Um pouco menos de conversa, um pouco mais de ação

Toda esta exarcebação não está me satisfazendo

Um pouco mais de mordida e um pouco menos de latido

Um pouco menos de luta e um pouco mais de faísca

Feche sua boca e abra seu coração

A Little Less Conversation

Elvis vs JXL

— Mas que lugar chato esse aqui! Hey Sammy, não tem pelo menos um jogo de poker guardado e juntando pó nesse buncker?  

— Não adianta Gabriel, você não vai sair daqui até o Castiel chegar. Você enganou a todos, de novo. 

— Principalmente você não é? – Comentou, rindo da bitch face de Sam – Vocês Winchester não sabem mesmo levar algum comentário na diversão, não é? Os malvados sempre fazem uma piada e você estão lá, perdendo toda a graça. 

— Ficamos mais preocupados em nos manter vivos, e as piadas deles são terríveis, não vale a atenção – Mantendo a atenção no tablet que Charlie tinha lhe dado, concentrava-se mais em tentar achar uma maneira de ver qual das maneiras da morte eram compatíveis com as criaturas que ali estavam listadas. 

Indagava do porque o anjo ficar ali sendo que ele mesmo poderia ter sumido ou "voado" para longe assim que Sam falou que era para ele ficar e esperar Cas e Dean voltarem. 

O arcanjo poderia se esconder em qualquer lugar, dentro da televisão, mas não, como ele mesmo já disse e poderia repetir com o pirulito dentro da boca "Não irei fugir novamente como das outras vezes", o que fez Sam e Dean estranharem desde o começo. 

— Quanto tempo o Castiel vai demorar? Ele tem a graça, é só vir e pronto! – Reclamou, vendo Sam rolar o olhar e voltar sua atenção 

— Não funciona desse jeito, ele roubou a graça de outro anjo... Ele comentou que é como uma bateria e ela o esta consumindo. 

— E é nessa parte que eu entro na historia não é? Vocês são bem interesseiros... – Sentando ao lado de Sam, deu uma espiadela no que o maior tanto "clicava" na tela – Djins? Sério que você considerou essa possibilidade? – Zombou. 

— Se você sabe o que é, faça melhor – Falou já sem paciência, deixando o aparelho na mesa e o empurrando para o arcanjo. 

— Não preciso fazer melhor, mas tenho uma palavra apenas, Sammy... – Falou como se quisesse deixar um ar misterioso. 

— Não me chame de Sammy – Exigiu – E fale logo, Gabriel. 

— Pond – Apenas essa palavra deixou com que Sam divagasse em pensamentos e tentando entender o que significava, mas logo sua cara mudou, já entendendo o que significava a palavra. 

— Amy... 

— E pensar que doctor who era chato, trouxeram para a vida real... Acho que alguém deixou o filhote solto – Respondeu risonho e foi como por instinto, Sam pegou o celular e telefonou para o número do irmão, esperando que o mesmo atendesse logo – Alô, Dean? Castiel? O que você esta fazendo com o celular do Dean, Cas? Ocupado? Coloque no viva-voz então... – Acabou fazendo uma carte ao esperar uma resposta, a cara de divertimento de Gabriel não sai, poderia rir até, mas atrapalharia a "conversa" que Sam estava tendo – Se não vai responder nada, apenas saiba que seu irmão Gabriel esta aqui, Cas. 

— Fofoqueiro... – Resmungou Gabriel, rolando o olhar e mexendo no tablet, colocando em algum com sons bem maliciosos – Olha, até que a conexão com a internet aqui não é tão ruim... 

— Será que dá para tirar disso? – Reclamou Sam, afastando-se de Gabriel e andando pelo cômodo, mas conhecido como sala e biblioteca – O que vocês fizeram dessa vez?  Metatron ou Cain? Vou deixar no viva-voz também –  Falou, apertando o botão na tela do aparelho e o colocando sobre a mesa – Podem falar. 

— É sério que o babaca do Gabriel esta no buncker? Diz por favor que ele não quebrou nada de importante –  Reclamou a voz cansada de Dean. 

— Olá para você também, Dean. Senti saudades e você deve sentir o mesmo, não é? – Falou num tom de irônia. 

— Nem fodendo! Quando eu sentir saudades, o céu vai se abrir e eu terei matado Metatron! –  Falou rindo com falsamente e atraindo um olhar bitch face de Sam. 

— Sua confiança em nós é muito motivadora, Dean –  Voz de Castiel se fez presente – Fico feliz em saber que esteja a salvo, Gabriel. Precisamos de toda a ajuda possível. 

— Você não consegue ficar segundos sem mim maninho, mas quem vai liderar um exercito vai ser você. Então garotos, contem a novidade que é motivo da "curta" viagem que ambos fizeram –  Gabriel falou num tom mais sério, deixando Sam surpreso e o outro lado da linha quieta por alguns instante – Um caranguejo arrancou a língua de vocês? Gente, vamos entrar em guerra! – Zombou e passou a mão pela cara, puxando os cabelos para trás. 

— E não é que é o filho da mãe mesmo... – Falou surpreso, Dean –  Metatron procurou o Castiel, ofereceu uma "última" chance de Castiel seguir um roteiro, coisa que ele não nos contou antes, não é mesmo Cas?  

— Não era minha intenção, Dean. Se eu tivesse contado antes, você e o Sam poderia ter se ferido...  

— Vocês dois! – Gabriel falou – Atenção na conversa, podem discutir o relacionamento depois, num local de quatro paredes. Sam tem novidades e vocês também, então vamos acabar logo com isso. 

— Acho que esse não é o Gabriel não, Sam... Ele é meio... Sério... 

— Como assim "roteiro"? – Indagou Sam, ignorando o falatório dos três. 

— Cas estava seguindo ordens, de novo e do maldito que expulsou quase que o céu inteiro e que tirou a graça dele também, isso não é uma maravilha? – O som do carro desviando  de algo foi ouvido e ouviram Dean xingar alguém.

— Seu humor com coisas sérias são terríveis, Dean –  Comentou Castiel e Gabriel rolou os olhos entediado e Sam apenas riu.

Quando o assunto foi levado mais a sério e só depois de cada um contar rapidamente o que estava acontecendo, mesmo Dean falando com uma raiva fora do normal, talvez por consequência da marca de Cain, poderia ficar pior, mas manter Dean dentro do buncker não funcionava como antes, isso é claro quando Gadreel estava em Sam, mas agora era diferente e tinha a ajuda de dois anjos, mas será que eles eram capazes de fazer algo?

O buncker para Gabriel já era entediante desde o momento em que entrou e pisou ali, o lugar era bem ultrapassada para o tanto que ele presenciou do mundo humano atual, talvez alguns setenta ou oitenta anos atrás, mas como Gabe não ligava muito para detalhes tão fracos, passava o seu tempo analisando o irmão mais novo dos Winchester.

Um pouco maior, os cabelos escuros estavam maiores e por seu pai, tão sério que chegava doer e com um senso e neura de heróis que chegam enjoam Gabriel, mas Sam tinha algo diferente e isso mesmo sendo idêntico a qualquer humano, era o quão o irmão ficava preocupado indiretamente com o Dean, insistido como por exemplo para que parasse de mata-lo quando se conheceram, fazendo um olhar pidão e lagrimejantes, a voz alterada devido ao choro que poderia acontecer, e acabou dando um último sermão do que aconteceria e desfez tudo.

Como foi fraco, ceder a um pedido de um Winchester, uma suplica. Era como uma tentação, uma pedrinha para ser chutada em meio ao caminho ou uma flor atraente para ser colhida.

— Você sabe de mais alguma coisa que pode ajudar, Gabriel? – Indagou Sam, chamando a atenção de Gabriel nos poucos segundo em que se distraiu.

— Se eu soube-se teria anotado, dãh – Respondeu, levantando-se da cadeira e deixando de mexer no tablet, já que Sam teclava no aparelho digital – Não toque em nada, Gabriel.

Sem dar atenção, circulava pelo local entediado e olhando alguns volumes com o tema de criaturas da qual ainda eram existentes nos dias de hoje, um parecia recente e quando o pegou da prateleira.

Era um volume falando dos anjos, mencionando os mais importantes e detalhes de como mata-los, marcar armadilhas para afasta-lo ou acabar com todos.

— Quem diria, tem algo sobre mim nessa coisa chata – Falou num tom entediado – Qual é... Você sabe que é o garoto, para que procurar algo em relação a vida dele? 

— Nada pode ser descartado... – Respondeu sem nem dar-se o trabalho de olhar o arcanjo.

— "Nada pode ser descatado", Sam.. Sério, nunca que você vai arranjar um mulherão com esse jeito tão nerd – Zombou, o barulho de teclas do notebook pararam e reino apenas o silêncio.

— Como se algumas dela fosse sobreviver... – Respondeu com um tom de voz abatido e Gabriel sem uma emoção evidente.

Aquele foi o estopim, um homem daquele tamanho reclamar sobre morte de namoradas e amantes foi a gota. E pensar que Sam era mais forte que aquilo...

Suspirando cansado, Gabriel deixou o livro em algum lugar e andou até onde Sam estava, o virando para si e vendo o olhar indagador dele, a surpresa e frustração mistas em uma só e como se fizesse isso apenas para não ter que ouvir.

Deixou o Winchester mais novo surpreso com a atitude de tê-lo beijado. Espera... Gabriel, o arcanjo o estava beijando? Isso era para deixar qualquer um surpreso.

Não tinha como retribuir a ação pelo estado que estava, mas podia sentir a macies dos lábios do outro.

— Vou deixar uma coisa clara aqui, Winchester – Começou Gabriel assim que separou sua boca de Sam – Quando eu for engraçado, não quero ver essa cara de quem fez merda no passado, já passou e lamentar e levar para frente não ajuda em nada.

Só de se erguer novamente e se afastar dois passos da cadeira do outro, viu os olhos arregalados dele e como sua boca abria e fechava para poder falar alguma coisa. Os mesmo olhos expressivos de quando fez o favor de não matar Dean várias vezes voltou e com aquele olhar confuso e surpreso, Gabriel teve apenas que resistir e bufar.

— Hey alce, não me olhe desse jeito – Comentou rindo.

— C-como não? Você acabou de me...

— De te beijar? Eu sei, agora não precisa se preocupar com mortes de namoradinhas, não sou de morrer tão fácil e você e nem seu irmão com o Cas vão me perder de vista, digo.. Apenas algumas vezes – Falou com humor e a cara de Sam mudava para a famosa bitch face – Já pedi Winchester, não me olhe assim como se fosse culpado de algo.