Holbrook escrita por Jen


Capítulo 3
Capítulo 3 - Confronto POV Lexie


Notas iniciais do capítulo

Oláaaa
Como vocês estão? Então, aqui vai um capítulo parecido com o anterior, porém no ponto de vista da Lexie. No decorrer da história vão ter capítulos assim, com os dois pontos de vista ok? Beijos e espero que gostem :D



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Era um dia de sábado e seis horas da manhã eu já estava acordada. Quando percebi que era inútil tentar voltar a dormir, me levantei e desci para tomar café com minha família. Porém, já no café da manhã, papai me deu a desagradável notícia de que eu teria um homem atrás de mim a cada passo que eu desse e, já sabendo da minha opinião de desagrado, ele apenas me informou a situação sem ao menos perguntar se era o meu desejo. Retruquei e discuti o café inteiro tentando fazer com que meu pai mudasse de ideia, mas foi em vão, ele nem se quer cogitou a possibilidade. Na hora que fui almoçar em um dos meus restaurantes preferidos, ainda sem o mais novo contratado, meu pai instruiu o taxista para que me levasse em segurança ou ele teria problemas, então assim ele o fez, e até esperou que eu entrasse no local para que pudesse dar partida em seu carro. Entrei e fiz um pedido ao primeiro garçom que vi, um suco natural de graviola. Me sentei na mesa mais distante o possível de janelas, afinal tinha um maluco a solta por ai, não é? Fiquei ali por alguns minutos, uns vinte talvez, e então senti alguém parado na minha frente, um homem bonito que aparentava ter no máximo vinte e quatro anos, com suas roupas escuras que pareciam ser as únicas naquele lugar, em total diferença com meu vestido claro e rodado, banhado à flores. Levantei meu olhar com sua fala que questionava a quem eu era, e pude perceber que aquele era o meu segurança que tanto me desagradava. Não tive outra atitude se não tentar expulsa-lo. 

— E você deve ser o meu novo brinquedinho.

 

O provoquei ao máximo que pude e senti que havia dado certo pela sua maneira de agir e retrucar. Trocamos farpas por alguns minutos até que ele insinuou que eu deveria crescer e era uma imatura. Sua frase me fez sentir tanta raiva que eu estava, mais do que nunca, disposta a fazê-lo desistir do cargo. Levantei e o olhei nos olhos, o ameaçando em seguida.

— Você quer ser demitido?

E diferente da reação que eu esperava, ele debochoum praticamente me dizendo que seria um favor. Não perdi meu tempo em respondê-lo e sai daquele lugar na esperança de que ele larga-se do meu pé, mas não, ele só fez me seguir até o lado de fora do restaurante, onde avistei um carro preto, elegante e bonito que parecia ser de um alto valor.

— É o seu?

O garoto me respondeu com entusiasmo e ironia que sim, então me dirigi até o carro para abrir a porta do carona, só que mais uma vez com suas gracinhas, o cara ironizou suas falas e abriu pra mim fingindo ser gentil, soltando em seguida que faria de tudo para me agradar. Eu até pensei em responder, e não vou negar que as palavras se formaram em minha boca, prontas para sair, mas apenas fiquei em silêncio sem atacar, deixando o melhor pra depois.

Entrei no carro e esperei que ele fechasse a porta, o olhei e por sua expressão acho que ele tentou entender meus pensamentos, mas me pareceu que não foi capaz. Eu não podia negar que ele era abusado, cheio de atitude, totalmente sem medo, e eu gostava de pessoas que não sentiam medo, que tinha coragem para tudo sem hesitar. Ele me parecia assim. O encarei todo o seu trajeto pra chegar em sua porta, com ele fazendo o mesmo, até que ele entrou no carro e exigiu que eu colocasse o cinto, resolvi obedecer porque era importante e eu não queria mais correr riscos, embora minha vontade fosse contrariá-lo em tudo.

Seguimos viagem e eu o olhava as vezes disfarçando para que ele não percebe-se e não percebeu. Fiquei assim até que virássemos a esquina, depois me afundei no banco, logo depois apoiando minha mão em meu rosto e meu cotovelo em uma das partes da porta onde fosse possível. Fiquei toda a viagem olhando para fora do carro, até que eu vi um outro carro determinado, vindo em nossa direção sem parecer que fosse desviar. O analisei incrédula que aquilo fosse possível ao ponto de ter certeza de que era, mas já era tarde para avisar ao motorista, e então o carro se chocou em nós, fazendo com que eu me segurasse com toda força em qualquer lugar daquele carro e pressionasse os meus olhos, que se fecharam por puro reflexo. O carro girou e girou até que parou, eu olhei para o garoto ao meu lado e ele estava com o lábio machucado, tirei o meu cinto e encostei minha cabeça, por cima dos braços, próximo ao vidro frontal do carro com a respiração ofegante, pude ouvir ele bater as mãos no volante e sua respiração tão descompassada como a minha.


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Notas finais do capítulo

Holbrook nem chegou no caso direito e já teve uma açãozinha, né? E ele pensando que seria tedioso trabalhar com a doce ruiva :')



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