Black Desert escrita por Kallin


Capítulo 36
Uma chance de Ajuda


Notas iniciais do capítulo

Nyuu~ K.K. pretendia ficar quietinha na dela, e não dizer nada sobre isso... -Mas eu simplesmente não consigo, porque hoje é o dia mais importante do ano inteiro para mim, e isso me enche com uma alegria contagiante!!!! ☆*:.。.o(≧▽≦)o.。.:*☆
Sim, hoje (10/01) é o aniversário de K.K.!! ( *▽*)/
E ela quer dizer que só de poder ver o número de pessoas que estão acompanhando sua história, aumentar, faz com que ela considere esse como um dos melhores presentes que ela poderia receber no dia de hoje!! (não que ela vá receber muitos outros também, mas isso não diminui em nada o sentimento...!) ( ´• ω •`)
Por isso, muito obrigada por todo o interesse e incentivo que indiretamente vocês me dão acompanhando ou favoritando minha fic!! Isso sempre alegra o meu dia, mais do que imaginam! ( ◕▽◕)/ ♡
(Agora sim, voltemos ao que realmente interessa~ hehehe)



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Começando à me atrair pela ideia de escapar, eu então tentei jogar meu olhar rapidamente para o lado -procurando ver a distância entre mim e a porta.
Mas assim que eu fiz isso, pude notar o Skrea também dando um passo na direção para o qual meus olhos se inclinaram, mostrando que ele também estava ciente daquelas minhas intenções!
Ficar ali tentando pensar porém em qualquer solução seria igual à nada! Aquela era a única saída possível desse quarto, eu não tinha como enfrentá-lo sem meu bastão, e de maneira alguma eu iria ficar dependendo toda hora dos meus poderes!
Foi aí que eu tomei um fôlego, sabendo que eu iria ter que arriscar...!
"Ele não vai me matar se não souber aonde está o cordão... Ele não vai-...!"

Ao que eu repeti essa frase na minha cabeça para me dar coragem, em um único salto eu corri na direção da porta! A distância era de apenas três passos, mas assim que eu consegui alcançar a maçaneta daquela porta, a assustadora sensação de algo apressadamente vindo na minha direção foi -em segundos- substituída por um forte impacto contra todo o meu corpo!
Algo havia fortemente esbarrando em mim, me jogando contra aquela mesma porta que eu não havia conseguido abrir à tempo, e me prendendo contra ela sem nenhuma possibilidade mais de fugir!
O barulho do impacto na madeira reforçada da porta fez meus olhos acidentalmente se fecharem, ao que eu podia sentir boa parte do meu corpo começar à lentamente doer com aquela brutal colisão que ainda estava ressoando por todos os meus sentidos.
Meu corpo estava sendo esmagado contra minha única chance de fuga, e em uma mísera questão de tempo, uma mão comprida agilmente conseguiu também alcançar aquele meu braço que estivera mais próximo da maçaneta, puxando-o um pouco acima da minha cabeça e o prendendo contra a parede.
Ao que sua mão segurava o meu pulso firmemente -quase que me machucando- eu então precisei com dificuldade começar à mudar a posição do meu corpo até ficar de frente para ele, tentando não deixar que o meu braço fosse quebrado.
Porém mesmo com tudo aquilo, ainda sim eu continuei a manter meus olhos fechados graças à confusão de muitas sensações ao mesmo tempo que estavam violando os meus pensamentos, me confundindo demais para eu até mesmo me lembrar que tinha que reagir.

De repente então toda aquela confusão dentro de mim se quebrou ao que eu pude ouvir o som do afiado fio de uma lâmina roçando para fora de sua bainha!
Me forçando a retomar o meu controle sobre meu corpo, eu rapidamente abri então os meus olhos a tempo de ver sua outra mão vindo na minha direção com sua adaga empunhada!
Assustado, por reflexo meu corpo se jogou para o lado oposto ao que minha mão livre correu para segurar seu pulso, tentando impedir aquela adaga de conseguir me alcançar, mesmo sabendo que eu não iria conseguir medir forças com ele por tempo suficiente! E quando dei por mim, eu realmente já estava cerrando meus dentes, pela força que eu estava precisando empregar naquele gesto tão pequeno de segurar firme seu braço!
Foi nessa confusão toda então que eu finalmente tentei olhar bem para os seus olhos, procurando um mínimo de certeza de que sua intenção afinal era a de realmente me acertar! ...Tudo para eu notar surpreso, que seus olhos realmente estavam muito próximos dos meus... muito próximos.
No instante em que ele também se deu conta disso e correspondeu meu olhar, sem aviso -ou explicação- toda aquela raiva cega que ele parecia estar usando para vir para cima de mim e me atacar, apenas sumiu! Fazendo seu rosto recuar por um instante no susto ao que suas pupilas dilataram instantaneamente, deixando uma expressão de surpresa tomar conta de si e diminuindo quase toda a força que seu corpo inteiro estava empregando contra mim e aquela porta!

Em espanto com a sua reação, eu o revidei usando sua mesma expressão de surpresa, sem conseguir entender nada além do fato que que algo em mim não queria me deixar desviar do seu olhar.
Porém eu não havia esquecido que ainda estava segurando com todas as forças o seu braço, tentando impedi-lo de chegar perto de mim! Então usando aqueles poucos segundos que eu tive de desatenção dele, em um impulso, eu foquei mais uma vez para usar de modo desajeitado os meus poderes (não importa o quão arriscado fosse fazer isso às pressas) fazendo sua mão no mesmo instante largar aquela adaga! No mesmo instante eu então recuei, assustado ao que eu me dava conta de que agora o efeito havia sido sem querer forte e rápido demais -por conta do pânico que sempre consegue me atrapalhar!

Mas sem que ele aparentemente se desse conta ainda do que havia acontecido, a atenção daquele Skrea só chegou a escapar de mim quando nós dois finalmente ouvimos o som do metal de sua adaga caindo no chão! Ele então rápidamente se tocou de que algo estava errado, encarando sua arma -largada bem ali- e ameaçando recuar seu corpo no susto, ao que nem mesmo ele ainda parecia ter entendido exatamente o que acontecera.
Foi nesse instante em que ele notou o quão irresponsivo seu braço mais uma vez voltara a ficar, finalmente -em relutância- aos poucos afastando seu corpo mais uma vez do meu.
Quando finalmente eu me senti com um pouco mais de espaço, foi então que minhas pernas fraquejaram e eu acabei escorregando sem forças pela parede (independente da pouca distância entre nós dois), ofegante enquanto fechava ansioso minhas mãos, tentando não me deixar levar pelo medo do que eu podia ter feito!
"Eu não vou sobreviver, se continuar nesse quarto com ele!"

O som da minha respiração abafada disputava com o som de um grunhido que pude ouvir ele soltar -ao que ele dessa vez ele não havia se distanciado realmente tanto assim de mim-, mostrando o quanto ele estava dividido entre as vontades de não me soltar, e de não ser novamente pego pelos meus poderes.
Eu porém mal estava vendo o que ele estava fazendo, parado ali bem na minha frente, porque agora eu só estava me sentindo era sendo capaz de olhar para o chão -alarmado-, tentando guardar para mim o fato de que dessa vez foi por muito pouco que eu não fiz uma besteira!

— "Yura? Está tudo bem aí dentro?"

De repente nós dois congelamos em nossos lugares, ao que uma voz feminina vindo do outro lado da porta na qual eu estava encostado, pôde ser ouvida!
"É a minha chance de escapar!!"
Eu -e provavelmente aquele Skrea- chegamos àquela conclusão, já que no segundo em que eu levantei meu rosto na direção da porta com uma certa alegria, pude sentir então ele mais uma vez vindo para cima de mim -silenciosa mas velozmente-, se jogando sobre o meu corpo e esticando sua mão -que mal estava ainda se recuperando- na minha direção, como se quisesse tapar minha boca para que eu não fosse capaz de gritar por ajuda!
No mesmo segundo então eu em reação levantei uma das minhas mãos ameaçadoramente, levando-a até a altura de seus olhos e fazendo ele automaticamente parar o que estava pretendendo fazer!
Foi nisso que pude sentir aquela tentativa dele de me prender se transformando em quase um inocente semi-abraço -ao que toda a sua força empregada em mim desapareceu, assim como todas as suas ideias para continuar me mantendo sob controle.
"Pelo visto ele finalmente entendeu que não vai dar certo continuar tentando me agarrar... ufa."
Mas em meio ao nosso irresoluto conflito, renovando ainda mais o forte clima de tensão entre nós dois, batidas na porta foram mais uma vez ouvidas ao que novamente aquela não identificada voz feminina chamou por mim.

— "... Yura?"

Uma segunda vez então eu tentei virar meu rosto na direção daquela porta, muito estimulado à respondê-la com um pedido de ajuda, só para ser resgatado de uma vez de lá de dentro!
Porém-... Assim que eu fiz esse movimento, algo me chamou a atenção e eu voltei meu olhar para aquele Skrea que estava bem na minha frente -aos poucos saindo de cima de mim porém sem se levantar.
Seu corpo havia em reação se inclinado para trás, e ele apenas havia ficado ali, ajoelhado bem de frente para mim enquanto encarava o chão com uma expressão escondida de desolação que ele mesmo não queria me mostrar.
Para alguém que estaria desesperado para fazer várias coisas contra mim, ele estava até que bem irresponsivo e parado dessa vez.
... E isso no fim não me surpreendeu, porque eu já sabia bem no fundo. Diferente de suas atitudes desesperadas, ele realmente não tinha a intenção de me machucar.
"Ele só quer algo importante de volta, e mais nada..."

Chegando naquela conclusão, eu pude então me dar conta de como aquela cena era quase de partir o coração (isso é, se eu realmente fosse muito idiota para cegamente resolver sentir qualquer compaixão agora). Mas eu ainda sim me senti incomodado por nós dois, porque essa jamais iria ser a melhor forma de concluir esse assunto. Criando uma pendência que iria com certeza voltar para me assombrar mais tarde...
"Se eu fugir, vou apenas estar dando uma razão ainda maior para ele me procurar de novo. Assim como foi com Gale."
Pensando aquilo, e com uma sensação de que eu tinha logo que dar uma resposta para aquela menina, eu então suspirei ao que me virei até a porta para falar bem alto e claro e ter a certeza de que minha voz seria ouvida. Gastando ainda sim um último instante para realmente pensar no que eu ia fazer, esperando não me arrepender disso depois.

— "... Está tudo bem aqui, pode voltar ao trabalho."

Eu falei com uma voz séria, estragando o estranho clima deprimente que havia surgido dentro daquele quarto graças ao silêncio que havia se formado entre todos nós, e sendo recebido em troca por mais alguns segundos de silêncio vindo de todos.
Finalmente então, a menina voltou a me responder.

— "...Ok, se precisar de alguma coisa é só chamar."

Com uma certa desconfiança na voz porém, a garota me respondeu normalmente, se afastando da porta e indo embora ao que seus passos podiam ser ouvidos pelo outro lado -se afastando até desaparecerem de vez, sem novamente retornar.


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