Black Desert escrita por Kallin


Capítulo 10
O velho Alquimista




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Assim que Saret com muito cuidado abriu a porta, rapidamente seu corpo então se projetou para trás com uma de suas mãos empunhando firmemente seu bastão para a frente, pronta para atacar quem quer que fosse a pessoa ao menor sinal de ameaça que houvesse! Só que da leve escuridão da rua -que tentava invadir aquela tão bem iluminada entrada-, despreocupadamente saiu apenas um homem, que lentamente entrara na sala empurrando Saret para o lado como se ela fosse um mero e desinteressante obstáculo em seu já decidido caminho. Ao que Saret, que finalmente vendo de quem se tratava, ficou completamente muda sem nem mesmo se importar de reagir àquele seu gesto rude.
E ignorando a forma que o homem a tratou, ela simplesmente o deu passagem e voltou a se mover até a porta aberta à sua frente, para verificar se havia alguém mais lá fora antes de fechá-la logo em seguida com um ritmo agora extremamente desanimado.

—"Aí estão todos vocês! Sal, meninas!... -E vejam só, se não é também o Yura! Que cena rara vê-lo aqui, ainda bem que decidi vir visita-los hoje!"

Andando em nossa direção surgira então esse senhor de idade, usando roupas bem normais e alinhadas aonde, diferente de usar uma capa para se proteger, ele usava um colete feito de couro e um sobretudo de linho que parecia minimamente aquecê-lo em uma noite como aquela.
Seus cabelos -bem penteados e puxados para trás- e sua barba já eram grisalhos a muito tempo, indicando sua avançada idade... que se contrastavam com uma saúde e mentalidade ainda firmes, rejuvenescendo-o em presença se não fosse por outro lado sua postura também já levemente arqueada pelo tempo -assim como a de Sal.
E por mais que a figura completa dele pudesse até passar um sentimento de certo desgaste do que já fora uma vez um homem realmente imponente e decidido, ao todo, o tempo jamais fora capaz de realmente abdicá-lo de sua postura tão portada, e gosto tão antiquado como sempre tivera -heranças culturais essas que vieram de uma longínqua região além dos desertos.

Sendo assim, com uma tranquilidade que o colocava acima de qualquer agitação mundana, ele então se aproximou segurando um pacote com uma de suas mãos enquanto balançava alegremente uma bengala de madeira -que ele mal usava para realmente se apoiar- na sua outra mão.
Ao que Sal em resposta logo deixou o meu lado -muito contente- para abraçar aquele senhor em meio ao seu caminho como velhos amigos de longa data que os dois eram.

— "Ebraín! Porque você veio aqui pessoalmente?! Eu ia mandar uma das meninas até sua casa pegar isso para não te dar esse trabalho!"
— "Não fique se preocupando, não é você mesma que diz que preciso me movimentar mais e tomar um ar fresco? Hehehe!"
— "Mas não nesse horário e desacompanhado, seu velho tolo!"
— "Hahahaha! E como eu poderia me contentar em ficar em casa, apenas com as visitas diárias de Saret, quando há tantas pessoas das quais sinto falta se reunindo bem aqui??"

Ao dizer isso, Ebraín então olhou diretamente para mim acenando sua cabeça para me cumprimentar. Ao que eu fiz o mesmo, independente de saber que havia um pouco mais ali do que um simples aceno de sua parte... E iria começar em 3... 2... 1...

— "Vejo que até nosso gato perdido agracia você com sua presença, mais do que a mim!"
— "O quê, o Yura? Ora, não se faça de coitado quando sabe que não consigo contar nos dedos o tempo que ele leva só para reaparecer aqui! Aposto que você vê o Yura muito mais do que eu, com aquelas suas constantes encomendas que você fica sempre pedindo a ele!"
— "Bem, isso é verdade mas, ele ainda sim preferiu passar aqui primeiro antes de ir na minha casa entregar minha encomenda."

Sentindo os olhares de Sal e Ebraín em cima de mim por um instante como se fossem dois pais disputando minha guarda, eu então acabei levantando minhas duas mãos em desespero como se não tivesse ideia de como lidar com aquilo (por mais que isso sempre acabasse acontecendo).

— "N-não é nada disso!"

Eu gaguejei um pouco nervoso, não entendendo como EU havia virado o assunto daquela conversa (ou bronca) entre os dois tão rápido.
Assim como eu tenho um passado aqui dentro com Sal, eu também tenho com Embraín, e seria errado eu não considerar o sentimento que ambos tem por mim como se eu realmente fosse um filho adotado para eles... Mas ainda sim, para alguém como eu que quase não tem um histórico de convívio familiar, saber lidar com essa situação é algo que foge totalmente da minha própria capacidade.
E enquanto eu estava um pouco enrolado esperando os dois tirarem suas atenções de mim, Saret então veio andando até a nossa direção, passando por Ebraín e Sal como se sua presença sequer fosse relevante e parando do meu lado sem não muito mais do que uma expressão apática e desgastada -quase como se nem mesmo tivesse sido ela que tivera tido o desejo de me esganar a poucos minutos atrás.

— "Sinto pena de você..."

Saret me sussurrou enquanto cruzava os braços e observava derrotadamente Ebraín de longe...
Se tratando de Sal, Saret fazia tudo ao seu alcance, e fazia mais do que feliz. Todas as opiniões e decisões de Sal eram para serem obedecidas, e ter a atenção e admiração de Sal era a razão para ela sempre dar o melhor de si. Mas quando se tratava de Ebraín, mesmo se mantendo explicitamente responsável, Saret acabava sempre parecendo agir de um modo um tanto derrotado... muito provavelmente porque ela tinha que passar -a mando de Sal-, quase todos os dias checando a saúde e as necessidades de Ebraín, servindo-o pessoalmente se preciso, e também servindo de ponte para ele se comunicar com a clínica, já que ele é o maior fornecedor de medicamentos daqui. Tarefas simples em teoria para alguém tão disciplinada como ela, mas... o grande problema em fazer tudo isso, era que Ebraín podia as vezes ser extremamente teimoso, socialmente carente, e muito descuidado com a própria saúde, o que provavelmente exigia tanto de Saret (e muitas outras meninas além dela) que acabavam todas se sentindo totalmente desgastadas com esse tipo de tarefa diária -mas extremamente necessária.
"Nessa realidade, acho que quem dá mais pena aqui é a própria Saret, mas... ela não precisa ouvir isso de mim."

Assim que minha atenção então voltou para Sal e Ebraín, eu notei que eles já haviam trocado o assunto e Sal agora estava cochichando algo para ele, apontando com isso para a porta dos fundos aonde estava o homem que eu trouxe em um tom sério mas muito discreto. E antes mesmo que eu pudesse tentar entender do que se tratava, a única palavra que Ebraín disse antes de andar na direção do outro quarto foi um firme e vago "Certo.", enquanto ele brevemente balançou sua cabeça e desprendeu seu foco de todas as outras pessoas ali dentro.
E no que eu me deixei distrair com indiferente movimento de Ebraín -que passara por mim até o outro cômodo sem nada dizer-, eu então acabei não dando atenção para Sal, que de repente parou na minha frente e na frente de Saret,  cedendo em suas mãos o pacote que Ebraín trouxera e lhe direcionando o caminho oposto para que ela fosse guardar no depósito o que quer que houvesse ali dentro. Deixando assim, eu e Sal sozinhos mais uma vez para conversarmos.

— "Eu o pedi para identificar o homem que você trouxe, e verificar se ele tem alguma afiliação com outro grupo aqui de dentro. Aquele velho conhece muito mais gente do que nós dois juntos, então isso vai nos poupar tempo."

Ouvindo o desabafo de Sal, eu então não consegui conter uma pequena risada dentro de mim, sabendo ainda sim que o que ela estava fazendo era um tanto sério. Depois de anos nessa cidade você aprende que existem muitas coisas emaranhadas aqui dentro, e uma vez dentro desse emaranhado todo, nunca mais dá para voltar a se agir de forma despreocupada ou ingênua.

Se os Skreas fossem nossos únicos problemas aqui dentro, até que tudo seria mais simples, só que... quando sua própria raça tem um histórico de ser um problema para si mesma, e todos estão dividindo um espaço apertado demais... então não dá para apenas fingir que está tudo bem, e que confiança pode ser livremente distribuída para todos em quem se esbarra.
Eu mesmo já fui muitas vezes checado por grupos que ainda não me conheciam -quando meus serviços acabavam me levando até eles-, e isso chega a ser um hábito de praxe aqui dentro, mesmo quando se trata de pessoas como Sal que, mesmo tendo boas intenções, não consegue abraçar qualquer pessoa que surja em sua porta sem ao menos ter um pouco de desconfiança.
E ter Ebraín como um amigo próximo à ajuda ainda mais nessas verificações de estranhos, já que estamos falando de uma das maiores referências e fonte de informações dentro de uma das áreas mais simples dessa Citadela. Sinceramente, Ebraín ou Sal nem parecem viver na mesma dimensão que os Skreas... eles estão totalmente fora do alcance ou interesse da "outra raça" por conta de viverem apenas nas zonas mais internas da cidade mas... internamente, entre nós humanos, os dois cada vez mais estão sendo pessoas muito fortes que zelam por gente demais aqui dentro, e que jamais podem se dar ao luxo de relaxarem... mesmo tendo ambos essa aparência de serem pessoas tão simples.

— "Venha, vamos entrar também. Afinal também temos que saber quem ele é, e você ainda precisa entregar sua encomenda para aquele velho teimoso, não?"

Falando isso, Sal então colocou a mão em meu ombro e me guiou junto dela para o quarto dos fundos sem mais tardar.
Como um ecossistema perfeito, o trabalho de vários de nós nas margens da Citadela é vital... mesmo que você seja alguém responsável por muitos como Ebraín, ou alguém responsável apenas por si próprio como Saret. E por isso que sempre será do interesse de todos que cada um conclua aqui dentro o seu trabalho -assim como do interesse e compreensão de Sal, que eu conclua também os meus trabalho gerais de entrega para quem quer que seja.
Isso porque, para começar, para que a clínica se mantenha por conta própria sem nenhum tipo de suporte financeiro, Sal depende muito de uma troca de favores e suporte à vários fornecedores e alquimistas daqui de dentro. Mandando muitas vezes até suas próprias meninas levarem e trazerem pequenas entregas para eles, para que assim as coisas possam fluir naturalmente em função de seus próprios objetivos.

Sendo que é justamente nessa parte que eu também entro. Já que até mesmo eu em algumas vezes acabo sendo contratado por ela e por essas outras pessoas para serviços de entrega que não são tão simples, ou que exigem muita discrição, como é o caso de Ebraín. Que por sua vez é um apotecário e alquimista que vive apenas para suas pesquisas, estando ele toda hora trocando materiais com a clínica enquanto tenta viver longe da vista dos rigorosos Skreas -que com certeza não aceitariam nenhum outro tipo de ciência alternativa, além de seus próprios e racionais métodos.

E no que pessoas como Ebraín são apenas pessoas simples -pessoas simples que possuem perspicácia, mas não a destreza necessária para pessoalmente traduzir em ação suas intenções-, e ao que dentro dessas muralhas tudo é sempre uma questão de discrição, esperteza e subterfúgios, várias das vezes então acabo sendo eu o favorito deles e de muitos outros para carregar por aí qualquer coisa que seja -e envolvendo isso o risco que tiver que envolver.
Não que eu seja o único capaz de fazer isso, claro, mas para Sal por exemplo -que tem todas as suas meninas à sua disposição-, ter a possibilidade de não colocá-las em risco, e poder focar suas atividades apenas nas consultas e em seus treinamentos, pode vir a ser muito mais útil do que arriscá-las em um serviço extremamente imprevisível e fora de seu controle.
E eu sei que isso pode soar como se Sal no fim desse bem menos valor à minha segurança do que a das outras, mas talvez, a resposta certa para essa parte seja que ela apenas confia demais no que eu consigo fazer por conta própria... Sendo que tenho quase certeza de que essa é exatamente a mesma confiança que ela também deposita em Saret.

— "Aliás espero que você não tenha se envolvido em problemas por nossa culpa, para ter sumido assim por tantos dias."

Sal disse isso então com uma certa pitada de preocupação em sua voz, mas sem olhar para mim ou mudar sua plácida expressão, me dando com isso seu braço para andarmos no mesmo ritmo -devagar. Sabendo eu que ela no fundo se preocupava muito também com a minha segurança, mesmo não tendo oficialmente que se importar comigo ou com as posições perigosas em que eu me colocava. E no que esse seu desnecessário e caloroso gesto nunca combinara muito bem com o mundo no qual eu me acostumei a viver, foi que então minha resposta acabou escapando com uma pitadinha de indignação sem querer.

— "C-claro que não!... Eu... só tenho andado ocupado."
— "Então você realmente estava "ocupado demais" para poder nos assegurar de que estava bem? ... Espero que não seja por culpa daquele seu outro trabalho na Cidade Baixa..."
— "... Sal, você sabe que não é assim que eu faço as coisas."

Abaixando minha cabeça um pouco, eu então evitei olhar para Sal que, mesmo tentando me dar uma bronca, de alguma forma parecia agora estar bem mais tranquila... Me fazendo com isso me fechar no silêncio, ao que eu fora invadido por um sentimento muito maior de constrangimento do que de revolta, só por ela ter trazido aquele assunto da "Cidade Baixa" para dentro da nossa conversa.
Só que independente da direção que o assunto tomou, me incomodava saber que eu realmente fazia pouco por ela (comparado as outras meninas), e ainda sim no fim, acabava ganhando a mesma atenção e cuidado que elas também recebiam de Sal... isso para mim é sempre difícil de se aceitar, especialmente sabendo que eu sou realmente capaz de sumir por dias sem dar notícias, nunca a envolvendo em meus assuntos, e no fim deixando-a mais preocupada do que deveria. Mas dificilmente eu posso dizer que só passo por esse tipo de coisa com Sal... Eu acho que se eu tentasse, não conseguiria contar apenas nos dedos a quantidade de pessoas que gostam de mim sem que eu realmente dê boas razões para elas se sentirem assim! Às vezes, até chego a me perguntar se o errado no fim sou eu, e não todas as outras pessoas que não me fazem o menor sentido, já que consigo entender tão pouco essas coisas -da forma que eu as enxergo hoje em dia.
"E esse desejo de querer não me prender muito tempo à ninguém, me atrapalha ainda mais quando então se trata de tentar entender as outras pessoas..."

— "Yura, mudando um pouco para o rapaz que você trouxe... Independente da identidade dele, você confia que ele possa manter segredo sobre a nossa localização?"
— "... Eu... eu não sei dizer... eu realmente o trouxe aqui sem pensar... Ele ia morrer como um rato em um beco se eu tivesse parado para avaliar isso, e agido com cautela."
— "...Você tem um bom coração Yura, mas não esqueça que temos uma razão para evitar trazer pessoas aqui para a clínica."
— "Sim... Eu soube que você esteve tentando de novo camuflar o paradeiro da clínica, eles realmente voltaram esses dias a procurar por esse lugar?"
— "... Foi um alarme falso essa última vez, mas eu não quero que as meninas corram nenhum risco que seja. Elas só têm ao grupo para sobreviverem aqui dentro, e é por isso eu preciso que você me ajude a nos assegurar sobre esse homem."
— "Não se preocupe, eu vou me assegurar para você."

Depois que eu disse isso, nada mais foi dito entre nós dois... Eu sabia que Sal SÓ tinha motivos para se preocupar -fosse por mim, ou pela clínica-, ela tinha pessoas demais pelas quais olhar. E era por isso que eu jamais exporia também ela e as garotas a um risco como o de liberar esse homem sem procurar saber se ele vai realmente vir a ser ou não uma ameaça para elas -não importa o quão avariado ele esteja agora.
Afinal, seja dentro da Citadela ou em qualquer outro lugar, confiar cegamente em humanos (não importa quem seja) nunca será uma aposta muito sólida para se fazer. E eu tenho todo um passado para me dar ainda mais a certeza disso...
"Pensando bem... nem mesmo nos Skreas eu confio também. Será que realmente existe algo nesse mundo que consiga ser confiável?"

— "Yura?"

Ouvindo a voz de Sal me chamar de volta ao momento, eu então apenas retornei meu olhar para ela aguardando suas palavras -e ignorando as minhas...
Mas Sal em troca nada mais fez senão apenas sorrir, como uma mãe que facilmente conseguia entender os dilemas de seu próprio filho, mesmo que palavra alguma tivesse que ser dita.

— "Não precisa se cobrar tanto assim. Mesmo que não o conheça, você não errou em trazê-lo. Afinal, não importa se estamos tendo problemas ultimamente, continua sendo o nosso dever acolher e ajudar qualquer pessoa que precise de nós."
— "... Obrigado Sal."

Ouvindo minha resposta, Sal então sorriu, aliviando um pouco a pressão que eu havia acabado de sentir quanto a minha pequena crise de boa ação, e aliviando aquele peso em meu peito que só aumentara desde que eu cheguei aqui.
Realmente esse nível todo de preocupação vindo dela era muito recente... Isso porque por alto, o que se dizia muito pelas ruas era que vários grupos de humanos na Citadela pareciam estar muito mais sob tensão do que jamais estiveram nos últimos anos... De alguns tempos para cá, sem explicação alguma, Skreas de altas patentes passaram a serem vistos saindo de seus belos prédios, e andando pelas ruas fazendo coisas bem estranhas que não podíamos sequer questionar... Ouvi até mesmo dizer que alguns humanos aleatórios começaram a ser caçados por eles, e que essas pessoas simplesmente desapareciam por completo em questão de dias. Fazendo até mesmo o velho boato da caça aos "Vessels" retornar às bocas das pessoas.
"Acho que vale tudo quando o assunto é paranoia, até mesmo se tratando de teorias bobas."

E como uma série de mau pressentimentos, essa suposta agenda secreta dos Skreas fez com que muitos outros grupos Humanos errados, internos da Citadela e que até então estavam na sua, começassem a se mobilizar erraticamente também com suas próprias agendas em resposta...
Eu não procuro me aprofundar muito nessas questões pessoais dos grupos, já que não faço parte de nenhum deles... mas algo realmente interessa até mesmo a mim nisso tudo, e é o pequeno risco de novamente se iniciar uma guerra civil aqui dentro. O retorno de algo assim não passa de um assunto do qual as pessoas tentam fugir, mesmo que ele continue a existir entre nós. O medo de que isso novamente ocorra existe ainda dentro de todos os que presenciaram a última confusão entre humanos e skreas que aconteceu aqui dentro, e essas pessoas definitivamente não querem testemunhar um segundo round. Mas, ignorar isso tudo também iria me fazer sentir exatamente como a pessoa que eu fui naquela época, falhando exatamente da mesma forma que falhei à alguns anos atrás. Dessa vez eu quero estar atento para que não se repitam os mesmos erros todos de novo.
"As coisas que aconteceram aqui, naquela guerra, não são coisas que simplesmente dão para se esquecer com o tempo..."
Porém diferente de mim que só sondava a cidade atualmente por conta desse receio, alguém como Sal -que precisa se preocupar com tantas pessoas ao mesmo tempo-, já estava sendo diretamente afetada por essas movimentações e interesses vindo dos outros grupos. Obrigando-a com isso a criar também sua própria agenda, e finalmente por isso, decidir por ocultar as suas feiticeiras na cidade tentando evitar que elas sejam envolvidas em algum grande e sórdido esquema de terceiros -como estão realmente tentando fazer com elas.


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