ALMARA: Ameaça na Ilha de Xibalba escrita por Xarkz


Capítulo 33
CAPÍTULO 32 | Despedida


Notas iniciais do capítulo

O grupo finalmente se separa, em sua jornada para ampliar seus poderes e tornarem-se mais fortes, afim de entrar no local mais perigoso de toda Almara: a ilha de Xibalba.
Junto à isso, Eril tem uma grande revelação à fazer.



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Em meio aos altos muros do castelo de Galvas há um campo florido, onde os que lá residem podem desfrutar da natureza.

Belas árvores, que foram trazidas em forma de mudas de diversos reinos, embelezam o parque.

No centro, um lago de água cristalina, com peixes coloridos e uma ponte convexa que liga um lado do lago ao outro.

Em uma área mais aberta estão duas figuras, lutando apenas com seus punhos e pernas.

A garota de cabelos escorridos é Aldrah, que parece lutar de igual para igual contra Farkas.

— Você é muito forte, para alguém tão pequena. — diz Farkas, entre um soco e outro.

— Posso não ter ido para um mosteiro, até porque não aceitam garotas lá, mas não deixei de treinar um dia sequer da minha vida. — responde prontamente, no mesmo momento em que consegue acertar Farkas com um chute no estômago, fazendo-o dar um passo para trás.

O monge avança contra Aldrah, que pisa forte no chão, fazendo com que um pedaço do solo, logo abaixo do pé de Farkas, se erga, fazendo com que ele perca o equilíbrio. A garota aproveita a situação e o atinge novamente, desta vez com um soco no abdômen.

Ele é lançado para trás com o golpe mas gira no ar, em um salto mortal, caindo em pé.

— Você também usa o elemento terra. Interessante. — com a mão sobre o local que foi golpeado.

Desta vez é Aldrah que avança com um soco, mas Farkas desvia, golpeando-a com um soco no lado direito do corpo e então lhe aplica uma rasteira, derrubando-a no chão.

Ela fica sentada por alguns instantes, com a mão sobre as costelas, onde foi atingida.

— Hei! Você não lutou a sério, nem usou elementos. — diz a garota, ressentida.

— E ainda sim eu venci. Não seja uma má perdedora. — esticando a mão, para ajudá-la a levantar-se. — O que acontece é que eu sou muito forte.

Apesar de incomodada com a derrota ela aceita a ajuda e segura a mão de Farkas, que lhe auxilia a levantar.

— Kore está tão forte quanto você? — pergunta Aldrah.

— Duvido muito. Pelas minhas contas está dois à um para mim em quantidade de vitórias. Da última vez ele ainda não tinha liberado o segundo selo, então admito que foi um pouco injusto, por isso estou empolgado como a nossa próxima luta.

— Mas ele está se recuperando dos ferimentos agora. Tão cedo ele não vai poder lutar.

— Eu sei. Alias, que cara maluco. O que ele tinha na cabeça para entrar no caminho de um Titan?

— Te digo o que ele tinha na cabeça. Se chama “Eril”. — diz  a garota, com um sorriso malicioso.

— Hum! Ele está caidinho por ela, não é? Também desconfiei.

— Eu fiz ele me contar tudo sobre ela e então eu dei uma dica. Disse para ele fazer uma serenata com a música preferida dela. E, para minha surpresa, ele tinha comprado uma lira e estava tentando aprender a música que a mãe da princesa cantava para ela, quando ela era bebê.

— Mas que coisa mais melosa.

— Falando nele… — a garota aponta para o lado, por onde Kore vem chegando, sorridente.

— Bom dia, pessoal! — saúda Kore.

— Parece que alguém se deu bem ontem. — responde Farkas, contente pelo amigo.

Kore fica corado.

— Do que estão falando? — envergonhado mas com um sorriso que mal cabe no rosto.

Aldrah dá um soco de leve no ombro de Kore, também sorrindo.

— Eu disse que a serenata ia funcionar.

— Olha isso é um assunto que não quero discutir com vocês. — desconversando. — Além do mais, vim aqui para outra coisa.

— Ah é? — Questiona Farkas. — E o que seria?

— Amanhã estou partindo para um treinamento intensivo e precisava me despedir de vocês. Além do mais, te devo uma luta Farkas.

— É, eu sei, você está todo quebrado e não vai poder lutar.

— Pelo contrário. Quero lutar agora mesmo.

Aldrah e Farkas ficam espantados com a declaração inesperada.

— Não entendi? Você já se recuperou ou simplesmente vai usar isso como desculpa, quando perder?

— Na verdade, acho que estou subestimando um pouco você. Não leve a mal.

— Como é que é? — Farkas exalta-se. — Você ficou todo quebrado, ficou um tempão no hospital sem treinar, e está dizendo que, mesmo assim, vai me vencer?

— Basicamente! Mas está errado na parte que disse que eu fiquei sem treinar no hospital. Quando um monge não pode treinar o corpo, ele treina a mente e percebi que me faltava muito disso. No tempo em que fiquei parado, treinei minha mente o tempo todo e descobri mais sobre mim mesmo. Tenho certeza de que estou preparado para lutar contra você e vencer.

— Ah, isso é o que vamos ver. — diz Farkas, já se colocando em posição de luta.

Antes que pudessem começar, Aldrah se coloca entre eles, tentando impedir.

— Você está louco? Bateu forte com a cabeça quando o Titan te mandou pelos ares? Ou a princesa fez você se sentir invencível?

— Não precisa se preocupar, eu vou ficar bem. Se servir de consolo, se eu receber um único soco, podem me considerar derrotado.

Farkas expele ar com força pelas narinas, como um touro bufando.

Aldrah olha para Kore por alguns instantes, tentando decidir se permite que lutem, até que resolve sair da frente.

— No primeiro golpe que você receber, eu paro a luta. — diz a garota, preocupada.

— De acordo.

Agora ambos se posicionam para lutar, com Aldrah à uma certa distância, apenas observando.

— Se pensa que vai me tirar do sério com essas provocações, está muito enganado. — informa Farkas. — Aprendi a controlar meu temperamento. E também não vou pegar leve com você. Isso vai acabar bem rápido.

Kore apenas respira fundo, de olhos fechados, ignorando os dizeres de seu amigo.

— Pode vir! — provoca, após abrir os olhos, já em sua postura de luta.

Sem demora, Farkas move os braços rapidamente, criando duas estacas de pedra, que brotam do chão e tentando atingir Kore no corpo, mas ele se inclina para trás e então destrói as estacas, golpeando-as com socos em suas laterais.

Agora Farkas faz um movimento rápido, com a mão espalmada para frente, e lança um jato de ar.

Kore cria uma barreira de ar ao redor de seu punho e o coloca em sua frente, protegendo-o do jato de ar de Farkas, fazendo com que ele se espalhe para todos os lados.

Percebendo que suas técnicas não foram eficazes, ele cria uma proteção ao redor de seu braço direito, criando um braço de pedra e avança contra Kore.

Ele tenta golpeá-lo, mas Kore desvia de todos os ataques, deixando Farkas ainda mais irritado.

Ele realmente ficou mais forte apenas deitado em uma cama de hospital? — pensava o monge do braço de pedra.

Novamente tenta golpeá-lo e, desta vez, recebe um soco no rosto, como contra-golpe.

Um segundo ataque e novamente é contra-golpeado.

Contra-golpes? — pensa ele. — Como daquela vez, na casa da Lisica. Mas desta vez estão ainda mais afiados e precisos.

Após mais um soco que falha, Farkas faz com que as pedras em seu braço se separem, como uma explosão, que manda estilhaços de pedras para todos os lados, porém, como se pressentisse o perigo, Kore salta para trás pouco antes da explosão e golpeia com agilidade os estilhaços que seguem em sua direção, ficando ileso.

Enquanto observa, perplexo, Farkas é surpreendido por um ataque à distância, de Kore.

Um punho criado do elemento vento avança em velocidade na sua direção, mas Farkas consegue desviar no último instante. Apenas para descobrir que era uma distração.

Kore já estava bem próximo e o golpeia com um forte soco no estômago e então, com o punho em chamas, desfere uma chuva de socos, que atinge seu alvo, derrubando-o no chão.

Ferido, Farkas senta-se no chão, ofegante, enquanto uma fumaça escura emana de seu corpo, nos pontos onde foi atingido.

Ele olha de baixo para Kore, tentando entender o que aconteceu e o porquê da diferença de força ser tão grande.

— Você está bem? — pergunta Kore.

— Estou dolorido. — responde Farkas, levantando-se devagar. — Mais ferido no meu ego do que no meu corpo. Como exatamente isso aconteceu? Eu treinei muito, me aventurei pelo mundo, enfrentei caras fortes e ainda sim você, com o corpo nesse estado, sem treinar por dias, conseguiu me derrotar tão facilmente.

— Talvez eu tenha tido uma boa base. Lisica me ensinou muito bem.

— Não! Não é isso. Lisica não me treinou, mas me indicou o mestre Jinukai. Ele é ainda mais conceituado que a Lisica. Se alguém aqui teve uma boa base, fui eu. Eu até despertei o segundo selo primeiro. Isso não faz sentido algum.

Um silêncio perdura no recinto por alguns instantes, até que Aldrah decide quebrar o gelo.

— Ao invés de ficar aí choramingando, faça alguma coisa. Vai treinar mais. Se acha que treinar o mesmo que ele não é o suficiente, então treine duas vezes mais. Só pare com essa ceninha de mal perdedor.

Novamente Farkas fica bufando.

— E quanto à você. — voltando-se para Kore. — Quero que lute comigo agora.

Já desferindo um soco contra ele, que se desvia, sem atacar.

— Ataca logo, droga! — insiste a garota, colocando a mão espalmada para frente, pedindo que Kore golpeie ali. — Bate aqui logo. Quero ver sua força.

Um suor escorre por seu rosto e ele tenta golpear, porém, seu corpo congela. Ele não consegue golpear sequer a mão da garota.

— Eu… Eu não consigo. — responde, desconsolado.

Aldrah se aproxima e então lhe dá um tapa no rosto, saindo correndo em seguida. Deixando Farkas sem entender a situação

— Mas o que foi que acabou de acontecer aqui?

— É que eu não consigo lutar contra garotas.

— Nossa, que cavalheiro. Não precisa acertar ela no rosto nem lutar a sério, ela só quer trocar golpes com você.

— Não é isso. Eu REALMENTE não consigo lutar contra garotas. Acho que é meio que um trauma. Meu corpo simplesmente congela.

— De qualquer forma acho que você devia ir lá falar com ela.

Atendendo ao conselho, Kore segue Aldrah e a encontra sentada atrás de uma árvore, chorando.

— Aldrah, o que foi que aconteceu com você?

— O que foi que aconteceu? Você lutou com seu amigo. Vi no rosto de vocês como estavam felizes ao lutarem um contra o outro. É isso o que eu queria. Lutar com você, como nos velhos tempos.

— Me desculpa! Eu simplesmente não consigo.

— Eu treinei todos os dias da minha vida. E vou te dizer uma coisa: lutar não é a minha coisa favorita na vida. Só fiz isso com a esperança de um dia lutar com você de novo.

— Eu… Sinto muito!

Aldrah se aproxima do monge, limpando as lágrimas.

— Não, eu é que tenho que pedir desculpas pelo tapa. É que vi vocês lutando, tão felizes. Eu queria isso também.

— Nesse caso, vou fazer uma promessa. Vou dar um jeito de me curar desse trauma e poderemos lutar novamente.

— É sério? — anima-se a garota. — Então eu também vou prometer algo. Vou continuar treinando pesado. Eu não luto contra monstros nem nada do tipo, então não vou ser tão forte quanto você, mas quero te dar um pouco de trabalho.

— Prometido?

— Prometido!

Os dois amigos de infância tocam os punhos um do outro, selando a promessa.

— Falando nisso, onde estão as luvas que eu te dei de presente quando foi treinar com a Lisica da primeira vez?

— Estão guardadas. Prometi só usá-las quando eu for forte.

— Mas você já é forte.

— Não, sou muito fraco ainda. Tenho um longo caminho antes de poder me considerar forte.

— Se pensar assim, nunca vai usar as luvas e também nunca vai ser forte. Se quer ser forte, pense como alguém forte. SEJA alguém forte.

Aquelas palavras eram algo que Kore precisava ouvir naquele momento e que carregaria seu significado para sempre consigo.

 

O restante do dia foi apenas diversão para os três amigos. Farkas e Aldrah pareciam até já se conhecerem a muito tempo. Passearam pelo parque, fizeram compras, pregaram peças em alguns soldados, quase sendo presos por isso.

Pouco antes do anoitecer uma enorme carruagem, puxada por quatro cavalos, se preparava para partir, próximo ao portão principal do castelo.

Voughan é o primeiro a embarcar, carregando uma mochila apenas com comida.

Eril aguarda na porta da carruagem, enquanto Kore se despede de seus amigos.

— Estamos de partida. — informa Kore. — Ficaremos fora por dois anos, mas vocês sabem onde me encontrar. E quanto à vocês? O que vão fazer?

Aldrah se antecipa, erguendo a mão como se pedisse a palavra.

— Eu vou ficar mais alguns dias por aqui, tenho algumas casas para terminar. Depois disso volto para Das Rad.

— E não esqueça da promessa.

— Não mesmo. Vou continuar com meus treinos.

— E você? — voltando-se para Farkas. — Vai para onde? Quer uma carona?

— Não mesmo. Acho que vou arranjar uma grana por aí, pegando uns mercenários e depois vou voltar a treinar com o mestre Jinukai. Vou dar um jeito de superar você, pode ter certeza.

— Ah, eu aposto que vai. — rindo, ironicamente.

— Você só teve sorte. — exaltando-se. — Na próxima acabo com você.

Apesar de irritado, em poucos instantes todos já estão rindo.

Kore toca seu punho direito com o de Aldrah e o punho esquerdo com o de Farkas, como se selassem aquela amizade, então volta-se para a carruagem.

Ele parece ajeitar algo nas mãos e, quando se vira, está utilizando luvas pretas com uma extensão metálica nos pulsos, presente de sua amiga.

Aldrah fica emocionada ao vê-lo utilizando seu presente pela primeira vez, mas segura o choro.

Ele entra na carruagem, ficando ao lado de Eril e segurando sua mão, então a carruagem começa a andar, enquanto Kore acena para seus amigos.

— Nos vemos por aí! — grita pela janela.

Aldrah bate palma, feliz por ver que ajudou a unir Eril e Kore.

A viagem tem início.

A distância é longa, mas desta vez não haverão desvios para recrutar membros, apenas paradas para reabastecimento de mantimentos, ainda sim, menos paradas serão necessárias, visto que a grande carruagem real possui uma cozinha com um recipiente refrigerado, que mantém a comida fresca por mais tempo.

Um mês e meio se passa e o primeiro objetivo é alcançado. É a ilha Tuonela, terra natal dos shamargs, onde Voughan deixa o time.

Em seguida, por mais algumas semanas, a carruagem avança até uma pequena vila, já conhecida, onde avistam a estátua do anjo que enfeita o centro.

Não há como prosseguir com a carruagem, então Eril e Kore deixam o veículo, que retorna para Galvas.

A peregrinação pela montanha trás velhas recordações.

Foi ali que tudo começou.

Quantas vezes ele teve de descer e subir aquela montanha?

Eril inicia a subida, mas percebe que Kore está estático.

— O que aconteceu? Não quer subir logo?

— Pelo contrário. Quero chegar logo lá em cima. Na verdade, quero chegar lá mais rápido do que jamais consegui. Posso te pedir um favor? Suba nas minhas costas.

De início Eril estranha o pedido, mas logo entende do que se trata e atende sua vontade, abraçando forte seu pescoço.

— Naquela vez eram oito horas para descer e então subir novamente. Só vou subir, então seriam quatro horas. Marque o tempo Eril.

— Pode deixar. — responde, puxando de seu bolso um relógio de ponteiros.

O monge se abaixa um pouco e então corre em disparada.

A velocidade faz com que os cabelos de Eril voem ao vento, como quem coloca sua cabeça para fora da janela em uma locomotiva em movimento.

De longe pode ser visto o rastro de poeira deixado para trás. Sua velocidade era, claramente, muito superior ao que era antes.

Ele desvia de buracos, salta por entre as pedras e depressões e corre por um bom tempo, até que finalmente alcança o topo.

Sequer parece cansado.

Eril olha o relógio, contente, e lhe dá o resultado.

— Quarenta e dois minutos. Isso foi incrível.

— Ainda quero melhorar esse tempo. — responde, empolgado.

O senso de perigo de Kore parece disparar e, no instante seguinte, uma raiz pontiaguda brota do solo, indo em direção à seu peito, tentando perfurá-lo, mas Kore a segura com a mão, impedindo que avance.

— É assim que você recepciona seu aluno? — questiona Kore, olhando para cima da casa, onde está Lisica, que desce em seguida.

— Você melhorou bastante, garotinho. Mas esperava um tempo menor do que quarenta e dois minutos.

Nesse momento Lisica percebe que Kore e Eril estão de mãos dadas e abraça os dois, erguendo-os do chão.

— Que bonitiiiiinhos! Estão de mãos dadas. Tão fofinhos.

Eles apenas sorriem, sem jeito, mas já esperando aquela reação.

Lisica os deixa descansarem e oferece um café reforçado, enquanto colocam o assunto em dia.

Recuperados, ambos saem novamente e o treino se inicia.

Enquanto Lisica ensina técnicas para Kore, Eril lê e pratica sua magia.

Enquanto Lisica ajuda Eril a lapidar sua magia, Kore treina seu corpo.

— Eril, tenho algo para você. — informa Lisica, trazendo consigo um cetro de madeira retorcido e enegrecido, com alguns cristais vermelhos cravados na ponta.

— Um cetro novo? Acha que ele é mais forte que o meu?

— Apenas segure-o e lance uma bola de fogo naquela pedra. — apontando para uma bem grande.

Sem discutir, Eril concentra-se e tenta lançar, mas nada acontece.

— O quê? Não saiu nada! — estranha a maga.

— Seu cetro ajudava a canalizar sua magia, deixando-a mais forte. Este que lhe dei faz basicamente o contrário. Ele prejudica sua concentração. Se você não se focar completamente na magia que quer lançar, não irá conseguir nada. Obviamente ele não deve ser usado em batalhas, mas para treinar sua mente.

— Entendi! Se eu conseguir lançar magias com este cetro, quando for utilizar o meu, sairão mais forte.

— Exatamente! Então comece a praticar.

Eril concentra-se novamente e, desta vez, uma leve fagulha surge na ponta, mas nada considerável.

Na terceira tentativa, a maga parece sentir-se mal e corre para dentro da casa, deixando Lisica confusa.

Kore percebe o ocorrido e se aproxima de sua mestra.

— O que deu nela?

— Eu não sei. O cetro não deveria dar esse tipo de reação.

— Acha que devemos ver como ela está?

A mestra pensa por alguns instantes e decide.

— Não! Vamos dar um tempo à ela. — desconfiando de algo.

Alguns minutos se passam e ela retorna para fora. Seu semblante é extremamente sério e parece irritada com algo.

Ao vê-la sair, Kore se aproxima, preocupado.

— Eril! Você está bem? — pergunta o monge.

Se responder nada e sem qualquer aviso, a garota avança para cima de Kore, batendo-lhe com o cetro e pegando-o de surpresa.

Kore acaba caindo no chão e Eril sobe em cima, golpeando-o no rosto com socos, de novo e de novo.

Sem entender, Kore apenas é espancado, sem qualquer reação.

Quando suas mãos já estão ficando machucadas, Eril se levanta e foge, chorando.

— Mas… O que foi isso? — pergunta Kore, ainda deitado e olhando para Lisica.

— Garoto, acho que você está com problemas. — responde seriamente. — Vá atrás dela.

Atendendo ao conselho, Kore segue na direção que Eril foi, encontrando-a próxima à uma fonte, sentada na beirada de um barranco.

Ela chora, escorada em uma pequena árvore.

— Eril! — chama o monge, com cuidado. — O que foi aquilo? O que aconteceu?

A garota respira fundo e olha para ele, enquanto passa sua mão sobre seu ventre.

— Kore! Eu estou grávida.


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Notas finais do capítulo

Observações e críticas construtivas serão bem vindas!



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