O Casamento do Meu Melhor Amigo escrita por Paula SC


Capítulo 3
Amor a Toda Prova.


Notas iniciais do capítulo

Olha quem voltou rápidinho!
É um cap grande, meus dedos estão dormentes graças a linda ideia que eu tive de tocar violão e depois vir escrever.
Espero que gostem ♥ E quero agradecer á AndreaNeves, La Volpe, Déborah mazur, amandaflor, HerondaleQueen, rosaflor,Tayná Brito,Olicity forever, Shaiene Nune, Suellen ferreira de souza, obg por cometarem, que eu não respondi ainda, já vou responder

Queria agradecer as 6 que favoritaram igual os cometarios, mas infelizmente não aprece todos os nomes, mas eu agradeço do coração, e tbm agradeço as 35 pessoas que estão acompanhando, que deram uma chance para a fanfic.
Até lá em baixo.



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Stuck Like Glue - Sugarland    


Absolutely no one that knows me better
No one that can make me feel so good
How did we stay so long together?
When everybody everybody said we never would
And just when I I start to think they're right
That love has died...


There you go making my heart beat again
Heart beat again
Heart beat again
There you go making me feel like a kid
Won't you do and do it one time?
There you go pulling me right back in
Right back in
Right back in
And i know i'm never letting this go

 

—Oliver, não se atreva. Me solte e me deixei voltar, eu tenho que estudar para as provas - gritei a plenos pulmões me rebatendo em seus braços.— Meu senso de direção já é horrível com eu enxergando e de óculos. Oliver eu vou cair daqui e vou morrer e a culpa vai ser sua. Você tem ideia do tanto de acidentes que acontecem em trilhas e... 

—Para de frescura, Felicity. -  Me cortou. Apesar de não ver nada por causa de uma maldita venda em meus olhos, podia sentir seus olhos se revirando. 

—Eu odeio surpresas, odeio ficar de olhos vendados, odeio ter alguém me guiando, odeio... -antes de terminar a frase paramos e ele retirou minha venda me entregando meu óculo em seguida 

Esperei meus olhos se acostumarem com a luz e me deparei com a vista inteira da cidade e o sol se pondo ao horizonte. Era... perfeito. A cor alaranjada refletindo nos vidro nos prédios, o mar em uma mistura de cores. As palavras, os xigamentos, ficaram presos na minha garganta. 

Eu estava no último semestre do primeiro ano, era a última semana de prova e tinha que estudar, estava estressada até o ultimo fio de cabelo. Porém, fui convencida pelo loiro a passar o fim de semana em Star City com Sara e a turma toda. Eu amei a cidade, foi depois daquela primeira visita que eu decidi onde eu iria morar depois do MIT. 

Oliver nos meses anteriores tinha se tornado meu amigo, quando havia algum problema fazia de tudo para ajudar; Quando terminei com Barry na segunda semana da volta dos feriados de fim de ano foi ele e Sara que me aguentaram. Me compraram sorvete e fizeram maratona de filmes dos anos 90. Lembro que Oliver ficou frustrado já que a musica My Girl ficou grudada em sua cabeça por um mês e meio. 

—É... perfeito. -consegui dizer após alguns minutos em choque apreciando a vista. 

—Meu pai me mostrou esse lugar quando Thea nasceu. Eu não estava lá muito feliz em receber uma irmãzinha. -Contou sorrindo. - Desde então, quando estou cheio de tudo, frustrado ou algo, eu venho aqui, as vezes acampo. Ninguém me acha. 

—Isso é estranho, considerando que a mansão Queen fica logo ali. - apontei com a cabeça para a base do morro onde se podia ver a tão grande e luxuosa "casa" dos Queen. 

Ele riu e me puxou para uma pedra grande onde sentamos lado a lado observando a vista em silêncio. Pela primeira vez naquela semana eu consegui esvaziar minha mente e aproveita o simples momento. 

Era incrível a forma como ele me persuadia a fazer coisas, primeiro essa viajem, depois a insistência em ficar na mansão - junto com Sara e Tommy – e agora me fez subir um morro vendada. 

—Eu achei que ia ficar louca. - assumi escorando minha cabeça no ombro do meu amigo.  

—Mais? - brincou levando um tapa na nuca. 

—Obrigada, por me trazer aqui. Esse ano tem sido uma loucura. Mais nova aluna da universidade, estou em uma classe só de homens, primeiro ano vivendo sem minha mãe. - suspirei. Aquilo era demais para alguém da minha idade, mesmo com o QI elevado, eu simplesmente pulei uma etapa da minha vida. 

—Sei que deve ser difícil para você. Ter que sair do seu mundo. Mas, você tem a mim. - garantiu passando o braço pelos meus ombros me apertando um pouco. Sua doce forma de me tratar como sua irmã mais nova o que eu adorava. 

Durante um mês e meio, ser tratada como sua irmã foi ótimo, nunca tive um irmão, alguém que cuidasse de mim assim como Oliver cuidava de Thea, ele meio que me adotou como irmã. Era fácil aceitar, ser sua amiga, sua irmãzinha, ainda mais quando na época eu ainda achava que amava Barry, mas quando dei conta de que não... 

—Não é só as provas que estão me matando. - ele me encarou confuso. 

—Barry? - tentou. 

—Mais ou menos. 

—Se ele te fez alguma coisa eu juro. - O aperto se intensificou e ri satisfeita vendo a preocupação. Provavelmente ele sabia que mais uma bola fora do meu ex resultaria em mais filmes dos anos 90. 

—Não, ele não fez nada mas... Hoje seria meu baile de formatura. - Senti meus olhos pinicarem de leve. Admito nunca fora o tipo de garota que gostava de coisas normais, mas o baile... Era como uma passagem, da qual eu fui privada. - Parece bobagem se chatear por isso mas, não sei, seria o meu dia.Tirar o dia pra me arrumar, usar um lindo vestido, ser buscada em casa por Barry, minha mãe tirando milhares de fotos nossas, ganhar um bracelete com flores combinado com o meu vestido. Ir para a festa de limusine. Ter minha dança especial... Coisas de baile.  

—Sexo? - corei brutalmente, falar sobre sexo com aminha idade não era algo totalmente confortável, ainda era um tabu para mim, ainda mais falar de sexo com Oliver. 

—Não, não faríamos isso! Quer dizer, eventualmente eu faria isso... mas não no baile, não que não fosse bom... não seria bom é a primeira vez dizem que é uma droga... - Oliver riu. - Seu vagabundo, você adora quando eu me enrolo nas palavras. 

—Sim, eu adoro. - afirmou apoiando sua cabeça na minha. 

Oliver nada mais disse, se afundou em seus próprios pensamentos. Eu apenas fechei os olhos inalando seu cheiro único e reconfortante misturado com o perfume amadeirado que eu o tinha dado de aniversário. De alguma forma estar abraçada a ele me confortava. Claro que a passagem do dia para noite também ajudava naquele clima calmo. 

Abruptamente ele se levantou me fazendo cair de costas no chão. Me encarou rindo. 

—Você ficou louco?- gritei  tentando inutilmente tirar minhas pernas da pedra. 

Oliver puxou meu braço me pondo sentada novamente. O fuzilei com os olhos e praguejei diversos xingamentos e como eu poderia ter batido minha cabeça e morrido. Ele apenas escutou e me observou enquanto eu tirava a terra da minha roupa e cabelo. 

—Acabou? - questionou quando bufei no fim do longo discurso. 

—Idiota prepotente. - murmurei fixando os olhos em uma folha em decomposição. 

—Eu sou rico suficiente para fazer um baile de formatura só para você - levantei o olhar em uma careta. -Mas, sei que você não gostaria. - acrescentou. Olhou em volta e sorriu fitando um ponto atrás de mim. Ele foi até uma roseira e o segui com meu olhar.  

O que eu você está fazendo? - indaguei confusa. 

—Um minuto- pediu. 

Ele pegou varias rosas brancas, retirou uma linha solta de sua blusa azul marinho e um canivete do bolso da sua calça jeans escura, com o canivete cortou os espinhos. Começou a embolar as rosas com o caule e usou a linha para amarra-las. Em seguida parou na minha frente. 

—Me faria as honras de ser meu par para o baile? - pediu tomando uma postura impecável me oferecendo o que parecia um bracelete. 

—Não temos um baile para ir. Estamos em um morro do lado da sua casa, está escurecendo, não tem nenhum baile na cidade do qual podemos ir já que não somos alunos. Na verdade eu deveria mas com todo o lance de me formar adiantada e... 

Fe.li.ci.ty. - me chamou pausadamente e eu corei ao perceber que estava novamente tagarelando. - Não precisamos ir a um baile, podemos fazer o nosso próprio baile, e o melhor, ao entardecer e em breve, a luz da lua e estrelas. - Ele sorria de uma forma doce e gentil, ainda com o bracelete esticado em minha direção. 

—Eu aceito – sorri de ponta a ponta com seu gesto e estiquei o braço. 

Ele colocou o bracelete que de alguma forma combinava com meu jeans surrado e minha camisa do Star Wars. Em seguida, como um príncipe, se inclinou levemente e beijou o dorso de minha mão. 

—Agora seria a parte da foto.- Ele puxou o celular Motorola Milestone do bolso e sentou-se ao meu lado. - Como não temos alguém para tirar a foto, vai uma assim mesmo. - O loiro esticou o braço, com o outro envolveu minha cintura e beijou minha têmpora, com o sorriso ainda estampado em meu rosto ele tirou a foto. 

Eu processava o que estava acontecendo. Oliver Queen realmente se encontrava tentado recriar um copia de um baile de formatura só para mim. Meu coração acelerado, minha bochecha doendo de tanto sorrir e olhos pinicando pela emoção. 

—Obrigado. - agradeci imensamente emocionada. 

—Não acabou ainda. - se levantou novamente. - Agora pegaríamos a limusine, mas vamos deixar isso para depois, passamos para parte do baile, da qual o bonitão, capitão do time de futebol chama a nerd dark que se encontra incrivelmente linda para uma dança. - estende uma mão. 

—Eu seria só nerd, essa faze gótica começou quando vim para faculdade... Não que eu quisesse mudar só pra chamar a atenção... na verdade foi um pouco disso... o ponto é, eu só seria a Nerd — contei o fazendo rir. 

Aceitei sua mão e ele me puxou fazendo—me trombar contra seu corpo incrivelmente musculoso. Pegou novamente o celular clicando em algumas coisa o colocando em cima da pedra, em seguida envolveu minha cintura com sua mão direita e a minha mão com a sua esquerda. Logo a musica My Girl começou a tocar. 

Ri abertamente ao ouvir a musica e seu corpo começar a movimentar nosso corpo, dois passos para cá, dois para, no ritmo da musica.  

—Jura? My Girl? Achei que tinha pegado ódio dessa musica. - comentei encarando suas orbes azuis. 

impossível— riu empurrando meu corpo para trás me fazendo girar e logo em seguida me prendendo em seus braços novamente.  

—Oliver Queen, quem diria. Agora eu sei como conquista as mulheres- desenhei o vendo negar. 

—Olhe para mim, um sorriso e elas já abrem a perna.  

Convencido. - rolei os olhos. 

—Realista- corrigiu. 

—Eu não abri minhas pernas para você no primeiro sorriso. 

—E por isso que estamos aqui filhote. - me girou novamente, dessa vez me puxou um pouco mais forte juntando ainda mais nossos corpos. - Nunca que eu faria para qualquer uma. Dançar no meio do nada com uma musica dos anos noventa.  

—Nossa, me senti especial agora- assumi deitando minha cabeça em seu ombro. 

—Você é especial Felicity Smoak. É a única garota de dezessete anos da qual eu faço questão de estar ao lado. Quem diria, eu, amigo de uma criança. 

—Quem diria, eu amiga de um playboy de meia idade- seu tórax vibrou indicando a risada.  

—Fico feliz de ter aparecido naquele banheiro, você entrou na minha vida, entrou no meu coração, e de forma alguma nunca vou te deixar sair. - admitiu de uma forma autoritária 

—Eu não vou. -prometi. 

Dançamos por algumas horas, as estrelas como luz, o morro como palco as arvores como cenário e a cidade como plateia. Foi naquele dia, naquele final de primavera que Oliver Queen se tornou meu Melhor amigo. O esforço dele para me fazer sorrir. Para tentar trazer um pouco de normalidade, conquistou minha confiança. 

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—Como já marcamos o dia e já agendamos tanto a igreja quanto o salão, podemos pular para a parte dos convidados. - murmurou enquanto olhava atentamente a lista que sua noiva havia deixado. Aquela palavra ainda me deixava enjoada. 

—Como que eu posso ajudar com a lista de convidados? - perguntei levemente confusa. - Não conheço a família de Laurel e amigos, só o que temos em comum que não são muitos. E por que tinha que ser tão cedo? Sério, não podia marcar para mais tarde isso, é domingo? 

Oliver tinha me tirado do meu apartamento as seis e meia da manhã. Eu nem tive tempo de processar toda informação de que meu melhor amigo iria se casar antes que ele começasse a tortura de me envolver nesse casamento.  

—Você conhece sim não tente me enganar, Sara já me falou que você passou o natal com a família dela, mas não tem que se preocupar com a parte dela, e sim a minha, Laurel vai me mandar a lista da parte dela por E-mail. - informou-me sem tirar os olhos dos diversos papeis espalhados pela mesa. - Eu sei que é cedo, mas Laurel está preparando a papelada para o divorcio, preciso de ajuda. 

Cedo ou tarde eu teria que começar a ajuda-lo com a organização, maldita hora que eu decidi colocar minha amizade acima dos meus próprios sentimentos. Respirei profundamente, tentando controlar o sono que me domava. Péssima decisão minha de ficar chorando a noite toda. Involuntariamente bocejei recebendo pela primeira vez um olhar analisador. 

Desde que o loiro me buscou em casa mal olhou em meus olhos antes de me arrastar para a mansão Queen, não que eu não goste de ir a maravilhosa e rustica casa do meu amigo, só que eram seis horas da manhã. Agora ele me fitava atentamente. Imaginei que algo estivesse errado, talvez tivesse pasta no meu pijama. 

—O que foi? - perguntei me remexendo na cadeira em frente a sua escrivaninha do escritório. 

—Me diga você, está acabada. - retrucou. 

—Não dormi de noite- dei de ombros pegando um dos papeis do qual ele antes analisava. 

—Por que? - indagou. 

—Estava ocupada transando com o meu vizinho novo – respondi mal-humorada. Ele não tinha culpa de não poder saber o real motivo 

—Pelo jeito ele não fez o trabalho direito – provocou com um sorriso malicioso nos lábios. - Se quiser posso compensar seu tempo perdido com ele. - Corei, não pelo o que Oliver disse, e sim pela minha mente implorando que o fizesse. 

Quando uma pessoa nunca teve relações sexuais, já se encontrava com vinte e quatro anos, a única coisa que sobrava era uma mente tenebrosamente depravada. E ainda mais com um deus grego de regata e calça moletom na minha frente, era impossível não ter pensamentos depravados. 

—Se ele não conseguiu, duvido muito que consiga. - provoquei de volta. Anos de amizades e essas provocações eram completamente normais. No inicio nem tanto já que só com a palavra sexo eu corava até a minha ultima célula de DNA, porém, após conviver tanto tempo com Sara Lance e Tommy Merlyn isso acabou. 

Oliver me olhou intensamente antes de sorrir balançando a cabeça e voltar sua concentração para os papeis. Realmente eu não tinha ideia do que fazer, pra começar não sabia como funcionava todo esse lance de casamento, eu só aprecia no evento quando tudo estava pronto, nem o presente eu comprava e sim mamãe. 

Foi quando eu percebi, eu tinha que ter uma noção básica, puxei o notebook que permanecia aberto ao lado de Oliver para meu colo e ele não se importou. Comecei a procurar no Google o que deveria ser feito. Imediatamente vários sites de casamento apareceram, fotos, vídeos e tudo mais. Cliquei no primeiro. E por alguma sorte ele tinha o que eu precisava, a informação necessária. 

Quanto mais eu lia, mais assustava ficava. Havia milhares de coisas a ser feita e tínhamos um mês. Bolo, flores, vestido da noiva, smoking do noivo, padrinhos e madrinhas, buffet, doces, votos, a dança, decoração. Fique literalmente sem ar. 

—Oliver... - balbucie tirando lentamente meu olhos da tela e direcionando-os a ele que me encarou confuso. - Tem... MUITA coisa para ser feita. Muita mesmo, nem no funeral da minha avó foi tanta coisa, e olha que ela deixou uma lista bem grande do queria sendo que ela estava morta. 

—Eu sei. - deu de ombros ignorando minha tagarelice  

—Isso é loucura, é um mês e... 

—Tudo vai dar certo.- afirmou sorrindo de forma reconfortante, eu que deveria confortá-lo sobre o casamento dele 

—Felicity!- exclamou uma voz muito bem conhecida. - Que bom te ver querida. - me levantei constrangidamente e me virei encontrando Moira Queen. 

—Oi – disse fraco forçando um sorriso. Aquela mulher me assustava, não importava quantas vezes o loiro afirmasse que ela me amava não podia impedir o arrepio que subia quando eu á via, talvez fosse por ela ser mãe do me melhor amigo e paixão de anos, ou pela forma de como ela exalava poder e elegância, sempre com seus terninhos mais caros que meu rim 

—Você conhece minha mãe a sete anos e ainda tem medo dela? - comentou Oliver observando a situação. Quis abrir um buraco e me esconder. 

—Oliver!- reprendi corada. - eu não tenho medo dela. - ri amarelo. - Eu a respeito é diferente, esse jeito autoritário, confiante, decidido... - Ela me olhava divertida – Ela me lembra minha primeira professora... não que você seja uma, nem se vista como tal, não que as professoras se vistam mal , mas você é uma Queen... não entenda como uma critica mas não tem como te imaginar com varias crianças catarrentas, não que a senhora não seja boa com crianças, você teve filhos... e eu não estou o chamando-os de catarrentos...- Deus, como eu odiava quando fazia isso.  

—Felicity, está tudo bem, respire. - pediu com sua única e perfeita forma educada. - Oliver, só vim avisar que seu pai está te chamando. 

—É algo grave? - questionou se levantando preocupadamente. 

—Relaxe filho, é apenas uma conversa. 

—Então por que não mandou uma empregada avisar? - perguntou indo até a porta 

—Queria vir ver Felicity, preciso conversar com ela- senti nessa hora meu coração falhando e o ar me abandonando. Nunca que Moira tinha conversado comigo, quer dizer, ela já tinha, mas nunca a sós. - Srt.Smoak, respire por favor, é uma conversa, não vou te matar – brincou fazendo Oliver rir. 

—Volto logo, mamãe não mate minha amiga.- beijou a testa dela. - Felicity, minha mãe não morde.- com a frase e um sorriso de canto ele saiu do recinto me deixando sozinha com a loira mór. 

Ela andou calmamente e sentou-se onde Oliver estava, na bela cadeira de couro atrás da escrevinha, cruzou as pernas com uma elegância impecável. Sentei-me de novo tentando manter uma postura. Moira me analisava e tinha algo em seu olhar... pena talvez. O silencio predominou, era incomodo de todas as formas, até o barulho do relógio na parede parecia ter se ampliado e se tornado incomodo  

—Como você está? - perguntou quebrando o silencio. 

—Muito bem, e a senhora? - sutilmente enxuguei minhas mãos suadas na calça cinza do conjunto do pijama do Batman. 

—Ótima. Mas não é bem sobre isso que eu me refiro. - tombei de leve a cabeça não entendendo.- Como você está em relação a todo esse casamento? - aquela pergunta realmente me pegou de surpresa. 

—Perfeitamente bem- menti envergonhada. 

—Felicity.- engoli seco ao perceber a forma como ela pronunciou meu nome, como se só aquela palavra pudesse expressar tudo. - Eu vejo o jeito que você olha para ele – meu coração falhou – eu sei, eu sei que você o ama. 

—Sra. Queen... eu... isso...- não conseguia formular um argumento. 

—Não negue, eu conheço o olhar apaixonado. Eu vi quando o olhar de amizade mudou. - minha mente logo fez a imagem da primeira vez que eu admiti a mim mesma que gostava de Oliver, horas depois me deparei com Moira. - Agora, eu quero que você me diga, como está sendo lidar com isso? Eu me importo com você. 

Eu não sabia se deveria ser honesta, nunca nem ao menos desconfiava que ela soubesse dos meus sentimentos, que para mim eu guardava perfeitamente a sete chaves. Mas, ela notou, e provavelmente notaria se eu mentisse. 

—Não é muito fácil – sorri fracamente. 

—E mesmo assim você está aqui, ajudando-o. 

—Ele é meu melhor amigo, acima de tudo, e eu faria de tudo por ele. - argumentei. 

—Mesmo que isso inclua se machucar tanto? - não pude evitar uma lagrima de cair de meus olhos. 

—Quando você ama alguém, a tal ponto, seus machucados valem a pena se for para essa pessoa sorrir. - disse com todo o meu coração, e pela primeira vez desde que vi Moira Queen pela primeira vez, a vi deixar sua postura impecável e suspirar. 

—Eu entendo. Passo isso sendo mãe. - sorri de leve, sentindo meus olhos arderem -Eu quero que você saiba, Felicity. Oliver te ama. Ele ainda não percebeu que você é a mulher certa e quando isso acontecer... 

—Por favor, não. - pedi a intrometendo. - Não quis te interromper mas, eu não posso mais viver a minha vida esperando que Oliver um dia perceba isso. O que torna isso difícil não é ama-lo, é ama-lo e ter esperança de que ele ainda vai me amar de volta.  

—Sinto muito  

—Não sinta, não é como se fosse sua culpa ele não me ver mais do que uma amiga. O que eu já superei que sempre será assim. 

—Eu nunca acreditei na amizade de vocês, achei que logo acabaria, ele nunca foi de ter amigas, Laurel e Sara foram exceções por crescerem com ele e Thomas. Mas então você apareceu e tudo mudou, Oliver se apegou a você, pensei ser uma fase, ele apenas apareceu com você aqui, naquele seu ridículo estilo emo, tão nova, tão tímida. Mas logo eu percebi, tinha algo diferente em você, algo que ele também notou. Você exala uma luz única e pura, e por ama-lo tanto e ainda assim estar ajudando-o com esse casamento só prova o que eu vi, a incrível e maravilhosa mulher que você é. Que coloca os sentimentos dos outros acima dos seus. Você é especial Felicity. 

—Obrigada. - agradeci constrangida. 

—Eu não sei o que você vai fazer depois o casamento, mas se seu objetivo for ir embora, querida, sinto muito, mas Oliver não vai permitir, você estão grudados, você tem essa coisa que faz as pessoas se apagarem a você. - Ela se levantou e foi para saída. - E mais uma coisa. - Se virou antes de ir. - Ao menos, deixe-o saber o quanto você o ama. Por que assim que você se for ele vai descobrir o que sente. Como dizem, é quando se perde algo que realmente se tem noção do seu valor. - e com isso saiu. 

Eu tinha que deletar aquela conversa da minha cabeça, de qualquer maneira, ela não podia simplesmente vir e acabar comigo daquela forma, me encher de esperanças, me incentivar a acabar com o noivado de seu filho. Parte da minha vida tinha rodado em volta dele, eu precisava por um ponto final. 

Aquilo tinha que acabar. Meus relacionamentos acabavam por sua culpa, por culpa dos meus sentimentos, quando eu achava que tinha superado, que finalmente estava seguindo com a minha, era só ele aparecer que tudo voltava. Eu o amava tanto, era meu carma, como uma alergia que teimava em voltar para embaralhar minha vida 

—Meu pai queria me dar os parabéns pelo casamento. - informou Oliver voltando. 

Com as costas das mãos limpei as lagrimas que mal tinha percebido que haviam caído. Ele não podia me ver chorando. Sem conseguir me conter acabei fungando ao tentar engolir o choro. Oliver parou ao meu lado e me encarou, abaixei a cabeça. 

—Por que você está chorando? - indagou abaixando-se ao meu lado e pegando minha mão.  

—Não é nada, apenas alergia. -Com a frequência em que eu mentia, na morte eu teria que só cruzar os braços e esperar o tobofogo do inferno e me levar para o rio das almas perdidas. 

—Você pode, por favor, parar de mentir na minha cara. - senti um tom amargo em sua voz. 

—Não estou mentindo. 

—Fe.li.ci.ty - por que infernos ele tinha que falar daquela forma? - O que minha mãe falou para você? - insistiu tocando em meu queixo tentando me fazer olha-lo. Me levantei o assustando. 

—Nada. Eu estou bem, apenas emotiva, TPM. - usei a primeira desculpa que me veio a cabeça. 

—Não, você não está, é fim de mês, já desceu para você, sem contar que você toma pílulas. - Maldito que sabia meu calendarinho melhor que eu. 

—Temos muitas coisas para fazer. - tento sair da encruzilhada.  

—Não até você me contar o que está acontecendo – exigiu em um tom elevado pondo-se em minha frente. 

—Eu não quero! - exclamei - É totalmente pessoal, não tem nada que você possa fazer. 

—Me deixe tentar!- pediu me pegando gentilmente pelos ombros. - Mas que porra, desde que eu voltei dessa viajem você está estranha, não dormiu, parece abatida, agora está chorando... sou seu melhor amigo, me deixe saber o que você tem, eu quero ajudar. - seu olhar implorava a verdade. 

—Como meu melhor amigo eu peço que pare com isso e me deixe em paz, não é nada serio, vamos focar em seu casamento. - rebati. Ele estava pronto para retrucar quando uma bela voz conhecida ecoou furando nossa bolha. 

—Felicity é mais inteligente que você, deveria escutá-la. - disse Tommy, me desvencilhei dos braços de Oliver. 

—Thomas Merlyn, você sempre está no lugar certo e na hora certa. - ironizou Oliver rolando os olhos. 

—Sempre- sorriu orgulhoso. - Fel, venha aqui me dar um abraço - pediu de braços aberto usando o apelido, e eu fui entendo seu ponto, ele queria provocar Oliver, que tinha um ciúme excessivo de mim e Tommy. Fui até ele e o dei um abraço de urso que foi retribuído muito bem. 

—Moira Queen sabe. - sussurrei em seu ouvido 

—Suspeitava, aquela mulher sabe de tudo. - ele tinha um ponto. - Como você está? 

—Indo. - respondi vagamente. 

—Já podem se soltar. - interveio Oliver enciumado.  

—ok, ok – Se rendeu Tommy me soltando, sem antes deixar um beijo estalado e molhado em meu rosto. 

—Credo Tommy, você babou. - reclamei limpando o lugar do beijo exageradamente. Me virei para o Queen que tentava matar o Merlyn com os olhos. - Oliver, supera. Você não explode coisas com os olhos. 

—Felicty é minha amiga também, Olie. O que posso fazer se ela é ótima de abraçar? - comentou passando um braço pela minha cintura. - E boa em outras coisas também - sua voz foi carregada de malícia.  

—Você também tem seus pontos – provoquei de volta cutucando sua costela vendo Oliver ficar roxo.  

—Desde quando os dois ficaram tão... amiguinhos ? - questionou com desgosto 

—Você ficou um bom tempo fora rapaz. Felicity precisou de um amigo, relaxe, ela apenas me usou. - explicou se soltando e indo até as poltronas.  

—Se lembra do vizinho, Oliver? - não pude evitar a piada interna o vendo engasgar. 

—É O QUE?- gritou , ele se virou para Thomas cerrando os punho. Oh Deus, exagerei. - Eu vou te matar. 

—Oliver, não. - Corri me pondo na frente ao vê-lo ir em direção ao moreno. - Estou brincado. - ele parou bruscamente me encarando indignado. 

—Posso saber o que ouve? Eu quase fui morto, tenho o direito de saber o que eu ouve. - Tommy estava com seu sorriso impecável no rosto 

—Felicity, não se brinca com essas coisas!- repreendeu. 

—Não se acredita nessas coisas!- devolvi. -Por Deus, estamos falando de Tommy.  

—oth essa doeu. E eu ainda estou aqui. 

Oliver me envolveu em seus braços me apertando, ri com sua postura de machão ciumento protetor. Eram esses momentos que me deixava confusa, já que Oliver não era assim com Laurel, tão protetor, mas logo a confusão passava lembrando que ele era protetor assim com Thea. Isso deixava obvio como ele me via. 

—Seu ogro ciumento. - murmurei o abraçando de volta pela cintura. 

—Não pense que você escapou da conversa de antes- sussurrou em meu ouvido fazendo meus pelos arrepiarem. 

—Eu penso sim, se você voltar a perguntar do motivo do meu choro eu juro que ligo para a boleira e falo para ela colocar baratas em seu bolo de casamento- ameacei me soltando dele. - Vamos, temos muita coisa para arrumar. - encerrei o assunto indo para meu lugar. 

(...) 

—Minha língua está dormente – reclamou Tommy colocando-a pra fora como um cachorro. 

—A minha também. - concordou Thea quando deixei o ultimo convite lacrado na caixa lotada deles. 

Era terça feira e Oliver já havia convidados alguns amigos para ser seus padrinho, e tinha convidado as madrinhas, já que logo na segunda de manhã Laurel viajou. Tommy ficou como o padrinho principal, ele que entregaria as alianças e ficaria responsável por tudo que o noivo precisasse, isso incluía a festa de despedida de solteiro.  

Laurel chamou Sara para ser sua dama de honra, ela tentou me chamar para ser uma das madrinhas, mas consegui me desvencilhar usando a fajuta desculpa de que estar ajudando-a com tudo no casamento já era uma honra.  

Tudo já estava planejado, tínhamos passado um dia todo ligando para os lugares marcando hora de atendimento, encomendando coisas e fazendo a lista de convidados. A tarefa do dia foi organizar os convites, 350 convites, todos fechados da tradicional forma de passar a língua. Eu, Tommy e Thea estávamos sentado em volta da mesa da sala de jantar. A caçula tinha um tempo livre e veio oferecer sua ajuda. Provavelmente se arrependera no instante seguinte. 

—Acho que por hoje é só. - digo ouvindo os suspiro de alívio de ambos. 

—Maldita hora que eu decidi ajudar.- ri, eu sabia que ela ia reclamar. -Oliver, aquele vagabundo, nem para ajudar. 

—Ele está ocupado.- falei pela milésima vez. - Queria ao menos saber com o que. 

—Provavelmente com a morena da papelaAI – Tommy a beliscou no braço a repreendendo, eu não deveria saber daquilo... mas espera, ele estava transando com a mulher que veio entregar os convite? Ele ia se casar! - Por que diabos você fez isso, Merlyn? - indagou furiosa alisando o lugar do beliscão. 

—Por que eu quis – entoou despreocupado com o olhar assassino da magrela de cabelos curtos e negros igual ao do irmão. 

Thea não sabia sobre minha paixão, mas desconfiava. Éramos amigas, já que tínhamos praticamente a mesma idade, era fácil conversar com ela sobre alguns assuntos, principalmente moda. A Queen mais nova era meia irmã de Oliver e meia irmã de Tommy. Moira teve um caso com o pai de Thomas na época em que ela e Robert estava decididos a se divorciarem. As coisas se ajeitaram, Moira largou Malcon e voltou com Robert, que aceitou compartilhar a guarda de Thea com Malcon, o que fazia deles os dois o pai de Thea. 

—Ser meu irmão, não me impede de te matar. - seu celular apitou antes que ela pudesse implicar mais. - Vou indo, ouve um problema com os pisos novo. - anunciou se levantando. 

—Ninguém liga . - cantarolou. 

—Idiota. - resmungou virando as costa e saindo. 

—Ele...está mesmo...?- não conseguia terminar a frase.  

—Sim. - respondeu com pena em sua voz. Tommy se inclinou na mesa me fitando.  

—Ele não me contou, quer dizer, você já sabe que ele não me contou, ou não teria beliscado Thea...- Suspirei – Ele não me contou. 

—Ele pediu para eu não contar também. 

—Ele... ele vai se casar. - contrapus irritada. 

—Laurel e ele decidiram que o relacionamento seria aberto até o dia do casamento, podem ir para cama com quem quiser, sem remorso, mas depois isso acaba. - senti o amargo na boca, aquilo era ridículo. - Ele não te contou porque sabia que você não aprovaria. 

—Sou a única com juízo pelo visto. Mas pelo lado bom, isso só mostra que Oliver e eu não daríamos certo, esse negocio de relacionamento aberto nunca funcionaria comigo. - outro ponto que ajudaria em minha superação. Eu esperava ao menos. 

—Tirando o fato de que Oliver sente um ciúmes absurdo de você. 

—Como? 

—Ah Felicity, você já percebeu a forma possessiva que ele é quando se trata do filhotinho dele. - revirou os olhos como se fosse o obvio. 

—Não diga bobagens, ele é assim pois me considera como uma irmã. Ele me trata como Thea. 

—Estranho, nunca vi ele gritando com Roy e o expulsando do quarto de Thea depois de ter pego eles dois fazendo... coisas –As imagens do dia que ele se referia passaram em minha mente e eu corei. Oliver tinha feito isso com um ex namorado meu.  

E lá estava a esperança, crescendo, eu precisava corta-la de uma vez por todas.


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Notas finais do capítulo

ENTÃO, oq eu acharam? Teve Moira, Thea, Tommy, Oliver com ciumes.
O proximo vai ser os preparativos, a decoração e o bolo hehe, o flash back vai ser do dia em que ela finalmente admiti que está apaixonada por ele.

Comente, favoritem, recomende, critiquem, me xingue.
AAAHHH não voltarei tãããão cedo, vou dar uma atenção para Trabalhando com o Diabo. Mas, talvez eu me empolgue bastante e atualize ambas bem rápido, depende de vocês
TCHAU bjo ÓTIMA SEMANA.
PS. desculpe qualquer erro, to sem óculos. E a falta de acento em algumas palavras, o word online não corrige as paroxítonas, é bulliyng



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