Beautiful Thing - Grace VanderWaal 
You think that you know my heart
And you probably do
So I'm always with you
I could stay with you for hours
In an empty room
Never get bored
Never have nothing to do

You're my other half
You're what makes me, me
What makes me smile
When I fall down and can't get back
Get back,get back up
On my fee

You're a beautiful thing
We're a beautiful thing together
Even when the weather is low
We can find the rainbow
Up in the sky
You'd say don't you cry
It's all gonna be alright
That's a beautiful thing 

Make hours into seconds together
The weight of the world feel like a feather
Cause we're holding it right in our hands

O limite do amor. Em varias partes da minha vida eu pensei sobre isso, será que existia um limite, será que nós somos capazes de fazer tudo por amor, fazer o possível e o impossível por amor? Eu achava que sim, não que eu tivesse chegado até algum tipo de limite na época. Na verdade não tinha chego na parte de entregar minha virgindade por amor. 

Eu tinha vinte e quatro anos e era virgem,  era virgem porque amava a única pessoa da face da terra que não podia. Eu era apaixonada pelo meu melhor amigo, que nem ao menos sonhava que sua amiga, a mulher que ele considerava como irmã o via de uma forma completamente diferente. 

Fazia oito anos que nos esbarramos pela primeira vez, sete anos que viramos amigos e seis anos que eu era apaixonada por ele. Oliver Queen, o milionário, vice presidente da Queen Consilidated, melhor amigo e chefe.  

Nos conhecemos em uma boate, eu tinha dezesseis e ele vinte um, foi até cômico, nos esbaramos, eu por pressa entrei no banheiro masculino da boate e ele me ajudou com a situação vergonhosa, depois disso não nos vimos mais, mesmo estudando na mesma faculdade. Porém, seis meses depois comecei a morar com Sara Lance, uma de suas amigas de infância. Ela acabou me apresentando para o quarteto inseparável, ela, sua irmã Laurel, Tommy Merlyn e Oliver Queen. 

Não era como eles, mas de alguma forma acabamos nos enturmando, eu era o que eles chamavam de filhote do grupo. De cara eu e Oliver criamos um vínculo, uma amizade invejável por olhos estranhos. As vezes invejada até por Laurel, sua namorada. Nunca que ela admitiria, apesar da nossa amizade ela sabia quem Oliver amava além da amizade. 

O relacionamento deles era até cômico, na verdade era o motivo de eu nunca ter me declarado. Para começar era algo aberto, eles podiam ir para cama com quem desejassem. Brigavam o tempo todo, dia estavam juntos dia não. Mas, a química entre eles, algo que só não via quem era cego. 

No primeiro ano éramos apenas amigos, apesar de galinha o jovem milionário só tinha olhos para a futura advogada Lance, mas um evento inevitável me fez olha-lo com outros olhos. Eu tentei me afastar, estava errado, ele tinha namorada, dos quatro Laurel era a que eu menos me dava bem, mas isso nunca seria motivo para eu querer o término deles. Me afastei de todos, porém Oliver não facilitou as coisas. Acabei voltando a conviver com eles e desde então escondi meus sentimentos a todo custo. 

Apesar de nós termos certeza de que nossa amizade seria duradoura, muitos acreditavam que não, talvez fosse pela falta de fé em amizade entre sexos opostos, ou pela diferença de idade. Nisso eu até achava estranho, um rapaz de mais de vinte anos tendo como melhor amiga uma garota que nem na casa dos dezoito tinha chegado. 

Mas, eu não ligava. Estar com Oliver era... simples. Tirando a parte da paixão platônica, ele me conhecia de cabo a rabo, assim como eu o conhecia. Os momentos ao seu lado eram incríveis, era bom estar com ele. Ele era minha ancora e eu a dele, por mais que eu odiasse admitir, éramos como irmãos. 

Não tínhamos uma amizade perfeita, brigávamos muito, coisas bobas, e até mesmo pesadas, das quais ficávamos sem nos falar por dias, mas logo voltávamos sem culpa, remorso, apenas como antes. Sua irmã, Thea, só não ficava com ciúmes de mim pois ela jurava de pé junto, que iriamos ficar juntos ainda, que todo aquele papo de irmãos era baboseira. Eu queria acreditar nela. 

Teve diversos momentos em que eu quase desisti e contei tudo, porém a coragem me faltou. Achei que ia superar, que ia achar outro alguém, mas nunca aconteceu. Tudo estava bem, eu tinha acostumado a conviver com o sentimento reprimido, ver ele se envolver com outras garotas, aturá-lo a falar sobre Laurel. Só que tudo mudou quando ele voltou de uma viajem e deu a notícia que abalou toda a minha estrutura.  

—Eu e Laurel vamos nos casar. - anunciou sorrindo.