I Wish You Were Here. escrita por vanprongs


Capítulo 10
O Primeiro Dia Com Meu Pai.


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que demorei! Mas não abondei tá? Só foi meio conturbado escrever... Tanto que dividi o primeiro encontro deles em três partes.

Espero que vocês possam me perdoar e que gostei da leitura, lembre-se que eu amo cada pedido de ''não abandone isso'' porque me faz ver que essa fanfic é tão apaixonante pra vocês quanto é pra mim.

Um agradecimento especial para a Luane, a melhor brousin do mundo, porque sem ela eu não teria a carta do Sirius, te amo brousin!!!



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Os primeiros dias das férias haviam passado rápido aquele ano, Sirius rondava sempre a nossa casa em sua forma animaga, mas nós dois nunca havíamos trocado uma palavra, mesmo que eu saísse diariamente para lhe levar água ou ficar sentada ao seu lado. Eu sabia que era ele porque Dora havia me dito, mas sabia também que não podia contatá-lo, já que ainda o procuravam. 

Contava a ele todas as coisas que me lembrava desde que era pequena, das brigas com primo Lucius e das vezes que Bellatrix havia tentado fazer minha cabeça para juntar a sua causa, descrevi o dia em que encontrei com os meninos pela primeira vez e todas as nossas aventuras em Hogwarts. O vi abanar o rabo peludo quando contei sobre o mapa que havia achado na sala de Filch e como aquilo havia ajudado nas nossas armações, suas orelhas abaixaram e ele soltou um pequeno choro quando contei de minha briga com Harry, o que me fez bufar e olhá-lo pelo canto dos olhos.

— Você não pode esperar que eu seja melhor amiga dele só porque você era melhor amigo de James. - eu dizia vez ou outra - Não tenho culpa se não consigo vê-lo de outra forma que não seja alguém que guardou para si um segredo desse tamanho. 

E então as visitas de meu pai ficaram mais escassas. Fred havia me mandado uma carta falando que eu estava convidada para assistir a Copa de Quadribol com ele e sua família, é claro que Potter estaria lá, mas no final da carta havia um recado:

 

Não aceitamos que você não vá por causa de Harry, você pertence a nossa família tanto quanto ele, então você vai. Mamãe até conversou com Andromeda, então sem desculpas. 

 

Eu estava condenada. E era tudo culpa de Andromeda Tonks. 

Amava aquela mulher, mas a única coisa que eu queria era ficar assistindo Quadribol com Harry Potter ao meu lado, e pior: dormindo na mesma barraca. Não que a barraca dos Weasley fosse pequena, por Merlin, eu amava magia e principalmente tudo o que ela proporcionava. Mas eu sabia que seria questão de segundos antes de eu voar no pescoço magricela daquele quatro olhos. 

Sim, eu era explosiva. Edward falava que nisso eu era extremamente parecida com mamãe. 

— Eu não quero ir. - disse em um cochicho para Nymphadora, quando minha prima entrou em meu quarto.

— Tenho uma válvula de escape. - a metamorfa confidenciou para mim e piscou os olhos cinzentos, abanando um envelope em suas mãos - Conversei com seu pai sobre a ideia dos meninos... E ele tem outros planos para você durante a Copa. - um sorriso surgiu em meus lábios ao ver minha prima feliz, mas eu ainda não havia entendido - Por Morgana! - resmungou, bufando de leve - Pegue logo esse bilhete, você sabe ler Lynx! 

— Nymphadora, acho que suas missões estão lhe deixando tão ranzinza. - murmurei irritada pegando o envelope em suas mãos e vendo uma grafia cursiva, sorri ao ver o nome Padfoot descrito ali e voltei a olhar para minha prima - Desculpe te chamar de Nymphadora, você é a melhor. - ri baixo antes de lhe dar um beijo na bochecha.

Andei rapidamente para minha cama e me joguei contra o colchão macio da cama recém arrumada, era o primeiro bilhete de papai e eu estava feliz com aquilo.

Tonks havia falado que ele tinha planos, mal poderia esperar para saber quais eram.

— Se ficar pensando nos planos e não ler logo essa carta, juro que te amaldiçoo ainda hoje, Black. - a bruxa de cabelo cor-de-rosa disse ao sentar-se na beirada de minha cama.

— Você realmente anda estressada, Tonks. 

Minha prima revirou os olhos e fez um sinal com a mão para que eu andasse logo com o que quer que fosse.

Puxei o ar com paciência e abri o envelope que guardava o pedido de papai.

 

 Minha estimada Lince; 

 Estive pensando em você com mais frequência do que posso descrever, e ouso dizer que seja culpa da saudade que sinto de estar em sua presença.Como tem passado, filha? 

Espero que bem. Espero que melhor do que eu, principalmente. 

 Estive em contato com a Tonks e felizmente tive permissão de pedir-lhe o que estou prestes a dizer. Sei que tem estado com os Weasley, assim como tenho certeza que os acompanhará até a Copa Mundial de Quadribol.Pensei na contante possibilidade de você me encontrar na véspera do jogo para passarmos um tempo juntos, adoraria vê-la de perto novamente e conversarmos. Se assim você quiser, é claro. 

 Só peço que não responda esse bilhete. Mande sua resposta através da Tonks pela segurança de nós dois Ficarei esperando.Cuide-se, querida. E espero vê-la em breve. 

Com o carinho de sempre, 

 Padfoot.  

 

☾☾☾

 

Era cristalino o que eu faria naquela época da Copa, havia pedido para que Tonks informasse aos Weasley que não poderia ir. Eu queria ficar com meu pai, sabe? Tirar todo o tempo perdido, toda a dor que inundava meu coração ao lembrar de todas as datas comemorativas que eu pensava nele de uma forma rude - e mesmo assim o queria ali. Eu precisava da presença paterna que Sirius Black era, e principalmente precisava do amor que ele emanava, mesmo por uma simples carta.

Olhei para a minha prima novamente, Andromeda havia me dado um abraço e alguns bolinhos para que eu levasse à ele, mordi o interior da bochecha quando Ted me abraçou rapidamente e me desejou uma boa viagem, sendo seguido por Andy. 

— Se comporte e lembre seu pai que ele é muito querido em nossa casa. - a mulher cochichou antes de beijar minha testa.

Foi então que cruzei meu braço ao de Nymphadora e senti meu estômago repuxar. 

Eu odiava aparatar, voar poderia ser mais demorado, mas era bem melhor. 

Meus olhos estavam atentos para que pudessem focar logo em alguma coisa, a imagem de montanhas fez-se diante de mim e franzi minha testa.

— Achei que ele estivesse na antiga casa dos Black. - murmurei.

— Estamos tentando deixá-lo cem por cento seguro primeiro. - a metamorfmaga comentou e piscou o olho, ao deixar seus passos a guiarem para a enorme casa de campo que estava em nossa frente - Foi aqui que você morou com seus pais, antes de... Você sabe. - murmurou como se contasse algum segredo e subiu os curtos degraus que a levaram para a porta de entrada. 

Sem prestar atenção no que quer que a bruxa em minha frente fizesse, caminhei atrás dela tentando me recordar de cada momento naquela casa e resmunguei comigo mesma quando percebi que não recordava de nada.

— Vá com calma, minha pequena constelação, a casa está diferente do que era há um tempo atrás. 

E em um piscar de olhos ele estava na minha frente. A barba por fazer, os cabelos compridos e totalmente desarrumados. 

Agora eu entendia o que todos falavam, eu era realmente a cara dele.

Senti que ia chorar quando em questão de segundos os braços dele passaram pelo meu pequeno corpo, e era como se tudo o que eu tivesse passado fosse para chegar aquele exato momento.

 

☾☾☾  

 

Sirius observava todos os meus movimentos e isso me deixava inquieta enquanto eu comia. O encarei e levantei as sobrancelhas, arrancando uma curta risada de meu pai. 

— Esperei anos por esse momento, mais do que me vingar de Peter. - disse suavemente - Eu senti tanta sua falta Lynx, todos os meus malditos dias naquela cela. 

— Estou aqui agora. - foi tudo o que consegui dizer após engolir uma garfada e me levantar para andar até ele - E estou feliz por estar aqui. 

Um sorriso doloroso surgiu em seus lábios quando Black me puxou para outro abraço e beijou meus cabelos desgranhados. 

— Sua mãe... - a voz dele parecia embargada agora - Ela teria tanto orgulho da mulher que você se tornou. 

— Eu ainda não sou uma mulher, pai. - resmunguei e o ouvi soltar uma risada contra meus cabelos. 

Descobri em alguns minutos com Sirius Black que o sua risada era o meu som favorito no mundo, junto com a de Fred. 

— E nunca será. - resmungou também e nos afastou, olhando novamente para mim que o encarava incrédula - Desculpe, sua mãe me bateria agora por esse comentário.

— O senhor iria merecer. - ri baixo e mordi o canto do lábio - Sirius?

— Você pode me chamar de pai, sabe? 

— Eu sei. - soltei divertida e fechei os olhos - Bem... Pai? 

— Sim, pequena constelação? 

— O que você sabe sobre o Mapa do Maroto? 

Ele simplesmente deu um sorriso travesso antes de puxar-me para a sala e me contar tudo o que havia se passado entre ele, James, Remus e Peter. 

Todas as vezes que James ou Harry eram mencionados meu estômago revirava, os Potter pareciam ter esse poder contra mim. Eu conseguia ter certa aversão pelo Menino que Sobreviveu pelas besteiras que ele havia me dito, e principalmente por ele ter feito o mesmo comigo, mas ao mesmo tempo eu sentia carinho por ele e sabia que isso se dava aos nossos pais serem melhores amigos. 

— Então você e o Weasley...

— Nymphadora é uma fofoqueira, não tem nada entre Fred e eu.

— Você tem quinze anos, é normal que haja fagulhas em relação à alguém, principalmente alguém tão próximo de você? - ele disse simplesmente e eu revirei os olhos.

— Por favor... - implorei para que ele parasse de falar, mas o vi abrir a boca novamente - Vocês confundem as coisas, Fred é tão meu amigo quanto George. 

— Lynx Black, eu sou o rei da mentira em relação a isso... Na verdade eu e Marlene éramos. - a voz de meu pai soou divertida e ele se ajeitou na poltrona novamente - Foi você que nos fez morar juntos, e entender o que realmente sentíamos. 

Deixei um sorriso tomar conta de meus lábios quando olhei em volta, consegui me ver pequena voando em uma vassoura de brinquedo e uma mulher de cabelos loiros brigando com a versão mais nova do homem que estava naquela sala comigo.

— Remus disse que sou tão energética e cabeça dura quanto mamãe. 

— Você sempre foi. - ele me informou e soltou um assobio com os lábios - Seu gênio sempre foi uma mistura de nós dois, por isso que quando  você enfia uma coisa na cabeça...

— Só arrancando ela para tirar. - murmurei - Andromeda sempre diz isso para mim. 

Nossas risadas se confundiram e senti que meus olhos iriam se inundar novamente. 

— Queria que os meninos pudessem te conhecer, estar com você e tudo mais. - suspirei - Padfoot é basicamente uma lenda para nós três, mas acho que os gêmeos teriam medo que você arrancasse suas cabeça se soubesse tudo o que nós aprontamos. 

Papai riu e me encarou de forma divertida. 

— Deixe a copa acabar, prometo dar um jeito de te ver antes das aulas começarem e tentar fazer com que Moony ou Nymphadora tragam vocês até aqui... Se Molly deixar, é claro. 

— Eles irão te importunar para contar as histórias da sua época. - murmurei e umedeci os lábios, nervosa - Bem... Fui eu que encontrei o Mapa, mas não sabia como fazer aquele pedaço velho de pergaminho funcionar. - resmunguei e o ouvi resmungar junto de mim.

— Não chame meu Mapa de pedaço velho de pergaminho, ficamos meses para deixar ele perfeito! - Sirius disse rispidamente e eu ri - Com quem ele está agora? 

— Os gêmeos o passaram para Potter, que tinha o passado para Remus... Mas acho que está de volta com o quatro olhos. - dei os ombros.

— Sabe que teremos que conversar sobre esse relacionamento de ódio entre vocês, certo?

— Sei que não quero conversar sobre isso, pelo menos não agora. Harry mentiu para mim e como você e Lupin disseram: meu gênio é extremamente forte. - falei ao fechar a expressão e me levantar - Posso ir para meu quarto? 

— Lynx...

— Está tudo bem, papai. - disse abraçando meu próprio corpo e o olhando calmamente - Só preciso de um tempo para mim mesma. 

Sirius concordou com a cabeça e apontou para a escada com a cabeça.

— Você saberá qual é a porta assim que a ver, pequena. 

Concordei com a cabeça e me pus a subir os lances da escada.

Realmente não havia sido difícil de achar meu quarto, na porta havia desenhado a minha constelação e no batente haviam riscos que provavelmente indicavam a altura que eu tinha na época. Sorri triste com aquilo e abri a porta, como mobília era possível ver apenas um berço velho, uma cômoda e alguns brinquedos. As únicas coisas que destoavam dali eram uma cama recém colocada ali, minha mala de viagens e uma caixa vermelha e amarela.

Me aproximei rapidamente da caixa que estava em cima da colcha cinza e vi a caligrafia de meu pai novamente. 

 

Achei que você gostaria de ter algo de sua mãe, encontrei isso no sótão esses dias... E bem, ela deixou para você.

Espero que te faça bem ler e ver essas coisas, pequena constelação. 

Você sempre foi e sempre será muito amada. 

 

☾☾☾ 

 

No momento seguinte abri a caixa e me deparei com um envelope em cima, era uma carta. Uma carta de Marlene McKinnon para mim e antes que eu pudesse ler, senti minha visão extremamente embaçada e um sorriso triste surgir em meus lábios. 

Era possível sentir falta de alguém que nem lembrava da existência? 

Porque eu tinha certeza de que era, e cada vez que eu via qualquer coisa de mamãe, eu conseguia me sentir pequena e desprotegida. 

Tomei coragem e abri o envelope.


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Notas finais do capítulo

O que será que tem na carta de Marlene, vocês tem alguma dica? E dentro da caixa? Deixem suas opiniões nos comentários ou falem comigo no twitter, lá eu estou como @ladymorriganr



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