Timeline escrita por Frost


Capítulo 9
The ''A'' team


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores!!!

Primeiro, muito obrigada pelo carinho que vocês estão tendo por ''Timeline'', vocÊs estão sendo incríveis. Segundo, eu prometi e aí está um pequeno flashback da família Allen vs Scópic. E, por favor, leiam as notas finais quero a opinião sobre uma coisinha lá.

Obs: Scopic foi super inspirado no personagem ''Tate Langdon'' do Evan peters em AHS.



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Central City, 2032

— Quantas vezes eu vou ter que pedir desculpas? — o moreno disse, cutucando as costelas da irmã com o dedo indicador —Vamos lá, Norazinha. Até o papai já esqueceu.

Nora desviou os olhos da tela do seu celular para encarar os olhos esverdeados do seu irmão. Ela, apesar de já ter o perdoado, estava o evitando, e ele não aguentava mais isso. Podia lidar com as broncas dos seus pais, porém, não podia lidar com  a indiferença de Nora. Ela era sua irmã, a pessoa mais importante pra ele. Sabia que havia a magoado, e quebrado um daquelas regras que eles haviam criado. E realmente sentia muito por isso.

— Você é tão idiota, pensou mesmo que eles não achariam você?

A boca de Noah se curvou em um bico.

— Eu sei que sou um idiota — ele sorriu, estalando a língua no céu da boca —, mas ainda sou seu irmão idiota, não sou?

Ela ignorou a tentativa de brincadeira do irmão, apenas revirou os olhos e voltou para seu joguinho no celular.

— Você não pode simplesmente fugir todas as vezes que o papai disser que você não pode fazer algo —disse, e o moreno mordeu o lábio inferior, sabia que sua irmã estava certa, mas nunca admitiria isso em voz alta.

— Só vamos deixar isso para lá — ele encostou a cabeça no ombro da irmã, fazendo ela sorrir, era impossível. Noah era o demônio — Odeio ficar brigado com você.

— Da próxima vez que você tentar fugir, eu vou quebrar toda sua coleção do Star Wars — riu assustadoramente, Noah fez uma careta, como se tivesse chupado um limão.

Nora podia ter o rosto de um anjo, mas ele sabia que ela era bem capaz de quebrar todos os seus DVDs apenas para se vingar dele. Felizmente, ela nunca havia de fato cumprido uma ameaça, pelo menos não com ele.

—Você sabe que ele não esqueceu, não é? — ela perguntou, e o moreno apenas riu.

— Claro que eu sei, ele está furioso.

— Só não faça mais, Noah, eu quase tive um colapso nervoso junto com a mamãe.

— Eu sei — ele sussurrou — É por isso que você está assim?

Nora balançou a cabeça negativamente mordendo o lábio inferior.

— É só um pressentimento ruim, estou preocupada — sussurrou, como se estivesse compartilhando um segredo.

— Com o que exatamente você está preocupada? — Noah perguntou, e ela apenas deu de ombros, encostando a cabeça no ombro do irmão.

— Está tudo bem Nora, não acha que eles vão me matar, acha?

Nora sorriu, fazia quase três horas desde que Barry entrara no córtex trazendo Noah pela orelha. O velocista havia dado apenas uma regra para os gêmeos: não usarem seus poderes, apenas se fosse extremamente necessário. E Noah a quebrou, e ainda fugiu. Ela sabia que seus pais estavam chateados pela pequena fuga dele até Hub City, mas eles nunca seriam duros demais com Noah.

— Minha morte iminente é engraçado pra você?

— Claro que é, você está tão ferrado, Noahzinho — brincou, fazendo o moreno revirou os olhos para o apelido.

— Você é a pior irmã gêmea do mundo.

[…]

Barry depositou o café intocado na mesa da esposa que lhe agradeceu com um beijo casto antes de apontar para os dois filhos sentados em cima da mesa. Barry não precisava que ela dissesse nada com palavras, o olhar da sua esposa já era o suficiente para saber; ele tinha que ir até lá, resolver de uma vez por todas aquele assunto. Ele não gostava de brigar com os filhos, mas ultimamente havia ficado impossível. Se já era difícil lidar com dois adolescentes “normais”, imagina com dois adolescentes com supervelocidade. Era duplamente impossível.

— Você não vai me deixar de castigo até o fim do ano, vai? — Noah perguntou, assim que Barry se sentou em uma das cadeiras giratórias a frente deles.

— Não! — Barry bufou, fazendo os gêmeos se entreolharam.

—Sério?! —Nora parecia chocada, assim como o irmão.

— Claro que não! Eu vou te deixar de castigo até o fim da sua vida. Não sei o que você estava pensando, Noah.

Nora olhou fixamente para a mesa do outro lado da sala, procurando por ajuda.

— Eu não estava pensando. Só queria usar meus poderes, e também queria ir à esse show com Tommy — explicou Noah, culpado. Sua voz estava calma, mas o olhar estava triste. O que quase fez Barry amolecer — Eu sinto muito, não queria deixar você e a mamãe zangados comigo.

— Querido, seu pai não está zangado por ter usados seus poderes — Caitlin apareceu abraçando o pescoço de Barry.  

— Não?!

Barry balançou a cabeça negativamente.

— Então porque está me deixando de castigo até o fim do ano?

— Primeiro, é até o resto da sua vida — o mais velho disse, fazendo as garotas rirem — segundo, você resolveu fugir sem pensar que seus pais ficariam preocupados. Não me importo que você ou Nora usem seus poderes, mas preciso que meus filhos sejam cuidadosos. Isso não se trata apenas de chegar mais cedo na escola…ou sobre fugir para Hub City para ver um show de rock. Esse poder é algo grande, e se usados da forma errada pode ser horrível.

O mais novo mordeu a lábio inferior, envergonhado. Levantou da mesa de metal, encarando seus pais — Eu sinto muito,pai e mãe, será que podem me perdoar? Juro que nunca mais vou fazer isso.

Barry suspirou fundo, levantando da cadeira e puxou o filho para um abraço. Era sempre assim com eles, as coisas sempre ficavam bem no final das contas.

— Graças a Deus! — Nora gritou — Pensei que a mamãe ia ter que começar o discurso dela, já estava me preparando.

Caitlin estreitou os olhos para a filha, que riu pulando da mesa para abraçá-la.

— Ele morreria de fome de qualquer forma, não sabe nem fritar um ovo — Nora disse, fazendo seus pais gargalharem — Você não duraria um dia longe da gente.

Noah teve que concordar, não viveria sem aquela família.
— Será que podemos negociar esse lance de castigo até o fim da vida?

—Claro que sim, querido! — Caitlin depositou um beijo terno na bochecha do filho — Talvez até você completar cinquenta anos está bom.

Barry riu, quando a esposa ergueu a mão para bater na dele, fazendo um ''High-5'' desajeitado.

A bolha familiar foi estourada quando o bipar do computador começou a soar por todo o córtex, fazendo a família correr em direção aos computadores, seguido por Cisco que nenhum deles havia reparado que estava ali.

— Um meta-humano — Noah disse. O grupo começou a olhar as imagens da câmera de segurança da principal avenida de Central City. Barry não esperou muito antes de colocar seu traje correr em disparada até o meta-humano.

Nora respirou fundo, quando seu pai saiu do córtex, aquela sensação de mais cedo voltou como um soco no estômago, levando embora todo o bom humor que havia adquirido naqueles minutos em família.

[…]

Barry observou as pessoas saírem de seus carros, assustadas. Estava uma confusão de pessoas correndo e desmaiando, como se estivesse sofrendo uma convulsão, outros ao seu redor andavam com a mão na cabeça. A Avenida principal estava parecendo um apocalipse zombie. A chuva forte que caia em Central City, junto com aquela névoa estranha, estava praticamente o deixando cego. Ele enxerga um palmo à sua frente.

— Barry, oque esta acontecendo? Estamos com pouca visão — Caitlin perguntou no comunicador, sua voz saiu entrecortada e Barry teve que leva a mão até o aparelho na sua orelha direita para ouvir melhor — Algumas câmeras não estão funcionando.

— Eu não sei, as pessoas estão malucas. A coisa está feia — Barry disse, desviando de alguns carros abandonados — A chuva e essa névoa não estão ajudando, tente achar o Wally, talvez eu precise de reforço.

— Não conseguimos ver o meta — Cisco disse, e Barry podia ouvir o barulho das teclas do computador sendo apertadas rapidamente.

— É… um cara — Barry disse, quando chegou mais perto do final da rua, olhando pela primeira vez o meta.

Nora sentiu seu coração apertar ainda mais e segurou firme o pulso do seu irmão, os gêmeos estavam tentando não se envolver no trabalho dos pais, porque quem não ajuda sempre acaba atrapalhando e Nora acreditava piamente nisso.

— Está brincando! Está saindo algum gás das mãos dele — Barry gritou, começando a tirar as poucas pessoas que ainda não alucinavam do meio do caminho do meta.

—Estamos lidando com um Kid Nimbus? — Cisco perguntou, fazendo Caitlin revirar os olhos para o apelido.

—Eu não sei, Cisco. São muitas pessoas desmaiadas.

—Barry… estamos cegos. Diabos! As câmeras desligaram.

Ele não podia esperar por Cisco ou Wally, o negócio estava ficando fora de controle. O velocista correu até o homem de cabelos claros, assim que parou, o meta lhe lançou um sorriso cínico meio assustador.

— O velocista escarlate — o loiro fez uma falsa reverência, e voltou a sorrir — Por favor junte-se a festa.

— Isso não parece uma festa pra mim — Barry esbravejou — Isso acaba agora!

— Eu não sei, não. Meus convidados estão se divertindo — o loiro abriu os braços ao som de uma gargalhada insana. A névoa esbranquiçada tomou conta das mãos do meta por completo e se estendeu até seus pés e depois engoliu seu corpo por completo. Mesmo envolto por aquela fumaça, Barry ainda conseguia ver no meio dela. Ele também viu a bola de fumaça vindo em sua direção, fazendo com que ele desviasse. O que quer que aquele meta fosse era rápido, e antes que o velocista se recuperasse já estava sendo atacado por outra vez.

Antes que Barry pudesse tentar correr, ele sentiu o gás se instalar nas suas narinas, fazendo cambalear, tonto.

— Querido?! — ele ouviu sua esposa gritar — O que esta acontecendo?

Barry sentia todo o ar dos seus pulmões sair, não conseguia respirar, e seu cérebro parecia que estava derretendo, assim como a imagem dos carros a sua frente.

O meta andou em círculo ao redor do velocista, parecia se divertir com a agonia que o ele sentia.

— O flash caiu — ele disse, sorrindo selvagemente — Que grande coisa é você.

[…]

 

Os gêmeos observaram sua mãe andar de um lado para outro, Caitlin não aguentava mais ficar sem um sinal de Barry. Nora começou a morder a almofada do dedão, nervosa. Seja lá o que estivesse acontecendo, eles precisavam saber. Cisco gritou quando o comunicador volto a pegar, mas não teve tempo de comemorar. O barulho da respiração pesada de Barry fez todos na sala entrarem em alerta.

— O flash caiu — eles escutaram a voz soar irônica — Que grande coisa é você.

—Barry! — Caitlin gritou — Por favor responda.

— Os sinais vitais estão baixos — Cisco sussurrou, fazendo a família se entreolharam.

— Ele vai morrer, por que ele não corre? —Noah gritou —Mãe?!

— Tenha calma, vou ligar para Joe ou Wally — ela disse tentando se manter calma, por ela e por seus filhos.

— Não temos tempo — a voz de Nora ecoou, ela engoliu seco, tentando controlar a vontade que estava de vomitar — Ele vai matá-lo.

Noah olhou fixamente para os olhos amedrontados da irmã, mas não precisou esperar muito para que ela entendesse. Com um acenar de cabeça, Nora concordou. Antes mesmo que Cisco e Caitlin pudesse entender o que aquela conversa silenciosa significava. Observaram assustados os raios escarlates passaram pela porta do córtex. Deixando Caitlin apavorada.

A médica sentiu seu coração parar por alguns segundos, e teve certeza que desmaiaria. Tentou não entrar em pânico e se manter calma. Por ela e por seu bebê, ela precisava se não surtar.

Os gêmeos só pararam quando avistaram seu pai. Nora controlou a vontade de chorar e agradeceu pela chuva que caia e esfriava seu corpo. Noah não sabia bem o que ia fazer, mas precisa que Nora ficasse a salvo.

— Você vai ficar aqui — ele ordenou.

Nora o olhou indignada, ela podia não saber lutar ou usar seus poderes muito bem, mas, ainda assim, poderia ser útil.

— Você precisa ficar aqui, não quero que se machuque.

— Noah, por favor! —ela implorou, sentindo as lágrimas se misturarem com a água da chuva.

Ele não esperou mais, seu pai estava morrendo, e se acontece alguma coisa com ele também, não poderia envolver Nora. A garota observou seu irmão correr em direção ao meta, e resolveu que não iria obedecê-lo, ela não precisava.

O meta avançou para Noah, e Nora parou de gritar para que seu pai reagisse. E por um instante bizarro ela desejou que Tommy estivesse ali. Ele saberia o que fazer, em vez de só olhar seu irmão levar uma surra. Noah caiu por cima de um carro prata, estraçalhando todo o para-brisa, exatamente no momento em que o um raio amarelo atingiu em cheio o meta, fazendo o chão vibrar.

O arfar de Barry fez Nora voltar a realidade. Ela se ajoelhou desajeitada enxugando as lágrimas do rosto. Ele estava praticamente inconsciente, e ela não conseguia entender por que seu pai foi derrubado tão rápido. Ele já havia enfrentado metas bem piores e maiores, por que aquele havia o afetado tanto? Ela sentiu os dedos do seu pai apertarem levemente seu pulso, depois daquele gesto, tudo passou em câmera lenta nos segundos que se seguiram.

 

O urrar de dor de Wally ou de Noah, naquele momento ela não sabia mais distinguir. A queimação, que dominou todo o seu corpo, fez seu peito doer como seu uma faca estivesse atravessando seu coração. Levando embora todo o ar de seus pulmões. Os carros à sua frente viram lava, se desmancharam diante dos seus olhos, e no momento seguinte ela não sabia oque era mais real. A última coisa que ouvira antes de apagar fora uma risada escandalosa, vindo do meta-humano. E ela sabia, naquele momento, que nunca mais esqueceria aquele som. Que ele o perturbaria para o resto da sua vida.


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Notas finais do capítulo

Scopic quase matou o Barry, tá aí o nervoso da Nora com esse demônio. Espero que tenham gostado, estou louca pra escrever o próximo capítulo já que a Nora abriu aquele bocão chamando o Barry de Pai. Tá tudo dando errado pra nossa menina Nora...e sobre o próximo capítulo talvez eu venha demorar um pouquinho pra postar, estou planejando postá-los na terça ou quarta.

Queria muito uma opinião de vocês, o que vocês acham de uma Shortfic Snowbarry para o Natal? se for legal eu já começo a trabalhar essa semana mesmo.Estava pensando em uma fanfic curtinha de no máximo 7 capítulos. Seria legal?



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