I Wish You Were Here. escrita por vanprongs


Capítulo 7
Quando eu finalmente entendi que eu não era os erros de meu pai.


Notas iniciais do capítulo

YEY CAPÍTULO NOVO!
Espero que vocês gostem desse novo capítulo e tenham uma boa leitura.



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Subi os primeiros degraus da Toca logo pela manhã daquele início do mês de agosto. O relógio deda casa dos Tonks marcava seis da manhã quando Ted me chamou para que fossemos até a casa dos Weasley, onde eu ficaria o restante dos meses já que os meus três membros favoritos da família iam viajar antes de Nymphadora iniciar seu treinamento com Alastor Moody. Eu usava um vestido florido porque fora a primeira que meu sono viu como fácil o bastante para colocar aquela hora, de acordo com meu pai a minha mala com coisas para Hogwarts já havia sido despachada e naquele exato momento só faltava eu.

— Lembre-se de se comportar, Lynx. – Andromeda comentou antes de beijar minha testa e dar um sorriso materno para mim.

— Lembre-se de dar olá para Charles e Bill. E apronte alguma coisa, por Merlin. – minha prima soltou uma risada ao ouvir um murmúrio negativo da mãe e me deu um abraço leve. – E fique calma, Lynx. Logo nós voltaremos.

— Prometam me escrever. – murmurei. – Eu vou ficar até o Natal sem ver vocês, sabem que isso está me corroendo por dentro, não é?

— Fique calma, criança. Tudo vai ficar bem, você vai ver. – Ted pontuou e passou a mão pelos meus ombros em um carinho leve. – Agora vamos antes que Molly nos mande um berrador perguntando onde estamos e o porquê eu ainda não lhe deixei lá.

Acenei com a cabeça e deixei minha mão ir até a mão de meu pai por criação, entrelaçando nossos dedos em seguida eu senti tudo aquilo que eu mais odiava, por Merlin, no quarto ano todos já estavam ansiosos para aparatação e eu não via como qualquer pessoa no mundo gostaria de passar por aquilo. Ter o estômago puxado e o risco de perder alguma parte de seu corpo.

No instante seguinte eu conseguia sentir alguns raios de sol do lado de fora da Toca bater contra minha pele deixei meus olhos se fecharem e sorri.

— Eu já vou, tudo bem? Conversei com os Weasley ontem. Você sabe como sua mãe se sente quando eu atraso algum compromisso. – o homem riu levemente e beijou os cabelos cacheados e desarrumados da mais nova. – Comporte-se e se lembre de agradecer por Molly e Arthur receberem você durante esse mês.

— Fique tranquilo, pai. Você me criou bem. – comentei em um tom divertido e lhe dei um beijo estalado na bochecha. – Agora vá, antes que pela primeira vez a Senhora Tonks use um berrador para gritar com você no meio do nada.

Ele soltou outra risada e levou a ponta de seu dedo indicador até meu nariz, apertando-o, como fazia desde que eu era pequena.

— Qualquer coisa você pode nos escrever. Estaremos sempre aqui.

Concordei com a cabeça e o vi desaparecer em minha frente.

Soltei um suspiro leve e virei meu corpo começando a andar o pequeno espaço entre a grama e a escada que me levaria até uma das minhas cozinhas favoritas de todo o mundo. Rapidamente eu estava na porta da cozinha dos Weasley, a torci e abri o pedaço de madeira que me impedia de ver uma das melhores famílias do mundo bruxo.

— POR MERLIN ONDE VOCÊS ESTAVAM? EU JURO FRED E GEORGE, EU JURO QUE IREI ACABAR COM VOCÊS. E RON. EU NÃO ESPERAVA ISSO DE.... Oh, Lynx, querida, é você. – Molly iniciou gritando e logo colocou a mão na boca e soltando um riso baixo, sem graça.

— Bom dia, senhora Weasley. – a cumprimentei antes de me aproximar e beijar-lhe a bochecha rapidamente, me distanciei dela com um pequeno sorriso nos lábios. – Os meninos estão aprontando alguma coisa?

Antes que ela pudesse responder a porta fora aberta. George e Fred passaram por ela nas pontas dos pés, sendo seguidos por Ron e Harry.

— Ah! – Fred exclamou.

— Essa não. – exclamou George.

Molly parou em frente a eles, as mãos nos quadris e olhando de uma cara culpada para a outra. Eu coloquei a mão na boca antes de sentar-me, eu não poderia rir. Não naquele momento.

— Muito bem. – ela disse, esperando explicações.

— Bom dia, mamãe. – George falou com um sorriso maroto nos lábios, provavelmente ele pensou que aquilo era cativante, mas se eu fosse mãe dele teria lhe dado um tapa na cabeça pela audácia.

— Vocês tem ideia da preocupação que eu tive? – a mãe perguntou em um tom letal.

— Desculpe mamãe, mas tínhamos que...

— AS CAMAS VAZIAS! NENHUM BILHETE! O CARRO DESAPARECIDO... PODIA TER BATIDO... LOUCA DE PREOCUPAÇÃO... VOCÊS SE IMPROTARAM? NUNCA EM MINHA VIDA... ESPEREM ATÉ SEU PAI VOLTAR. Nunca tivemos problemas assim com Bill, ou Charles... Nem com o Percy.

— O Percy perfeito. – ouvi Fred remungar.

— VOCÊS PODIAM SE ESPELHAR NO EXEMPLO DE PERCY! – ela berrou metendo o dedo no peito de Fred. – Vocês podiam ter morrido. Podiam ter sido vistos. Podiam ter feito seu pai perder o emprego.

Eu coloquei a mão no queixo admirando a cena. Molly virou-se para encarar Ronald quando deu de cara com Harry, que deu três passos para trás.

— Estou muito contente em vê-lo, Harry, querido. – ela disse em um tom calmo. – Sente-se ao lado de Lynx. Vamos tomar um café.

— Espera. O que você está fazendo aqui? – Fred perguntou ao olhar para mim enquanto Harry e Rony sentavam-se em minha frente.

— Se você não escapasse a noite saberia que Lynx irá ficar aqui até o início das aulas, George. – senhora Weasley disse irritada, fazendo-me rir levemente.

— Esse é o Fred. – eu murmurei e ela me olhou soltando um suspiro.

— Você sabe, eu preciso saber como você os reconhece. Para que os sermões sejam dados direito.

— Farei o meu melhor. – comentei antes de pegar um pedaço de pão e colocá-lo na boca, sorrindo para os gêmeos que se sentavam ao meu lado, com expressões de tédio.

Potter admirava a cozinha e teve seus olhos parados no relógio que dava de frente com a porta, os ponteiros com os rostos dos membros da família e onde eles poderiam estar. Dei um sorriso ao vê-lo se admirar com aquilo e com os outros itens da casa. Ele olhou para mim e deu um sorriso tímido, coloquei minha mão no prato de pão e empurrei até ele levemente, incentivando-o a comer algo.

A senhora Weasley batia pratos e panelas, preparando o resto das coisas do café, lançando olhares feitos aos três outros ruivos da cozinha enquanto atirava algumas salsichas na panela. Vez ou outra ela soltava murmúrios irritados “Não sei o que estavam pensando”.

— Não estou culpando você querido. – ela tentou tranquilizar Harry que me olhava com os olhos arregalados após ter nove salsinhas depositadas em seu próprio prato. – Arthur e eu estivemos preocupados com você, também. Ainda na outra noite estávamos falando que iríamos busca-lo pessoalmente se você não escrevesse a Rony até sexta-feira. Mas francamente. – naquele momento ela colocou três ovos fritos junto com as salsichas. – Atravessar metade do país em um carro ilegal, vocês poderiam ter sido vistos...

Ela acenou a varinha displicentemente em direção a pia e os pratos começaram a se lavar, entrechocando-se de leve.

— Estava nublado, mamãe! – Fred exclamou ao meu lado.

— Você fique de boca fechada enquanto come. – Molly ralhou.

 - Estavam matando ele de fome, mamãe. – disse George.

Naquele exato momento Ginny entrou na cozinha, ela vestia uma longa camisola e coçava os olhos. Quando seu foco de visão fora para Harry ela soltou um pequeno grito e saiu correndo outra vez. Eu abaixei a cabeça e segurei o riso.

— Ginny. – ouvi Ron falar baixo para Harry. – Minha irmã. Andou falando de você o verão inteiro.

— É, ela vai querer seu autógrafo, Harry. – disse Fred com um sorriso.

A mãe deles o olhou sem humor o logo o gêmeo abaixou a cabeça, encarando seu prato e calando-se.

— Vocês deveriam deixar Ginny em paz. – murmurei após colocar um pedaço de salsicha na boca. – Ao menos ela respeita a mãe de vocês.

— Você quer falar de respeito, Black? – Fred perguntou em um tom polido, encarando-me.

— Não fale com a boca cheia, Fred. – murmurei com humor antes de pegar um pedaço de pão e colocar na boca dele, arrancando uma risada de Potter.

O silêncio existiu na cozinha até que nossos pratos ficassem totalmente limpos.

— Putz, estou cansado. – George bocejou ao meu lado. – Acho que vou me deixar e....

— Não vai não.  – retrucou a senhora Weasley. – A culpa foi sua se ficou a noite toda acordado. Vai desgomizar o jardim para mim; eles estão ficando completamente rebelde outra vez.

— Ah, mamãe...

— E vocês dois. – disse ela, olhando feio para Rony e Fred. – Você pode ir se deitar, Harry querido. Você não pediu a eles para voarem naquele carro infernal.

O moreno deu os ombros e arrumou os óculos.

— Eu vou ajudar Rony. Nunca vi fazer uma desgonominização...

— É muito gentil da sua parte, querido, mas é um trabalho monótono.

Eu dei os ombros ao levantar-me da mesa e bagunçar os cabelos dos gêmeos.

— Se vocês precisarem de mim, desgonomizadores, eu estarei no quarto de Ginny. – comentei dando os ombros e piscando para Molly antes de subir as escadas até o quarto da mais nova.

☾☾☾

Estávamos no Beco Diagonal para comprar os materiais dos meninos e alguma coisa nova para o primeiro ano de Ginny em Hogwarts. Eu havia prometido dar a mais nova dos Weasley uma capa nova, já que a que ela ganhara, usada, de Bill estava com um rasgo logo ao final. Enquanto o senhor e a senhora Weasley, e os meninos ficavam ouvindo Lockhart falar suas besteiras no Floreiros e Borrões, eu andei até a loja de uniformes para procurar uma capa nova.

Assim que comecei a andar de volta para a livraria vi Lucius e Draco de frente a Ginny, Harry e Ron. Entrei rapidamente e coloquei-me ao lado de Potter e dos Weasley, olhando grosseiramente para meus primos.

— Tem algo errado, senhor Malfoy? – perguntei encarando o homem de cabelos longos e loiros a minha frente.

— Você ao lado de Potter, senhorita Black? Aposto que ele não gostaria de andar perto dessa gentalha que você é... Se soubesse o que o seu pai fez. – comentou polidamente ao ter seus olhos presos aos meus.

Senti meus olhos inundarem-se, lá estava o sentimento. Eu não era igual a Sirius Black. Eu não poderia ter culpa alguma das atitudes dele.

Soltei um suspiro e ajeitei minha postura, encarando o homem em minha frente.

— Eu acho, Lucius, que você tem coisas muito melhores a fazer do que atormentar algumas crianças. –  comentei dando os ombros e encarando-o com raiva. –Vejo que vocês já compraram tudo que precisavam para o segundo ano de Draco, acho que já podem voltar para a grande mansão Malfoy e mandarem um oi a Dobby.

O pai de Draco deu um passo ficando frente a frente comigo, sua mão fora até meu queixo e eu continuei encarando-o com rancor.

— Você, Lynx, tem todos os traços de seu pai. Principalmente o traço de não saber quando parar de falar.

— O que está acontecendo aqui? – ouvi a voz de Molly e Arthur.

Em uma fração de segundos Lucius distanciou-se  de mim e virou seu corpo andando até a porta, com uma pose superior.

— Venha, Draco.

— Se cuide, Draco. – murmurei levantando a mão e fechei os olhos.

Você tem todos os traços de seu pai.

Mordi o lábio antes de sair pela mesma porta que eles, andei com pressa por alguns minutos trombando em algumas pessoas até achar um lugar mais quieto. Trouxe meus joelhos em direção ao meu corpo e os abracei.

Eu não era nada como meu pai, pensei comigo mesma.

Fui surpreendida quando um pedaço de chocolate me foi oferecido, olhei para o lado e encarei o homem que o segurava.

O rosto cheio de cicatrizes e as bolsas de olheiras abaixo dos olhos eram enormes, como se ele tivesse ficado acordado a noite passada (e a anterior) inteira acordado.

Lhe dei um pequeno sorriso e aceitei um pedaço de chocolate.

Ele não parecia uma ameaça.

Ficamos lado a lado durante quinze minutos até eu ouvir Fred e George gritarem meu nome. Notei uma certa curiosidade no olhar do homem ao meu lado e um sorriso pequeno brotar em seus lábios antes de eu me levantar.

— Obrigada pelo chocolate. – lhe dei um sorriso.

— Você parece muito com seu pai, Lynx. Mas você definitivamente é uma versão de Marlene McKinnon de cabelos encaracolados.

Lhe dei um sorriso e soltei um suspiro ao colocar uma mecha de cabelo atrás da orelha.

— Eu sinto que... Os pecados de meu pai... São os meus pecados.

— Nós podemos não ter conversado durante esses quinze minutos, criança. Mas eu posso lhe dizer que você não é os pecados de seu pai. Não deixe que ninguém lhe diga isso. – ele murmurou docemente ao levantar-se e colocar a mão em minha bochecha, sorrindo de um jeito maroto levemente.

Eu abaixei a cabeça e sorri com o pensamento do estranho que deu meia volta e andou em direção a uma livraria qualquer.

Ouvi os passos que assumi serem de Fred e George pararem ao meu lado.

— Quem era aquele? – George indagou quando olhei para eles.

— Eu não sei. – dei os ombros. – Ele só me disse o que eu precisava ouvir.

— Que era.... – Fred fez um gesto com as mãos e eu sorri, passando meus braços pelos ombros dos dois ruivos.

— Que eu sou mais que a minha linhagem de sangue. – murmurei para eles. – Agora me levem de volta para casa, eu preciso dar um presente a Ginny. – completei ao apontar a sacola que estava ao lado do banco que eu estava sentada antes.

— Meu Merlin, Lynx. – George bufou.

— Você é extremamente folgada, vá pegar a sacola e levo você. – o outro gêmeo falou.

Dei um sorriso antes de beijar rapidamente a bochecha de Fred.

— É por isso que Fred é meu gêmeo favorito, George.

— Fred é o seu gêmeo favorito porque você é apaixonada por ele, Black. Eu sou o melhor. – murmurou com o nariz empinado e eu revirei os olhos lhe dando um tapa no ombro antes de andar até o banco.

Peguei a sacola e olhei para o outro lado do Beco. Pude encarar Charlotte Ledger, uma aluna nascida trouxa que fora para a Slytherin no ano passado. Levantei minha mão para ela e lhe acenei animada, ela sorriu para mim e acenou também antes de continuar andando com quem provavelmente eram seus pais.

Voltei para perto dos gêmeos e me joguei nas costas de Fred.

— Você é um doce, Weasley. – murmurei enquanto ele me carregava até o lugar em que os outros membros da família estavam.

— Não acostuma Lynx, eu tô fazendo isso só porque o pai de Draco fora ridiculamente escroto com você.

Soltei um suspiro leve e Fred beijou minha mão que estava perto de seu pescoço levemente.

— Eu não conheci seu pai Lynx, e nem sei o que ele fez para te deixar assim. Mas você não é nada como ele. – completou ao que eu avistei Ginny que acenava feliz para nós três.

— Você é mil vezes melhor. – George concordou ao levar suas mãos até as minhas mechas de cabelo e bagunça-las.

 


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Notas finais do capítulo

Ei, você terminou de ler!
Me diz o que achou por favor? É realmente muito importante para mim!

Lembra de me seguir no twitter: @lynxblackinnon e @prongkins, pra gente conversar! ♡

See ya, van prongs.



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