Black Desert escrita por Kallin


Capítulo 34
Armadilha do Destino


Notas iniciais do capítulo

Yahoo Minna! ( ^-^)ノ
K.K. só está passando rápido aqui para falar algo muito sério para todos vocês... ( ভ_ ভ)
Devido à falta de tempo, ela agora só irá conseguir postar o capítulo seguinte no próximo ano.......... -pff hahahaha! ``(≧▽≦)´´ (Me desculpem K.K., mas é que eu tenho um fraco por piadas de ano novo!) (E sim, eu sei que vai perder a graça assim que o ano virar, mas eu realmente não consigo resistir!) (´;д;)

Agora falando sério, Feliz Ano novo para todos, K.K. está muito contente por essa jornada que começou no fim desse ano, e espera continuar trazendo no próximo ano muitos e muitos mais capítulos fresquinhos!!
Então meus queridos leitores anônimos, boa virada de ano para todos nós, e que continuemos juntos até onde a vida nos permitir! Até ano que vem!!
Yoi Otoshi Wo (Feliz Ano Novo)!! ( ^▽^)/ ~☆



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Durante a minha total distração, de repente uma das meninas -que voltara com a lista de pedidos de um dos clientes para Rigur anotar- sem aviso se virou na minha direção assim que teve certeza de que ele terminou de escrever os novos valores que ela conseguira acabar de arrecadar -tudo sempre anotado em uma folha discretamente guardada dentro de seu balcão.

— "Yura, agora à pouco apareceu uma pessoa aqui te procurando, e ele disse que queria falar com você à sós."
— "Uma pessoa? Você sabe quem era?"
— "Não sei não, só consegui perceber pela voz que era um homem, mas ele estava com o rosto coberto."

Ao ouvir aquilo, Rigur -que até então estava em silêncio observando minha expressão desconfiada- finalmente se intrometeu também na conversa.

— "Será que era um cliente?"
— "Acho que não, ele acabou de chegar aqui e não me pediu mais nada além de passar esse recado para o Yura."
— "Bem... Realmente, se fosse um cliente ele então teria vindo direto aqui para requisitar algo..."

Enquanto ouvia Rigur e a menina conversando sobre suas hipóteses, por outro lado eu agora tentava em silêncio pensar sozinho sobre qualquer tipo de pessoa ou compromisso que eu pudesse estar na pendência de atender hoje, mas que tivesse acidentalmente esquecido (o que não é tão incomum de acontecer, da minha parte). Mas nada realmente me veio em mente, me fazendo ter quase a certeza de que não importava o que fosse, essa pessoa era algo pelo qual eu realmente não estava esperando.
"Será que pode ter algo à ver com ontem? Afinal Gale e sua gangue sabem aonde eu trabalho."
Decidido então à descobrir logo de uma vez, eu me levantei do banco em que estava sentado ao que perguntei com pressa para a menina.

— "Certo, sabe para onde essa pessoa foi?"
— "Sim, eu pedi para ele esperar por você no quarto 102. Está vazio no momento, então vocês podem usá-lo para conversar."
— "Ok, obrigado. Eu vou lá ver do que se trata."

Fazendo um gesto para ela e para Rigur -sem prolongar ainda mais minha curiosidade-, eu tomei meu rumo até o quarto 102.
Como no resto do meu tempo eu também lidava muitas vezes com pessoas que exigiam descrição -já que eu era também um entregador-, então não era realmente incomum acontecer de alguém vir pessoalmente aqui me procurar para pedir pelos meus serviços (mesmo sem me avisar antes), especialmente por qualquer um saber que essa boate era o lugar mais fácil de me encontrar.
Tiveram até algumas vezes em que eu acabei ficando muito tempo sem aparecer na boate, e no dia seguinte acabar por me deparar com Rigur me esperando, segurando várias anotações com pedidos que eu nem mesmo havia aceitado fazer.
"Por sorte ele nunca se importou de que eu usasse a boate como referência para mandarem esses serviços... Acho que ele também nem vai reclamar comigo, contanto que eu também nunca reclame do fato de que ele fica por curiosidade lendo tudo que deixam para mim."
Começando então à acreditar que aquilo poderia muito bem ser só mais um simples trabalho, eu decidi acertar o meu passo, andando em meio as meninas com as quais eu cruzava entre os corredores de mesas e cadeiras até sair da vista delas e dos clientes, finalmente entrando no quarto 102 sem qualquer cautela ou suspeita, já que eu não conseguiria encontrar razões para tal.

Ao que eu pisei dentro daquele quarto, a primeira coisa que consegui notar foi o fato de que não dava para notar nada ali, já que as luzes estavam apagadas e o aposento não era exatamente pequeno, impedindo que a pouca luz que entrava pela porta conseguisse sequer iluminá-lo.
Porém o que mais me roubou a atenção na verdade, -não me fazendo correr logo até o interruptor na parede- havia era sido a completa falta de qualquer tipo de movimento naquela escuridão, me dando a impressão de que eu estava sozinho ali dentro.
Na mesma hora então eu tive a sensação de que eu poderia ter entrado no lugar errado, ao que para ter certeza disso eu mais uma vez chequei rapidamente os meus arredores -sem que realmente desse para ver muita coisa naquele breu-, por vez me convencendo de que no mínimo aquele não deveria ser o quarto certo em que eu tinha que ter entrado.
Mas assim que eu dei meia-volta para sair dali, -como se uma rajada de vento forte passasse por mim e a empurrasse- bem na minha frente aquela porta rapidamente foi fechada, sem qualquer aviso! Cortando junto a única fonte de luz que eu tinha ali dentro na hora!

No mesmo instante eu recuei com um susto! Mas antes que desse para eu dar qualquer outro passo ou ter qualquer outra reação, uma mão do nada surgiu sem aviso por trás de mim, cobrindo a minha boca -tentando abafar minha voz- e me puxando para trás com muita força!
"O que é isso?!?!"
Eu comecei à me debater tentando me soltar do domínio dela, mas mesmo assim parecia que todos os meus esforços estavam sendo extremamente inúteis ao que aquela única mão continuava a -sozinha- conseguir me segurar no mesmo lugar, cada vez me dominando mais ainda!
De repente então uma outra mão surgiu por baixo -ao que eu só notei quando ela me tocou-, contornando a minha cintura e me puxando ainda mais para trás, me forçando à dar uns 2 passos contra a minha vontade até eu finalmente sentir minhas costas esbarrando contra algo quente... macio... e apenas um pouco maior do que eu.
"Realmente tinha alguém aqui!? Mas-! Como foi que eu não a percebi!?"

Assim que eu fui de encontro contra aquele corpo, pude então ouvir -com a mistura do som daquele baque- também o som do que pareciam ser algum tipo de metal, ou pequenas correntes... balançando e batendo umas contra as outras no meio daquela brusca pancada.
Na mesma hora então uma lembrança despertou em mim -quanto a aquele barulho estranhamente familiar-, e junto dessa lembrança que eu não conseguia colocar em palavras, também um calafrio inconscientemente me acertou bem no fundo.
"Aonde eu já ouvi isso antes...?!"
Mas antes mesmo que eu pudesse conseguir chegar à qualquer conclusão -além da de que eu estava inexplicavelmente tenso-, todo o meu foco foi então mais uma vez roubado pela mão que ainda me prendia pela cintura, ao que ela me soltou e começou a recuar, desaparecendo completamente do meu campo de visão e me deixando preocupado.

De repente então sem que eu esperasse por isso, -em um estalo- uma das luzes do quarto foram acesas, fazendo com que eu me tocasse de que o interruptor provavelmente estava bem atrás de nós, finalmente me dando uma melhor noção do que estava ao meu redor em meio de toda aquela confusão!
Com a chance também de agora poder ver tudo, eu desisti de apenas ficar tentando adivinhar quem era a pessoa atrás de mim e fiz automaticamente meus olhos então tentaram alcançar aquela figura -que ainda continuava à me segurar sem qualquer dificuldade!
Porém ao que cada vez mais eu tentava virar minha cabeça para olhá-lo, mais forte ainda sua mão -que tapava minha boca- continuava à me segurar no mesmo lugar, ainda me pressionando firmemente contra seu corpo sem qualquer tipo de gentileza!
E foi aí -ao que eu já estava me cansando de resistir- que finalmente então pude sentir uma cabeça se inclinando sobre meu ombro, e uma quente respiração se aproximando mais e mais do meu pescoço... Perto o suficiente para que sua boca ficasse bem próxima do meu ouvido e sussurrasse em um tom de ameaça aquelas familiares palavras.

— "Eu disse que não iria te poupar, se cruzássemos novamente os nossos caminhos."

Novamente mais um arrepio desceu pelo meu pescoço, diante daquela voz -que eu sinceramente achei que não teria que ouvir novamente. E então eu finalmente consegui ter a certeza de quem é que estava ali comigo esse tempo inteiro!
"Essa não..."

— "Agora me devolva-o, sua porcaria de Odalisca!"

Novamente surgindo do meu lado, pude então ver a mão dele se estendendo como se estivesse dessa vez impacientemente esperando que eu o entregasse alguma coisa.
Ao ver aqueles dedos finos, as unhas um pouco afiadas, e parte da manga de um casado escuro e pesado, eu então sem mais nenhuma sombra de dúvida me deparei automaticamente com um único e lógico pensamento possível! A única coisa que eu poderia realmente querer saber naquele mesmo instante!
"Como esse Skrea inconsequente me encontrou aqui!?"

Só que em meio ao clima que eu começara à arruinar -graças ao meu demorado silêncio que ignorava tão bem a sua presença-, suas duas mãos então em resposta precipitadamente recuaram, me soltando por uma fração de segundos!
No mesmo instante eu também parei tudo que eu estava fazendo (e que já não era muito), sabendo que muito provavelmente agora ele iria vir -irritado- para cima de mim, como ele infelizmente tinha o hábito de sempre fazer!
Sem nada para me defender, eu só tive tempo de olhar apreensivo para o lado -tentando não perder a minha falsa calma- ao que eu apenas podia ver aquela imagem de cabelos negros, roupas escuras compridas e olhos vermelhos intensos com pupilas contraídas agilmente passando pelo meu lado e me contornado rápido o suficiente para ficar bem de frente para mim, tapando mais uma vez minha boca com força e me empurrando com vontade contra a parede daquele quarto!

Assim como minha voz, o impacto dessa vez porém foi um tanto abafado -ao que eu me dei conta do quão perto da parede nós dois já estávamos-, para a minha sorte machucando as minhas costas bem menos do que poderia ter machucado.
Sua outra mão então lentamente se debruçou sobre aquela mesma parede, fazendo-o se inclinar sobre mim e me encarar bem de perto, com um olhar extremamente impaciente e firme, e uma respiração pesada e forte.
Aquele olhar porém parecia também conter um pouco mais do que apenas a previsível frieza que todos os Skreas naturalmente demonstravam... Aquele olhar parecia conter também... raiva?
"Isso não fez o menor sentido ontem, e continua à não fazer sentido hoje! Porque esse Skrea continua agindo de forma tão anormal!?"

— "Eu sei que ele só pode estar com você! Então não adianta me enrolar, você só sai desse quarto depois de me entrega-lo!"

Insistentemente então ele voltou à me exigir a mesma coisa (sem por alguma razão entrar em detalhes), me obrigando à finalmente cortar todos meus pensamentos menos importantes e melhor tentar pensar sobre o que afinal era aquilo que ele tanto queria de mim (seria mais fácil ele apenas dizer de uma vez)...
Porém sem realmente gastar quase que tempo algum pensando, instantaneamente então eu me dei conta -ao que meus olhos se abriram um pouco na surpresa- daquele velho medalhão com o tal símbolo de Derak! A única coisa que realmente fazia sentido "estar comigo"! Mesmo que eu não tivesse ideia de como ele podia saber de uma coisa dessas.
"E-Espera, se é isso mesmo que ele está querendo, então quer dizer que ele realmente tem relação com um dos patriarc-...?"

Antes porém que eu pudesse completar aqueles meus pensamentos, sua outra mão -que ainda estava livre- voltou então a se movimentar, deslizando lentamente até sua cintura aonde claramente suas duas armas estavam guardadas.
Ele não estava me convencendo de que queria usá-las contra mim, afinal senão ele já teria usado, mas claramente ele sabia que tinha ganho de volta a minha instável atenção com aquilo, assim que seus olhos intensos de relance voltaram à me encarar satisfeitos.
Era óbvio que ele estava tentando me intimidar para que eu o obedecesse, evidentemente também me subestimando -ao que ele realmente não parecia estar se esforçando para me conter ou intimidar- já que para ele eu não tinha como fugir, e muito menos como me defender!
Porém pensando melhor naquilo, eu finalmente comecei à realmente me preocupar, ao que então me dei conta daquela sensação de que -com ou sem seriedade- ele estava ansioso demais para me dar até mesmo um minuto sequer de reação perante cada uma das vezes que ele me mandava devolver o cordão!
"Não importa o quanto ele esteja blefando em suas ameaças, é bem perigoso lidar com alguém muito precipitado assim."
Sentir aquilo -e acima de tudo sendo ele um Skrea (racional ou não)-, estava era acidentalmente me fazendo apenas congelar bem ali naquela posição, tentando pensar muito bem no que eu ia fazer antes de procurar um próximo movimento que fosse!
"Não vai ser exagero da minha parte começar à me preocupar."


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