Winchesters Brothers escrita por Kel Costa


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora meninas... Mas ai está o capitulo...

Boa Leitura...

Bjs Dani....



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[...]
POV Bella
Ao abrir os olhos, visualizei imediatamente os rostos de Dean e Sam em cima de mim. Eles pareciam bem preocupados.

- Oh, por favor, me digam que foi tudo um sonho...
- Qual parte? A que uma cabeça caiu aos seus pés ou a parte em que você desmaiou?
- Obrigada, Dean! Você ajudou bastante agora!

Empurrei os dois com as mãos e sentei-me na cama. Nós estávamos de volta ao quarto do hotel, mas eu não me lembrava como tinha chegado até lá. Então imaginei que um dos dois tivesse me carregado no colo. Oh cara, esse era o tipo de situação que eu deveria estar consciente para poder lembrar todos os mínimos detalhes.

- O coroa lá... morreu, né?
- Achamos que sim, a não ser que ele esteja andando sem a cabeça por aí.

POV Sam
Dean sempre se achava o maior piadista do mundo! Patético! Como nem eu e nem Bella rimos, ele deu seu sorrisinho sem graça e foi para sua cama. 

- Sim, ele morreu. Nós não conseguimos chegar a tempo e nem encontramos nada suspeito no apartamento.
- Eu e Sam iremos amanhã falar com o garoto. Como é o nome, Sam?
- Max. Eu já te disse 3 vezes.
- Eu esqueço, dá licença?

POV Bella

Eles iam conversar com o filho do suicida? O garoto bizarro? Qual parte do plano eu tinha perdido enquanto fiquei desmaiada?

- Por que vocês dois vão e eu não?
- Nós achamos que seja melhor você ficar no hotel, Bella. 
- Por causa de um desmaio? Não foi nada demais gente, sério. Eu agüento coisa bem pior.

Mentira! E eu esperava que nunca mais fosse precisar ver um corpo – ou qualquer parte dele – morto na minha frente.

POV Dean
Ela mentia mal demais, minha nossa! Porém, ainda assim era gostosa. Tenho que admitir que quando a arranquei dos braços de Sam para carregá-la até o carro e depois para o quarto, deu uma vontadezinha de tirar casquinha... Pena que Sam é chato demais e ficou observando meus movimentos. Irmãos... Não seria mais fácil se eu simplesmente tivesse deixado ele lá no berço?

- Bella, a gente acha que Max corre perigo, pois parece que esses assassinatos têm a ver com um tipo de vingança de família.
- E se nós estivermos certos, Max pode ser o próximo da lista negra. Sam ainda não teve nenhum tipo de visão com ele, mas estaremos atentos para isso.
- Vingança? Como assim? De gangue... Essas coisas?

Ow. Depois eu quem era o lento da história, né? Onde Bella estava durante os dias em que ficamos resolvendo os problemas de Cassie?

- Vingança de mortos mesmo, Bella. Pessoas que voltam para acertar contas pendentes, se é que me entende.

POV Bella

Do jeito que Sam falou, parecia que eles já estavam tão familiarizados com aquilo... Será mesmo que os mortos sempre voltavam então? Oh Deus! Melhor começar a pensar em pessoas que possa ter magoado e que já morreram.

No dia seguinte, quando senti que eles já estavam acordados e se arrumando para sair, tive a mais brilhante das idéias.

POV Sam
- OMG! Socorro! Estou possuída! Sam! Dean!

Nós dois olhamos para Bella, que estava sacolejando o corpo na cama. Oh, ela estava fingindo estar possuída? Deus! Como mente mal!

- Bella?
- Socorro!

POV Dean
Eu não sabia o motivo para ela estar dando aquele show, mas em todo caso, deixaria que Sam cuidasse daquilo. Era divertido apenas assistir. Sam sentou na beira da cama, ao lado dela e tocou em seu braço.

- Dói aqui, Bella?
- Sim! Meu Deus! Estou morrendo!

Era muito divertido. Ela parecia milho de pipoca estourando numa panela.

- Ok Bella, sinto dizer que possessões não causam nenhuma dor e na verdade... Eu duvido muito que se você estivesse possuída, teria a capacidade de falar conosco com tanta facilidade assim.


POV Bella

Não tinha dado certo. Tudo bem, eu tentei, né? Parei de me tremer toda e sentei na cama, encarando meus amigos que pareciam ter se divertido com minha encenação. 


- Me levem com vocês, por favor! Ou então é capaz realmente de eu ser possuída!
- Por quem? 
- Bem, eu não sei ainda... Mas deve haver alguém querendo esse corpinho aqui, certo?

POV Dean
Super certo... Tem alguém sim, baby.


POV Bella

Os dois ficaram calados por alguns segundos, mas no final, eu acabei convencendo-os a não deixar uma pobre donzela sozinha num hotel de beira de estrada, quando toda essa coisa de assassinato estava acontecendo por aí. Quando chegamos na casa da viúva, o filho foi quem atendeu e ouch! Ele era muito bizarro mesmo.

- Bom dia, Max. Nós gostaríamos de conversar um pouco com você. Está ocupado?

Lógico que ele não negaria isso a dois padres, então nos atendeu normalmente e nos levou até a sala. Conforme Dean e Sam foram fazendo algumas perguntas sobre a relação do seu pai com seu tio, o passado deles e outras coisas mais, eu notava que o garoto ia suando, suando e cada minuto que passava ele ficava mais assustado. Tinha alguma coisa errada ali.

Nós saímos de lá e os rapazes pareciam ter a mesma opinião que eu, sobre o fato de Max estar omitindo alguma coisa importante. Dean e Sam resolveram procurar o antigo bairro no qual a família morou no passado, para ver se conseguiam arrancar alguma informação dos vizinhos.

- Vou ficar no carro, ok?
- Claro, não vamos demorar.

Sam respondeu e fechou a porta. Eu me ajeitei no banco de trás, sabendo que eles iam demorar bastante, o suficiente para tirar um cochilo. Infelizmente, eu estava errada, pois não tinham se passado nem 10 minutos e eles já voltaram correndo.

- O que houve?
- Sam teve uma visão.

Dean arrancou com o carro, cantando pneu pela rua na direção de onde tínhamos vindo: a casa da viúva. Sam estava com aquela cara de dor e preocupação que ele fazia quando tinha uma dessas visões. 

- Dá para me explicar o que está acontecendo?
- Max é o assassino, Bella! Sam o viu na visão.
- OMG. Eu sabia que ele era estranho! Quem ele vai matar agora? Ele vai matar alguém, certo?

Sam virou-se para trás, me olhando com sua carinha de menino sofredor. Eu ainda não entendia como não tinha rolado faíscas entre nós... Droga!

- Ele vai matar a madrasta.
- Ok. Eu nem sabia que ela era madrasta dele...
- Nem nós. Max apanhava do pai e do tio quando era criança, conforme o vizinho nos contou... Talvez ele agora queira se vingar da madrasta também.

- Então como vai ser? Entramos lá e pulamos em cima do doido?
- Bella, você vai ficar quietinha e deixar que a gente resolva isso. Além do mais, Max não é bem uma pessoa fácil de lidar. Ele controla as coisas com o poder da mente e foi assim que matou o pai e o tio.

Ah, mas que maravilha! Será que não podíamos uma vez sequer, encontrar um assassino normal como todos os outros? Daqueles que usam armas e tudo mais? Dean parou o carro na porta da casa amaldiçoada e nós saímos correndo.

- Ei rapazes, vocês estão sem o disfarce de padres!
- Não temos tempo para isso, Bella!

POV Dean
Não tocamos campainha, apenas... Bem, eu arrombei a porta antes que fosse tarde demais e encontramos Max e a madrasta na cozinha que ficava de frente para a porta. Eles estavam discutindo e ela estava apavorada.

- Max! Nós precisamos conversar com você, por que não vem aqui fora?
- O que estão fazendo aqui?


POV Sam

Dean não tinha o mínimo tato para essas situações! Passei a frente dele e tentei falar tranquilamente com o garoto. Ele estava visivelmente descontrolado e não podíamos arriscar perder mais uma pessoa.

- Max, é importante. Nós só queremos conversar com você...


POV Bella

Eu sabia que não devia ter entrado atrás de Dean e Sam, pois assim que coloquei meus pés dentro da casa, a porta se fechou atrás de todos nós e as persianas da sala abaixaram.

- Eu não quero conversar com você, sinto muito.

Oh merda.

Pronto, minha claustrofobia ia começar a atacar! O ar estava me faltando e eu estava prestes a sofrer um colapso nervoso. O garoto bizarro olhava com raiva e com o rosto vermelho para nós.

- Sempre desconfiei de vocês! Não são padres coisa nenhuma!
- Oh Deus, morri.
- Cala a boca você também!

Ele gritou comigo e precisei controlar minha vontade de chorar. Quando Dean tentou pegar a arma que estava no cós da calça, o menino estranho tomou-a de suas mãos, apenas com o poder da mente.

- Que ótimo! Agora temos uma faca e uma arma apontadas para nós!
- Cala a boca, Bella!

Os dois irmãos gritaram comigo e eu me calei de uma vez por todas. Morreria em silêncio se era assim que eles preferiam.

- Max, acalme-se e me ouça. Nós já sabemos o que você fez e o motivo que o levou a isso...


POV Dean

Oh cara... Sam escolhia péssimas horas para dar uma de psicólogo. Ele achava que o garoto ia parar para ouvi-lo? Por Deus, chega de utopia, Sammy!

- Do que está falando?

E Max só tremia aquela mão com a arma apontada para minha cabeça. Era bom mesmo Sam ajudar em algo, pois se eu não fosse assassinado, ele seria. Por mim.

- Eu tenho visões, Max. Eu vi o que você fez, antes de você realmente fazer. E sabemos que seu pai o agredia.


POV Bella

E eu vou morrer. Legal. O garoto bizarro se acabava de chorar enquanto Sam dava uma de louco e tentava dialogar com ele.

- Eu... Eu não sei do que está falando!
- Sabe sim, Max. E eu acho que vi isso tudo porque estava destinado a ajudá-lo, ok? Por favor, largue a arma e vamos conversar...
- Largue a faca também, só a arma não adianta muito.

Dean e Sam me lançaram olhares mortais. Ok, calei a boca.

- Ninguém pode me ajudar!

O maluco beleza apontou a arma prateada e brilhante na minha direção e eu acho que parei de respirar. Sam levantou as mãos em sinal de paz e veio andando até colocar-se na minha frente como um perfeito escudo. Será que a bala atravessaria aquele corpo musculoso?

- Por que não deixa sua madrasta e Bella saírem? Então poderemos conversar tranquilamente, Max.
- Isso, Max. Deixe as garotas fora disso. Que tal?

Eu não queria sair daquela casa e largar o meu Dean ali. Nem mesmo o Sam, que nunca seria meu, mas enfim... Minha atenção voltou-se ao tremor que percorria toda a casa e seus móveis. Era como um terremoto em menores proporções.

- Você! Leve-as lá para cima. É só isso que posso oferecer.


POV Sam

Não. Não era o suficiente! Ele mandou que Dean se retirasse junto com as mulheres, mas eu não as queria dentro daquela casa. Alguma coisa me dizia que Max tinha algum poder muito mais forte dentro dele. 



POV Bella

Dean pegou forte em meu braço e me fez suar. Queria que ele me pegasse forte em outros lugares também. Se não fosse a companhia da madrasta indefesa, seria até interessante ficar sozinha lá em cima com ele, mas... tínhamos público ali.



POV Sam

Estava irritado já com aquela faca girando sobre a mesa enquanto Max e eu conversávamos – ou o mais próximo disso que conseguíamos fazer. Por um momento, senti pena dele ao saber que o pai sempre o espancou, mesmo depois de crescido e a madrasta nunca fez nada para impedir. Isso, porém, não era motivo para ele dar uma de serial killer. Quando ele me contou que o pai o culpava pela morte da mãe, que morrera em seu quarto, grudada no teto acima do seu berço, um arrepio percorreu minha espinha e precisei me controlar para não surtar na frente dele.

Eu contei a ele por alto tudo que sabia sobre o terrível assassinato de sua mãe. Tentei explicar que tinha acontecido o mesmo com minha mãe e que aquilo não era culpa dele. Lógico, eu também gostaria de explicações para aquela incrível e absurda coincidência, mas antes de mais nada, eu queria salvar a madrasta dele de uma morte terrível. Max não se convenceu e quando ele levantou decidido a subir e matar a mulher, eu tentei pará-lo. O olhar que ele me lançou me fez entender o que aconteceria.

- Sinto muito, Sam.
- Max... Não!

Uma força maior me sugou pelas costas e eu fui trancado dentro de um armário. Por mais que eu me jogasse contra a porta, era como se algo a impedisse de abrir. Meu medo agora não era mais pela madrasta, mas sim por Bella e Dean que não teriam a menor chance com ele.



POV Bella

Oh não. O maníaco baixinho entrou no quarto com uma cara de pouquíssimos amigos. O que ele tinha feito com Sam, só Deus sabe!

- Max, controle-se! Você realmente não quer fazer isso...
- Se eu fosse a senhora ficava quieta.

A mulher já estava em péssima situação e ainda queria dar uma de amiga para cima do garoto bizarro? Louca! 

- Vim terminar o que comecei de uma vez por todas.

A arma começou a flutuar no ar e foi apontada para a cabeça da madrasta. Dean se afastou na mesma hora e eu achei que ele fosse fugir.

- Antes de acertá-la, terá que atirar em mim.
- Ficou doido, Dean?

Puxei-o pela roupa para tirá-lo do caminho da munição e ele me olhou feio. Eu nem ligava, só não queria um buraco naquele rostinho esculpido por Deus. Na hora que parecia que o lunático iria atirar, Sam invadiu o quarto e chamou a atenção dele.

- Max, pense bem! Não vai adiantar fazer isso. Sua dor não será amenizada assim!

O garoto bizarro parou para olhar o herói do dia e eu tinha quase certeza que estava me mijando. 

- Tem razão. Não irá amenizar mesmo minha dor. Não mais, Sam.

Finalmente ele recuperou o juízo! Ou não, considerando que agora apontava a arma para a própria cabeça. Em questão de segundos, antes que Dean ou Sam pudessem pará-lo, Max atirou em si mesmo. O sangue, claro, espirrou todo em cima de mim.

[...]

Era incrível como eles só se preocupavam com o garoto bizarro e suicida, enquanto eu estava coberta de sangue no banco de trás.

- Dean, será que pode acelerar mais um pouco? Estou suja aqui...
- Ah sim, Bella. Tente não manchar o banco, ok?

Ignorei aquela implicância desnecessária comigo e continuei prestando atenção na conversa. Eu sabia que no fundo, os meninos me amavam e se preocupavam comigo. Né? Hein?

- Foi estranho, Dean... Eu acho que Max e eu tínhamos mais coisas em comum do que imaginamos. A forma como a mãe dele morreu não pode ser mera coincidência.
- Sam, ele era um assassino cheio de problemas psicológicos! O que vocês poderiam ter em comum?
- Bem, eu... consegui mover a cômoda que estava trancando a porta onde fiquei preso.
- E daí? Você é forte.
- Não. Eu consegui mover com a mente, Dean.

Ok, isso estava ficando sobrenatural demais. Sam agora também tinha poderes mentais? Era assim que se chamava?

- Ei rapazes, vocês na verdade são caçadores ou mágicos?
- Quer ficar quieta, Bella? Estamos tendo uma conversa séria aqui.
- Sam, você não tem que se preocupar com isso. Se aconteceu mesmo, deve ter sido casual. Não significa que vá acontecer novamente, certo?
- E se acontecer, Dean? E se eu me transformar num Max da vida?

Eu seria com certeza a primeira a correr, porque se o Max já era difícil de parar, imagina Sam que era o dobro do tamanho dele...

- Bem, não se preocupe. Você tem algo que Max não tinha, Sammy.
- O que? Papai?
- Não. Eu.

Oh que lindo! Momento fraternal!

- E eu!

Curvei-me sobre o banco e abracei Sam.


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Notas finais do capítulo

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