Timeline escrita por Frost


Capítulo 6
Back To The Past


Notas iniciais do capítulo

Hey, amores!
Ah, finalmente a Nora no passado, eu espero que essa menina apronte muito haha.
Vejo vocês lá em baixo.



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MAIO DE 2016

Barry sentia seu peito doer a cada passo que dava para longe da casa de Joe. Era como se seu coração estivesse sendo arrancado do seu peito, e de certa forma ele havia sido. Jay Garrick havia tirado dele a única parte de sua família que Barry ainda tinha, ele matara seu pai sem piedade alguma, e pela segunda vez na vida ele viu uma pessoa que tanto amava morrer diante de seus olhos. Estava cansado daquilo, de sentir dor e pena de si mesmo. Parecia um círculo vicioso, sempre que sua vida estava se encaixando, lá estava a dor mais uma vez o jogando para baixo, mostrando que ninguém, nem mesmo o Flash era rápido o suficiente para se livrar dela.

O velocista não pensou muito antes de começar a correr, sabia muito bem oque tinha que fazer para que aquela dor sumisse. Sentia muito se aquilo não era o certo a se fazer, mas ele o faria. Esperando que aquilo acabasse logo, o velocista parou no meio do asfalto, o vento se chocou forte contra seu rosto, e ele sentiu a eletricidade percorre todo o seu corpo. Mas, antes que o velocista começasse a correr. Um buraco maior que um carro se abriu no meio da rua escura, tinha um azul brilhante e Barry podia ver claramente o raio avermelhado se chocar contra a parede do buraco, o velocista não teve tempo de assimilar muita coisa, o impacto do corpo contra o seu foi forte o suficiente para derrubá-lo.

[…]

2036, minutos antes.

Nora correu até o laboratório, sabia o risco que corria se usasse o núcleo que nem estivesse pronto ainda, mas estava disposta a arriscar. Qual seria a pior coisa que poderia acontecer? Noah estava morto, e ela não podia viver com aquilo. Não conseguiria.

Entrou no córtex como um furacão. Fazendo todos os papéis soltos da mesa de Dr. Wells voarem. Ela não tinha certeza em qual momento da vida dos seus pais ela aterrizaria em 2016, mas tinha certeza que qualquer coisa que eles viviam lá, era melhor do que aquele futuro caótico que ela criou.

— Nora, isso é muito arriscado —Cisco disse, entrando apressado no córtex.

A Allen o ignorou, vasculhando toda a sala em busca do pequeno aparelho em formato de chip.

—Pelo amor de Deus! Você agora está absolutamente parecida com seu pai, você pode pelo menos me escutar? — o mais velho berrou, fazendo Nora o olhar boquiaberta. Nunca vira seu tio gritar, era muito raro as vezes que ele o fazia — Se esse chip não funciona, você vai ficar presa na força de aceleração, e eu não vou poder fazer nada Nora.

—Tio! — ela suspirou cansada, enxugando uma lágrima teimosa que caia na sua bochecha — Se eu não usá-lo, não vou conseguir correr o suficiente, você sabe que por alguma razão minha velocidade está sumindo, e eu não posso deixar que nada disso aconteça, Noah não pode morrer.

— Você está abalada, eu sei, mas não aja como uma maluca — disse, se aproximando da garota, que recuou um passo.
— Por que você não quer isso? — perguntou, receosa — Você nunca quis me ajudar realmente, quis?

— Não é nada disso, Nora! Só não vou me perdoar se alguma coisa der errado

— Você sabe o que acontece se der errado? — ela perguntou e o mais velho assentiu — Eu morro?

Cisco afirmou fazendo Nora suspirou pesarosamente.

— E nenhum de nós vamos lembrar de você Nora, vai ser como se não tivesse existido.

— Mas eu posso conseguir, tio. Você estará lá de certa forma. E se der certo, você vai achar um jeito de me mandar pra casa de volta. — disse, tentando convencer não só seu tio, mas ela mesma sobre tudo aquilo.

Cisco suspirou, rendendo-se, antes ele não conseguia ver, mas agora, Nora era claramente a cópia fiel de Barry. Cabeça dura e incrivelmente boa em fazê-lo entrar em encrencas.

Ela observou seu tio retirar do bolso o pequeno chip, quase do tamanho de um chip de celular normal. Não sabia como aquele negócio a fazia correr mais rápido.

— Ele vai fazer seu corpo liberar adrenalina, será como se tivesse tomado oitocentas latas de energético — disse, como se tivesse lido a mente da garota. Cisco colocou o microchip em uma espécie de pistola e Nora quase se arrependeu. Quase.

— Obrigada, tio – ela sussurrou. Cisco não conseguiu olhá-la nos olhos, não queria.

— Não me agradeça, apenas fique viva – ele disse, virando um dos braços de Nora para cima — Você sabe que sua mãe vai me matar se ficar sabendo disso.

Nora riu fazendo o tio seguí-la

—Vai ser como se nada tivesse acontecido — afirmou — Eu vou consertar as coisas.

Ela não teve muito tempo para sentir a dor do microchip rasgando sua pele, Cisco não havia exagerado, Nora sentia como se tivesse tomado realmente oitocentos energéticos.

Aquilo era uma loucura. Cisco Ramon era um gênio.

O moreno observou os olhos da garota brilharam em um amarelo intenso, seus olhos só tiveram tempo de capturar o raio vermelho escarlate sair pela porta do córtex. Ele não pode deixar de sorrir, ao imaginar como todos reagiriam quando aquele ser caísse de paraquedas em suas vidas.

[…]

Central City, 2016.

Barry sentiu sua cabeça latejar, como se tivesse sido atropelado por um trem desgovernado. Sentiu suas costelas doerem, assim que se remexeu. Abriu os olhos, apressado. Estava deitado no sofá da sala de Joe, mas não se lembrança de como havia parado ali.

—Barry?! — Iris se aproximou, com um copo de café em uma das mãos — Achei que você não ia mais acordar — a morena disse, entregando o copo ao velocista.

—Iris, como diabos… —começou, mas logo a lembrança da noite anterior o atingiu fazendo levantar do sofá —, havia um buraco…alguma coisa saiu dele e me atingiu, achei que tínhamos fechado todos e…

— Nós sabemos Barry — ela o interrompeu, calmamente — não foi ''alguma coisa’'', é uma garota e está lá em cima, no meu quarto com Caitlin.

Ele não esperou que Iris disse mais nada, como eles podiam ter colocado essa garota dentro de casa? Depois de tudo que passaram com Jay, no mínimo deveria ter a colocado em uma das celas do laboratório até ele acordar.

O velocista entrou como um furacão no quarto fazendo Caitlin quase cair da cama. A doutora olhava a garota adormecida com curiosidade, sendo acompanha por Barry.

— Ela é só uma criança —ele disse, e Caitlin o olhou preocupada —Não podemos confiar, Caitlin.

— Barry, eu preciso levá-la até o laboratório —ela disse, voltando a olhar a garota —Acho que ela está com uma hemorragia, mas, preciso examiná-la antes de fazer alguma coisa.

— Cait! — ele suspirou —, Essa garota saiu de dentro de um buraco de minhoca gigante, há alguma chance de ela ser uma velocista de outra terra.

— Talvez! — ela meneou a cabeça, olhando o rosto delicado da garota — Ela não parece familiar pra você?

Barry deu de ombros e caminhou até a ponta da cama.

— Só espero que ela não nos traga problemas.

[…]

Nora sentiu a dor queimar suas costelas direitas, e um de seus ouvidos estava zunindo, como uma abelha. Ela resmungou quando sentiu a picada em um dos seus braços, duas vezes seguidas. A garota respirou fundo, abriu os olhos e se preparou para mandar pro inferno quem quer que seja que a estava beliscando.

Caitlin encarou os olhos assustados a olhar com receio, a garota sentiu todo o seu sangue fugir do rosto quando a mais velha sorriu carinhosamente.

—Fico feliz que esteja acordada — a voz melodiosa de Caitlin invadiu a sua mente, fazendo Nora recobrar todos os sentidos. A garota piscou algumas vezes antes de ouvir passos sendo dados em sua direção. Parecia que havia perdido a capacidade de falar. Ela sentiu seus olhos lacrimejarem. Uma atitude que havia virado rotina nas últimas horas.

— Olá, você está se sentindo bem? Consegue falar? — a voz doce e tão conhecida por ela soou.

— Oi…eu estou bem — ela respondeu, sem jeito se encolhendo um pouco na cama.

Ela não olhou diretamente para ela, pois tinha medo de desmoronar ali mesmo.

—Meu nome é Iris — a morena disse, se aproximando do leito da cama.

—E eu sou Caitlin Snow —sua mãe falou com um sorriso no rosto.

— Não precisa ter medo — ela ouviu a voz ecoar pelo cubículo, fazendo seu estômago revirar.

— Eu não estou com medo —ela respondeu, sorrindo fracamente.

— Ótimo, então de onde exatamente você é? — Barry disse, se aproximando da cama e parando ao lado de Iris.

— Humm….—Nora engoliu, tentando controlar sua respiração… e a sua boca grande — Eu sou de Central City.
—Certo, espertinha. De qual Central City? Você saiu de um buraco gigante — ela viu o moreno entrar apressado na sala, e quase quis pular daquela maca e abraçá-lo, mas se controlou e apenas respondeu:

— Eu realmente não sei…. Estou confusa

—Certo, vocês não vão fazer isso agora —Caitlin disse, mas olhou apenas para Barry — Ela precisa descansar.

—Quantos anos você tem? —Barry ignorou a doutora, e Nora sentiu dó dele.

Se ele fizesse aquilo no “seu tempo”' Barry Allen seria um homem morto.

— Dezessete — respondeu, direcionando seu olhar para ele.

— Você tem dezessete anos— Iris arqueou uma sobrancelha, surpresa.

—Como foi que você disse que entrou naquele buraco mesmo? —Cisco perguntou.

—Eu não disse — ela retrucou, olhando para Caitlin com sua melhor cara de cachorro que caiu da mudança, ou do buraco —Moça, minhas costelas estão me matando.

—Você irá descansar agora querida — Caitlin disse docemente, fazendo o coração de Nora se aquecer — e vocês vão sair daqui, porque preciso examiná-la.

A mais nova sorriu, agradecendo mentalmente. Não estava pronta para aquilo. Encarar seu pai era como encarar Noah, e naquele momento a última coisa que ela queria era lembrar do seu irmão. Por que se deixasse a emoção tomar conta, muito provavelmente o futuro ficaria ainda mais louco.


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Notas finais do capítulo

Gatas, o capítulo ficou um pouco mais curtinho do que eu queria. Mas, eu tenho um tempo muito curto e estou tentando trazar pelo menos dois capítulos por semana pra vocês.
Ah ‘’Operação cupido’’ da nossa Nora vai começar. Que venha os estragos, até porque Allen que se preze não faz nada certo sem estragar as coisa um pouquinho haha ♥



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