Timeline escrita por Frost


Capítulo 5
You be alone, Allen girl.


Notas iniciais do capítulo

se capítulo é um pouquinho ''sad'', porém, peço que leiam as notinhas finais que vou dar umas explicações sobre ele.



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Barry encarou Nora rodar em uma das cadeiras giratórias do laboratório, era incrível o quanto ela havia crescido nos últimos quatro anos, ela também havia mudado seu jeito de se vestir, antes a sua afilhada usava roupas mais ''‘neutras’'' e bem menininha, agora Nora tinha um ar mais sério e preocupado.

Ele olhou mais uma vez a menina girar na cadeira antes de suspirar e andar até ela.

— Fico feliz em saber que seu pai finalmente te tirou daquele lugar – começou, se sentando em uma cadeira ao lado da menina – eu sinto muito por não ter ido visitá-la, querida.

Nora sentiu seu coração se apertar. Ela queria tanto abraçar seu pai, mas, ela apenas colocou um meio sorriso no rosto e respondeu, mesmo não fazendo ideia de qual lugar ele estava falando.

— Tudo bem, tio Barry.

Ele negou com a cabeça, sentia que precisava se explicar:

— Não, Nora – ele responde, sentindo seu peito se apertar – Eu sinto muito, de verdade. Eu não sabia se sua mãe me deixaria ir até lá.

Nora cruzou uma das pernas em cima da cadeira antes de responder.

— Eu estou bem, tio Barry – ela respirou fundo antes de falar – eu sinto tanto a sua falta.

Barry deu um meio sorriso antes de puxar a garota para um abraço desajeitado, Nora sentiu que poderia chorar outra vez. Cara! Como ela sentia falto do seu pai.

— Eu também sinto sua falta tampinha — ele disse, fazendo Nora revirar os olhos — O que você andou aprontando?

Nora mordeu a língua, se ele soubesse o que ela andava aprontando provavelmente iria ter uma síncope, pelo menos seu pai teria.

— Humm.. Eu não aprontei nada — Nora segurou uma risada — Nadinha mesmo.

Antes que Barry começasse outro assunto com a garota, eu viu o furacão de cabelos castanhos entrar no córtex, sentiu todos os músculos do seu corpo congelar. Não estava pronto para um confronto com Caitlin aquela hora, muito menos na frente de Nora.

—Nora Raymond!

— Caitlin… Ela apenas estava conversando e…

—Cale a boca, Barry — ela o interrompeu direcionando seu olhar furioso para uma Nora que não estava entendo nada — Você pensa que eu não vi você saindo de fininho?

— Como é? — Nora piscou, antes de olhar assustada para Cisco.

—Eu não quero você aqui Nora!

—Caitlin, não exagere – Barry disse, colocando uma mão no ombro da mulher — Se quer gritar com alguém grite comigo.

— Eu não tenho nada para falar com você, Allen – Disse, afastando a mão de Barry de cima do seu ombro— Vamos para casa Nora, seu pai está esperando no carro.

Nora segurou a vontade de gritar, Diabos… seu pai não estava esperando no carro porcaria nenhuma, seu pai estava ali, e Caitlin estava agindo como se ele fosse um bandido que não podia ficar perto da sua filha.

[…]

Contra sua própria vontade, Nora foi levada para casa. Mas não antes de sair de lá com a promessa de que veria Barry outra vez. Ela agora estava mais intrigada e confusa que nunca. Não sabia o motivo daquela brigada dos seus pais, eles nunca brigaram. E se isso acontecia era pra saber quem era o melhor em UNO.

Ela já estava cansada de ficar trancada naquele quarto, lendo um livro de romance ruim. Nora às vezes era muito hiperativa, e sua agitação sai do controle quando ela não tinha nada pra fazer.

Antes que ela mesma tivesse uma síncope, resolveu fuçar as coisas, afinal aquela era a sua casa, de certa forma, e ela não conhecia nada além do seu quarto e a cozinha. Sem fazer muito barulho ela saiu do seu quarto e começou a olhar a sua volta. Primeiro, tinha o quarto de Caitlin, era sem graça e não tinha nada além de uma grande cama de casal e uma cômoda. A casa não era muito grande, tinha apenas três quartos e um banheiro, Ela não sabia muito bem o que queria encontrar. Antes de desistir e voltar para seu livro ruim, Nora resolveu entrar no último cômodo da casa.

Era um quarto pequeno, com uma parede pintado de azul-marinho e outra de um branco quase intocado, tinha apenas uma foto de algum skatista que ela nunca vira na TV. Sua curiosidade de Donna Smoak a fez entrar de vez no quarto. O que ela se arrependeu de ter feito assim que olhou a estante de madeira em cima da maca.

Deus! Eram fotos dela e Noah. Havia algumas de Caitlin e Ronnie também, mas a grande maioria eram fotos dos dois irmão. A última foto era apenas de Noah, tinha uma foto bonita do seu irmão segurando um Skate preto, ela sentir todo o seu sangue fugir do rosto quando leu a mensagem escrita ao lado da foto; ''Irmão querido, nós sempre vamos amá-lo’, sentimos sua falta Noah''. Era a sua própria letra, um pouco torta e feia mas era a sua letra.

Nora levou a mão até a boca para impedir que seu choro saísse alto demais, não era possível que aquilo estava acontecendo, Noah, seu irmão estava morto, e, Deus! A culpa era toda dela. Para salvar Thomas ela estragou tudo.

Ela sentiu todo o seu corpo vibrar, tanto pelo choro, como pela velocidade que estava. Ela precisava saber como Noah havia morrido, e Caitlin nunca falaria. Sua única fonte no momento era Cisco e querendo ou não ele ia abrir aquela boca.

[…]

Cisco estava vendo Scott Pilgrim pela milésima vez, aquilo nunca perdia a graça. Não se importava de não ter companhia para assistir, na verdade ele adora ser só ele e sua pipoca. Era deprimente um homem de trinta e poucos anos não ter uma Namorada, ele sabia disso, mas enquanto ele tivesse sua netflix, não importava.

—Vamos Scott, manda esse idiota do Chris Evans se foder — disse, colocando o punhado de pipoca na boca — Você é um mané.

Antes que Scott Pilgrim colocasse Chris Evans para andar no corrimão e ele literalmente se ferrasse, Nora apareceu em frente a TV desligando o aparelho pela tomada, recebendo resmungos de um Cisco indignado.

— Diabos Nora, era Scott Pilgrim — ele gritou, mas se arrependeu assim que viu os olhos de Nora lacrimejarem.

— Por que não me disse, tio? — ela berrou — Por que não me disse que nessa porcaria de universo Noah está morto.

—Nora… eu sinto muito — Cisco sentiu seus olhos arderem, não gostava de lembrar daquele momento, também não queria que aquela Nora sofresse.
—Tio, o meu irmão…. — ela fungou, correndo para os braços de Cisco — Você precisa me contar.

— Não acho que isso vá fazer bem, querida.

—Eu não quero saber, eu vou descobrir você querendo ou não.

Nora se desvencilhou dos braços de Cisco. Se ele não fosse falar ela tinha certeza que encontraria gideon e aquela geringonça ia abrir a boca.

Cisco não tentou pará-la, ele não seria rápido o suficiente para isso.

Ele sentia falta de Noah, Nora veio com aquela história que ela havia mudado a linha do tempo, quando para todo mundo ela estava apenas em uma escola interna fora de Central City. E depois, ele não conseguiu dizer que naquele universo, Noah estava morto, e que de certa forma, Barry e Caitlin não se falavam desde que ele se fora.

 

[…]

 

Nora observou a porta do cofre do tempo de Eobard Thawne se abrir, no ''seu'' universo ela só estivera ali uma vez, quando seu pai mostrou o cômodo para ela e seu irmão. Tinha apenas quatro anos, mas lembrava de ouvir seu pai ''falando'' com aquela coisa.

Ela respirou fundo e torceu para que gideon a respondesse.

— Gideon — ela disse, receosa.

— Olá, senhoita Nora. - A voz robótica ecoou pelo lugar – como posso ajudá-la

— Gideon, por favor! - murmurou, sentindo o nó em sua garganta crescer – me fale sobre Noah Allen, nascido em 14 de dezembro de 2019, aqui em Central City.

Gideon ficou em silêncio por alguns minutos ante de falar outra vez.

—Desculpe, senhorita! Nenhum Noah Allen encontrado… Apenas Noah Raymond, nascido nessa mesma data.

Nora estalou a língua amargurada, abraçando seu próprio corpo.

—Tudo bem, Gideon… me fale sobre ele.

—Certamente — a máquina concordou, abrindo alguns arquivos na tela — Ronald Noah Raymond, nascido em 14 de dezembro de 2019, irmão gêmeo, de Elizabeth Nora Allen. Morreu aos 14 anos, vítima de um acidente de carro…

Nora sentiu suas lágrimas caírem copiosamente, não conseguia ouvir mais nada que gideon falava.

— Eu sinto muito Noah — ela gritou — eu sinto muito.

— Ronald Noah Allen foi um prodígio da escola de Central City, ele…

— Cale a boca sua máquina estúpida — ela berrou — o nome dele não era Ronald, cale a boca – choramingou — o nome dele era Henry.

Ela sentiu seus joelhos fraquejarem, antes que ela cedesse e caísse no chão, Cisco — que ela nem notara que estava ali a segurou.

Nora parecia um bebezinho, sendo amparada pelo tio. Ele podia todo sentir todo o corpo da garota tremer, por causa do choro.

Nora estava escorada em uma das paredes do cofre, com um olhar fixo em algum ponto da parede a sua frente.

—O nome dele é Henry Noah Allen — ela choramingou — que se dane — disse, se levantando — eu vou consertar isso. Eu sinto muito tio, mas não posso esperar o núcleo ficar pronto.

Cisco não teve tempo para assimilar o que Nora havia falado, só conseguiu ver o raio avermelhado sair pela porta do cofre.

Se Nora corresse rápido o suficiente, ela conseguiria ir para o passado. Mas, sem o núcleo ela ficaria presa lá. Nora não era tão rápida quanto Barry e desde que havia mudado o universo sua velocidade estava diminuindo ainda mais. Não sabia se aquilo era algum efeito passageiro ou se seus poderes simplesmente estavam sumindo como as suas memórias, o fato é, se de alguma forma os poderes dela sumir em 2016. Sem o núcleo, ela estará presa para sempre.


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Notas finais do capítulo

Certo, agora vamos lá!!
A briga snowbarry é praticamente por que: O senhor Allen não quis voltar no tempo para salvar Noah. (assim como ele fez no ''flashpoint'' com o irmão do Cisco) Então, apartir de agora, vocês terão uma Nora em 2016. Siiiimm!!!! Já vou logo avisando terá muitoo snowbarry sim. Ah, e não se preocupem vamos dar um jeitinho no Noah não é mesmo? Até porque, eu não posso matá-lo de fato u.u

E antes de ir vão lá da uma olhadinha na minha nova fanfic ''' Sweet Emma'' é bem snowbarryzinha ♥ https://fanfiction.com.br/historia/714581/Sweet_Emma/