I Wish You Were Here. escrita por vanprongs


Capítulo 4
Minha primeira briga foi aos 13 anos.




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Eu andava de um lado para o outro em meu dormitório com as mãos na cabeça, era meu aniversário e eu já estava suspirando.

Derrotada.

Em todos os meus os meus aniversários, desde que eu era pequena, eu usava uma pequena corrente e uma blusa, da Gryffindor, que era da minha mãe, algo que meu pai roubou da casa dela no dia que ela foi assassinada.... Antes de ele ser preso.

E esses dois itens estavam sumidos desde a noite anterior ao dia vinte e um de outubro. Eu não os encontrava de jeito nenhum, e aquilo estava me deixando louca.

— Eu não esqueci em casa. – afirmei – Me lembro de colocar no malão antes de mama Andy pedir para colocá-lo na sala junto com as coisas de Tonks. – suspirei enquanto murmurava para mim mesma e para uma das meninas de dormitório.

— O que você está procurando Lynx? – Amy me perguntou, sentando-se em minha cama – Nós vamos perder o café da manhã desse jeito. – ela suspirou mexendo nos cabelos loiros.

— Eu sempre uso uma pequena corrente que era da minha mãe, e uma blusa também.... No meu aniversário – confesso a olhando com um pequeno sorriso nos lábios – E eu tinha certeza que eu havia colocado no malão, mas eu não encontro nenhuma das duas coisas.

Percebi Amelia arregalando os olhos levemente e tentando forçar uma expressão suave e normal, deixou um sorriso escapar de seus lábios e me encarou com uma expressão levemente angelical. Deixei minha testa se franzir um pouco e a encarei com os olhos semicerrados.

Era típico de Amy fazer essa expressão quando tentava se safar de algo que ela havia aprontado ou de algo que ela sabia como havia acontecido. Principalmente quando ela sabia quem havia o feito. E eu conhecia essa expressão, porque ela sempre usava quando tentava limpar minha barra com os monitores da escola ou com os professores.

—  Há alguma chance de você saber onde, e principalmente com quem, esses itens estão? – indaguei aproximando-me dela com um pequeno sorriso sério em meus lábios.

Notei sua garganta engolir seco e ela fechar os olhos, deixando uma expressão de culpa apoderar-se de seu rosto.

— Por Merlin, Black! – exclamou a menina loira – Será possível que eu nunca vou conseguir mentir para você? – Amelia perguntou divertida e abriu os olhos, encarando-me nervosa – Tudo bem...  Foram Fred e George. – admitiu – Eles me pediram para encontrar um pequena corrente ourada que tinha um símbolo de cachorro e uma pedrinha preta. – soltou com um olhar um pouco culpado – E uma blusa de frio vermelha e dourada, da Gryffindor. – concluiu com uma expressão de pensamento, provavelmente ela estaria ponderando o quão errado aquela ação fora.

— Você entregou para eles? – perguntei e ela acenou com a cabeça concordando rapidamente – Pelo menos eu sei onde ambos estão. – conclui e lhe dei um pequeno sorriso – Agora vamos tomar café, eu peço pra eles depois. – falei antes de dar os ombros e andar até a porta de nosso dormitório.

Saí do quarto com Amy e ela resmungava algo como ‘‘Da próxima vez tente ser mais tranquila ao meu falar o que está perdido, eu achei que estava morta’’. Dei um sorriso travesso para ela e desci as escadas que davam ao Sala Comunal da Hufflepuff, dando de cara com Cedric Diggory e pendi a cabeça para o lado, arqueando uma das sobrancelhas.

— Feliz aniversário, Black. – ele deu um de seus grandes sorrisos que mostrava todos os seus dentes brancos e abriu os braços aproximando-se de mim para me dar um abraço.

Eu coloquei minha mão em seu peito antes que ele pudesse fazer qualquer movimento que fizesse-me abraça-lo e suspirei.

— Eu não sou de abraços Diggory. – confessei rapidamente e ele me encarou com uma expressão fechada e os olhos semicerrados – Mas obrigada pelos parabéns. – continuei a falar e deixei minha cabeça inclinar-se para o lado esquerdo – De verdade. – concluí.

Dei alguns passos e saí da Sala Comunal, com Amy ao meu lado, sem sermos paradas nenhuma vez para que eu fosse cumprimentada pelo meu aniversário. Não que aquilo me fizesse mal. Eu sabia como as pessoas se sentiam por conta de meu pai.

Sirius Orion Black, o melhor amigo dos Potter, aquele que os traiu.

Eu nunca seria como meu pai, eu tinha horror ao que ele tinha feito e ainda mais horror a ser comparada a ele. Balancei a cabeça negativamente e segui com a lufana para o Salão Principal, dando de cara com a professora McGonagall fazendo gestos com as mãos e, aparentemente, punindo Fred e George.

— O que vocês estavam pensando? – ela falou séria e seu olhar de desaprovação saíam como lasers para os dois ruivos em sua frente que tinham uma pose de divertimento.

Revirei os olhos para os dois e dei alguns passos, me aproximando dos três.

— Professora McGonagall. – eu suspirei ao chamar sua atenção e ficar em frente ao meninos, recebendo um olhar duro de Minerva – O que eles fizeram dessa vez?

— Fogos! – a mulher exclamou nervosa levando seus braços para cima – Eles estavam planejando fogos de artificio no Salão Principal para seu aniversário Senhorita Black. – me informou e eu fiz uma pequena expressão de surpresa, deixando um pequeno sorriso sair de meus lábios – E eu duvido que a senhorita não tinha ideia que isso iria acontecer. – me acusou e eu dei os ombros – Em pleno café da manhã. – ela falou novamente encarando-nos com julgamento em seu olhar.

— Eu não sabia. – deixei minha voz sair em um tom leve e mordi os lábios tentando segurar a pequena risada que eu gostaria de soltar naquele momento ao ver ela realmente irritada com o que eles iriam aprontar – Desculpe-os professora, isso não irá acontecer. – completei e umedeci os lábios tentando manter minha postura firme enquanto ela me dava um olhar semicerrado de descrença.

— Se acontecer, vocês três estarão encrencados. – ela murmurou com um tom de voz irritado e eu pude ver, pelo canto dos olhos, George concordar com a cabeça.

McGonagall virou seu corpo e alguns alunos que observavam a cena se separaram, deixando um caminho para ela passar e voltar para o Salão Principal e para a mesa dos professores. Antes que eu pudesse suspirar de alivio e virar meu corpo para conversar com os gêmeos a vi parar no meio do caminho e dar meia volta com o corpo, encarando-nos.  

— Estão avisados. – sua voz de comando se fez presente e um pequeno sorriso brotou em seus lábios.

 Depois dessa frase a professora virou seu corpo novamente e começou a dar alguns passos seguindo seu caminho para a mesa dos professores, enquanto uma parte de suas vestes deslizava pelo chão.

Abaixei a cabeça escondendo um sorriso, coloquei minhas mão no bolso de minha capa  e balancei a cabeça de um lado para o outro com os olhos fechados.

— Feliz aniversário Lynx. – George falou risonho e passou seus braços por meus ombros, puxando-me.

George Weasley virou meu corpo de frente ao seu e puxou-me para um abraço. Tirou meus pés do chão e me rodopiou rapidamente me fazendo rir e bater em seu ombro. Um pequeno pedido para que eu fosse colocada no chão foi feito por meu tom de voz sem ar.

— Nós temos muitas coisas preparadas para você hoje – o rapaz que havia acabado de me colocar no chão comentou com um sorriso orgulhoso nos lábios.

— Uma dessas coisas seria me devolver a blusa e a corrente que vocês pegaram sem permissão do meu quarto? – indaguei e observei Fred se aproximar, passando os braços pela minha cintura e me abraçando com cuidado.

— Nós não pegamos sem permissão, pedimos para Amelia. – Fred me respondeu rindo enquanto eu passava meus braços por seus ombros aceitando seu abraço apertado – Feliz aniversário, Black.

— Obrigada, Weasley. – murmurei sorrindo e ele deixou um beijo em minha bochecha – E as coisas são minhas, a permissão dada deve sair de mim.

Fred ainda abraçado em mim ignorou o que eu havia falado e se afastou vagarosamente. George ficou ao meu lado esquerdo enquanto o outro gêmeo ficava ao meu lado direito, estenderam o braço e deixei minhas mãos passarem por seus braços; desse jeito começamos a andar até o Salão Principal, juntos.

— Vocês não vão fazer os fogos aqui, certo? – eu perguntei quando começamos a andar; apertando os braços dos meninos com minhas unhas por cima de suas vestes e Fred resmungou meu sobrenome ao fazer uma leve careta, me fazendo sorrir.

— Agora que fomos descobertos? Você terá seus fogos Black. – o outro começou de forma misteriosa – Mais tarde – George completou com as sobrancelhas arqueadas e um sorriso travesso nos lábios quando chegamos à mesa da Gryffindor e eu suspirei encarando-os – Hoje você tomará seu café da manhã conosco, fomos a cozinha e pedimos para eles fazerem o se favorito. – o menino exclamou me fazendo olhar para Fred.

— Torta de Abóbora. – a voz dele se fez presente e um sorriso brotou em seus lábios enquanto ele se sentava.

Fred puxou-me para sentar ao seu lado e George nos acompanhou sentado ao meu lado vago. Deixei minha expressão levemente fechada e os encarei com um ar esnobe.

— Vocês conseguiram me ganhar. – soltei com o nariz empinado olhando a torta de abóbora aparecer em minha frente.

 

[...]

 

Ao sair da aula de Defesa Conta Artes das Trevas me deparei com Percy Weasley de braços cruzados me olhando sério.

Seu uniforme impecavelmente arrumado e a gravata ajeitada ao meio da camisa, por Merlin quem o visse daquele jeito poderia saber que ele era um Weasley, mas nunca falariam que ele era irmão de Fred e George.

— Eles vão aprontar algo hoje, não é? – me perguntou quando me aproximei dele com um sorriso nos lábios; eu inclinei a cabeça para o lado direito – Não finja que não entendeu o que eu quis dizer Lynx, eles vão fazer algo. – concluiu sua linha de pensamento, sério.

— Eles fazem algo todo dia. – comentei com ele e dei os ombros levemente com um leve sorriso debochado saindo de meus lábios – E se eles fizerem vai ser pela data de hoje...

— E que dia eles deveriam comemorar hoje.... – ele começou a formar sua pergunta quando fomos interrompidos.

— Ai está você. – Dora apareceu com um sorriso no rosto passando o braço pelos meu ombros – Feliz Aniversário, Lynx – deu um leve beijo em meus cabelos, fazendo um leve carinho em meu ombro; ela olhou para Percy e sorriu de forma divertida para ele – Olá Weasley.

— Tonks. – ele sorriu em retorno para ela e me olhou – Eu vou deixar passar se eles não fizerem algo terrível, ok? – me informou com uma leve expressão séria retornando ao seu rosto – Considere isso um presente de aniversário.

— Obrigada Percy. – sorri ao vê-lo virar de costas para mim e para Nymphadora e começar a andar.

Andei em direção aos jardins com minha prima enquanto ela não parava de falar que não via a hora de sair de Hogwarts e iniciar seus estudos no curso de Aurores, onde ela queria ser treinada por Alastor.

Todas as vezes que Nymphadora estava por perto na época de meu aniversário ela tentava ao máximo fazer com que eu focasse em outras coisas que não fosse todo o drama com meus pais, para algumas pessoas aquilo poderia soar irritante, mas era realmente importante não focar em nada que me deixasse triste.

— Wow – ela comentou ao parar bruscamente e me virar de frente a ela, Dora tinha uma feição nervosa – Você não vai acreditar no que está acontecendo ali no jardim.

— Se você deixasse eu me virar eu, com toda a certeza do mundo, acreditaria. – comentei ao me desfazer de meus devaneios.

Comecei a virar meu rosto para tentar encarar o que ela encarava.

— Espere. – ela pediu e puxou meu rosto e mordeu os lábios rapidamente tentando pensar em algo – Me dê sua varinha.

— Por que eu te daria minha varinha? – indaguei antes de ouvir uma risada – Cho Chang. – murmuro fechando os olhos e coloco a mão direita dentro do bolso de minha capa, entregando a varinha para minha prima.

Nymphadora soltou meus ombros devagar e eu pude virar meu corpo.

Não era possível, eles não tinham feito isso.

Aquela oriental metida a Ravenclaw. Ela estava com a blusa de minha mãe. E aquilo no pescoço dela? Era meu pingente?

Pendi a cabeça para o lado e deixei uma respiração pesada sair de meus pulmões.

Mordi meu lábio superior com força e fiz movimentos negativos com a cabeça, voltando-a para o centro de meu corpo. Foi bom tio Edward ter me ensinado luta trouxa, eu podia ter entregado minha varinha, mas eu ia acabar com a cara daquela primeiranista.

Andei com passos firmes até os gêmeos e Cho, meus pulsos estavam fechados e eu sabia que se eu pudesse soltar lasers de maldições imperdoáveis eu estaria fazendo-o naqueles exatos segundos que eu andava até eles.

Os três estavam de costas para mim e riam de alguma coisa que uma das amigas de Chang havia falado.

Ótimo, vai ser a última vez que alguém verá Cho Chang rir.

Cutuquei o ombro da menina e assim que ela virou seu sorriso animado desapareceu, dando lugar para um sorriso debochado.

— O que está fazendo aqui Black? – ela perguntou irônica e eu não podia mais me aguentar.

Eu dei um soco na cara oriental de Cho Chang, e eu teria feito o mesmo com Fred e George Weasley se Cedric Diggory não tivesse me puxado e me levado, sem meu consentimento, em seus ombros, para a Sala Comunal da Hufflepuff.

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