Black Desert escrita por Kallin


Capítulo 55
O Acordo


Notas iniciais do capítulo

Nyahoi minna-san (pessoal)!! ヾ(*^∇^*)ノ
Gente, Black Desert atingiu 3.000 visualizações aleatórias no total, yaaaay!! o(°ヮ°)o
Obrigada por todo o interesse de vocês quanto à essa linda e perturbada história, assim como pelos seus 3.000 cliques (acidentais ou não~), K.K. meant it!! ( ` ω ´ )b

Agora sim, sobre esse capítulo e o anterior... Eu não sinto que precisaria realmente apontar muito meu dedo sobre isso, mas mesmo assim eu preciso muito limpar minha consciência (caso esse pedaço da história tenha ficado meio estranho) explicando por alto o que aconteceu nessas últimas 2 semanas... (◞ ‸ ◟ㆀ)
Esses 2 capítulos (e em especial o anterior) foram essencialmente complexos de se desenvolver, porque são muitos sentimentos e assuntos diferentes misturados tanto dentro das motivações do Yura, quanto do Damian (fazendo acidentalmente talvez eles terem discutido muito sobre algumas coisas, e por outro lado muito pouco sobre outras coisas de igual importância, ao que eu tentava não transformar essa cena em um grande e chato monólogo)... \(º □ º l|l)/
Por conta disso que K.K. nunca sentia segurança no rumo final da conversa ou nos tópicos mais focados por esses dois, reescrevendo esse pedaço inteiro mais vezes do que o necessário talvez! (TヘT )

Com isso, no fim (por K.K. não ter nenhum "Beta Reader" para opinar sobre isso também), ela então apenas decidiu em não deixar vocês esperando mais por esses capítulos, juntando as suas mãos e rezando para que a história esteja boa da forma que está (e que isso tudo seja apenas uma paranoia irrelevante minha)...! ( ;∀;)
*Ahem*, mas de qualquer modo, agora com a consciência mais tranquila K.K. espera que vocês se divirtam/gostem do capítulo de hoje e que tudo tenha dado certo no fim! Boa leitura para todos e até o próximo comentário ninja!! *poof* b(~_^)d



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Sendo pego de surpresa por aquele assunto sobre um acordo, eu então mudei minha postura ao que comecei à encará-lo com a suspeita de que eu não iria gostar muito do rumo daquela conversa.
"Se o único assunto que Damian e eu sequer temos em comum é Gale, então o que ele pode afinal querer ainda de mim...? Gale sumiu do alcance de nós dois ontem, não tem mais nada que eu possa fazer sobre isso!"
Eu me perguntei aquilo ao que pude ver Damian voltar à se aproximar de mim de um modo muito mais reticente, buscando voltar à ter um discreto diálogo comigo ao que lentamente ele ainda pensava duas vezes se queria ou não realmente chegar muito perto -já que ele parecia ainda carregar consigo a sensação de enojamento quanto à minha presença -piorando muito mais o seu sucesso em puxar qualquer assunto, já que eu também não queria ter que ficar lidando com alguém que ficasse me encarando dessa maneira.
"Eu posso estar fingindo que suas palavras passaram direto pelos meus ouvidos, mas na realidade eu não quero sequer continuar olhando para ele."

E ao que eu prolongava meu silêncio igualmente intimidador, foi que Damian finalmente tomou a iniciativa lentamente apoiando seu braço sobre a parede do meu lado e se inclinando um pouco -mesmo que contra o seu próprio gosto- sobre mim, novamente usando aquela nossa aproximação para que nós dois não chamássemos mais atenção do que os outros clientes que se dependuravam nas garotas pela Boate -como uma forma para provavelmente ele não ser novamente interrompido durante esse assunto (da mesma maneira como aconteceu nos becos mais cedo).
Só que quanto mais Damian se aproximava de mim contra sua clara vontade, mais eu também demonstrava minha aversão à estarmos tão próximos, usando meu próprio braço para afastá-lo um pouco ao que ele mesmo não parecia se incomodar com aquele meu gesto.
"Pelo menos concordamos que não queremos ficar um perto demais do outro, mesmo que dessa vez seja necessário."
Eu pensei aquilo na tentativa de me tranquilizar, ao que encarar seus olhos se tornavam agora a última coisa que restava para mim antes de voltar à ouvir suas duras palavras -coisa que acabou acontecendo assim que ele sentira a certeza de que seu assunto ficaria apenas entre nós dois, e ninguém mais.

— "Eu realmente estava tentando falar sobre isso mais cedo com você, mas depois de hoje eu não sei mais se quero fazer qualquer tipo de acordo com Humano algum... Você até ainda é útil para mim, mas eu não quero ficar arrumando razões para ter que olhar para a sua cara."
— "Então nisso nós dois podemos concordar. Ninguém está te obrigando a estar aqui, se você quer então apenas suma de uma vez e nunca mais venha atrás de mim... seria até um favor que você me faria!"
— "Grr-...! Não repita as minhas palavras como se isso fosse ajudar a resolver algo! Eu queria não ter mais que sequer viver na mesma cidade que alguém como você, só que continuo aqui porque estou sem opções! Infelizmente você agora é minha última ligação com aquele maldito-...!!"
— "Maldi-... Então isso tudo realmente é só sobre Gale?!"
— "E sobre o que você achou que seria, Odalisca!?"
— "Sobre qualquer outra coisa que talvez pudesse ser mais relevante para me obrigar à ter que te ouvir! Você ainda acha que eu tenho algo a ver com isso depois da forma que as coisas terminaram ontem!?"
— "Você tem a ver com exatamente tudo que eu preciso! Eu sei que aquele maldito vai voltar à te contatar em algum momento, e que é assim que vou finalmente conseguir encontrá-lo mais uma vez!... Mas só se você quiser me ajudar à finalmente dar um fim nisso tudo como você disse que queria!"
— "..."

Quando eu finalmente ouvi Damian chegar nesse ponto, foi então que um estranho gatilho dentro de mim se ativou -me fazendo ficar quieto em resposta. Aquela mesma ansiedade por conta de rever Damian parecia voltar a me assombrar como se a existência dele me pressionasse contra coisas das quais eu não queria ter que lidar, e foi aí que eu finalmente percebi em mim porque eu estava evitando-o tanto depois do que fizemos naquela sacada.
Para mim ele era apenas um Skrea que me ajudou a colocar as mãos no reagente do veneno de Gale -assim como em colocar as mãos na verdade por trás do que ele estava fazendo nos últimos dias pelas ruas da Citadela.
Só que para conseguir cada uma dessas coisas, nós dois sequer trabalhamos juntos ou concordamos de fato com um mesmo interesse -pelo menos, não mais. E por isso que mais do que nunca eu não queria ter que revê-lo depois de termos perdido Gale de vista por uma segunda vez!
"...Porque simplesmente não tem mais razão para nos revermos. Ele e eu somos diferentes demais em tudo, e no fundo nunca realmente chegamos à cooperar de verdade! Ele me usou para chegar até Gale, e eu o usei para impedi-lo. Qualquer outra coisa que acontecera além disso foi puramente acidental!"
Com isso eu então comecei à me fechar às palavras de Damian, tudo na medida em que ele parecia querer novamente me usar como uma ferramenta para chegar em seus objetivos -que sem dúvida não batiam em nada com os meus.

Só que mesmo que eu pudesse entrar cada vez mais na defensiva -ao que eu quietamente o encarava fazendo uma pose de que eu estava sob controle de meus próprios pensamentos-, ainda sim por outro lado eu não conseguia colocar em palavras nada do que eu estava sentindo. Eu definitivamente não era um "objeto" para ser usado pelos outros, e com certeza não permitiria também à um Skrea me tratar dessa forma. Só que eu o usei tão abertamente quanto ele me usara ontem, e por isso estávamos quites demais para que eu me sentisse capaz de ainda rechaçá-lo por ter essa atitude -ao que suas ofensas contra mim também já haviam se tornado casuais demais para igualmente me incentivarem sozinhas a por qualquer coisa para fora (independente dele também ter me chamado de "prostituta de luxo").
Por isso eu então desisti de ser óbvio com ele, me prendendo naquele momento ao que eu pensava em muitas coisas das quais eu não queria ter que pensar, mas que aqueles olhos vermelhos me forçavam à ter que entender dentro de mim.
"Mesmo sendo diferentes, eu consigo entender bem até demais o lado de Damian, sobre querer vingar a morte dos seus irmãos... Mas Gale também não é um desconhecido do qual eu poderia simplesmente abrir mão em minha vida (mesmo que ele continue sendo um idiota), só para saciar Damian e me ver livre desse Skrea de uma vez por todas..."

Eu comecei então à pensar aquilo ao que meus olhos foram lentamente caindo e meu foco se dispersando para uma sensação até que muito familiar -a sensação da ideia de ver alguém próximo sendo morto por um Skrea.
Gale já me causou muitos problemas e me colocou em muitas situações ruins, mas eu ainda sim jamais me sentiria capaz de entregá-lo direto nas mãos de um Skrea para ser morto! Mesmo que isso significasse vários dos meus problemas desaparecendo de uma só vez, nada provaria que as coisas sem ele poderiam ser melhores -afinal, a última coisa que eu imagino que fosse ajudar as coisas a melhorarem seria se Tessa ficasse no lugar dele, comandando sozinha a BlackHole.
E por isso tudo que -mais do que nunca- eu não me sentia apto para tomar uma decisão ou tomar uma atitude que fizesse a diferença entre favorecer Damian ou favorecer Gale nessa briga pessoal dos dois.
"Eu quero manter Gale sob controle até onde for preciso, só que eu preciso concordar comigo que esse problema escuso entre os dois está um pouco além do meu alcance também. Tentar me meter -não importa de que modo- só vai piorar tudo ainda mais."

E com isso então eu continuei à ficar na minha, sem dar qualquer tipo de resposta para Damian (já que nem mesmo para mim eu conseguia dar uma resposta também), fazendo com isso ele finalmente perder sua paciência e voltar mais uma vez à me pressionar contra a parede (figurativamente falando dessa vez)! Assim finalmente sua voz quebrou sozinha os meus recorrentes pensamentos, se alterando por mais uma vez ao que seu humor flutuava mais do que as alturas de uma duna em meio à um vendaval.

— "Não tem tanta coisa assim nessa proposta para um Humano como você ficar pensando sobre... Qual é afinal a sua resposta?!"
— "... E-Eu não sou uma isca. Se tudo que você quer é encontrá-lo, vá então atrás da BlackHole e me deixe em paz."
— "E você realmente acha que eu já não fiz isso!? Nem mesmo os próprios capangas dele sabem dizer mais aonde ele está!!... Eu já disse que vim atrás de você porque estou sem mais opções, não disse!?"
— "Então se Gale sumiu até mesmo da vista da gangue dele, porque você acha que ele viria atrás de mim?!"
— "Porque as únicas vezes que eu vi ele deixando sua guarda baixa, te envolviam de alguma maneira! Vocês humanos são incompetentes demais quando precisam ter cautela, e eu preciso que aquele maldito seja pelo menos por um segundo incompetente!"
— "Se é assim, então você vai ter que achar algum outro meio de fazê-lo abaixar a própria guarda. Eu já disse que não sou nem uma isca, e nem uma Odalisca!! Você está por conta própria quanto à isso, Skrea!"
— "...!!"

Ao que ele ouviu então a minha incisiva recusa, Damian acabou deixando transparecer através de uma reação de choque uma muda e sombria expressão -que parecia fazer desaparecer por completo a racionalidade que ele tão firmemente tentara manter até agora comigo (mesmo que falhando de tempos em tempos).
Sua mão livre -em uma rápida e perigosa reação- conseguiu alcançar novamente o meu queixo, voltando à bruscamente me puxar na direção de seu rosto com muita raiva, enquanto sua outra mão pareceu correr por uma segunda vez por entre nossos corpos na tentativa de me restringir novamente com a mesma fúria que elas conseguiram restringir na primeira vez!
Porém antes que ele realmente conseguisse alcançar meus dois braços, eu dessa vez reagi à tempo! Segurando-o ameaçadoramente pelo seu braço que tentara me restringir, eu me aproximei ainda mais de seu rosto ao que eu não ia cometer novamente o erro de deixá-lo sozinho participar desse jogo de intimidações!

— "Me solta ou eu faço você nunca mais sentir a sua mão de novo!"
— "Então faça...! Sua porcaria de Odalisca!! Quero ver se você realmente terá tempo de fazer alguma coisa antes de eu te matar!"

Finalmente ao que meu blefe pareceu não mais afetar Damian -já que sua ira parecia tê-lo finalmente desprovido de seu próprio juízo- eu então continuei à encará-lo silenciosamente -sem saber realmente como prosseguir já que eu não ia também desafiá-lo à me provar que suas palavras estavam mais certas do que as minhas-, e durante isso, percebendo que nossos corpos se entrelaçavam cada vez mais e mais em gestos confusos, agressivos e ameaçadores -porém nem um pouco resolutos-, foi que eu então decidi me entregar de vez àquela confusão que estávamos causando no meio do corredor sem mais nenhuma discrição.
Estávamos tão irritados graças ao rumo que aquela conversa tomou, que nenhum de nós dois estava mais disposto à soltar ou ceder às ameaças um do outro. E com isso tudo que nos restava para fazer agora era apenas continuar à nos encarar nos olhos, deixando um clima pulsante e violento nos contornar ao que aquilo apagava lentamente toda a nossa racionalidade, nos deixando não mais do que com um instinto básico de tentar dominar um ao outro para se resolver em gestos aquilo que não conseguíamos resolver mais em palavras. Isso, até que-...!

— "Yura...? Está tudo bem aí?"

Foi então que em meio àquele nosso interminável impasse, sem aviso uma voz feminina bem de longe finalmente nos despertou de nosso irredutível foco, fazendo ambos nos soltarmos no mesmo instante ao que Damian pareceu se acuar muito mais do que eu com a presença de uma terceira pessoa ali por perto!
Rapidamente ele se jogou para trás, me soltando como se não quisesse ser visto comigo e se permitindo forçar uma expressão novamente neutra -porém, ainda bem séria.
Já eu não pretendia por nada tirar meu olhar dele (afinal eu não confio em Skreas e em seus rápidos reflexos), só que não me vi com mais escolha ao que pude sentir a menina que me chamara vindo lentamente até a minha direção por falta de opção (ao que nós dois parecíamos ignorá-la ao longe), já que ambos continuávamos mudos, com os olhos apenas um sobre o outro igual à dois gatos do deserto disputando para ver quem seria o primeiro à tentar dar um novo bote.
"Porcaria, se ela continuar à se aproximar sem ter cuidado eu não vou ter como prever a próxima reação dele...!"

Foi nisso que eu então abri mão da minha própria segurança, finalmente olhando para ela e balançando minha cabeça de leve para que seus pés parassem de se mexer. Ao que eu fiz isso então, Damian acabou encontrando toda a chance que precisava para novamente tentar alguma coisa sem me ter mais como um obstáculo em seu caminho!
Do canto do meu olho eu o vi fazer um rápido movimento na minha direção que sequer me dera tempo de desviar, ao que ele estranhamente apenas queria chegar perto o suficiente para me sussurrar algo, desaparecendo logo em seguida do meu campo de visão e saindo por aquela porta dos fundos que estivera esse tempo todo aberta, bem do nosso lado.

— "Mais tarde terminamos essa conversa... Odalisca!"

Com um rastro na minha mente deixado pela sua ríspida voz, e um rastro icônico daquele seu fogo negro deixado ao ar bem diante de nossos olhos, Damian então simplesmente desapareceu por entre os prédios do beco sem o intuito de ficar sequer mais um instante dentro daquela Boate.
Sempre que ele partia eu tinha essa estranha porém esperançosa sensação de que aquela poderia ser a última vez que nos veríamos, ao que ele sempre sumia e aparecia tão rápido quanto as irreais ilusões do próprio deserto.
Porém dessa vez, pela primeira vez minha mente começava à desafiar essa minha tentadora sensação de alívio já que suas palavras sequer pareciam ter sumido de meus ouvidos -aquelas palavras que pela primeira vez prometiam que ele voltaria à me procurar- me deixando estático naquele corredor por um tempo muito indeterminado, quase como se eu tivesse recebido um ultimato que eu nunca iria gostar de ter recebido dele.

Cansado e perdido dentro de mim mesmo com tudo aquilo que acontecera, eu só fui voltar à realmente me dar conta do tempo passando ao meu redor quando fui então abordado pela sensação de uma delicada mão pousando sobre meu ombro -ao que o som de pulseiras batendo umas contra as outras chamaram a minha atenção de volta para a realidade.
E foi aí que eu percebi que -sem que eu notasse- aquela menina já estava do meu lado me encarando com uma expressão de preocupação contra a qual eu não sabia muito bem lidar, além de apenas sorrir em uma tentativa de tranquilizá-la, olhando para ela ao que aos poucos eu tentava recuperar o controle sobre mim mesmo (sem na realidade ter qualquer sucesso sobre isso, para ser muito franco).

— "Ele fez algo com você Yura? Precisa que eu chame alguém?"
— "Não, não se preocupe com isso, eu estou bem. Vamos voltar lá para dentro."

Sua voz era doce e seu olhar não quebrara por um instante a compaixão que apenas outra Odalisca poderia ter quando via uma pessoa ser assediada ou abusada por alguém mais impulsivo e mais forte do que ela. E com isso eu então insisti em tranquilizá-la com as minhas palavras também, ao que meus olhos mesmo assim insistiam em trair aquilo que eu dissera para ela, ansiosamente se voltando de tempos em tempos para a porta aberta e abandonada pela qual Damian escapara -como se eu suspeitasse um pouco de que ele poderia voltar a surgir por ali novamente, assim que eu desse minhas costas de vez para aquela porta.

Mesmo com a zona em que minha cabeça estava, eu sabia dentro de mim que ter encarado ele havia sido uma idiotice sem tamanho, e que eu não queria ter que passar por aquilo novamente tão cedo agora! Eu estava mais do que acostumado a saber que Skreas perdiam fácil a razão dentro dessa Boate, e ainda sim eu me permiti ignorar isso tudo enquanto estava diante dele (assim como o fato de que Damian não era um Skrea muito convencional também em matéria de capacidades físicas), permitindo-o ter todas as chances que ele teve para se aproximar de mim e me usar fisicamente como uma vasão para os sentimentos que ele mesmo não queria ter dentro de si.

Aquela não era a primeira vez que eu tive que encará-lo, mas definitivamente foi a primeira vez que eu o encarei de um modo tão impotente. Eu estava desarmado demais para poder evitar que ele me dominasse, estava abalado demais para poder evitar que suas palavras me afetassem e estava cansado demais para poder sequer reagir com meus poderes mais uma vez. E no topo disso tudo eu ainda sim quis perder a minha cabeça junto com ele como se eu não tivesse mais apego algum à mim mesmo!
"Eu preciso muito ir para casa depois disso... Repensar sobre o quanto eu realmente me importo com a minha própria vida."

E pensando aquilo eu então continuei à acompanhar aquela menina. Sabendo que remoer qualquer outro assunto diferente daquele agora não iria dar nada certo -mesmo que Damian tivesse trazido com ele diversas coisas sobre as quais eu realmente deveria refletir um pouco. Cada novo passo que eu dava fazia meu corpo doer ainda mais -exatamente nos lugares em que ele me segurara com força-, e por essa razão que tudo que eu conseguia pensar agora era no quanto eu me arrisquei deixando que ele se irritasse cada vez mais enquanto me rendia com suas mãos.
Naquele estado, se eu não tinha condições para acertar minha mente antes, agora então é que eu me sentia totalmente inábil para tomar qualquer nova decisão -ao menos, qualquer nova decisão que não fosse a de concordar em encerrar meu expediente por hoje.
E por essa razão foi que eu então tentei apenas seguir em silêncio o curto caminho ao lado daquela menina, até a porta do camarim surgir na nossa frente como se fosse esse o fim da nossa rápida -porém tranquilizante- jornada de retorno à realidade.


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