ALMARA: Ameaça na Ilha de Xibalba escrita por Xarkz


Capítulo 26
CAPÍTULO 25 | Decisão


Notas iniciais do capítulo

Um embate entre amigos se inicia. O prêmio? Decidir o futuro da pequena Calime.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/710950/chapter/26

A fumaça exala das costas do monge, que respira com certa dificuldade após receber um ataque tão forte.

— Porque fez isso? Até mesmo Tristam concordou que é o melhor à ser feito. — questiona Eril, intrigada com a atitude inesperada de Kore.

— Não acreditei que você fosse mesmo fazer isso. Você não viu a Calime dizer que é feliz aqui? Não a viu implorar pela vida? — Colocando-se de frente para a maga.

Ao virar-se, Calime pode ver suas costas queimadas e percebe que ele se feriu bastante para protegê-la.

Eril continua irredutível.

— “Implorar pela vida”? Ela não está viva. Está presa à esta existência anti-natural, que só irá se degenerar aos poucos. Será um final pior se a deixarmos assim.

— Você não tem o direito de tomar essa decisão.

— Acha que estou feliz em fazer isso? Tristam faria se pudesse, mas seus sentimentos o impedem, afinal, ela é sua filha. Você diz que eu não posso tomar esta decisão por ela, mas ninguém perguntou à ela se queria ser ressuscitada desta forma também.

— É claro que trazer ela na forma de uma morta-viva foi um erro, mas você não pode consertar um erro com outro erro.

— Kore, eu não vou continuar nessa discussão. Apenas saia da frente e eu vou acabar logo com isso. — Apontando novamente a mão espalmada com a esfera de energia flamejante.

— Não vou sair daqui!

— Acho que você não está entendendo. Eu acabei de conseguir minha liberação do terceiro selo. Estou muito mais forte do que era. Além do mais, mesmo antes da liberação do selo eu já era mais forte do que você. Então, se não quiser se machucar, saia da frente.

— Já disse que não vou sair.

— O ataque anterior era apenas o suficiente para eliminar a garota. O próximo vai ser muito mais forte. Está pronto para receber isso?

— Estou sim. E você, está pronta para me matar? Pois vai ter que fazer isso para que eu saia da frente.

— Não seja tão dramático. Eu posso facilmente tirar você da frente sem precisar te machucar muito.

— Nesse caso, teremos de lutar.

Uma lembrança crucial vêm à mente da elfa.

— Se bem me lembro, você não consegue lutar contra mulheres. Eu estou certa?

Kore aperta o punho, percebendo que foi pego e está em total desvantagem.

Ele simplesmente ignora o que foi dito e se coloca em posição de luta.

— Vai mesmo levar essa infantilidade adiante? — pergunta Eril.

— Não é a primeira vez que enfrento alguém de terceiro selo. — lembrando-se do capitão do Império Mundial e de Uriel, que o derrotaram facilmente.

— E perdeu para todos eles, não é?

Sem saber mais o que dizer, Kore apenas avança na direção da maga, que faz um leve movimento com a mão, invocando um tornado que o lança para o ar, caindo para o lado direito.

Com a outra mão, ela lança uma bola de fogo em Calime.

Ao tocar no solo, Kore praticamente crava seus dedos da mão nas pedras do chão, impedindo que fosse empurrado mais para longe e então, com toda sua força, se lança de volta, ficando no caminho e recebendo o ataque da bola de fogo, que ele defende com o braço que lhe resta, colocando-o na frente do corpo.

Mesmo bloqueando, ele cai para trás, com seu braço chamuscado.

Em um instante ele se recupera e corre pela lateral de Eril, em zigue zague.

Com a ponta do dedo indicador, Eril lança diversas pequenas bolas de fogo, mas Kore consegue desviar de quase todas, recebendo uma em seu ombro.

Ainda sim ele avança e, ao chegar bem perto, se prepara para golpeá-la no corpo com um soco.

Eril parece não ter nenhuma intenção de se defender e apenas observa.

Quando seu punho se aproxima do abdômen da elfa, ele simplesmente congela.

Em seguida seu corpo inteiro treme e ele não consegue concluir o ataque.

Com um balanço de seu cetro, Eril tenta atingi-lo no rosto, mas ele salta para trás, desviando.

— Droga! — se irrita por sua incapacidade de atingir a maga.

Kore e Eril se encaram por alguns segundos. Ela respira fundo e então abaixa os braços.

— Tudo bem! Não vamos continuar com isso. Você venceu! — diz Eril, ainda sentindo-se contrariada.

Ainda em posição de luta, Kore processa por alguns instantes o que acabou de ouvir e então respira aliviado, também abaixando o punho.

— Vamos fazer do seu jeito então. — informa Eril. — Mas não vou me responsabilizar por isso. Acho que você deveria consultar Tristam.

Kore acena com a cabeça e caminha na direção do pai de Calime, mas no meio do caminho suas pernas fraquejam e ele cai de joelhos. Os ataques de Eril foram mais fortes do que se imaginava.

Incrível! — pensa o monge, olhando de canto de olho para a maga. — Ela claramente passou longe de usar força total, ainda sim o dano foi bem grande. O terceiro selo é realmente algo assustador. Meu braço está totalmente dormente por defender aquela simples bola de fogo.

Ele sente algo o puxar de leve por sua camisa. É Calime, olhando para ele com admiração.

— Você é um herói? — pergunta a menina.

O monge enxerga primeiramente sua aparência ilusória, que era a de uma linda menina, mas em seguida ele se concentra e enxerga através da ilusão, vendo sua verdadeira forma, que era a de uma criança morta, desfigurada e com sua carne apodrecida.

Ainda sim ele sorri, colocando a mão em sua cabeça.

— Não! Ainda sou muito fraco para ser um herói. — enquanto se levanta e dirige-se à Tristam.

— Não sei se lhe odeio por impedir que a maga acabe com este sofrimento, ou se lhe agradeço por poupar minha filha.

— Ninguém sabe o que acontece após a morte. Então, se você tem essa oportunidade, aproveite o máximo possível com sua filha. Eu sei que não há como vocês levarem vidas normais, mas o importante é que vocês têm um ao outro… E aquele dragão… E aqueles mortos-vivos lá fora, também.

Tristam recosta-se na cadeira, ainda ferido do combate.

— Vamos tentar do seu jeito, garoto. — voltando-se para sua filha. — Calime, será que pode perdoar esse seu velho pai idiota?

A menina põe-se a chorar e corre para ele, abraçando-o.

— Papaaaai! Não me assusta desse jeito! Desculpa se eu fiz alguma coisa errada.

— Você não fez nada de errado, minha filha. Eu é que tenho que te pedir desculpas. Nunca mais vou desistir de você. — apertando-a com força contra o peito.

Apesar de tudo, Eril fica feliz por ver pai e filha juntos.

— Vamos! Não há mais nada o que fazer aqui e temos uma longa estrada pela frente. — comanda a elfa, indo em direção a porta de saída.

— Algar, que terminava de fazer os primeiros socorros em Voughan, o ajuda a levantar e ambos seguem Eril.

O anão se aproxima de Kore, sorrindo.

— Não concordo completamente com o que você fez, mas foi algo bem heróico da sua parte, garoto.

— Deixa disso. Eril disse que eu venci, mas me sinto completamente derrotado. Meu poder nem se compara ao dela. Que tipo de herói é fraco assim?

— Heróis não são feitos de força, são feitos de coragem e auto-sacrifícios.

— Mas que coisa lamentável foi aquela, verme? — pragueja Voughan, ainda bastante ferido do combate. — Tentou se matar é?

— Do que está falando? — estranha o monge. — Você já fez isso duas vezes. Me protegeu contra o ataque do Uriel e também protegeu a Eril, contra o Pongo.

— Contra quem?!

— Pongo! O dragão morto-vivo.

— Eu não pulei na frente pra proteger ninguém. Eu só queria comprar a briga. É assim que se faz em Tuonela.

— Pois para mim pareceu mais que tentou nos proteger. Talvez você é quem seja um herói.

— Herói? Que coisa mais idiota. Quem iria querer proteger os fracotes desse jeito.

Kore sorri e todos continuam a subir a escadaria, mas algo ainda parece incomodar Voughan e ele fica pensativo.

— Herói…

 

Movendo um dispositivo na parede porta se abre e, diferente da forma como é feita pelo lado de fora, não foi necessário encaixar a carruagem que há dentro do dragão morto-vivo para abri-la.

Ao saírem, eles são escoltados por Pongo e nenhum dos mortos-vivos ao redor os atacam, certamente por ordens de Calime.

Algar acaricia o focinho do enorme monstro esquelético, que balança sua cauda, semelhante à um cachorrinho.

— Cuide deles, Pongo. — despede-se o anão.

— Se um dia descobrirmos uma forma de ajudá-los, voltaremos aqui novamente. — compromete-se Eril.

A passagem, antes selada pelo dragão, agora está livre.

Com todos já dentro da carruagem, reiniciam sua viagem.

Pela janela Kore avista Calime, no alto de uma rocha, acenando. Ele sorri e acena de volta para ela.

— No fim das contas, não conseguimos fazer nada.

Eril observa o braço chamuscado de Kore e então puxa-o mais para perto, colocando o braço do monge sobre seu colo.

Seu rosto fica corado por ficar tão próximo à elfa.

Ela coloca as mãos espalmadas sobre os ferimentos e uma luz branca surge de suas palmas, emanando uma energia que parece se transferir para o braço do monge.

Aos poucos, as queimaduras vão melhorando visivelmente. Kore sente a dor diminuir também.

— Você agora só tem um braço, Kore. Precisa cuidar melhor dele.

Em sua mente ele queria responder à altura, dizendo que foi ela que quase o arrancou, mas sua voz não saía e ele apenas conseguia encarar os olhos azul esverdeados da maga.

Ele nunca havia os visto tão de perto. Seus rostos tão próximos.

Ela continuou, concentrada na cura por mais alguns instantes, até que levantou a cabeça e olhou-o nos olhos.

Nesse momento o coração do monge disparou.

Ela se aproximou, deixando-o sem reação, e então girou-o com um puxão, virando-o para o lado oposto à ela.

— Agora suas costas. — iniciando o processo de cura.

Seu braço parecia bem melhor. Ainda estava queimado, mas tanto a dor quanto a aparência melhoraram um pouco.

— Esta é uma cura emergencial e é o máximo que consigo fazer.

— Hã… Tudo bem. — saindo do transe, mas ainda com o coração acelerado. — Magia de cura leve é o suficiente. Já me sinto melhor.

— Falando em magia... — inicia Algar. — Você tem feito um progresso excepcional, garoto. Em tão pouco tempo dominou uma grande quantidade de elementos, coisa que a maioria demora muito mais para conseguir.

— Meu mahou é meio estranho. Todos os elementos são perfeitamente equilibrados, então tenho certa facilidade para aprender qualquer um.

— Sim, Eril comentou isso comigo. Você tem potencial para conseguir aprender qualquer elemento, mas ao mesmo tempo nunca será um mestre em nenhum deles. Pelo menos foi o que ela me disse. Mas ainda sim, a velocidade com que você aprendeu foi incrível. Você desenvolveu o elemento trevas ao mesmo tempo em que liberou o segundo selo. Outro feito que não é para qualquer um.

— Tenho que admitir que, até vocês me falaram, eu nem sabia que o poder para enxergar através das ilusões era do elemento trevas.

— Ou seja, você fez por instinto. Isso não é convencional. Parece mais com o estilo de aprendizado dos bárbaros do que dos monges ou magos. Depois disso você desenvolveu o elemento fogo, em Waltrode.

— Ah sim, de novo foi meio que na sorte. Meu socos começaram a ficar mais rápidos, então ficaram em brasa e depois pegaram fogo.

— Contra o arcanjo Uriel você aprendeu a usar aquela técnica onde o vento gira em torno do seu punho em alta velocidade.

— Mais uma vez foi instintivo. Além de poder usar ela como defesa, foi a minha primeira técnica à distância. Quando eu golpeio o ar com aquela técnica, o elemento se molda no formato do meu punho e é lançada na direção que eu golpeei. É como um soco à distância. Bem legal! — sorridente e orgulhoso de sua técnica.

— Por fim, hoje dominou o elemento luz, quando derrotou aqueles esqueletos.

— Este foi intencional. Vim treinando essa técnica à algumas semanas. O punho da alma. Uma das técnicas principais do velhote do monastério.

— Com isso são quatro elementos. Você pretende dominar também os outros dois que faltam?

— Com certeza. Já que não posso mesmo me tornar exímio em nenhuma, tenho que saber todas.

— Já houveram pessoas que dominaram todos os elementos, mas nunca tão rápido. Em pouco mais de um ano e meio você chegou tão longe. Se conseguir dominar todas antes de completar dois anos, acho que será um recorde.

Animado com a informação, Kore ergue o punho, contente.

— Então é o que vou fazer. Antes de desses dois anos, irei dominar todos os elementos. É uma promessa.

— Ok! Mas fique quieto, senão não posso terminar de te curar. — repreende a maga, fazendo diminuir um pouco a euforia do monge.

 

As horas passam e a carruagem, já fora do território dos mortos vivos, avança por um terreno seco e rochoso, dificultando a passagem

A suspensão da carruagem ameniza o chacoalhar até certo ponto, mas o terreno é realmente pedregoso e desnivelado.

Voughan se balança, inquieto, ora olhando pela janela, ora sentando-se.

— Calma aí, grandão! — solicita Kore. — Nós já vamos chegar.

— Ta demorando muito. — responde, cruzando os braços. — Quero ver logo a cidade dos bárbaros.

— Eles são aliados do meu reino e nossos vizinhos. — informa Eril. — Só iremos passar lá para pegarmos mantimentos e então partimos para Galvas.

— E depois disso… A ilha de Xibalba. — ressalta Kore, temeroso mas ao mesmo tempo ansioso.

— Sim! Finalmente chegaremos ao nosso objetivo. — comenta Eril, com uma motivação que começa alta e parece ir diminuindo, até quase deixa-la depressiva.

Ela olha ao seu redor e fica pensativa.

Algar percebe a mudança repentina em seu humor e parece entender seus sentimentos.

— “Este não é, nem de longe, o time que eu desejava reunir”. É o que você está pensando, não é, princesa?

Por um instante ela fica perplexa com a perspicácia do anão, mas desabafa em seguida.

— Não é que eu goste de cada um de vocês, mas o caso é que… Bem… Eu procurei, no mosteiro, o monge que dizem ser o mais forte, Shonen, mas não o encontrei. No lugar dele recrutei o Kore, pois Lisica me disse que ele tem potencial. — apontando para o monge. — Além do mais, ela disse que tomaria seu lugar, se você não se tornasse forte.

— Isso não vai acontecer. — reivindica Kore. — Eu estou ficando mais forte a cada dia. Não vou decepcionar.

— Não estou duvidando de você. Mas a diferença entre você, mesmo ficando mais forte, e Shonen, é muito grande.

A situação se torna um pouco constrangedora, mas Eril prossegue.

— Eu, então, procurei por Radagart, o shamarg mais poderoso que já se ouviu falar. Um dos dois Titans dessa era. Seria o aliado perfeito.

— Ao invés disso, recrutou o inútil do irmão dele. — completa o monge, com desdém.

Por algum motivo, Voughan não reage como esperado, continuando calmo enquanto ouve a maga.

— Por fim, fui atrás do alquimista lendário, que dizem ter revolucionado a alquimia. Drelner Dhondal. Mas descobri que ele já havia falecido. Sei que você é um gênio, Algar, mas acho que você entende o que eu estou querendo dizer. Além disso, não consegui recrutar Baruc, o imortal, até porque não sei se ele seria de grande ajuda. Acho que atualmente estou quase tão forte quanto ele.

Todos, enfim, entendem a situação, ficando cabisbaixos.

Eril olha para suas mãos, como se procurasse por algo.

— Eu mesma, arressem consegui liberar o terceiro selo. Isso não é poder o suficiente. Existem magos muito mais poderosos do que eu.

— Não se torture tanto, princesa. Liberar o terceiro selo não é algo que deva ser diminuído. A maioria passa sua vida inteira sem conseguir essa façanha.

— Algar, não temos como ter sucesso nessa missão. Xibalba é uma ilha impiedosa. Somos fracos demais.

— Então ficaremos mais fortes. — interrompe Kore. — MUITO mais fortes.

Ele fica de pé no interior da carruagem, eufórico.

— Eu sei que não temos tanto tempo, mas desde a luta contra aquele bárbaro, ao pé da montanha no início da nossa jornada, eu sei que me tornei mais poderoso. Mas também sei que não é o suficiente. Quando me deparei com aquele capitão do Império Mundial, em Bantara, fui totalmente derrotado. O mesmo aconteceu quando enfrentei Uriel, o arcanjo. Desde então decidi que não vou ficar para trás. Vou ficar mais forte, seja com terceiro selo ou não. Não vou mais ser derrotado. É uma promessa.

A determinação em seus olhos é evidente e faz com que Eril fique um pouco  mais calma, a ponto de deixar escapar um leve sorriso.

 

A viagem prossegue por mais algumas horas, até que avistam a cidade dos bárbaros.

A medida que se aproximam, pode-se ver que algo errado estava acontecendo.

Uma fumaça escura sobe aos céus, vinda de vários pontos da cidade. Casas destruídas, muros derrubados, destroços e corpos para todos lados.

Algar, o primeiro a avistar o local, treme por inteiro, pois a visão trouxe à tona o sentimento que teve ao encontrar sua cidade natal, Bantara, completamente destruída.

Ao olhar para fora, Kore engole seco.

— Que coisa horrível! Mas se parar para pensar, não é de se estranhar, afinal, é uma cidade de bárbaros. Essas coisas devem acontecer o tempo todo.

— Você se engana. — corrige a elfa. — Ninguém em sã consciência atacaria uma cidade tão grande quanto a dos bárbaros. Sua fama de serem guerreiros extraordinários é o suficiente para afastar quaisquer inimigos.

Voughan salta pela janela da carruagem e corre na direção da cidade, com um sorriso no rosto, superando a velocidade do veículo.

— Ação! Ação de verdade! Finalmente!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Opiniões e críticas construtivas são bem vindas.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "ALMARA: Ameaça na Ilha de Xibalba" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.