I Wish You Were Here. escrita por vanprongs


Capítulo 6
Nosso primeiro contato com o Mapa do Maroto.




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Até o dia do meu aniversário eu tentava ignorar a presença dele ali. Na realidade eu ainda tentava faze-lo. Harry Potter havia ingressado em Hogwarts e tudo o que eu sentia era uma onda de ansiedade e pânico. Eu queria conhece-lo e tentar explicar que eu não era nada como meu pai, mas eu não queria que ele gritasse comigo e me julgasse pelos pecados que meu pai cometeu. Pois como eu sempre falava, eu não era nada igual a Sirius Black.

Eu estava sentada na arquibancada do Campo de Quadribol com todos os outros alunos vibrando, gritando e torcendo. Era o primeiro jogo de Potter, em seu primeiro ano. Fechei os olhos e me deixei suspirar. Eu não queria estar ali, mas era necessário. Eu havia feito uma promessa aos meus dois melhores amigos. Senti uma mão em meu ombro e abri os olhos, encarando Ron em minha frente. Ele me deu um pequeno sorriso e logo olhou para trás maravilhado.

Comecei a encarar Ron e Hermione, encarei Harry na vassoura e suspirei fechando os olhos novamente. Levantei-me com dificuldade e comecei a passar entre as pessoas, eu precisava sair dali o quanto antes. Andei o mais rápido que pude e acabei trombando meus ombros nos ombros de algumas pessoas da Gryff. Desci os degraus rapidamente e assim que percebi que eu estava em terra firme deixei o ar sair mais leve e abri os meus olhos, percebendo-os marejados. Joguei-me na grama e fiquei encarando o céu, tentando fazer minha respiração se acalmar e o pequeno ataque de pânico que havia inundado meu corpo diminuir.

Levantei-me da grama e comecei a andar em direção ao castelo, talvez eu devesse fazer uma pequena aventura e mostrar os achados para os gêmeos depois (para eles não ficarem tão bravos quando percebessem que eu não consegui ficar no primeiro jogo deles). Percebi alguns alunos da Ravenclaw em uma parte mais afastada do jardim e notei Cho Chang entre eles, fiz um sinal com a cabeça e ela deu um leve sorriso para mim. Continuei a andar e comecei a prestar atenção onde meus passos me levavam.

Depois de alguns minutos andando eu descobri onde estava, era uma daqueles locais que Percy tanto falava ser proibido para todos os alunos. Dei os ombros levemente e olhei para os lados, deixando um leve sorriso maroto tomar forma em meus lábios. O máximo que aconteceria era ficar na sala de Argus Filch durante duas horas.

Observei as escadas e vi Hagrid e o diretor Dumbledore saírem de uma sala conversando sobre algo que parecia ser importante, já que o primeiro estava realmente preocupado e o professor tira uma ruga de preocupação no meio de sua testa. Comecei a me aproximar com cuidado dos dois, minha curiosidade havia sido colocada a teste e eu sabia como eu me sentiria caso não a satisfizesse.

— Eu tenho absoluta certeza que a Pedra está segura. – a voz de Hagrid falou – Fofo está cuidado dela, não há nada a temer professor Dumbledore.

Eu escutei os sussurros do Guardião das Chaves e dos Terrenos de Hogwarts e assim que dei mais dois passos para tentar entender o que o diretor da escola falava senti uma mão em meu ombro esquerdo e fechei os olhos fazendo uma leve careta. Eu estava ferrada.

— O que a senhorita pensa que está fazendo nessa parte do castelo? – Filch perguntou alto chamando a atenção dos outros dois para nós.

Abri meus olhos e virei meu corpo após cinco segundos, encarei Filch com uma rebeldia que sempre existia em mim quando ele pegava eu e os meninos fazendo alguma coisa.

— Eu estava entediada. – comentei dando os ombros – E como Fred e George estão jogando.... Resolvi me aventurar pelo castelo sozinha. – completei com um sorriso convencido nos lábios.

— E o que você estava fazendo nessa área do castelo, senhorita Black? – a voz do diretor se fez presente e eu vi um sorriso nos lábios de Filch, encarei-o com raiva e virei novamente meu corpo olhando para quem havia falado comigo – Penso eu... Que meus monitores deixaram bem claro que não deveria haver presença de alunos nessa área. – Dumbledore completou e deixou a sobrancelha esquerda se arquear um pouco.

Eu poderia dizer que havia um pouco de diversão nas palavras do diretor e nas reações que elas me causavam, porque eu provavelmente estava fazendo a careta mais pasma que todas as pessoas do mundo iriam rir naquele momento.

— Bem... – comecei e senti minha voz falhar.

Você consegue fazer isso Lynx. É só falar que você estava fugindo das pessoas e precisava de aventurar um pouco. Não é como se você tivesse cometido crime algum. O único crime que você cometeu foi o de ficar entediada.

— Eu estava no jogo. – falei e encarei o diretor – Assim como o senhor, eu acredito. – a expressão do diretor mudou rapidamente para algo sério e eu sorri – Mas eu fiquei entediada e resolvi dar uma volta. – dei os ombros – E eu queria conhecer o castelo. – murmurei – Somente isso.

A expressão de Dumbledore mudou três vezes e então ele me encarou com um sorriso no canto dos lábios, olhou por cima do meu ombro e provavelmente encarou Filch.

— Eu me permito pensar que... Uma hora e meia na sala de Filch pensando sobre isso vai fazer a senhorita repensar sobre se aventurar no castelo sozinha, certo Senhorita Black? – o velho homem me perguntou e eu dei um sorriso sem mostrar os dentes.

— Com certeza diretor. – lhe respondi com a voz divertida e ele me deu um sorriso, acenando com a cabeça.

— Nos vemos no jantar, senhorita. – ele me falou e fez uma pequena reverencia, virando seu corpo e começou a andar até Hagrid novamente.

Deixei um sorriso convencido tomar conta de meus lábios e virei-me em direção a Filch deixando meus braços irem para frente e juntei meus pulsos, fingindo-me de prisioneira.

— Leve-me para meu cárcere, por favor. – informei-lhe e ele soltou um resmungo baixo.

— Você ainda vai parar de se divertir com isso. – ele falou tentando manter a voz rabugenta e eu ri enquanto o acompanhava na direção de sua sala.

— E tirar as emoções boas que você tem ao me ver aprontando algo? – perguntei e dei os ombros – Nah, eu vou continuar me divertindo com isso

— Você é idêntica ao seu pai. – ele resmungou.

Pude sentir minha expressão se tornar dura e fechei meus olhos com raiva.

— Eu não sou parecida com Sirius Black. – soltei rudemente e comecei a ignorar a presença do homem ao meu lado.

 

[...]

 

Argus Filch me deixou sozinha em sua sala. De acordo com ele era necessário ver os outros alunos o que me fez revirar os olhos.  Eu tinha que arrumar as coisas antigas que ele tinha naquele armário imundo e fechei os olhos com raiva.

Comecei a mexer ali e rapidamente a limpar algumas coisas e a encarar outras, um tanto quanto maravilhada. Olhei um pedaço de pergaminho velho e encarei-o, confusa. Havia um papel em cima dele, escrito: Eu juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom. Peguei o pergaminho em minhas mãos e o encarei.

— Eu juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom. – falei encarando o pedaço de papel.

Nada aconteceu e eu revirei os olhos notando a total perda de tempo que aquilo seria. Voltei minha atenção para o armário e terminei rapidamente de arrumar as outras coisas. Assim que notei a porta ser aberta peguei o pergaminho e coloquei nos bolsos internos de minhas vestes. Aquilo havia me deixado curiosa e eu queria descobrir o porquê daquele pedaço velho de papel estar naquela pequena sala de itens para infratores.

— Vá jantar e pense sobre nunca mais tomar uma detenção, Black. – Argus soltou grosseiramente, fazendo-me revirar os olhos e andar até a porta.

— Até semana que vem, Filch. – cumprimentei-o e saí da sala com um pequeno sorriso nos lábios.

Comecei a dar passos tão conhecidos por mim até o Salão Principal para comer algo antes que o jantar acabasse.

Assim que entrei no Salão encarei a mesa da Hufflepuff e comecei a andar até ela.

— Black se você pensa que não vai se sentar conosco hoje.... – a voz de George se fez presente atrás de mim.

— Você está muito enganada. – Fred disse aparecendo em minha frente com os braços cruzados e as sobrancelhas arqueadas levemente.

Dei um sorriso e virei meu corpo, encaixei minha mão no braço de Fred e deixei-o me guiar até a mesa da Gryffindor. Dei um pequeno sorriso para Harry, Hermione e Ron quando me sentei quase em frente a eles e notei George me encarando estranho.

— Onde você estava? – ele me perguntou e eu virei meu rosto para encara-lo após pegar um pedaço de frango.

— Filch. – falei dando os ombros levemente.

— Devemos nos sentir ofendidos por você criar problemas sem nós dois? – o outro gêmeo me perguntou e eu dei um sorriso leve para Fred.

— Eu só estava andando na área proibida. – dei os ombros novamente – E Dumbledore, Filch e Hagrid me pegaram lá.

— Você está ficando descuidada, querida amiga. – George falou com a boca cheia de comida e eu revirei os olhos.

— Engula a comida primeiro e depois falei, Weasley. – murmurei fingindo irritação – Tenha classe, por Merlin.

— Ah, comece a comer e cale a boca. – ele resmungou ainda com a boca cheia e eu dei uma leve risada lhe dando um leve tapa no ombro.

Virei meu rosto e encarei Fred, ele tinha um pequeno sorriso nos lábios e me encarava também.

— Comece a comer, Black. – o ruivo falou e eu suspirei – O jantar vai acabar logo e ninguém vai ter energia para contrabandear comida para você hoje.

— Isso é verdade – George comentou após dar um gole no suco de abóbora que havia no copo que estava em sua frente.

— Vocês puxaram muito para a mãe de vocês. – murmurei divertida e olhei para Ron – Certo, Ron?

— Certo, Lynx. – ele sorriu para mim com a boca cheia e eu dei uma leve risada para ele – Desculpe. – o Weasley mais novo pediu e eu dei os ombros.

— Não é como se você tivesse bons exemplos em casa. – comentei baixo com ele e apontei para os dois lados, mostrando Fred e George.

— Audácia. – George reclamou.

— Mentirosa. – Fred se defendeu e deu um peteleco em meu ombro – Nos respeite, constelação.

— Idiota. – resmunguei e coloquei um garfo cheio de frango na boca – Vocês que devem me respeitar. – falei com a boca cheia e George abraçou meus ombros e Fred deu uma risada que se confundiu com a de Ron e Harry deu um leve sorriso divertido para nós três.

 

[...]

 

— Eu juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom. – murmurei para o pergaminho novamente.

Era o terceiro dia que eu estava na biblioteca e tentava fazer aquele maldito pergaminho me mostrar o que ele fazia. Revirei os olhos e deixei minha testa encostar no pergaminho.

Notei duas cadeiras serem puxadas e levantei a cabeça. Olhei para os gêmeos e eles me encaravam de forma engraçada.

— Você vai nos contar o que está fazendo? – Fred perguntou para mim sério.

— Tem três dias que você fala com esse pergaminho velho. – George completou com os braços cruzados em frente ao corpo e mesmo assim deixando seu corpo ficar de uma forma desleixada.

— Eu encontrei esse pergaminho na sala de Filch no dia do jogo. – murmurei para eles, olhando para os lados e vendo que não estava chamando atenção – Tinha uma pequena nota com ele com a frase: Eu juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom. E eu quero saber se isso pode ser útil para nós, ou não. – completei com um pequeno sorriso nos lábios – Mas nada funciona.

Eles se encararam por dois minutos e voltaram seu olhar para mim. Fred colocou seus cotovelos na mesa e apoiou seu queixo em suas mãos unidas. Eu podia ver a expressão de pensamento que ele fazia sempre que ele ficava naquela posição, sorri ao observar a pequena ruga que se formava na testa dele e suspirei. Pare de perceber coisas onde não se deve observar nada, Black, fiz uma nota mental para mim mesma e notei um sorriso debochado nos lábios do outro gêmeo.

Encarei George com uma expressão fechada e ele apontou para Fred, sorriu e separou seus dedos apontando para seus olhos. Um inaudível eu vi saiu dos lábios dele e eu fechei os olhos ao sentir minhas bochechas ficarem vermelhas.

— Você tentou com a varinha? – a voz de Fred perguntou, fazendo-nos perceber que ele havia voltado para o mundo real.

— Não. – respondi com um pequeno tom de dúvida em minha voz.

Levei minha mão até o bolso de minha capa e peguei a varinha. Apontei-a para o pergaminho e suspirei levemente.

— Eu juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom. – murmurei, tentado não chamar muita atenção.

E então o pergaminho começou a ter escritas e desenhos.

 

Messrs Moony, Wormtail, Padfoot, and Prongs


Purveyors of Aids to Magical Mischief-Makers
are proud to presente.


THE MARAUDER'S MAP

 

Nós três nos olhamos e olhamos para o pergaminho sorrindo. Nossos sorrisos provavelmente eram os mesmos marotos desde o primeiro dia em Hogwarts.

— Acho que você estava certa Lynx. – Fred começou a falar e eu o olhei com um pequeno sorriso nos lábios – Isso vai nos ajudar, muito.

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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler até o final, não esqueça de deixar reviews ♥
Desculpem qualquer errinho!
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see ya, xx.