Black Desert escrita por Kallin


Capítulo 52
Skreas Viciados


Notas iniciais do capítulo

Yo!! Wassup minha gente? (‘∇^d)
K.K. está aqui trazendo um novo capítulo para vocês diretamente da terra dos mortos (porque ela morreu depois dessa longa semana em que concluiu mais de 3 capítulos, e descobriu que teria que reescrever tudo de novo já que não estava satisfeita com o rumo que a história acidentalmente tomou)... snif (◞ ‸ ◟ㆀ)

Mas bem, K.K. só está aqui de passagem para dizer que ela não se conteve também e fez em seu dia livre uma pequena ilustração do Yura vestido de Odalisca (presentinho para vocês no fim desse capítulo) já que ela ama desenhá-lo nessas roupas tão inconvencionais e não dispensa a oportunidade de fazer isso! o(≧▽≦)o
Mas bem, não tardemos muito com detalhes! K.K. continua feliz pela presença de vocês até aqui, e com isso eu digo: "Vamos prosseguir nessa nossa trama!!"
✧ ─=≡Σ((( つ•̀ω•́)つ



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— "Yura! Adivinha quem está aqui?"
— "Haah... Não me diga, mesa 18 de novo?"
— "Sim, religiosamente na mesma mesa de sempre. Vai lá porque ele sempre reclama quando você não o atende."
— "Você sabe que dizer isso me incentiva muito mais à não querer ir lá, não é?"
— "Heheh, sei!"

Rigur me admitiu aquilo na cara de pau com um enorme sorriso em seu rosto -como se estivesse apreciando cada instante daquele momento-, colocando na minha frente então uma bandeja com alguns copos e uma garrafa de bebida bem gelada antes mesmo que eu pudesse ter algo mais para acrescentar.
Cada vez que eu encarava aquilo com uma cara de desgosto, ele apenas em troca deixava um riso muito simpático escapar (me fazendo perder a vontade de querer bater nele -mas não muito a vontade de ainda querer fugir dali).

— "Pare de enrolar, está quase no fim do dia mesmo! Ele não vai ter como te encher muito."
— "Na verdade ele nunca precisou de muito mais do que alguns minutos para conseguir me encher..."

Ainda reticente sobre aquilo eu então continuei à encarar o balcão de madeira até finalmente soltar um alto suspiro em desistência, pegando a bandeja habilmente com minhas mãos e sacudindo os meus ombros até tomar a coragem de encarar quem Rigur dizia ser o "meu fã número 1".

Mal porém ao que eu tivera começado a andar, logo pude então notar meus olhos se encontrando ao longe com aquele cliente -que parecia estar ansiosamente me aguardando na mesa 18.
Assim que me vira ele não demorou à fazer um gesto na minha direção, me sinalizando-o (em meio ao grande movimento de pessoas) como se eu sequer pudesse ter tido a chance de perdê-lo de vista ali dentro (e fazendo um leve arrepio percorrer todo o meu corpo em desgosto).
Aquele era um dos Skreas mais antigos que frequentavam essa Boate e que religiosamente sempre aparecia aqui todas as noites, sempre sentando-se no mesmo lugar e esperando ser servido exatamente pelas mesmas pessoas todos os dias (o que sinceramente era quase impossível graças aos nossos imprevisíveis turnos).
Mesmo que aquele Skrea porém tivesse uma patente alta (assim como anos de experiência) ele ainda sim com o tempo acabou se assumindo como um viciado em sentimentos e em nós humanos, desafiando um pouco as responsabilidades do seu próprio cargo só para apreciar a vida da forma que ele queria apreciar e perdendo com isso grande parte do seu real poder dentro do exército.
"Ou ao menos é isso que ele diz, quando perguntamos sobre."

Pensando um pouco sobre aquilo eu então decidi finalmente parar no lugar em que eu estava (já que eu não me sentia ainda no clima certo para lidar com ele), fechando os meus olhos por um segundo e finalmente voltando à olhar para frente -agora com muito mais ânimo (mesmo que forçadamente).
Eu tentara com todas as forças limpar a minha mente da ideia de que eu só servia Skreas para poder fugir dos clientes mais pegajosos e abusados, e de como eu sabia que esse Skrea em particular tinha exatamente esses mesmos traços dos quais eu não suportava.
"Ele foge tanto da imagem dos Skreas, que até mesmo as meninas daqui não têm mais receio de servi-lo..."
Eu pensei aquilo comigo ao que já sabia de antemão que iria haver alguém já ao seu lado naquela mesa, servindo-o dos sentimentos que ele tanto adorava sentir e que não naturalmente possuía...
Fazer isso não só alimentava o seu vício como também o preenchia da simpatia que um Skrea normalmente não possuía. Ocupando sua mente com todas as outras reações e desejos nada racionais que pertencem naturalmente apenas à nós Humanos, e fazendo-o definitivamente se transformar em uma confusa mistura de nossas duas raças.

Ao que finalmente então eu cheguei até aquela mesa, rapidamente fui recebido pelo que eu já esperava ser o olhar desconfiado de uma das meninas da Boate -que estava bem à vontade sentada entre aqueles clientes- assim como também pelo olhar suspeito de outros dois Skreas bem jovens e retraídos -que por outro lado pareciam estar paralisados pela exuberância de todas as sensações que atingiam-nos ao mesmo tempo dentro daquele lugar.
"Skreas realmente não sabem disfarçar quando entram aqui pela primeira vez... Parecem até um bando de crianças assustadas perdidas em um mundo mágico."
Eu confirmei dentro de mim ao que eu já sabia que era muito comum Skreas de patentes mais altas iniciarem seus subordinados no vício dos sentimentos, trazendo-os sempre até aqui como se esse lugar fosse algum tipo de sociedade secreta (e eles, seus membros).

Normalmente os Skreas eram muito céticos quanto à se relacionarem com o mundo Humano -quase como se eles seguissem leis que os mandassem ficar longe de nós-, fazendo com que a maioria dos soldados e dos jovens não se permitissem alimentar a mesma curiosidade que os generais e os mais velhos alimentavam -a de chegar perto da Cidade Baixa.
Era por isso também que muito provavelmente a maioria de Skreas -especialmente os que estavam sozinhos- aqui dentro possuíam no mínimo uma boa patente. Porque de algum modo a impressão que eu e as outras meninas tínhamos era a de que você tinha que estar ou acima -ou ao menos estar junto de alguém que estivesse acima- de algumas dessas leis e regras, para assim poder fazer o que quisesse sem medo de mais tarde ser punido por isso.
E raciocinando aquilo foi que eu finalmente então me encontrei mais uma vez com os olhos daquele Skrea de idade -que no mesmo instante soltou a Odalisca que estava ao seu lado- inclinando-se feliz na minha direção e abrindo os seus braços para mim (quase como se quisesse me abraçar).
"Essa não... ele já está 'bêbado'."

— "Finalmente quem eu estava esperando! Yura!! Esse lugar jamais é o mesmo sem a sua presença!"

Aquele Skrea me disse aquilo com uma voz animada e cordial, procurando me alcançar com sua mão como se não estivesse com paciência para esperar pelos meus próprios movimentos, mas logo em seguida recuando ao que se lembrara de que eu não iria tão facilmente deixá-lo me tocar como bem entendia.
Mesmo que alguns clientes como esse pudessem querer me ter um pouco mais perto deles do que o normal -insistindo em gastar boas quantias para tal-, ainda sim eu continuava sempre firme com qualquer um deles sobre essa questão de contato físico ou muita aproximação...
"Não importa por quanto dinheiro seja, meu corpo não está e nem nunca estará remotamente à venda-... Para ninguém que seja!"
E justamente por ele estar mais do que cansado de saber disso foi então que aquele Skrea compreensivelmente apenas voltou à se ajeitar em seu assento, deixando um consciente e rouco riso escapar por entre seus afiados dentes enquanto se contentava apenas em apreciar a vista que tinha de mim -servindo a bebida que eu trouxera, nos copos de cada um com uma ligeira indiferença à sua presença.

No fundo Skreas realmente não ligam tanto assim para a diferença entre tocar ou olhar, e nem mesmo dão preferência também para sexo e coisas ligeiramente pervertidas. Tudo que eles realmente querem quando vem para cá é apreciar tudo aquilo que eles não encontram no seu dia a dia -como os nossos sentimentos ou até mesmo a própria arte (mesmo que a maioria deles negue esse segundo).
A falta de sentimentos neles são só os tornam uma raça racional, como também não os permitem responder corretamente às coisas artísticas (mesmo que eles ainda tenham criatividade, já que isso não é um sentimento e sim uma habilidade), tornando-os uma raça prática demais e com essa grande deficiência cultural que nós Humanos tentamos equilibrar aqui dentro.
Naturalmente eles não tem como sentir falta dessa cultura -que já não os afeta. Só que no instante em que eles começam a sentir por nossa causa, acabam também por assim finalmente entendendo e se deixando levar pela existência dessa arte que só nós Humanos conseguimos criar.

É por todos esses detalhes que um Skrea normalmente não chega à ser o típico "cliente pervertido" que os Humanos já naturalmente são. Por isso, e porque eles também não sofrem de libido alguma.
Na realidade às vezes eu até já me perguntei se os desejos sexuais são por si só sentimentos que eles naturalmente não possuem (ou que então estejam relacionados à outros sentimentos que também faltam dentro deles), fazendo-os enxergar o sexo como nada mais do que de tempos em tempos uma simples reprodução obrigatória. E eliminando toda a necessidade em uma Odalisca de se preocupar em ser assediada ou não por uma raça que só vai querer que você se sente do lado deles, enquanto bebem ou puxam assuntos durante a noite toda.

Aliás é até mesmo por esse tipo de preferências que eles também não costumam dar a mínima para o fato de eu ser um homem -afinal para Skreas, reprodução e humanos são duas palavras que certamente não caminhariam nunca juntas em seus dicionários, fazendo com que a sexualidade humana perca qualquer importância em sua sociedade ou em seus interesses pessoais (normalmente).
E sabendo disso é que eu então me sinto mais do que livre para servi-los com calma, sem ter medo de ser assediado ou menosprezado (assim como eu seria por alguns humanos) apenas porque eu não quero me tornar um alvo fácil para suas perversões alheias ou para as suas críticas doentias quando percebem que estão se interessando por alguém do mesmo sexo -coisa que incomoda demais a minha raça, e sempre nos momentos mais errados.

Só que ainda sim, mesmo que eu saiba e reforce tudo isso na minha cabeça, nada disso realmente acaba sendo útil quando estou diante de um imprevisível Skrea viciado em sentimentos... Para esses em particular eu sei que apenas ficar olhando não é algo que funcionará para sempre -dentro das minhas tentativas de saciar os seus desejos.
Esses tipos de Skreas podem acabar se tornando tão físicos quanto os outros humanos dessa boate, e nós dizemos por aqui que isso acontece porque um Skrea viciado já tem noções demais dos sentimentos para saber exatamente o que podem conseguir se forem para cama com um humano (não importa qual seja) fazendo-os de verdade desejarem por essa experiência.

Quando eles finalmente conseguem isso pela primeira vez então, é que aí eles se tornam realmente insuportáveis! Se transformando definitivamente em nada mais do que Humanos extremamente fortes e sistemáticos que são capazes de bolar 1001 planos para conseguirem nos assediar aqui dentro de alguma maneira, esperando o nosso menor descuido para nos provarem porque misturar Humanos e Skreas não dá muito certo.
Esse tipo de coisa é uma das maiores razões na verdade para que eu evite Skreas que já estão "perdidos demais"... Não só eles são um dos clientes mais difíceis de lidar como também podem ser igualmente perigosos se estiverem mais do que bêbados -tanto com sentimentos quanto com bebidas.

— "Yura, venha aqui. Eu quero te apresentar aos meus novos rapazes."

Ao que eu então terminava de servir as bebidas, eu pude ouvir aquela voz rouca tentando desafiar o barulho que permeava aquela Boate inteira, tentando atrair a atenção de todos que estavam sentados assim como em especial a minha (instável) atenção.
Só que no instante em que eu realmente olhei para sua direção, tudo que eu pude fazer foi na realidade travar aonde eu estava -arrependido por ter me deparado com algo que eu não queria ter que me deparar logo no fim do meu expediente.

Quase que instintivamente meu corpo então recuou um pouco ao que eu vi aquele velho Skrea fazendo um gesto bem receptivo com suas mãos para mim, me direcionando para sentar em suas pernas -como se eu fosse uma boneca de colo- em troca dele continuar com as devidas apresentações de seus amigos (o que muito provavelmente também incluía uma recomendação dele para eu ganhá-los ou perdê-los como clientes fixos -coisa que era sempre muito importante nesse tipo de serviço extremamente competitivo).
Só que esse Skrea... eu já o conhecia muito bem e realmente não gostava desse Skrea... Ele sabia o quanto era importante para nós conseguirmos clientes preferenciais, sabia o quanto era raro novos Skreas aparecerem por aqui, e sabia exatamente que esse era o tipo de clientes que eu preferia servir -usando isso tudo ao seu favor para me manipular.

Antes de vir para a Boate ele obviamente sempre recolhia seus subordinados para usá-los aqui dentro como moedas de troca, esperando que isso ao menos fosse funcionar para conseguir de algumas Odaliscas coisas que seu dinheiro sozinho não iria conseguir. Fazendo-o muito facilmente assim me encarar com aquele olhar bem convencido e empolgado (como se ele soubesse muito bem o que estava fazendo), e me fazendo em troca precisar duplamente segurar dentro de mim o desgosto que eu queria demonstrar em resposta -assim como também segurar as várias palavras desagradáveis que eu até queria poder falar, mas que eu sabia que não deveria.
"Eu realmente odeio ter esse Skrea de cliente. Mas-..."

Foi com isso então que minha atenção se desviou discretamente para aqueles dois Skreas que o estavam acompanhando -fazendo nossos olhares se trocarem por um instante como se eu os estivesse analisando.
Aqueles dois eram realmente o tipo de clientes que eu gostava de ter aqui dentro -ingênuos, discretos e extremamente resguardados em suas ações. Só que mesmo com todo o meu interesse, eu ainda sim não tinha como ficar tentando fisgá-los como clientes por conta própria -ao menos, não com esse Skrea velho cautelosamente montando guarda ao seu lado.
"Esse velho é muito carente. Com certeza se eu o ignorar e der atenção demais para esses dois, vou acabar é criando uma confusão complicada de apartar."
Eu pensei aquilo ao que comecei à me fazer lembrar de algumas situações passadas que já testemunhei aqui dentro com outras meninas mais desavisadas. Skreas não são passionais, mas um Skrea viciado é capaz até mesmo de sentir ciúmes -e o pior é que ele conseguirá encontrar prazer nisso, assim como em qualquer outro tipo de sentimento mais incomum!
Então não é nunca uma boa experiência estimulá-los à descobrirem que esse tipo de sentimento existe, ou até mesmo motivá-los à se lembrarem de que podem se sentir assim -à não ser que eu realmente queira depois pagar a reforma da Boate inteira.

Foi com isso que eu então respirei fundo, me aproximando lentamente daquele Skrea -ao que eu ainda estava incerto se fazer isso realmente era uma boa ideia - enquanto carregava em minha mão o seu copo cheio, sabendo que na realidade eu não podia deixar de ao menos servi-lo antes de sair correndo dali.
Quanto mais eu me aproximava dele mais eu me sentia acuado -acuado contra a minha própria noção de que ele ia fazer alguma coisa, acuado contra minha responsabilidade de ter que servi-lo, acuado contra o desejo de conseguir mais 2 clientes e acuado contra a minha frustração por generalizadamente detestar essa raça e tudo que envolvia ela.

Todos aqueles sentimentos pareciam estar brigando dentro de mim, e com isso então eu só fui capaz de forçar um sorriso em reação, disfarçando os meus próprios conflitos momentâneos que no fundo estavam tomando todo o meu foco e tempo para analisar de verdade a minha posição.
Diferente das ruas eu realmente não podia ser rude com os clientes daqui -não importa o que eu pensasse ou deixasse de pensar sobre eles-, e por isso então que eu tinha que ter muita cautela, até mesmo se fosse para tentar dispensar os seus pedidos -coisa que estava dessa vez parecendo um ser um pouco mais complicada do que normalmente já era por eu estar claramente cansado.

E foi por culpa de tudo isso que no instante então em que meu corpo se inclinou na direção daquele velho Skreas para lhe entregar o seu copo, eu pude quase que com dificuldade perceber algo agilmente se movendo pelas minhas costas! Com um único puxão desavisado de sua mão eu acabei sendo trazido para frente, caindo de forma desajeitada em seu colo ao que eu muito me esforçara para acabar não derramando aquela bebida sobre ele -afinal qualquer prejuízo que eu crie para um cliente é descontado da minha comissão.

Instintivamente meu corpo então tentou se ajeitar, retomando alguma postura para que eu não perdesse a forçada classe em meus movimentos e me fazendo acabar por encarar aquele rosto que tão convencidamente estava sorrindo para mim -me deixando extremamente irritado por dentro por conta daquilo e igualmente enojado pela proximidade que se criou entre nós dois.
Porém ao que eu mal pudera ter tempo de fazer alguma outra coisa, minha atenção então foi agilmente roubada pelo copo que ele finalmente tomara de minha mão, bebendo descontraidamente um gole ao que seu outro braço se aproveitara -da minha própria desatenção- para deslizar sobre a minha cintura me prendendo ali sentado sobre sua perna -e me dando não mais do que só alguns segundos para poder reagir em um contido desespero que eu não tinha como sequer externar.

— "Veja rapazes, este aqui é o humano de quem eu falei. Podem procurar por ele sempre que precisarem de alguma coisa, seu serviço é impecável! -...Mas não o requisitem também se ele estiver na hora me servindo, vocês entenderam bem? Hahaha!"

Ao que aquele velho Skrea começara à rir da expressão quieta porém incomodada de seus subordinados, foi que eu então pude sentir misturado ao desconfortável calor de sua voz, seu braço me envolvendo ainda mais pela cintura -me puxando mais e mais para a sua direção- e me fazendo congelar aonde eu estava graças à mera sensação daquela pele escamosa e gelada se esfregando contra minha pele, assim como aquelas garras pontudas que me alisavam da mesma forma que uma pessoa alisaria um estimado objeto.
O arrepio que percorria meu corpo inteiro parecia me travar como um choque que enrijecia ainda mais a minha postura, me fazendo fechar minhas mãos em um punho e lentamente esquecer até mesmo das pessoas e das conversas ao meu redor ao que aquelas sensações sozinhas me alienavam lentamente.
Eu realmente estava me sentindo voltar à ser aquela criança impotente e assustada que eu já fui um dia, e por isso nada mais do que um familiar gosto amargo em minha boca começara à me consumir por dentro.

Foi nisso que finalmente eu então consegui reunir o meu pouco autocontrole para discretamente apoiar o meu braço sobre o ombro daquele Skrea -ao que eu relutantemente queria continuar à tocar aquele velho nojento-, conseguindo com isso distanciar um pouco os nossos corpos e impedir que ele então me puxasse ainda mais para si -mesmo sabendo que isso não fosse ser o suficiente para eu conseguir realmente me soltar daquele seu braço que me prendia com uma desconcertante firmeza.
"Grr...! Esse velho nojento realmente está se aproveitando das suas chances!"
Eu pensei aquilo aborrecidamente ao que ter detido o avanço dos seus movimentos não conseguira sozinho deter também aquela grave voz que continuava à falar o que bem quisesse de mim, não importasse o que eu estivesse ou não fazendo.



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