Deirdre, a Descendente escrita por Laurus Nobilis


Capítulo 3
II - O Reino Renomeado




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O barco continuou deslizando até a enseada e então parou, fincando a proa na areia. Deirdre saiu cautelosamente, como se tivesse medo até de pisar naquele novo chão. Ela olhou ao redor. Estava em uma praia deserta cercada por um campo de gramíneas. Não conseguia ver viva alma até o limite de onde a vista alcançava.

— E agora…? - murmurou ela.

Apenas siga em frente. Estou sempre aqui. Não permitirei que nada lhe aconteça.

A voz não parecia muito capaz de protegê-la de alguma emboscada ou ataque de animal, mas ela decidiu não contestar e continuou andando a esmo.

Após alguns minutos de caminhada, Deirdre vislumbrou o que parecia ser um moinho e passou a rumar na direção dele. Foi quando ouviu uma voz jovial chamando-a:

— Quem vem lá?!

Ela olhou para a direita, seguindo o som. Simplesmente não notara a presença de um rapaz que parecia um pouco mais velho do que ela, sentado em uma pedra enquanto amolava uma faca. Ao seu lado, um cão dormia. Deirdre se aproximou dele com um ar perplexo:

— Você é um homem… - balbuciou a primeira coisa que lhe veio à mente. Falava a mesma língua que ele, bretão, embora com um leve sotaque que parecia francês. Sua mãe fizera questão de lhe ensinar aquele idioma, e ela aprendeu de má vontade, achando que jamais teria oportunidade de usar.

Era a primeira vez que a garota via uma daquelas criaturas de perto, real e respirando. Ela sabia até como eram nus, pois uma vez fuçara um livro de anatomia, mas nunca antes se deparara com um. Estava mais fascinada do que assustada.

O jovem ergueu as sobrancelhas em silêncio, e depois riu.

— Na verdade, não. Só serei considerado um homem após encarar sozinho minha primeira batalha. Sou nada mais que um menino, um escudeiro. - Ele fez uma pausa, encarando-a com seus olhos cor de avelã. - E você é uma donzela. O que faz aqui sozinha?

Deirdre deu de ombros.

— Fui deixada aqui. Não sei para onde ir.

O rapaz não estranhou. Frequentemente, moças que não eram desejadas por suas famílias, por não possuírem habilidades domésticas, não conseguirem casar ou contrariarem seus pais, eram apenas abandonadas em lugares aleatórios à própria sorte. Mas ele simpatizara imediatamente com aquela menina, e decidiu que não custava nada ajudá-la.

— Irwing of Winstrigham, ao seu dispor. - apresentou-se, levantando e curvando-se em uma pequena reverência.

Ela deu uma risadinha, sem saber como reagir àquela formalidade.

— Sou Deirdre. Por acaso este é o caminho para o reino de Camelot…?

— O quê? Camelot? - Ele a olhou como se ela tivesse dito algo sem qualquer sentido. - Não. Este é o reino de Trechairen, domínio do rei Mathew.

Deirdre meneou a cabeça, fingindo ter entendido.

— Ah… Claro. Acho que confundi os nomes.

Irwing franziu ligeiramente o cenho.

— Bem, Deirdre, como você está adequadamente vestida, acho que posso apresentá-la ao rei. Ele lhe dará alguma ocupação e talvez um lugar para ficar. Estamos em uma época improdutiva e precisamos de mais trabalhadores. O que você sabe fazer? Deve ter pelo menos alguma habilidade.

— É claro que tenho! Sei desenhar, costurar, tecer e entendo um pouco de medicina com ervas.

Medicina com ervas?! — O rapaz arregalou os olhos. - Talvez você queira omitir isso de agora em diante, porque por aqui, consideramos esse tipo de prática como bruxaria.

Bruxaria?!, pensou Deirdre consigo mesma, atordoada. De onde eu venho, isso é tão comum e nunca fez mal a ninguém! Exceto quando acidentalmente usam uma planta venenosa, mas tenho conhecimento o suficiente para não fazer isso.

— Ah… Eu estava falando apenas de… Esqueça. - balbuciou ela, nervosa. - Então, você acha que posso conseguir algum trabalho?

Irwing estava agora um pouco desconfiado, mas não muito. Sua própria mãe – que ele não via desde os onze anos – era parteira, e ele se lembrava da forma como ela sabia usar as ervas para aliviar a dor das mulheres em trabalho de parto, com a melhor intenção possível. Então apenas assentiu enquanto cutucava o cachorro com o pé para acordá-lo.

— Sim. Basta vir comigo. - afirmou ele, tomando a garota pelo braço. - O castelo não fica muito longe.

Deirdre deixou que ele a guiasse. Continuava assustada, especialmente depois daquela revelação que contradizia o que a voz lhe dissera, mas era ótimo que a primeira pessoa com quem se deparou tenha se mostrado tão gentil e prestativa. Esperava que os outros habitantes daquele reino também fossem assim.

***

Enquanto isso, em Avalon, Nimuë arrancava os cabelos. Quando despertou naquela manhã, não demorou a perceber que a filha não estava em casa. Entrou em pânico imediatamente, pois a garota nunca saía sem avisar, e mesmo se o fizesse, não teria justificativa para tal antes das sete da manhã. Sem nem trocar a camisola que vestia, saiu correndo ao ar livre, berrando o nome de Deirdre e procurando por ela na praia, no pomar, em todos os seus locais preferidos para se esconder quando estava aborrecida. Nimuë buscou por sinais da filha em cada recanto imaginável na ilha, que não era muito grande. Talvez ela tivesse evaporado ou sido arrastada pela maré, porque não havia outra possível forma de sair daquele lugar. A Dama do Lago estava caminhando lentamente ao longo da costa, derramando lágrimas amargas, sem nenhum resquício de esperança, quando lembrou que possuía uma desagradável última opção: falar com Morgana.

Por algum motivo, aquela feiticeira anciã sempre sabia de tudo. E se não soubesse, fingia saber, oferecendo palavras reconfortantes e bons palpites. Durante o reinado de Arthur, o povo temeroso de Camelot dizia que ela havia conquistado conhecimento ilimitado sobre todas as coisas através de uma barganha com o próprio Diabo. Nimuë não acreditava muito nisso, tanto por achar graça no medo dos católicos quanto por conhecer Morgana desde sua infância e saber que ela simplesmente gostava de parecer inteligente. Mas não importava – talvez ela, com seu pensamento inabalavelmente racional, pudesse perceber algo que Nimuë havia ignorado.

A razão pela qual ela hesitara tanto em pedir a ajuda de Morgana era meramente pessoal. O relacionamento das duas andava meio… esquisito. Costumavam ser muito próximas, mas agora se evitavam o máximo que podiam. Poderia ser porque, na época em que Morgana tentava desesperadamente destronar e matar Arthur, Nimuë se opôs a ela até o fim. Embora isso houvesse sido há tanto tempo que não tinha muita importância. Provavelmente Morgana ainda guardava algum rancor porque desejava ter sido a próxima Senhora do Lago, e Nimuë a orientava para isso enquanto tinha certeza de que jamais daria à luz uma filha. Mas acabou engravidando da forma mais inesperada possível, e o correto, a partir de então, era que ninguém além de Deirdre pudesse herdar seu cargo. Morgana não disfarçou seu descontentamento em relação a isso nos primeiros anos de vida da menina, porém aos poucos foi nutrindo grande afeto por ela, tanto que agora ostentava o título de “tia Morgana.”

Portanto, à medida em que seguia afobada até a cabana de Morgana, Nimuë tinha certeza de que ela faria tudo ao seu alcance para ajudar. Encontrou-a sentada em uma cadeira rústica na varanda, bebericando de um copo de barro, com o olhar perdido em pensamentos, como sempre. Precisou se aproximar para que sua presença fosse notada. Só então, a feiticeira direcionou-lhe o olhar de coruja, já com um sorriso levemente desdenhoso se formando nos lábios.

— Você está chorando, minha querida? O que houve? Por acaso encontrou uma ruga no seu rostinho perfeito?

Por um segundo, o rosto pálido e desolado de Nimuë contorceu-se em uma careta de raiva.

— Minha filha desapareceu! Não tenho a menor ideia de onde ela possa estar!

Morgana sorveu um longo gole de seu chá antes de responder.

— Já percebi. Inclusive, eu a vi saindo de casa ontem à noite. Estava absorvendo a energia da lua, e ela nem pareceu notar que eu estava ali.

— Você… percebeu?! E está parada aí?!

— Sim. Na verdade, não entendo o motivo de tanto pânico. Sente-se e vamos conversar. - pediu ela, indicando uma cadeira ao lado da sua. - Quer um chazinho? É de hibisco.

Nimuë não respondeu, apenas respirou fundo, tentando conter o choro, e sentou-se.

— Você deve ter alguma noção do que pode ter acontecido. - afirmou ela com a voz débil.

— Claro. Você também. - retrucou Morgana, ainda sorrindo. - Não é difícil imaginar. Meninas não evaporam assim do nada, nem com magia.

Nimuë reclinou a cabeça e fechou os olhos por um momento.

— De fato, ela teve um sonho ontem. Um sonho preocupante.

— Sonhos… Ela costuma prever o futuro, certo? Deve ter herdado esse poder do pai.

Diante disso, Nimuë se limitou a estreitar os olhos ameaçadoramente. Não gostava nem um pouco de quando o pai de Deirdre era mencionado, ainda mais em uma situação como aquela. Por isso mesmo fizera a garota acreditar que havia sido concebida em um belo milagre.

— Sim. Provavelmente. Mas aquele não era um sonho premonitório. Eu estaria menos preocupada se ela tivesse previsto a minha própria morte.

— Certamente, então, o sonho estava revelando alguma coisa, ainda que não fosse o futuro. Algo está acontecendo. E você sabe o que é.

— Se eu soubesse, acha que teria me submetido ao suplício de ir atrás de você? - perguntou Nimuë, ríspida. Não era qualquer um que conseguia tirá-la do sério, mas Morgana parecia ter aprimorado essa técnica durante anos.

— Você precisava que alguém lhe afirmasse que você sabe.

Nimuë suspirou pesarosamente.

— Ainda não acho que eu saiba. Mas sem dúvida é algo terrível. Minha bebezinha inocente nunca antes deixou este lugar e agora está perdida! Imagine o quanto ela deve estar com medo…

Morgana balançou a cabeça, sem conseguir conter uma risadinha, e segurou a mão trêmula de Nimuë em um raro gesto de carinho.

— Não se preocupe, irmã de coração. Deirdre vai ficar bem. Ela não partiu sozinha… Mesmo que sua companhia fosse invisível. E em breve ela voltará segura para casa, talvez trazendo algo consigo.

Aquelas palavras enigmáticas não deixaram Nimuë muito mais calma. Ela passou os dedos por seu cabelo, desgrenhado após tanta correria.

— Algo? Como o quê?

O sorriso de Morgana aumentou.

— Mudanças. Acho isso ótimo. Não sei você, mas eu já estava ficando cansada da mesmice de Avalon.

***

 

Deirdre logo percebeu que aquela praia pacífica e esquecida era apenas a fachada de uma cidade movimentada e populosa. Enquanto atravessava junto a Irwing o centro de Trechairen na direção do castelo, ficou atordoada pela variedade de cores, aromas e pessoas. Muitas pessoas dos mais diversos traços e estilos. Em Avalon, as mulheres eram fisicamente semelhantes entre si, pareciam pertencer à mesma família, e não havia desigualdade – todas habitavam as mesmas moradias humildes e cumpriam as mesmas tarefas para manter o funcionamento da ilha, mas nada lhes faltava, pois havia uma infinita fartura natural que não precisava ser comercializada. Não existia moeda de troca no lugar de onde Deirdre viera. Até as roupas eram confeccionadas e distribuídas sem qualquer lucro, sendo requisitada, no máximo, uma ajuda doméstica em retorno.

Portanto, é possível imaginar a perplexidade da garota ao ver moças da sua idade trabalhando exaustivamente em vestidos esfarrapados, vendedores anunciando aos berros todo tipo de produto, homens barrigudos trajados pomposamente esvaziando sacos de dinheiro e volta e meia um menino correndo após assaltar um deles. Irwing não demorou a notar que ela estava prestando mais atenção do que devia ao ambiente agitado ao redor e começou a lhe dar instruções, aumentando o tom de voz:

— Então, Deirdre… Estamos chegando. Meu tutor é um cavaleiro importante, de forma que costumo ser bem-vindo na corte e não precisaremos nos preocupar em relação a isso. Mas você não tem muito ar de quem sabe como se portar diante de um rei.

— É claro que sei! - argumentou Deirdre sem muita segurança em sua voz.

— Duvido que realmente saiba. - retrucou ele, risonho. - Ao entrar, você precisa fazer uma reverência, curvando-se bastante, e dizer apenas “Vossa Majestade” ou “meu senhor” como cumprimento. É bom ajoelhar também. Deixe que eu nos apresente. Mantenha a cabeça baixa. Demonstre o máximo de inferioridade. Não diga nada a não ser que seja perguntada diretamente.

Deirdre assentiu, tentando assimilar tanta informação enquanto sentia um crescente frio na barriga.

— Acha mesmo que o rei vai querer me dar uma ocupação?

— Ah, sim… Realmente precisamos de trabalhadores em várias áreas. Você é uma forasteira recém-chegada, mas não tem a aparência de uma ladra, espiã ou bruxa, e como planeja ficar aqui, ele não vai pensar duas vezes antes de lhe empregar. Ele costuma ter o temperamento um tanto… instável, mas desde que você saiba o que dizer, tudo deve correr bem. E é por isso que acho melhor você se manter quieta.

— Certo… Acho que consigo fazer isso.

Nesse momento, alcançaram um fosso circular, tão profundo e escuro que mal era possível ver a água em seu interior, e Deirdre ficou com tanto medo de cair nele que levou um tempo até erguer o olhar e perceber que em seu meio havia um belo e imponente castelo de pedra, com torres e tudo. Imediatamente, uma voz distante esgoelou do topo da guarita:

— Irwing, escudeiro do Sir Desmond?!

— Sim! - gritou Irwing em resposta.

— E quem é a donzela?!

— Minha amiga!

Houve alguns segundos de silêncio, em seguida, uma ponte levadiça começou a ser abaixada ruidosamente. Assim que ela se estabilizou, permitindo a passagem, Irwing avançou como se estivesse perfeitamente habituado a fazer aquilo, mas Deirdre não se moveu.

— Venha! Não vai desabar, eu garanto. Carruagens inteiras atravessam esta ponte.

A garota respirou fundo antes de prosseguir, segurando com força excessiva a mão de Irwing. Não gostou nem um pouco da maneira como podia sentir a madeira oca sob seus pés e não parava de pensar no abismo sinistro abaixo. Quando finalmente pisou nas pedras geladas e firmes do chão do castelo, foi tomada pelo mais profundo alívio. Percebendo isso, Irwing lançou-lhe um sorriso levemente debochado.

— Por que… Por que precisam de algo assim?

— Para manter os inimigos afastados em caso de invasão, é claro.

O ruído das engenhocas se movendo retornou, e a ponte foi recolhida novamente.

— Mas… E se alguém precisar sair daqui e ficar preso?

— Que ideia esquisita! Realmente, você nunca deve ter estado em um castelo antes. Vamos continuar. - disse Irwing, indicando com o queixo o colossal portão de mogno, aberto, porém cercado por guardas de ambos os lados. - O rei talvez não fique disponível por muito tempo.

Os dois entraram, acessando diretamente a sala dos tronos. Seus passos ecoavam. Aquele lugar era enorme. A luz provinha de um lustre que parecia pesado demais com suas dezenas de velas no centro do teto detalhadamente pintado e de belos vitrais ao fundo que emitiam um misto de reflexos verdes, amarelos e azuis. Era preciso caminhar um bom espaço até alcançar os tronos, que ficavam no extremo oposto da entrada, como se a realeza quisesse manter o máximo de distância possível do mundo exterior.

Ali, enfim, estava sentado o rei. Era um homem de vestes pesadas, olhar penetrante e uma boca que parecia permanentemente retorcida em desgosto. A imagem que transmitia era a de um leão entediado. Deirdre estava feliz por ter sido orientada a não encará-lo. No trono menor ao seu lado, encontrava-se uma jovem mulher que devia ter pouco mais de vinte anos. Sua palidez e olhos fundos chamavam a atenção; para uma nobre que nunca exercia qualquer esforço, ela parecia muito cansada e abatida. O volume sob sua túnica cor de vinho revelava uma gestação avançada.

Irwing curvou-se e ajoelhou em um gesto ansioso, e Deirdre apressou-se em acompanhá-lo.

— Meu senhor. - saudou ele em tom alto e solene.

— V-vossa Majestade. - gaguejou Deirdre.

O rei Mathew fez um gesto indiferente para que eles se levantassem.

— Irwing of Winstrigham… Infelizmente, não faz tanto tempo desde a última vez em que o vi. Não deveria estar treinando?

— Suponho que sim, mas Sir Desmond tirou o dia para caçar e não me levou com ele. Estou aqui porque encontrei esta garota perto da praia. O nome dela é Deirdre.

O rei abriu algo semelhante a um sorriso enquanto dava uma longa olhada em Deirdre, e ela estremeceu.

— Ela não parece ter sido abandonada por uma família pobre que não podia sustentar os quinze filhos. Deirdre, minha jovem, gostaria de me dizer de onde você veio?

— De… De Avalon, senhor.

Por um momento, Irwing a fitou aterrorizado.

— Você está contando mentiras absurdas a um rei? - questionou o rei Mathew em tom grave.

— Não! Juro que não. Nasci e cresci em Avalon. Sou a única filha de Nimuë, grã-sacerdotisa da Deusa e Senhora do Lago.

Desta vez, o rei pareceu reconhecer e levar a sério o nome de Nimuë. E não gostou nem um pouco.

— Irwing, você me trouxe uma donzela delirante. Não tenho outra opção além de mandá-la para o manicômio. - Ele fez uma breve pausa enquanto dava outra avaliada no corpo em plena puberdade de Deirdre. - Ou talvez o bordel.

Não! Por favor, não. - Agora, Irwing parecia desesperado ao ponto de esquecer todas as regras e formalidades. - Ela não é louca. Está apenas confusa. Acho que algo grave lhe aconteceu. Ela sabe costurar e tecer! Você precisa de uma nova tecelã. Por favor…

O rei inspirou e cerrou as pálpebras com força, demonstrando irritação, e fez um gesto brusco na direção de um dos guardas, que prontamente se aproximou de Irwing e desferiu-lhe um soco impiedoso usando uma luva de ferro. O rapaz não reagiu além de cambalear, emitir um gemido abafado de dor e cobrir o rosto ferido. Até a rainha, que permanecera silenciosa e apática durante todo aquele tempo, teve um pequeno sobressalto diante da violência súbita. Deirdre estava paralisada, prestes a chorar.

— Fedelho insolente! Se você não fosse escudeiro de Desmond, teria sofrido coisa pior. Jamais interfira. — Após rugir essas palavras, o rei pigarreou e pareceu pensar melhor. Aquele tipo de ação poderia prejudicar sua popularidade. - Certo. Levem essa menina até as criadas da limpeza. Ela pode vir a ser minha costureira, mas primeiro vai precisar provar seu valor limpando o chão.


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Notas finais do capítulo

Este é simplesmente o capítulo mais longo que eu já escrevi! Acreditam que antes de ontem ele tinha apenas 500 palavras? Ia ficar maior ainda, mas achei melhor deixar o que seria a parte final para o próximo capítulo. Demorei para atualizar por causa da faculdade, pra variar, mas agora fiquei de férias e estou escrevendo loucamente, muito empolgada com esta história.



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