Coleção de Raios de Sol escrita por asthenia


Capítulo 5
O Festival


Notas iniciais do capítulo

E aí vai um conto com foco em Boruto e Sarada!
Tem uma pequena parte NaruHina (que não pode faltar nunca)!
Espero que gostem! :)



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Uzumaki Boruto era um menino inteligente. Estava a quase quinze minutos parado naquela porta ensaiando todas as desculpas do mundo que podia se lembrar. Como é que havia se metido naquela confusão? De repente, por um erro idiota, todas as pessoas do sexo feminino – incluindo até sua irmã e sua mãe! – estavam chateadas e decepcionadas com ele.

Não que ele se lembrasse que, algum dia, realmente queria ir para aquele festival. E, depois, havia ganhado um empurrão de Chou-Chou, um olhar chateado de sua mãe (que para ele era dez vezes pior do que uma bronca), um sermão de Himawari, e o pior de tudo era que Sarada simplesmente não queria falar com ele e nem vê-lo.

Tudo havia começado quando, há uma semana, o assunto de todos os seus colegas era o Festival de Outono de Konoha. Não que Inojin e Shikadai parecessem muito animados, mas seus outros colegas sim. Mitsuki sentou-se a mesa em que estavam conversando, na lanchonete que costumavam frequentar.

— Vocês irão acompanhados ao festival?

Os olhares de Shikadai, Inojin e Boruto continuavam em seus consoles, porém estavam atentos ao assunto de Mitsuki.

— Meu pai diz que eu tenho que levar uma garota. Mas tinha que ser alguém que eu estivesse... Gostando. – Inojin sibilou, corado.

— Eu vou com a Chou-Chou. – Shikadai falou. – Ela me convidou e eu topei.

— Você gosta da Chou-Chou? – Boruto perguntou, tirou seus olhos de seu jogo e encarou Shikadai, curioso.

— Gosto. Ela é minha amiga.

Mitsuki e os outros deram uma risada baixa.

— Não esse gostar, Shikadai. Sabe, gostar igual o Boruto-kun gosta da Sarada-chan!

— Hey! Isso não é verdade! – Gritou Boruto, largando o seu videogame.

— Sempre soube que o Boruto-kun gostasse da Mirai-chan. – Inojin disse.

Boruto suspirou alto, cruzando os braços em frente ao seu corpo.

— Será que dá pra vocês pararem de falar de mim, ‘ttebasa?

Os meninos riram baixo e continuaram jogando seus jogos. Mitsuki os observou por alguns minutos, até que falou baixo próximo a Boruto.

— Você devia chamar a Sarada-chan para ir ao festival.

— Por que você tá falando isso, Mitsuki? – O Uzumaki não conseguiu disfarçar o rubor que invadia o as maçãs de seu rosto.

— Eu tenho certeza que ela gostaria que você a convidasse.

O loiro não conseguiu disfarçar sua timidez. Antes que pudesse perguntar a Mitsuki o porquê daquela constatação, Mitsuki já havia ido embora. Ficou encarando por longos segundos a porta que ele havia saído. Suas palavras se repetiam em sua cabeça.

—/-

Boruto entrou em sua casa, chamando pela sua mãe. Ele a encontrou na cozinha, concentrada em alguma leitura. Hinata sorriu para seu filho, no entanto, logo percebeu que o seu filho estava calado e envergonhado.

— Aconteceu alguma coisa, Boruto?

— Não é nada.

— Tem certeza? – ela disse, desconfiada – Você está vermelho.

— Mãe, c-como que se... Quero dizer... C-como que eu chamo uma garota para o Festival de Outono, ‘ttebasa?

A Uzumaki sorriu para seu filho. Na maioria do tempo, Boruto se assemelhava muito a seu pai. Mas quando era criança, ele vivia escondido pela timidez no colo de sua mãe ou de Naruto. Por isso, vê-lo corar daquela forma, igual a ela quando era mais nova, trazia-lhe um sentimento bom de recordação.

— Eu posso saber de quem se trata? – ela sibilou, curiosa.

O rosto do seu filho se enrusbeceu mais ainda.

— É-é a Sarada-chan.

Hinata continuou sorrindo e se aproximou dele, que evitava olhar para sua mãe.

— Não existe segredos, querido. Você tem que chamá-la em particular e convidá-la. Hoje mesmo eu comprei algumas flores da Ino-chan, você pode usá-las quando fizer o pedido.

Boruto ficou alguns segundos em silêncio, pensando. Um pensamento surgiu em sua cabeça e ele olhou assustado para sua mãe.

— E se ela disser não?

— Filho, o “não” você já tem, sem nem tentar. Eu tenho certeza que vai dar tudo certo.

O sorriso de sua mãe o deixou mais calmo e mais relaxado. Determinado, pegou as flores rosadas no vaso próximo a janela da cozinha, agradeceu sua mãe e saiu apressado em direção ao campo de treinamento onde Sarada normalmente treinava todos dias naquele horário.

—/-

— Então você está gostando do Shikadai-kun? – Sarada disse, entre risos.

— Ai, Sarada, claro que não! – Chou Chou resmungou alto – Ele é só meu amigo. Além de que, todas as meninas que vão ao festival já têm o seu par. Eu que não ia ficar sobrando!

— Sei... – Sarada sorriu – Ei, como assim, sobrando? Eu vou sozinha também!

Chou Chou engoliu uma batata chips do saco que estava em sua mão e olhou para a sua amiga.

— Mentira que ninguém te convidou! Nem aquele bobo do Boruto?

Sarada ficou vermelha.

— P-Por que ele iria me convidar?

— Você devia saber porquê. E falando no diabo...

O olhar das duas foi para a figura que corria até a direção delas. Boruto vinha na pressa, e um sorriso sincero abriu em sua face quando viu a Uchiha. De alguma forma, ela se sentiu tímida. Chou Chou observou a cena do Uzumaki parando na frente de sua amiga, sem deixar de reparar que ele estava segurando algumas flores em sua mão direita.

— Oi Sarada-chan, Chou Chou.

— Oi Boruto. – Chou Chou terminou de engolir uma das suas chips – Pra quê a pressa toda?

— Ah, nada. – ele sorriu sem graça – É... Sarada... P-Posso falar com você em particular?

 

— Claro. – Sarada respondeu sentindo-se envergonhada, enquanto eles se afastavam devagar.

— É-É... E-Então... Essas flores são pra você. – Boruto entregou as flores a Sarada rapidamente. Seu rosto estava quase tão vermelho como a roupa de Sarada.

— Obrigada. – a Uchiha pegou as flores, também corada.

O silêncio se instarou entre os dois durante alguns segundos. Sarada ouviu Boruto suspirar alto.

— E-Então Sarada... cêquerirnuivalcomigottebasa?

A morena não havia entendido nada.

— O quê? – Perguntou.

— Eu perguntei se você quer ir no festival comigo.

Sarada ficou alguns segundos em silêncio, surpresa pela pergunta de Boruto. Enquanto isso, o loiro ficou olhando para seu rosto, sem ação. Suspirou fundo e disse:

— Quer saber, esquece, f-finge que eu não te perguntei nada, só não conte isso pro Mitsuki, aliás, não conte isso pra ninguém, porque eu não quero que is-

— Sim.

— O quê? – o rosto do loiro ficou ainda mais vermelho.

— Eu disse sim. Eu aceito seu convite.

O Uzumaki não pode deixar de disfarçar seu sorriso com a resposta de sua colega de time. Ele suspirou aliviado.

— Então eu passo na tua casa às sete no primeiro dia do festival. Pode ser?

— Pode. – Sarada sorriu envergonhada.

— Então tá. A gente se vê mais tarde no treino, dattebasa!

O loiro saiu às pressas, sorrindo de orelha a orelha. Sarada continuou por alguns minutos parada, cheirando as flores que acabara de ganhar.

—/-

Sarada entrou às pressas em sua casa, chamando pela sua mãe. Tirou os seus sapatos rapidamente, sem perceber que havia um par de sapato a mais do que de seu e sua mãe, já que seu pai estava em missão.

— Mãe, mãe! Tenho uma coisa pra te contar! Você não vai acredi-

Quando a morena entrou na cozinha, encontrou sua mãe sentada a mesa tomando chá com ninguém menos que a primeira dama de Konoha. Sua mãe lhe sorriu e percebeu que o rosto de sua filha estava corado e parecia extremamente feliz.

— Oi Sarada-chan. Não vai cumprimentar Hinata?

— Olá Hinata-san. – Sarada a reverenciou.

— Olá Sarada-chan. – a Uzumaki sorriu em resposta.

— Você queria me dizer alguma coisa, querida? – Sakura disse, sorrindo sincera.

Sarada se envergonhou ainda mais.

— N-Não era nada importante, vou para o meu quarto, com licença!

A morena mais nova saiu às pressas em direção ao seu quarto. Após a sua saída, Hinata e Sakura riram por alguns instantes.

— Eu te disse que ela iria amar o convite! – Sakura disse, tomando mais um gole de seu chá.

— Os dois vão ficar lindos juntos no festival. – respondeu a Uzumaki, animada.

—/-

Ainda faltavam cinco dias para o grande dia, a abertura do festival. Sarada e Boruto continuavam conversando como amigos, porém Mitsuki notou sorrisos mais envergonhados entre os dois. Naquela tarde, o time sete estava reunido em seu campo, a espera de Konohamaru. Atipicamente, outros times começaram a chegar no mesmo local e Mitsuki, Sarada e Boruto, não estavam entendendo porquê outros times também estavam se reunindo onde normalmente apenas eles treinavam.

— Ei, Inojin, o campo de você é pra lá, dattebasa! – disse o loiro, apontando para a esquerda.

— Todos os times foram encaminhados pra cá, Boruto. Acho que vão dar algum recado. – respondeu Inojin.

Mal terminaram de falar, e todos os times de chegar, puderam observar chegar no campo de treinamento os senseis Konohamaru, Rock Lee, Inuzuka Kiba, e outros treinadores. Ao lado deles estava Sarutobi Mirai, filha de Kurenai e do falecido Sarutobi Asuma. Os gennins pararam e observaram todos os seus mestres aproximarem.

— Alunos. – disse Rock Lee, sorrindo – Juntamos todos vocês aqui pois temos um recado.  

Após um aceno feito por Lee, Mirai caminhou a frente de todos.

— Bom dia a todos. Como sabem, semana que vem teremos o nosso Festival de Outono. E também, como a maioria de vocês sabem, faço parte da escolta de segurança do Nanadaime Hokage. Nesse ano teremos uma iniciativa diferente. Vamos recrutar alguns gennins para a escolta do Festival, e para isso teremos um treinamento diferente e mais pesado.

Todos os alunos olhavam admirados. Entre eles, um tinha um brilho diferente: Uzumaki Boruto. Desde que era pequeno Boruto conviveu com Mirai, mas nunca a conseguiu vê-la apenas como uma amiga. Ele sempre a admirou como kunoichi, e também como uma moça muito bonita. Mesmo Mirai sendo mais velha que ele, isso nunca impediu que ele se encantasse com ela.

— No entanto, já aviso de antemão que quem se candidatar a esse recrutamento não poderá ir ao festival como convidado, estará lá apenas para a guarda. – um burburinho se espalhou entre os alunos. – Então, quem de vocês se candidata?

Alguns alunos estavam realmente interessados nessa nova “missão”, porém, não queriam perder a chance de ir ao festival. Entre os alunos um havia levantado sua mão esquerda. Todos olharam para a figura sorridente da frente que balançava ansioso o braço.

— Boruto-kun! Fico feliz em querer participar! – disse Mirai.

O olhar de Sarada foi de extrema surpresa. O sorriso dele para Mirai era mais do que alegria.

— Ué, o loirinho não tinha te convidado pra ir no festival com ele? – Chou Chou sussurou perto de Sarada.

Outros alunos se oferecerem para a escolta e os professores começaram a se retirar após anotar todos os nomes. Mitsuki parou a frente de Boruto o encarando perplexo

— Você tem certeza que vai participar dessa escolta?

— Claro! Você viu, a Mirai-chan ficou feliz de eu participar, dattebasa! Eu vou trabalhar com ela! – ele disse, sorrindo animado.

Antes que ele pudesse dizer qualquer outra coisa, Chou Chou se aproximou e o empurrou com força.

— Qual é o seu problema, Chou Chou? – ele disse com raiva.

— Meu problema? Como você tem coragem de convidar a minha amiga pra ir no festival e depois isso?

Boruto ficou sem ação por alguns segundos. Ele havia se esquecido de Sarada. Um sentimento de culpa o atingiu.

— Onde está a Sarada? E-Eu preciso falar com ela! – ele falou, procurando-a pelo local.

— Ela foi embora correndo, idiota! – Chou Chou gritou – Eu vou atrás dela.

A morena saiu às pressas atrás de sua amiga, deixando o Uzumaki sentindo-se culpado. Mitsuki parou ao seu lado.

— Você vai ter que dar um jeito nisso.

Boruto passou a encarar o horizonte, preocupado com Sarada e sentindo-se ainda pior.

—/-

O jantar na casa dos Uzumakis normalmente era servido mais tarde que o usual, para que Naruto sempre chegasse a tempo. Naquele dia, entretanto, Boruto estava sem fome. Ele ouvia seus pais conversando, e Himawari opinando no assunto e não tinha nenhuma vontade de participar.

— Essa ideia do Shikamaru foi muito boa. Acho que isso vai deixar os gennins mais animados, mesmo que eles não participem como convidados do festival, ‘ttebayo. – disse Naruto, colocando uma quantidade grande de arroz na boca.

— É uma ideia muito boa mesmo. – sorriu Hinata.

— E um dos nossos primeiros candidatos a escolta foi o Boruto. Fiquei muito orgulhoso, filho!

O olhar de surpresa de Hinata e Himawari a Boruto fez com ele se sentisse mais envergonhado do que já estava se sentindo. Naquela tarde, Sarada não quis falar com ele e quando foi até a casa de sua colega, ela não o atendeu.

— Acho que isso deve ser algum engano, querido. Boruto prometeu ir com Sarada ao festival.

— Mirai-chan me disse que ele foi um dos primeiros a se candidatar. Acho que não foi engano, dattebayo.

Hinata continuou encarando seu filho, agora junto com Naruto, esperando alguma explicação. Himawari já olhava desconfiada de que algo estava errado.

— E-Eu... Bem... – o loiro mais novo tentou sibilar – Eu não vou mais ao festival com a Sarada, mãe. Ela não quer falar comigo, ‘ttebasa.

Hinata suspirou, atenta a seu filho.

— E por que ela não quer falar com você?

Ele engoliu em seco.

— P-Porque eu me candidatei a escolta e não falei pra ela... – ele conhecia aquele olhar decepcionado de sua mãe – Olha, eu posso explicar, eu não pensei na hora e quando a Mirai-chan me chamou eu nem lembrei da Sarada, dattebasa!

— Eu não acredito que você fez isso a Sarada-chan, nii-chan! – gritou Himawari – Você a deixou triste! Como que não se lembra que a havia convidado?

Naruto continuou em silêncio e viu que sua esposa não estava feliz. Hinata apenas olhou para o seu filho, enquanto recolhia os pratos vazios da mesa.

— Eu estou muito decepcionada com você, Boruto.

Boruto ficou sem reação. Ele odiava quando sua mãe ficava daquela forma. Seus colegas o achavam muito sortudo por não ter uma mãe que gritasse com ele. Mas seus amigos não sabiam que deixá-la decepcionada era muito pior. Ele a viu sair da mesa com os pratos da mesa em mãos, enquanto sua irmã a acompanhava. Apenas Naruto e ele ficaram na mesa.

— Pode brigar comigo também, pai. – Boruto disse emburrado.

— Vem filho, vamos conversar na sala.

Os dois caminharam até a sala em silêncio. Boruto se sentou no canto do sofá, ainda com vergonha de olhar para o seu pai. Após alguns segundos de silêncio, a voz de Naruto chamou a atenção de seu filho.

— Eu já te contei que nem sempre fui apaixonado pela sua mãe, não é? Quer dizer, que teve um tempo que eu não sabia que estava me apaixonando por ela, ‘ttebayo.

O menor olhou para o seu pai.

— Já disse sim, ‘ttebasa.

Naruto se sentou ao lado de Boruto.

— Nessa época eu jurava que gostava de outra pessoa.

A frase de seu pai o surpreendeu. Boruto levantou os olhos até ele, com dúvida.

— Outra pessoa? Quem?

O Hokage sorriu, feliz por ter feito seu filho se interessar pela conversa.

— Sua tia, Sakura-chan.

Um silêncio estranho instaurou na sala. Boruto ficou sem fala.

— Tia Sakura? Mas vocês sempre foram amigos, dattebasa!

— Sim, e por isso eu confundi as coisas. Eu sempre a achei bonita, inteligente, e achava que era apaixonado por ela. Sua tia vivia me dando foras, mas eu nunca deixava de tentar, eu jurava que ia conseguir ficar com ela, dattebayo.

Com as sobrancelhas enrugadas, Boruto continuou olhando seu pai.

— A mamãe sabia disso?

— Todo mundo da nossa turma sabia disso, na verdade, ‘ttebayo – Naruto riu sem graça.

Boruto ficou por alguns segundos encarando seu pai. Por algum momento ele demorou para entender o porquê seu pai entrara naquele assunto com ele, e após pensar com mais calma ele se lembrou de Mirai e de Sarada. Seu rosto enrubesceu involuntariamente.

— Quando eu percebi que eu amava a sua mãe era tarde demais. Sua tia Sakura foi quem não me fez desistir. A Sakura-chan vivia me dando foras e eu já estava acostumado, mas quando a sua mãe me deu um fora – deu um sorriso sem graça – eu tive vontade de desistir de tudo, dattebayo.

O loiro mais novo continuou encarando seu pai.

— Eu não posso evitar que você passe pelo mesmo que eu passei, mas eu posso te dar conselhos em como evitar esses erros.

— Pai, eu não fiz de propósito, é que... – Boruto gaguejou e começou a apertar as próprias mãos – A Mirai-chan apareceu e... Ela é tão legal, eu não pude evitar, eu queria fazer parte da mesma escolta que ela, ‘ttebasa!

— E a Sarada?

O rosto de Boruto ficou ainda mais vermelho.

— Ela é a minha amiga, ‘ttebasa.

O Hokage ficou olhando para o rosto de seu filho, esperando que ele dissesse algo a mais, porém Boruto não falou mais nada. Ele se lembrou do tempo em que ele começara a sentir novos sentimentos por Hinata e não sabia identificá-los.

— Você precisa fazer uma escolha, se vai querer fazer a escolta com a Mirai-chan ou vai com a Sarada-chan no festival. E não importa a sua decisão você vai pedir desculpas para a Sarada, ‘ttebayo!

Naruto saiu da sala e foi em direção a cozinha ajudar Hinata com a louça. O Uzumaki mais novo continuou sentado sozinho pensando no que faria. Como pôde causar toda aquela confusão?

—/-

Lá estava ele. Eram oito horas da manhã e ele berrava alto na frente da casa de sua amiga, enquanto ela decidia ignorá-lo. Gritou pela terceira vez seu nome e nada. Boruto suspirou cansado. Naquele dia, havia acordado às sete da manhã, roubou umas flores do vaso da cozinha, comprou alguns chocolates numa venda perto de sua casa e partiu ansioso até a casa da Uchiha. Antes que pudesse gritar o nome de Sarada mais uma vez, deparou com Sakura a sua frente, que acabara de abrir a porta.

— Pode entrar, Boruto-kun. – ela abriu espaço para que ele entrasse – E agradeça que o meu marido não esteja, senão o Hokage perderia seu primogênito.

— M-Me desculpe, tia Sakura! Eu preciso falar com a Sarada e ela se nega a falar comigo, por isso eu-

— Não precisa se explicar, Boruto-kun. Eu já sei o que aconteceu. – Sakura sorriu – Você é tão parecido com o seu pai que já estou acostumada.

Boruto corou.

— Obrigado, ‘ttebasa.

— Sarada está no quarto.

Boruto sorriu a Uchiha e subiu a escada às pressas até o quarto de Sarada. A porta estava fechada e trancada. Boruto bateu impaciente mas não obteve nenhuma resposta.

— Sarada, eu não vou sair daqui enquanto você não falar comigo, dattebasa!

Após alguns segundos ele ouviu do outro lado a porta sendo destrancada. A porta se abriu e finalmente ele e Sarada estavam frente a frente.

— O que você quer? – ela disse, irritada.

— Eu vim te pedir desculpas. – ele esticou os braços com as flores e os chocolates na direção de Sarada. – Eu não quis te magoar, dattebasa. Eu só... É que eu...

Sarada continuou o encarando impaciente.

— Eu queria ajudar na escolta, mas não queria deixar de sair com você, ‘ttebasa.

A morena ficou em silêncio. Ela sentiu que ele estava sendo sincero com ela, mas não podia deixar de estar magoada. Com cuidado, pegou as flores e os chocolates.

— Eu ainda estou muito chateada com você, Boruto.

— Eu sei, eu sei! – ele falou, levando uma de suas mãos atrás de sua cabeça – E eu queria convidá-la de novo para ir comigo ao festival e eu juro que vou te recompensar!

O sorriso de Boruto a deixou extremamente sem graça, e Sarada não pode deixar de sorrir em resposta. Os dois ficaram por alguns momentos parados ali, corados, sem saber mais como agir. A voz de Sakura no corredor chamou a atenção dos dois.

— Os pombinhos não querem tomar café-da-manhã?

Alguns dias depois, o festival veio e tudo correu bem. Mirai não se chateou por Boruto ter desistido de participar da escolta, ficou feliz de vê-lo bem acompanhado no festival. Boruto também havia feito as pazes com sua mãe e sua irmã – e descobrira que as mulheres não eram tão fáceis quanto imaginava. Ele e Sarada se divertiram muito no festival, junto com seus outros amigos, e finalmente tudo voltara a ser como antes – com exceção dos rubores que às vezes acontecia quando os dois estavam sozinhos. O mais complicado de tudo foi Naruto explicar a Sasuke que Boruto não estava “tentando corromper Sarada”, resultando numa outra batalha do século entre os dois.


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Notas finais do capítulo

Sinceramente, eu gosto muito de BoruSara e espero que eles tenham desenvolvimento na próxima série do Boruto. Acho que os dois têm tudo a ver!
Beijos e até o próximo conto! ;)



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