorregava e me picava, Oliver ria de cada gritinho que eu dava. Não era exagero, desde criança tinha um pavor absurdo de objetos pontiagudos. 

—Prontinho. - informou levantando do chão. - Perfeito. - O som de uma campainha soou – se me derem licença preciso atender, pode ir para lá retirar o vestido. - Com a frase ela saiu. 

—Eu vou lá me trocar. - avisei dando-lhe as costas. - Poderia dizer volto logo, mas vai ser um sacrifício sair desse bolo de tecidos. - murmurei planejando como tirá-lo sem rasgá-lo. 

Entrei na cabine não muito pequena, tirei os salto e o primeiro desafio já começou, descer o ziper que ficava nas costas, tentei ao máximo, mas a posição e o objeto não colaborava. Me desequilibrei e acabei derrubando o banquinho com minhas roupas. 

—Mas que porra. - xinguei. 

—Está tudo bem ai?- questionou Oliver, pela proximidade da voz ele estava atrás da porta. 

—Sim... 

—Fe.li.ci.ty. 

—Ok, eu preciso de ajuda. - Eu não queria que ele entrasse, mas sem ele aquele vestido não ia sair. 

Com isso ele entrou me virei para que ele pudesse abrir o vestido, senti seus dedos em contato com minha pele exposta e logo ouvi o som do ziper descendo vagarosamente. Meus pelos arrepiaram quando sua respiração bateu no meu pescoço. 

—O vestido ficou realmente maravilhoso em você, mas não é a sua cara, acredito que seu futuro noivo terá muita sorte de ve-lâ no certo – cochichou e eu engoli seco com a aproximação de seu corpo. 

—Agora... - me afastei dele tendo a consciência de aquilo era perigoso e virei-me segurando o decote para não cair. - Você precisa tirá-lo por cima, com todo cuidado. - o loiro assentiu. 

 Retirei o óculos e entreguei a ele, ergui o vestido até o pescoço e depois ergui os braços, ele entendeu a deixa e puxou o vestido, senti meu rosto sendo amaçado o nariz quase arrancado e os ombros torcido, foi extremamente desconfortável e isso que eu já era acostumada a passar por esse processo. Assim que senti meus braços livres cobri meus seios. Oliver terminou de tirar o vestido e rapidamente eu me virei. 

—Prontinho. - comunicou pendurando o vestido. 

—Pode sair agora. - informei corando de leve. Péssimo dia para usar calcinha de renda semi transparente. Mas como eu ia pensar que acabaria nessa situação. Eu só queria estar com uma roupa intima adequada caso rolasse algo mais com Cooper. 

Apesar da implicância de Oliver, continuamos saindo, e estávamos progredindo, ele era ótimo e me ajudava com toda mudança para Gottam. 

—Está com vergonha, Smoak? - perguntou maliciosamente. 

—Estou de calcinha e sem sutiã, então sim, eu estou com vergonha. - rebati. 

—Tem um bonito corpo, não tem do que se envergonhar. - corei mais ainda. - E um belo gosto por lingerie. - podia sentir seus olhos vagando pelas minhas curvar.   

—Saia Oliver. - exigi. Eu confiava nele, mas não em mim. 

—Não. - eu sabia que ele só estava fazendo aquilo para me irritar. 

—Vagabundo, saia logo. - sem perceber me virei e joguei minha blusa nele, nesse gesto meus seios ficaram expostos e isso não passou despercebidos por seus olhos. 

Tornei a abraçar meu corpo escondendo-os, mas o azul cristalino já havia sido substituído, ele examinava cada detalhe do meu corpo. Minha mente gritava para eu colocar logo a roupa, me virar de costas e brigar com ele, mas eu não conseguia me mexer. 

Fui surpreendida quando seu corpo se aproximou do meu e soltou meus braços, seus olhos me encaravam com desejo. Suas mãos pousaram em meu quadril e foram subindo lentamente isso sem nunca tirar seus olhos dos meus. Ele se curvou um pouco e colocou o nariz na curvatura do meu pescoço e respirou fundo. Fechei os olhos deixando a sensação me tomar, meus pelo arrepiarem. 

—Quando eu prometi ser seu amigo e nunca te tocar não percebi que você não sei uma garota de dezesseis anos para sempre, que logo iria se tornar uma mulher. Deus foi cruel ao te transformar em uma mulher tão perfeita. - suas mãos tornaram a descer para meu quadril e com certa violência juntou nossos corpos, ele estava quente como o inferno. Seus mãos voltaram aos seus antigos postos e seus dedões começaram a brincar com os bicos dos meus seios já rijos. 

—Oliver – suspirei o que mais pareceu gemido e  cravei minhas unhas em seus ombros. 

Na minha cabeça aquilo era uma declaração, na minha cabeça as coisas iam se acertar ele ia falar que me amava eu ia falar que o amava de volta, ele desistir do casamento e ficar comigo para sempre. Mas isso era em minha cabeça controlada pelos sentimentos de esperança, que foram massacrados com a realidade. 

—Isso é tão errado, mas parece tão certo. Eu estou noivo, você é minha melhor amiga, mas você é tão... - pensei em diversos adjetivos, bonita, inteligente, maravilhosa, irresistível, mas ele me surpreendeu, de uma péssima forma – gostosa. 

Aquilo me trouxe para realidade, empurrei seu corpo de forma brusca e ele me olhou surpreso e assustado. Não era uma declaração, apenas um momento seu de luxuria, um desejo, foder com a amiga virgem, ele apenas tinha me visto como um maldito pedaço de carne. 

—Sai – ordenei enfurecida, lutando contras lágrimas. Além de tudo ele tinha o poder de me desestabilizar emocionalmente.  

—Des...desculpe... eu... eu não estava pensado – desculpou-se completamente arrependido, seus olhos estavam arregalados, respiração acelerada e se enrolava nas palavras.- Eu vi você e...- Pois obvio, não bastava me ver apenas com desejo, tem que se arrepender amargamente de ter me desejado. 

—Sai – repeti mais rudemente. 

Ele saiu deixando mais pedidos de desculpas. Bloqueei minha mente, não podia pensar no que havia acontecido agora, tinha prometido a mim mesma que a última semana em Star City seria platônica, focada apenas em ajudar Oliver a ter o casamento perfeito e passar um tempo com meu melhor amigo. 

Os dias estavam se esgotando e eu ainda não tinha contado sobre a mudança, e creio que assim que ele soubesse iria pirar, apenas interversão militar para acalma-lo, e essa intervenção tinha nome e sobrenome. 

Coloquei minha roupa e peguei meu celular discando o numero já decorado. Não demorou muito para a pessoa atender. 

—Alô, Fel. Que saudades... 

—Preciso de você. - esbravejei pulando as etapas de educação que Donna Smoak me ensinara. 

(...) 

Quando eu sai do provador tratei Oliver como se nada tivesse acontecido, quando pediu desculpa me fingi de desentendida, ele entendeu meu ponto e tenho certeza de que agradeceu. Pegamos o vestido e fui para meu carro com o vestido e ele para sua moto, fui direto para igreja enquanto o loiro se prontificou de ir pegar as alianças na joalheria, deveria se tarefa de Tommy mas... bem, era Tommy. 

Cheguei na igreja e fui recepcionada pelo Pastor Joe West, padrinho de Barry, meu namorado do colégio, assim que entrei pelo portal dá grande igreja de pedras ele me deu um abraço de urso. 

—Felicity Smoak, que saudades.- cumprimentou. 

—Também estava com saudades, Joe. - retribui sinceramente. Raramente o chamava de Joe, o conheci antes mesmo dele se tornar pastor. 

—Fico triste em saber que não comparece mais nas missas. - admitiu me soltando e logo me guiando entre os bancos. 

—O senhor sabe, nunca fui muito religiosa. É como minha mãe sempre disse, se não acredita na bíblia, para que ir em um lugar onde louvam suas escritas. - ele riu balançando a cabeça. Joe tentou por muitos anos me trazer a igreja, mas percebeu que meu jeito de acreditar em Deus era diferente, ele aceitou sabendo que no mínimo eu acreditava no Senhor. 

—O que te trás a casa do Senhor? - perguntou me conduzindo para seu escritório. 

—Oliver Queen. 

—A sim, o grande casamento do Queen com a filha do detetive. - entramos no escritório no fundo da igreja que mais parecia uma biblioteca, ele se sentou em sua cadeira atrás da escrevinha e eu na poltrona que ficava um pouca a frente. 

—É... - Suspirei querendo trocar de assunto antes dele se dominar por completo assim que Oliver chegasse. - E como vai Barry e Iris?- seus olhos brilharam. 

Iris era filha dele, que pelas novidades havia se casado com Eddie Thawne policial de Central City. Barry acabara de engatar em um relacionamento promissor com Caitlin Snow, médica Cardiovascular, isso eu sabia já que mantinha uma amizade com ele, porém a empolgação do pastor em contar era tanta que me fingi de desinformada 

—Sim, ele é uma figura. - concordei rindo quando o moreno mencionou a confusão que ele fez no pedido de namoro para Caitlin. 

—Posso saber de quem estão falando? - perguntou um certo loiro de olhos azuis escorando na porta com um sorriso nos lábios. 

—Pode, senhor intrometido, estamos falando de Barry Allen. - Oliver fez uma careta com o nome (ciúmento) e foi cumprimentar o pastor. 

—Fiquem a vontade, vou buscar minha bíblia. - anunciou Joe se retirando.  

O cafajeste sentou-se na poltrona ao meu lado e me entregou a caixinha de veludo vermelho. Abri me deparando com duas alianças dourada com uma pedra pequena de diamante, uma mais larga que a outra. Peguei a de Laurel e observei a gravura interna "A Cunis Ad Tumulum" a frase em latim que significa do berço ao túmulo. 

Em um gesto impensado coloquei o anel no dedo, não sei porque diabos aquele ideia me pareceu boa, mas no momento em que eu o coloquei sabia que ia dar merda. Tentei tirar o anel e ele se recusava a sair. 

—Oliver- chamei levemente desesperada. 

Ele que antes olhava passivamente para o celular olhou para mim e depois para meu dedo e minha tentativa falha de tira-lo. 

—Mas que porra... 

—Olha a boca – adverti puxando ainda mais o objeto circular. 

—Por que foi colocar esse dedo onde não devia. - ignorei o corar de minhas bochechas ao achar malícia na frase inocente. 

—Cala a boca e tira. - mandei esticando minha mão esquerda para ele. 

—Você sabia que ia ficar com esse seu dedo gordo preso e mesmo assim colocou. 

—Está me chamando de gorda?! - bati a mão livre em sua cabeça. 

—Chamei seu dedo de gordo, não ponha palavras na minha boca. - rosnou puxando a aliança. Queria chorar pela agonia. 

—Odeio ficar com objetos presos em mim... droga – e lá estava as palavras de duplo sentido. -AI. -gritei quando ele puxou com força quase arrancando meu dedo. - Estúpido. 

De repente o anel saiu e vou até o olho de Oliver e depois se perdeu no chão, ele grunhiu de dor escondendo o rosto nas mãos, tratei de ir procurar o objeto pelo chão. 

—Meu olho! - grunhiu novamente. 

—Meu dedo!- rebati ainda sentido uma dor leve e formigação. 

—Você tinha que colocá-lo não é mesmo?- indagou enquanto eu tateava o chão. 

—Você sabia que eu ia por, eu sou curiosa, você sabia. 

—Não sabia não, você é cheia das superstições, ia saber que você ia ignorar a do anel e colocá-lo no seu maldito dedo. - urrou irritado.  

—Olha a boca!- exclamei  

—Tá aqui caralho. - revidou e eu achei o anel. (Faz o Urro) 

—Achei – grite exaltada erguendo-o no ar. 

A porta se abriu e eu me sentei rapidamente, Oliver se endireitou na cadeira e guardou as alianças. Assim que o Pastor West passou pela porta fingimos que nada tinha acontecido. 

—Vamos começar. 

O pastor leu alguns salmos, conversou sobre o que Oliver queria que fosse falado, vez ou outra eu opinava, tentei não intrometer, mas quando Oliver quis colocar um salmo onde falava que a mulher deveria ser submissa ao marido quase bati nele.  

—Laurel disse que seus votos estão prontos, falta eu fazer os meus, do qual estou com uma terrível dificuldade. - assumiu o loiro coçando a nuca. 

—Os votos são realmente complicados, não é fácil passar um sentimento para uma folha de papel, mas tente algo que possa resumir esses sentimento, fale seu amor sobre ela, um clichê é sempre bom. -instruiu Joe. 

—Eu sou péssimo com as palavras. 

—Que tal Felicity te ajudar?- propôs olhando para mim. Engoli seco. 

—Isso seria ótimo. - ele e olhou significativamente.  

—ahm... eu ... não... é... - respirei fundo- um minuto. 

Eu tinha que ajudar, eu ia ajudá-lo, me doía fazer isso, falar o que ele deveria falar para a mulher que iria se casar, mas entrei nessa de cabeça, não tinha volta. 

Pensei um pouco, o que ele poderia falar? O que Oliver Queen, meu melhor amigo poderia falar? Logo a ideia me veio. 

—Eu me lembro de uma festa, quando vocês terminaram – ambos me olharam curiosos, foquei minha vista em um ponto aleatório da sala para não me perder nas palavras. - Que você disse, " Eu nunca irei me prender a alguém, nunca vou me apaixonar, nasci para ser solteiro, e no dia que eu me casar, me internem pois estarei louco, nunca dependerei de mulher alguma para viver", o destino provou ao contrario, você se apaixonou e se casará, pode até estar louco, pois sabe que agora você depende dela para viver, pois ela é o pilar que sustenta seu mundo.  

Eles me encararam surpresos. 

—Apenas alguns ajustes e estará perfeito, muito bem Felicity. Foi uma ótima ideia colocar o passado dele para explicar o presente. - elogiou o pastor. - Sabe Oliver, as coisas mais importante de um casamento não é a química – falou se endireitando e olhando para o loiro. - É a relação entre o casal, é o que vocês são um para outro, vai muito além de beijo e sexo. A mulher ideal ela tem que ser sua amante, sua miga, parceira e a pessoa que você mais confia no mundo – nossos olhos se encontraram. - Ela tem que ser sua melhor amiga. 

Seus olhos queriam me contar algo, eu sentia isso na maneira que eles brilhavam, e eu queria contar-lhe em palavras o que eu estava sentindo no momento, que eu era a garota certa. 

O celular de Oliver começou a tocar e ele quebrou todo clima desviando o olhar e se levantando para ir atende-lo. Ele saiu da sala, Joe ficou me encarando como se quisesse descobrir algo, algo que estava estampado em minha face. Antes que pudesse dizer algo Oliver voltou pálido. 

—Eu tenho que ir. - anunciou antes de tornar a sair. 

Levantei-me e fui atrás dele. O que tinha acontecido? Na verdade eu tinha ideia do que tinha acontecido. Robert Queen. 

—Oliver – chamei o parando. - O que ouve? 

—Meu pai está no hospital. Eu tenho ir. - voltou a seguir em passos rápidos para porta. 

—Me deixe ajuda-lo – pedi tentando acompanhá-lo. Já estávamos do lado de fora da igreja o sol começava a querer se esconder. 

—Eu não preciso de sua ajuda. - e com a frase pegou a moto e partiu. 

—O inferno que não precisa – murmurei pegando meu carro. 

(...) 

Ao chegar no hospital me atualizei de tudo, Robert tinha pegado uma gripe e achavam que tinha se transformado em uma pneumonia, estava no hospital para exames depois que ele começou a ter febre. Por não ser da família tive que esperar alguém aparecer, a primeira foi Thea. 

—No fim das contas era só a garganta que estava inflamada, mas pela condição dele é melhor ficar, ele tem piorado muito ultimamente. - contou com a cabeça baixa e brincando com uma presilha. 

—Eu sinto muito. - digo pegando em sua mão. 

—Não é como se você fosse culpada de algo – Thea fungou, não podia imaginar o que ela e a família estavam passando.  

—Queria poder ajudar de alguma forma. 

—Apenas...- ela respirou fundo –Tome conta do Ollie, quando meu pai... quando ele... você sabe- confirmei. - Ele vai precisar de ajuda, eu amo Laurel, mas você é a única que sabe lidar com ele de verdade, Ollie vai precisar de você. - Roy, seu namorado chegou para buscá-la, ela se despediu de mim e se foi. 

Fiquei esperando. Como eu poderia ir embora? Deixá-lo sabendo que logo seu pai iria morrer. Será que ele me aceitaria, aceitaria meu consolo caso eu voltasse apenas para isso. Será que eu aceitaria consolá-lo sabendo que está casado? 

—Felicity, o que você está fazendo aqui? - indagou Oliver. Levantei minha cabeça e encontrei o loiro com os olhos avermelhados, o rosto abatido. 

—Eu vim ver você, saber se seu pai estava bem. - respondi me levantado e indo a sua frente, ele cruzou os braço. 

—Eu disse que não precisava de você. - rosnou. 

—E desde quando eu me importo com o que você diz?- retruco – Eu sei quando você precisa de mim. 

O abracei com todas as minhas forças, as imagens de mais cedo ainda me sondavam, mas ele precisava de mim. Apesar de relutante, logo ele retribuiu o gesto. 

—Por favor, eu não aguento mais ficar aqui, esse lugar me dá arrepios. - cochichou em meu ouvido e eu ri. 

(...) 

—Tome. - entreguei-lhe a xícara fumegante. 

—Não tomo chá. - recusou, sentei-me ao seu lado com uma das pernas dobradas no sofá. 

—Toma logo, antes que eu jogue esse chá quente em você - ameacei, ele riu e pegou o chá. 

O trouxe para meu apartamento, a mansão Queen não era um bom lugar e muito menos algum lugar público. 

—Obrigado, por me tirar de lá - agradeceu levando a xícara aos lábios em seguida, tomou o chá e fez uma careta em seguida. -Nem um chá descente você sabe fazer. 

—Mas... - tomei um gole do meu e entendi seu ponto, estava horrível. - Deus eu só fervi a agua e coloquei o saquinho sachê. 

—Você é realmente um desastres na cozinha, Felicity Smoak. - empurrei seu ombro me fingindo de insultada, porém era uma tremenda verdade. 

Coloquei as xícaras na mesa de centro, virei um pouco meu corpo para ele e apoiei minha cabeça no braço apoiado na cabeceira do sofá (buguei). Ele se afundo no sofá, tombou a cabeça para trás, fechou os olhos e respirou fundo. 

—Como ele está? -perguntei já não aguentando a curiosidade. 

—Você conhece meu pai, apesar de acabado diz estar bem- suspirou novamente. - Os médicos disse que a doença está se agravando, deram-lhe dois meses. 

—Sinto muito.- peguei sua mão e a trouxe para meu colo. - Ele lutou bastante, merece um descanso. 

—Ele é meu pai! - exclamou abrindo os olhos e os direcionando para mim. - Eu sei que um dia ele vai morrer, assim como minha mãe, mas você nunca está preparada para isso.  

—Eu sei. - foi minha vez de suspirar. 

—Sabe aqueles dias que tudo está errado, seu emprego, sua vida, sua família, sua vida amorosa?  

—Sei exatamente como é - eu me sentia em um dia desses. -Mas, minha mãe sempre disse que haveria esses dias. Nada é bom o tempo todo, se fosse qual seria a graça? 

—Você está certa. Mas mesmo assim, está tudo uma bagunça. Sinto que estou cada vez caindo mais.- ele fechou os olhos novamente. 

—Eu estou aqui Oliver, eu estou aqui para segurar sua mão e impedir que caia. Eu sempre estive aqui por você e assim como você esteve para mim. - Deitei-me em seu ombro, seus braços me envolveram de bom grado. 

—Percebeu que estamos plagiando a musica de Friends para definir nosso sentimentos? - questionou rindo. 

—Sim – confirmei rindo também. 

—Me prometa Felicity, que você sempre vai estar comigo, que você não vamos deixar meu casamento estragar nossa amizade.- implorou me apertando de leve. 

—Não posso prometer isso e você sabe. 

—Apenas preciso saber se você vai estar comigo quando eu precisa. 

Eu poderia? Ele era meu melhor amigo, o amor da minha vida. É claro que eu poderia, no fim das contas eu sempre estaria lá por ele, o problema é se ele vai querer que eu esteja lá. 

—Eu prometo. - prometi deixando um beijo em sua bochecha. 

Ficamos abraçados um bom tempo, nenhum queria desfazer a bolha que criamos, no meio de todo aquele caos todos meus sentimentos deram trégua e me deixaram aproveitar aquele simples momento. 

A campainha tocou, não fiquei brava, até por que eu queria ir no banheiro então teria que sair de lá de qualquer forma. 

—Eu atendo. - prontifiquei-me assim que ele tentou se levantar. 

Fui até a porta e sem olhar pelo olho magico a abri. Encontrei uma loira de olhos claros e sardas, vestida com sua habitual jaqueta de coro e uma mala branca em seus pés. Ela sorriu de ponta a ponta e abriu os braço. 

—A cavalaria chegou. - anunciou Sara entusiasmada.


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Notas finais do capítulo

!!!LEIAM!!!

Primeiramente: Desculpe qualquer erro, pode ter passado sem eu ver, to sem óculos.

Seguidamente : Eu amo desafios, então vou propor um. Se vocês conseguirem fazer a fanfic chegar na marca de 80 comentários eu posto o capítulo dia 9.

Eu não faço metas de cometários, mas aqui é um desafio para mim e para vcs, vamos se conseguimos? Eu vou postar o proxímo, mas o desafio é postá-lo rapidamente mesmo com todas as complicações que aparecerem na semana.

#80Comentários
byebye ♥



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