Help me... escrita por SRoch


Capítulo 1
Eu estou bem


Notas iniciais do capítulo

Então gente, a um bom tempo tive vontade de fazer essa fanfiction sobre esse tema, trazer a tona algo tão visível em nosso cotidiano, e em uma conversa com uma amiga minha nesse final de semana ela me confessou que já havia se cortado, que já havia tido vontade de sla sumir, desaparecer, e hoje ela é uma das pessoas mas alegres que eu conheço,a vida dela deu uma reviravolta e eu vim trazer em forma de palavras essa reviravolta, espero que gostem, leiam comentem, e se vocês passaram ou estão passando por isso, não deixem de pedir ajuda, me mandem uma mensagem,para a gente conversar...Boa leitura amores.
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Ela era minha vizinha,morava no apartamento A2, haviam se mudado a quase 2 meses só que eu ainda não havia visto uma única vez.

Mamãe fez a visita de boas-vindas costumeira do condomínio.

"A família é muito reservada-mamãe falou em uma noite que chovia muito, enquanto eu a ajudava a enxugar os pratos-A menina é um pouco estranha...e ela tem uns olhos.

Mamãe se interrompeu olhando para a janela. 

—Uns olhos? -questionei tirando um dos pratos de suas mãos. 

—Eu não sei explicar-ela susurrou pensativa-Parece uma tempestade. " 

Estranha.

Essa era um boa definição para Annabeth. 

Esse era o nome dela, pelo menos foi assim que seu pai a chamou no dia que eles iam sair,eles entraram no mesmo elevador que eu, mas não tive coragem de olha-lá apesar da curiosidade vir me consumindo.

Em vez disso fingi olhar algumas músicas no meu play list,quando o elevador parou e eles saíram percebi que seus cabelos eram loiros, e que ela usava um casaco mesmo sendo verão. 

Dona Sally, queria que eu me aproximasse, fizesse uma visita, segundo a mesma a menina era muito bonita, e eu levava jeito com as "menininhas".

Mamãe não fazia idéia do nerd que tinha em casa,não nerd do tipo só tiro A e passo a tarde jogando vídeo game, okay essa última parte pode ser verdade, mas sou mais no sentido antissosial, do tipo de cara, que tá desde o maternal estudando com você, e você ainda não faz idéia do nome dele. 

Sério, não é exagero experimente perguntar, para Luke Castellan o cara que senta na minha frente, se ele conhece algum Percy, provavelmente ele lhe bateria, achando que você estaria chamando ele de algum palavrão. 

Mas voltando ao assusto principal.

Annabeth. 

Era um nome estranho, mais bonito.

Era uma boa definição, apesar de nunca te lá visto pessoalmente, pelo menos até o dia que ela apareceu na sala de aula, atrasada,o cabelo em um coque frouxo, a calça justa, e uma blusa branca e com o mesmo casaco daquele dia, a encarei e assim como todos os outros alunos me senti perdido com seus olhos, pareciam uma tempestade encubada, eram cinzas assustadoramente lindos e opacos sem brilho, ela entrou de cabeça baixa e o diretor a encaminhou para a única cadeira vazia, ao lado da minha e assim como todos os outros aluno me vi acompanhando cada um dos seus gestos, como a cada segundo ela ajeitava uma mecha solta, batucada o lápis na cadeira, mordia a ponta da borracha e de vez enquando olhava para os lados,como se estivesse preocupada ou ansiosa com algo. 

E em uma dessas olhadas seus olhos se encontraram com os meus e ela deu um sorriso fraco, e eu retribui, eu acho.

Mas eu não fui o único para quem ela direcionou um sorriso, Luke Castellan o cara que senta na minha frente, ele a olhava como se ela fosse uma de suas vítimas,e poderia ser mesmo, Luke era mais que o maior idiota da escola,ele também era o namorado de minha "amada prima" Thalia Grace, o único cara que já fez minha priminha sem coração chorar.

Mas voltando a narrativa,ele sorriu para ela e ela retribuiu envergonhada.

Thalia olhava a pequena cena, como se pudesse matar Annabeth-que estava alheia a tudo-a qualquer momento, o que é bem estranho da parte da Thalia-digo- toda semana Luke a trai, me surpreendo por ela sendo quem é, ainda estar com ele.

Voltando ao foco a novata, minha vizinha.

Ela era uma menina inteligente, por isso eu esperava que diferente das outras garotas ela não se deixaria levar pelo charme do "irresistível" Castellan.

Eu sei que eu não a conhecia nem a duas horas, e sei também que ela ainda nem faz idéia do meu nome, mas vendo o olhar de Thalia sobre a mesma e o de Luke, eu soube na mesma hora que a novata ia entrar em uma enrascada e eu não poderia fazer nada para intervir. 

****

Depois de quase uma semana a novata ainda era a ultima novidade-o que não era surpresa já que morávamos em uma cidade pequena como Springfield onde até uma marca de biscoito nova no super mercado era novidade- ela era pauta de conversas em vários grupos sociais, eles estavam analisando para ver se ela "merecia" estar no grupo, dos nerds as líderes de torcidas, a hierarquia era presente em cada ponto daquela escola, e os boatos corriam cada vez mais frequentes. .."vocês viram a roupa dela?""Soube que ela era filha de uma famosa""Ela deve ser órfã"" O Luke estava olhando para ela""Viram ontem ela andando no parque com o Luke""O Luke é lindo""Aquele sorriso paraíso" e outros que são impróprios para menores.

E chegou a um ponto que até eu sabia dos boatos, não demorou para chegarem aos ouvidos de Thalia, e ela querer tirar satisfação com a nova 'amiga" do seu namorado.

****

Já havia batido há um bom tempo, só que eu lerdo como sempre, havia esquecido meu livro de álgebra na sala da srta Doods-minha professora de reforço-e havia voltado para buscar,estranhei a grande movimentação no corredores, mas logo entendi. 

—Você deveria olhar por onde anda-Thalia apontou o dedo na cara da loira a sua frente, que tentou passar por ela só que Clarisse a impediu dando um sorriso macabro. 

—Nada disso princesa.

Annabeth bufou fazendo uma de suas mechas loiras caírem em frente ao seu rosto, ela encarou a morena a sua frente.

—Da para deixar eu passar? 

Thalia deu uma risada sarcastica.

—Só depois de uns avisos.

Annabeth deu de ombros a encarando.

—Diga. 

—Olha princesa, o Luke tem dona, acho melhor você fazer o seu ponto em outro lugar. 

Ouvi algumas risadas, e algumas pessoas começaram a se dispersar, afinal era sempre aí que a discussão acabava,ninguém até agora havia respondido Thalia.

Até agora.

Annabeth riu, o que me deu vontade de rir também, e outras pessoas fizeram o mesmo, Thalia estava ficando vermelha, e encarava todos como se pudesse os matar com um olhar. 

—Sabe Thalia-Annabeth a olhou avaliando-Você deveria avisar seu namorado que ele tem dona, porque eu acho que ele não sabe. 

Ela deu um sorriso, se aproximando tanto de Thalia a ponto de fazer a morena dar um passo para trás. 

—Do-do q-que você está falando-Thalia gaguejou.

—Estou falando que enquanto você veio se prestar a esse papel ridículo de vir me ameassar, seu "namorado"-ela fez aspas no ar-esta se agarrando em uma sala com a Kelly, se não me engano uma de suas melhores amigas.

Thalia perdeu a cor, e as pessoas só conseguiam encara-lá esperando sua reação, mas meus olhos estavam presos naquela loira, que até o momento que abriu a boca parecia ser inofensiva. 

—Agora posso passar?

Thalia assentiu devagar, e quando Annabeth ia passar, ela segurou um de seus braços, o que fez Annabeth fazer uma careta de dor. 

Estranhei. 

—Que sala? -Thalia murmurou com a voz falha. 

—Artes- A loira se soltou e praticamente correu em direção ao banheiro segurando o seu braço enquanto a multidão se dispensava comentando sobre o recente ocorrido.

****

Eu deveria ter ido embora, mas simplesmente não consegui, quando a loira saiu do banheiro, esbarrei nela de propósito, fazendo a derrubar seu livros. 

—Me desculpe, sou desastrado-falei me ajoelhando a ajudando com os livros. 

Ela me deu um sorriso forçado. 

—Sem problemas.

Me levantei segurando algumas de suas coisas. 

—Você está bem? -Perguntei já não me aguentando mais.

Ela me olhou com uma expressão estranha. 

—Esta falando da pequena discussão?-ela deu de ombros-Já estou acostumada com pessoas neuroticas.

—Não estou falando do seu braço. 

Ela me olhou estranho.

—Como assim. 

Levantei a lâmina que estava que havia caído no chão a altura de seus olhos e vi aos poucos a cor sumir de seu rosto. 

—Você não deveria fazer isso. 

Ela negou pegando os livros e a lâmina de minhas mãos. 

—Você não me conhece. 

Ela se me deu as costas, e quando estava no fim do corredor, ela se virou e deu um meio sorriso.

—E sobre a pergunta,eu estou bem. 

Me vi olhando para a direção que ela havia ido até o momento em que ela foi embora.

E eu tinha certeza de uma coisa.

Annabeth não estava bem e eu não conseguia simplesmente não me importar.


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Notas finais do capítulo

-Leiam as notas iniciais,beijos, até o próximo?