Holbrook escrita por Jen


Capítulo 25
Capítulo 25 - Férias prolongadas


Notas iniciais do capítulo

Olá, galerinha!
Bom, LEIAM AS NOTAS FINAIS, POR FAVOR! Que eu vou falar algumas coisas lá.

E claro, já aqui mesmo, quero agradecer muito a quem interage comigo. Vocês são nota 1000, e me desculpem pelo pequeno transtorno que será citado nas notas finais.

E gente, relendo o capítulo anterior percebi alguns erros, me desculpem por isso. Espero que não tenha ficado chatinho de ler aquele capítulo pelos erros. Mas caso vocês prefiram, podem me dizer por comentários que há algum erro, certo?

Ótima leitura! Não esqueçam de comentar e beeeijos.



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Haviam se passado duas semanas desde o ocorrido com a Lexie e eu nem tive tempo de ir visitá-la. Precisava o tempo todo estar no meu trabalho, coletando pistas e planejando ataques, junto a Chloe e uma equipe que havia sido designada para isso. As coisas estavam indo bem, o que me tranquilizada e ter segurança de que tudo se resolveria logo, como deveria ser.

Assim que tive um dia de folga, o que foi quase um sacrifício para convencer Brooke, e consegui-lo, fui até a casa de Lexie. Obviamente ela não estaria em casa devido aos estudos, mas precisava ver o seu pai e poderia esperar por ela até que voltasse. Quando parei em frente sua casa e desliguei o carro pude ver Arthur parado em frente a porta central da casa, o encarei e desci do carro depois de tirar os cintos. Guardei minhas chaves no bolso enquanto caminhava até a casa e encarava o agente da CIA, retribuindo o sorriso que o mesmo havia me direcionado. Quando olhei para cima, lá estava ela, linda como nunca e parecia concentrada em alguma coisa, da qual não pude perceber por estar longe e seu quarto ser no segundo andar da casa, mas com certeza estava linda.

— Aquela ali é a Lexie?

Perguntei a Arthur que estava parado em frente a casa enquanto encarava a janela do quarto da ruiva. Ele olhou para a mesma com um sorriso debochado no rosto e voltou a me encarar.

— E quem mais seria, Derek?

— É que ela não deveria estar estudando?

Desviei o olhar da janela e encarei o rapaz alto na minha frente, com uma roupa típica de um agente da CIA, e que supostamente estaria com um colete por baixo do casaco, como mandava o figurino e a chefe.

— Você não tá sabendo?

— Sabendo o que?

Franzi o cenho, tirando uma das mãos da jaqueta e a levando até minha testa devido a mecha de cabeço que me incomodava, o arrumando em seguida.

— Ela não anda indo estudar, ou para as aulas de francês, piano. Pra nada. Ela não sai de casa.

Ele deu uma pausa e alguns segundos depois de pressionar os lábios, ele completou a frase. - Quer dizer, só com você e a Chloe.

— E o porque disso?

— Ninguém me informou nada até hoje.

Olhei para o chão em silêncio, pensando por alguns segundos e assenti com a cabeça. Voltei a olhar para Arthur dando um sorriso de despedida e passei por ele, parando em frente a porta da casa logo em seguida. Toquei a campainha e quem me atendeu foi a governanta, com um sorriso contagiante. Ela me mandou subir depois de me cumprimentar em um nível de carinho, como se fosse minha própria avó. Eu a dei a tenção que merecia e fui as escadas caminhando até o quarto de Lexie, a porta estava aberta e ela estava parada em frente ao espelho, parecia analisar o próprio corpo.

Eu encostei no batente da porta a encarando por todo o tempo, sem conseguir desviar os meus olhos dela. Ela sem me notar continuava apenas encarando a sí própria, até que eu quebrei o silêncio e ela involuntariamente se virou para trás dando um sorriso, como os outros dois que havia acabado de me encontrar, porém, o de Lexie tinha sido diferente, mais do que todos eles, ela parecia realmente feliz em me ver ali, exatamente como se estivesse esperando por isso.

— Porque não está indo as suas aulas?

Ela me escutou e se voltou novamente para o espelho, depois de revirar os olhos com um sorriso.

— Oi pra você também, Derek. E te respondendo, eu não tenho vontade.

Ela deu uma pausa, respirou fundo e prosseguiu.

— E nem coragem... - Me olhou novamente por um tempo, mas dessa vez, estava séria e logo voltou a se encarar no espelho. - Se o meu pai entendeu, você também tem que entender. Você convive com isso, convive com essas pessoas. Sabe como é.

— Não pode parar sua vida por causa de um cara estúpido, Lexie.

— Os caras - Ela disse com ênfase e me encarou pelo espelho - Arthur me contou o que você não veio me contar.

— Eu não tenho porque contar essas coisas a você. Não preciso de uma civil mais assustada do que já está.

Ela riu baixo puxando uma foto qualquer que estava colada no espelho, e enquanto a colocava sobre a mesa a sua frente, murmurou repetindo minha frase.

— Uma civil...

Pegou outra foto sobre a mesma mesa e substituiu a anterior.

— É assim que você me trata, não é? Como uma civil.

Antes que eu pudesse responder, seu pai me chamou no início do corredor. Eu o encarei, sorri indo até ele e o cumprimentei, ele fez o mesmo. Conversamos por alguns instantes e depois que informei que precisava falar com ele, eu fui convidado parar entrar no seu escritório.

Assim que o fiz, pude escutar sua voz enquanto fechava a porta, ainda de costas para a enorme sala, decorada em tons escuros, característica de um escritório de milionários.

— Então, o que o traz até mim, Derek?

Eu me virei para o empresario que agora já estava na minha frente e suspirei, indo me sentar na cadeira a sua frente.

— É... - Eu coloquei as mãos nos braços da cadeira e o encarei - Espero que o senhor não me leve para um lado ofensivo, mas, bom às vezes de primeira, as pessoas não nos contam tudo, entende? Elas acham que não devem nos contar algumas coisas que, bom... - Uma pausa - ... São escondidas de nós. O senhor não tem mesmo nenhum inimigo que queira fazer algo com a Lexie, não é?

Ele riu depois de cada palavra minha e me encarou, o que foi estranho, porque geralmente eles me encaram com ofensa. Mas ele não, me encarou com, admiração? Sim. Parecia admiração. No início não entendi muito bem o porque, mas depois ele me deu a entender que admirava eu ter coragem de "enfrentá-lo" para proteger a Lexie, para cuidar da filha dele. Não estava fazendo mais do que minha obrigação, claro, mas por Lexie eu fazia até por mim mesmo. Por querer tanto que ela esteja bem.

— Derek, eu não trabalho com nada ilícito, coisas ilegais. Não tenho inimigos da máfia ou qualquer coisa do tipo.

Eu com todo o constrangimento do mundo, o que me assustava, pois era a primeira vez que eu me sentia assim fazendo o meu trabalho, olhei para ele e só consegui murmurar um "ok, que bom". Depois de mais algumas palavras trocadas, eu sai da sala, e Lexie estava encostada no batente da porta na sala ao lado. Ela me encarou séria e nem me deu tempo de respirar.

— O que você queria com ele? Era sobre mim, não era? Era sobre eu não estar saindo de casa? Olha, você não precisa encher a cabeça dele com isso, está tu...

Eu a cortei e ela me olhou furiosa, detestava que a interrompesse, mas permaneceu em silêncio, ainda me encarando.

— Está tudo bem, e não é sobre você não estar saindo.

— E não vai me dizer o que é?

— Não, eu não vou. São coisas do meu trabalho.

Eu sabia que se falasse eu poderia colocar a confiança que Lexie tinha no pai em prova. Ela acreditava demais no meu trabalho e em como eu o regia. Obviamente, qualquer desconfiança minha poderia gerar nela que eu poderia estar certo. Não por ela não amar o pai, ou não acreditar no mesmo, mas eu mesmo já havia passado noites e mais noites contando a ela minha história com o Adrian, ou de diversas outras pessoas que descobriam, através de sequestros, que seus familiares milionários haviam adquirido sua fortuna de forma duvidosa. Não era algo impossível de acontecer e eu não queria estragar a boa relação que os dois haviam conseguido.

— Por que você nunca pode me dizer nada? Hã?

Ela se alterou um pouco e desencostou do batente, me encarando mais furiosa do que antes.

— Porque eu não preciso de uma civil mais assustada do que já está.

Eu falei olhando para ela enquanto caminhava até a escada, com um sorriso zombeteiro no rosto. Era para provocá-la e ela como sempre, caia como um patinho em todas as minhas provocações. O que de certa forma era divertido, mas tão inocente que eu sentia até dó, mas sempre voltava a repetir e vê-la se corar de raiva.

— Não estou acreditando nisso.

Pude notar ela cruzando os braços pela visão periférica e dei uma gargalhada descendo os primeiros degraus da escada. Acenei ainda de costas dizendo um "tchau, Lexie" e só ouvi o som da porta se batendo.

Quando sai da casa da Louhuman não consegui me manter no dia de folga, então fui correndo para a CIA ver como estavam as coisas. Assim que parei o carro em frente ao enorme prédio, que poucas pessoas sabiam que pertencia ao governo. Era um belo disfarce, muito bem elaborado sobre uma empresa renomada de contabilidade. Entrei pelo mesmo, cumprimentei as pessoas em minha volta e fui direto para o elevador. Quando a porta se abriu, dei de cara com a Brooke que me encarou incrédula.

— Eu não acredito. Holbrook!

Ela veio em minha direção com alguns papéis nas mãos, e falou como um papagaio

— Você me convence a te deixar ir para casa e quando eu finalmente abro mão do meu melhor agente, você me aparece aqui? Não precisava descansar? Estava exausto e agora está aqui. Anda! Volte agora e descanse. É uma ordem.

— Eu tentei, mas eu não consigo. Preciso saber como estão as coisas - Dei de ombros e minha próxima fala foi mais como uma súplica do que qualquer coisa coisa. - Por favor.

Ela suspirou e olhou para os lados, voltando a me encarar alguns segundos depois.

— Olha, você tem razão. Trabalhou duro por dias. Todos os dias, e agora realmente você precisa de um tempo. Olha pra você - Ela estendeu a mão na minha direção - Está acabado. Olheiras, está pálido. Você comeu?

— Um sanduíche.

Olhei para o chão pensativo e voltei a encarar Brooke dando ênfase na minha fala seguinte, como se fosse uma ajuda para que eu permanecesse ali.

— E eu dormir por uma hora.

Mas não, ela franziu o cenho e quase gritou ali no meio do prédio. Se estivesse cheio chamaria todas as atenções.

— UMA HORA? E o senhor acha isso muito?

Ela fechou os olhos irritada e suspirou voltando a me olhar depois de morder os lábios.

— Vá para casa e só me apareça aqui depois de amanhã. Férias prolongadas. Durma muito e coma melhor ainda. E se não o fizer não entrará aqui depois de amanhã também.

Eu arregalei os olhos e abri a boca sem acreditar naquilo. Dois dias fora do caso seria uma tortura, mas quando fui abrir a boca pra contestar ela simplesmente me ignorou e já foi fechando a porta do elevador do qual eu nem havido saído.

Como não teria solução e lá eu não podia colocar os pés, fui pro meu plano B. Chloe.

— Alô. Holbrook?

Chloe falou do outro lado da linha, parecia estar ocupada.

— É, oi. Brooke me barrou do prédio. Preciso de informações.

Ela riu do outro lado e murmurou "eu também barraria."

— Você não tem jeito não é? Eu estou ocupada. No meio de um caso, te ligo quando estiver livre, beijo.

— Mas.. - Antes que eu falasse, só pude ouvir o barulho de mudo do telefone e o desliguei. - Droga!

O único jeito era simplesmente me conformar e esperar. Eu fui a uma livraria e comprei um livro qualquer. Diga-se de passagem que era um romance muito bom, o li em três horas do meu dia totalmente livre. Depois da livraria, eu entrei em uma cafeteria e junto ao lanche li o livro inteiro, fiz amizade com a garçonete e passei o resto da tarde admirando as obras no museu.

Quando cheguei em casa tomei um bom banho e me deitei na cama pra tentar dormir. Sem sorte alguma, resolvi colocar em prática meus dotes culinários e preparar um pato ao molho branco. Maravilhoso. O melhor que já havia feito na minha vida. Quando terminei subi para o meu quarto e fui para o banheiro me preparar definitivamente parar dormir. Eu estava cansado, precisava. Brooke tinha toda razão, eu havia trabalhado duro todos esses dias e não tinha dormido. A qualquer momento eu acabaria tendo um excesso de sono e me daria mal por isso.

Peguei meu celular sob a mesinha e o encarei procurando algum vestígio de Chloe. Nada! Nem um sinal sequer.

Entrei no banheiro e assim que comecei a escovar os dentes o celular começou a tocar. Era ela. Como se tivesse lido os meus pensamentos. Segurei a escova na boca e atendi, colocando o celular entre o meu rosto e o ombro.

— Fala!

— Tá ocupado?

Imagino que ela tenha perguntado pelo fato de eu ter dito pela boca cheia. Cuspi na pia e me encarei no espelho.

— Não. Pode dizer.

— Ótimo. Nós não temos muitas novidades, só que os carros eram alugados. Descobrimos que uma concessionária alugou quatro carros pretos, idênticos um ao outro naquele dia e isso pela manhã. Porém, sem rastros. Tudo dado pelo homem que alugou foi falso, tudo. Mas ele nos descreveu como o cara era e estamos procurando por ele.

— Eu aposto que esse cara, desde aquele dia que nós mandamos um recado pro chefe deles, nem está mais no país. Vai ser perda de tempo.

— Nós também achamos. Mas não custa tentar, não é?

— É. Não custa.

Levei a escova a boca novamente e terminando de fazer toda a higiene necessária, sai do banheiro ouvindo Chloe falar sobre a missão nova e mais algumas coisas sobre o caso da Lexie. Me sentei na cama e quando ela parou de falar foi a minha vez.

— Sabe o que eu estava pensando? Tyler. Ele sumiu de novo, depois de tantos messes desaparecido, ele volta e some de novo.

— Como você mesmo disse, ele já sumiu antes.

— Sim, mas eu me preocupo. Tenho medo que ele faça com Tyler o que tentou fazer comigo. Que ele faça meu irmão virar o que eu mais odeio.

— Criminosos.

Chloe completou do outro lado da linha e continuou sua fala.

— Se quiser posso procurar por ele. Não deve ser difícil encontrar.

— É, pode ser uma boa. Faz isso por mim?

— É claro que faço, Holbrook!

— Obrigado. Você é incrível.

Ela riu mas como um sorriso e eu bocejei.

— Vamos, você precisa dormir. Nos vemos amanhã?

— Depois de amanhã. Brooke me barrou mesmo.

— Está certa, não reclame.

Eu revirei os olhos e logo em seguida Chloe começou a se despedir, depois que retribui, nós desligamos e eu me deitei na cama, colocando o celular na mesinha ao lado da mesma. Passei o resto da noite pensando em Tyler, Adrian e sobre como resolver o medo da Lexie. Na possível esperança de encontrar alguém que tenha algo em comum com o homem que tanto a procura, sem nos dar um motivo aparente além do dinheiro.

Mas de qualquer jeito as coisas uma hora ou outra se resolveriam e eu esperava que essa hora chegasse logo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim! Amanhã tentarei postar mais um capítulo, e sexta também.
Mas vamos as notícias, certo?


1. Eu não vou escolher um dia para postar enquanto eu não tiver interação de pelo menos 40% de quem acompanha a fanfic. Se eu não ver, claro que sem generalizar, que vocês estão ansiosos pelo próximo capitulo ou que estão se dedicando a se envolver na historia, não terá um dia. Até segunda ordem, pelo menos, esse é o plano.

2. Talvez eu vá começar uma fanfic nova!!! Sim. Diferente desse tema mas eu espero que seja uma história legal e eu a postarei aqui para vocês conhecerem caso tenham interesse nela também. :D

E é isso, gente! Obrigada pela companhia ♥

Xoxo, e boa noite.



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