O cara da sala ao lado escrita por choosefeelpeace


Capítulo 13
Capítulo 12




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Saí perplexa pela pressão psicológica que Roger tentou jogar em mim. O único que podia sentir era a mão quente de Ryan me puxando contra o vento um pouco gélido da cidade. Seu rosto tinha fúria e não me olhava em nenhum momento. 

Andamos por praticamente toda a rua e ele me enfiou em um carro que, se bem me lembro, era o dele. O silêncio se estendeu até um suspiro entrecortado que dei. A cena de terror começou à pesar e eu me segurei para não chorar.

 

— Você está bem? — Ryan me olhou rapidamente enquanto dirigia.

— Sim. 

— Ele tocou você? Fez mais alguma coisa antes de eu chegar? 

— Não, não! Não houve contato físico, embora pareça que eu tenha levado uma surra de palavras. — Esfreguei meus braços, me encolhendo contra o banco.

— Desculpa. — Ele repetiu meu movimento em meu braço com a mão livre. — Deveria ter chegado antes.

— Não foi sua culpa. Está tudo bem.

 

O moreno bufou e deu um soco irritado no volante. Se auto proteger já é uma tarefa difícil, imagina bancar o herói de uma garota com a sorte virada para o chão, como eu.

Ele estacionou o carro e eu desci basicamente largando e arrastando meu corpo para fora, sem a menor vontade de sair do lugar. Até que vi Kyle saindo do prédio e ambos corremos para dar um abraço. Romântico, não? Exceto por Ryan nos vigiando da porta, como se Kyle fosse se transformar em um tirano.

 

— Anna! Que bom te ver. — Me apertou contra o seu peito. — Parece cansada... E triste, o que houve?

— Corri o dia inteiro e briguei com o meu chefe. Quero dizer, ele brigou comigo. — Dei um curto sorriso de canto.

— Eu não acredito! Espero que você não tenha caído em cima de nada dessa vez. — Riu, beijando minha testa.

— Não, eu não caí. — Ri de volta, fechando os olhos.

— Isso faz tudo menos pior. Escuta, minha irmã me chamou, acho que torceu o pé ou qualquer coisa parecida, então vamos ao pronto socorro. Apesar disso, eu adoraria ouvir sua história, se quiser ir comigo...

— Não, tudo bem. — Balancei a mão, cruzando os braços. — Ela precisa de você.

— Então te ligo assim que resolver tudo e se estiver acordada, conversamos. Tome um banho quente e demorado, vai ajudar.

 

Confirmei com a cabeça e nos abraçamos novamente. Selamos os lábios sem demorar e eu entrei, passando corada por Ryan que não parecia ter piscado hora nenhuma.

 

— Tudo bem com o senhor perfeito?

— Kyle está bem, obrigada. A irmã está com problemas.

 

A expressão de Ryan mudou totalmente, adotando um lado escuro e triste. Algo no pequeno mundo do fotógrafo mudou e tinha certeza que havia sido algo que falei. Será que Kyle estava mentindo e isso o fez ficar com pena? Meus pelos se eriçaram com a ideia.

 

— Algum problema com o que eu disse? — Indaguei ao apertar o botão do elevador.

— Não. — Sacudiu a cabeça antes de fazer uma pausa. — Ele é um bom irmão. Vamos.

 

Adentramos a pequena caixa à nossa frente e subimos ao nosso andar. O elevador parecia ainda menor com a sua presença e isso se dava pela sua feição esquisita. Ryan é um homem maduro e não deveria esquentar com o leve beijo que viu e se não é isso, não imagino o que seja.

 

— Você acha que Kyle não tem uma irmã? — Estreitei meu olhar enquanto nossos ombros se tocavam.

— O que? — Riu. — Meu Deus, Anna, de onde tirou isso?

— De você e dessa sua cara? Provavelmente.

— Nem todo mundo vai te morder na vida, acredite. — Segurou a porta para que eu saísse. — Pode aproveitar o garoto.

— Obrigada? — Era uma afirmação que soou como pergunta.

— De nada? — E ele devolveu no mesmo tom.

— Digo... — Pense rápido, Anna! — Obrigada por hoje. Eu ouviria todo o monólogo se não fosse por você.

— Por mim não teria escutado nada. Eu vou cuidar disso amanhã.

— Não! Por favor, amanha é o aniversario da Diane, não quero que nada atrapalhe isso.

 

Ryan me olhou confuso, como se em parte eu estivesse certa, mas por outra aceitando que isso tivesse acontecido. E eu aceitei, pelo menos por hora. Ser impulsiva é algo que quase nunca sai bem e eu havia aprendido bem essa lição.

 

— Certo, veremos isso depois, mas ninguém tem direito de mexer com você simplesmente porque quer. Não deixe isso ficar acontecendo, Anna.

— Sim, papai. — Sorri e beijei sua bochecha, sendo espetada pela sua barba. — Obrigada e boa noite.

— Boa noite.

 

Acho que estamos nos levando melhor. Estou esperançosa sobre isso. Não quero guardar rancor de todos os meus ex — ou como quer que chame passar uma noite com alguém.

Uma pena não poder dizer o mesmo sobre minha esperança em relação ao futuro do meu emprego.

 

•••

 

Finalmente o dia de comemoração chegou e os ânimos pareciam bem mais relaxados em relação ao dia anterior. 

Flores, correspondências e pequenos mimos chegavam à quase todo tempo. Além da importância de Diane na revista e na moda nova iorquina, alguns puxa sacos estavam se esforçando para ganhar algum destaque esse ano, enviando até um manequim vestido com uma roupa desenhada exclusivamente para ela.

 

— O que você está fazendo? Desistiu de humanos e agora namora manequins? — Alex ria de mim enquanto eu tentava transportar a boneca vestida.

— Manequimfilia é algum crime? Me deixa em paz! — Bati com o braço da manequim no ombro dele. — Abre a porta da sala dela para mim.

— Imagina o tipo de aniversário quando você entra na sua sala e vê uma coisa horrorosa dessas. Não parece o Roger? Até a cor do cabelo.

— Alex! — Gargalhei, colocando-a no canto da sala. — Ele foi péssimo comigo ontem.

— Sério? Queria estar aqui para meter a mão naquele canalha. Avise Diane, porque ele pode ser traiçoeiro. 

— É o aniversário dela! 

— É o seu emprego! Dê um jeito de continuar trabalhando aqui, Anna. Preciso de você caindo no meio do corredor e agarrando manequins.

— Com licença. — Jennifer disse, ríspida, entrando com uma caixa retangular quase de seu tamanho. — Espero não estar atrapalhando o casal e as declarações.

— Nós não... — Tentei me explicar e fui interrompida pelas perguntas de Alex.

— O que tem na caixa? Quem entregou? 

— Algum outlet de New Jersey, não sei, pergunta para sua chefe. Ou Anna descobre para você depois. — Saiu com passos rápidos entre nós.

— O que ela tem? — Apontei.

— Problemas mensais femininos? Eu que sei?

 

Com um grande ponto de interrogação dentro de nossas cabeças, saímos da sala e voltamos aos nossos afazeres. Tudo corria como um dia normal, os presentes importantes estavam dispostos na sala da aniversariante e toda a editora lhe dava parabéns quando cruzavam pelo corredor. Sem tanto plano de conspiração, Diane pareceu mesmo aceitar que esse ano estava tudo diferente e simples. Ou não.

 

 Anna, venha à minha sala, por favor.

— Sim? — Desliguei a ligação e abri a porta de sua sala.

— Entre e feche a porta... Me diga o que estão armando.

— Armando? Nada ainda, acho que estão correndo alguns projetos para a próxima edição, mas ainda não chegaram à um acordo, é cedo.

— Anna... — Me olhou sobre suas lentes. — Sobre essa noite, me diga o que estão armando. Roger subiu ontem estritamente para falar com você e você é minha secretária, logo posso ver um paralelo aqui?

— Roger? — Essa é a hora de abrir a boca, Anna. — Ah, ele veio conferir meu trabalho. Inclusive me elogiou.

— Roger encorajando alguém? Isso é quase impossível. Quando eu entrei, fui tão intimidada que quase molhei as calças! — Sorriu. — Então tem certeza que não foi sobre nenhuma festa surpresa?

— Nenhuma festa surpresa vindo! — Levantei os braços e retorci os lábios. — Mas se faz tanta questão de estar com sua equipe hoje, posso te levar para tomar um drink na Sparkles, isso posso pagar. — Ri.

— Combinado!

 

O clima suavizou e respirei aliviada por segurar uma mentira — coisa que não era mesmo meu forte. Dei alguns passos até a porta, quando Diane tornou à me chamar.

 

— Anna?

— Precisa de mais alguma coisa?

— Vire esse manequim de costas, ele me dá arrepios.

— Com prazer!

 

•••

 

Ao fim do expediente, me certifiquei de que tudo estava ordenado para que levasse minha chefe até sua festa. Era uma honra e tanto para mim e fiz o melhor para que tudo desse certo.

Desci à recepção e chequei até os mínimos detalhes. Através do vidro, avistei Kyle caminhando pela calçada e ele passou pela porta principal me olhando diretamente, não consegui pensar em outra coisa senão ir até ele.

O abraço foi simples e desajeitado, incomodado pelas pessoas que nos olhavam com indiscrição, mas foi bom. Precisava de um pouco de ar, visto que minhas tarefas estavam impecáveis.

 

— Não sabia que era recepcionista da Glam, mas juro que passei torcendo pra te ver. — Riu, acariciando meus braços.

— Eu sou assistente e quase nunca fico aqui, mas vim checar a festa e conferir se não ficou nenhum pacote à ser entregue. — Sorri, olhando sua jaqueta bem presa ao corpo.

— Eu cheguei tarde ontem e você não me atendeu, queria saber se estava bem. — Seu rosto corou e ele segurou a nuca, tentando disfarçar.

— Estou bem! Meu chefe meio que... — Diminuí a voz. — Não vê utilidade no meu cargo, mas eu vou tentar resolver.

— Você é útil, esse é o lembrete de hoje.

— Vou lembrar disso, agora preciso voltar para o meu andar.

 

Dei um beijo em seu rosto e nos viramos alguns milímetros para dar um selinho discreto e entrei na Glam tão rosa como as paredes.

Não queria me precipitar em dizer que estava assumindo alguém na minha vida, mas seria impossível negar que há alguém, constantemente me fazendo bem. A forma que Kyle me equilibra de um jeito tão generoso é o que me faz sentir que estou evoluindo sobre tantas pressões vindas de todos os lados.

Meus passos se tornaram rápidos rumo ao elevador, por vergonha e por ele estar aberto, pronto para subir. Preciso chegar até Diane quanto antes, para que ela não perceba tudo sozinha. É a minha tarefa e hoje, mais do que nunca, não posso falhar.

 

— Jennifer, espera! Estou chegando. Segura a porta para mim?

 

A loira me olhou e desviou o olhar, apertando um botão e assistindo o mesmo subir. Sem mim.

A doce Jennifer? Que nos demos bem assim que cheguei e dividíamos anotações e trabalhos? Por que, de repente, ela começou à adotar essa postura comigo?

Enquanto esperava que o elevador de serviço, logo ao lado descesse, comecei à pensar no que Alex havia dito. Talvez seja parte do seu problema feminino. Talvez seja um dia ruim. Talvez ela tenha encontrado com Roger, também. Entretanto, minha mente não cansava de apontar que algo estava fora do lugar e eu não conseguia encontrar o fio solto disso tudo.

Quando finalmente subi, Diane estava saindo de sua sala, me aguardando com um sorriso.
Não sei sobre todas as outras coisas, mas isso deu completamente certo.

 

•••

 

Ouvia-se, de longe, a música da Sparkles. Apesar do ruído alto, a melodia era calma e despretensiosa como só um blues pode ser. À medida que nos aproximavamos, meu coração batia forte. Uma semana fazendo uma festa e guardando esse segredo! Como eu consegui?
No topo da escada, havia uma fita de veludo rosa, amarrada nas extremidades de cada lado do corrimão, como se logo abaixo fosse a entrada VIP de alguma coisa — e era. 

Diane me olhou com um sorriso esperto enquanto eu liberava sua passagem. Ambas avistamos, ao pé da escada, um mar de bexigas rosas e brancas. As luzes de neon do local, proporcionavam um jogo de cores ainda mais intenso naquelas coisinhas. Tudo estava realmente lindo!

Descemos juntas e assim que ela notificou dezenas de pessoas gritando "Surpresa!", permiti que ela descesse à minha frente. Eu consegui! Eu consegui, Roger.

Meu olhar cruzou o dele enquanto o mesmo se aproximava para parabenizar minha chefe. Seu sorriso estava bom, o que não evitava me dar calafrios. 

Aproveitei os gritos de parabéns e a música clichê para me misturar entre as pessoas. Alguns me elogiavam por ter mantido a palavra e segurado o segredo tão bem. Não sabiam que podiam confiar na novata e agora, havia ganhado uma estrelinha de confiança. Como me senti bem!

Fui a última à abraçar Diane que brincou sobre ter que ficar mais de olho em mim dali para frente, mas agradeceu que eu tenha participado. Disse até que sou parte oficial da Glam depois de ajudar nessa festa. Diane estava feliz e eu em dobro.

As melodias pareciam se acelerar depois que chegamos e de blues, passamos para um pop calmo e gostoso, Feel So Close, do Calvin Harris é uma música que não pode faltar em comemorações. Ordenei um drink para mim e Ryan sentou-se no banco vazio.

 

— Um Curaçao Blue para a moça e o mesmo para mim.

— Eu ia pedir uma batida simples. — Sorri, estranhando a gentileza.

— Acho que vai gostar desse. Vem, vamos fazer um brinde. — Segurou os copos e dispôs o meu à minha frente.

— Um brinde, então. Ao que?

— Ao futuro da Glam, você.

 

O moreno piscou para mim e ergueu se copo enquanto minhas bochechas queimavam e minha mão procurava firmeza no meio da vergonha para segurar o copo e encostar ao dele. Tim-tim!

Ryan parecia mesmo de bom humor e feliz por tudo ter corrido bem. Ele estava feliz por mim. Eu estava feliz por vê-lo sorrindo. Esqueci completamente todos os impedimentos que nos faziam, realmente, nos dar bem e sentei-me ao seu lado à fim de continuar tomando meu drink, que logo se tornou dois enquanto apreciava a boa conversa. Apontou algumas pessoas, me contando sobre seus cargos e se eram amigáveis, me dando um bom arquivo mental de sobrevivência nesse lugar. Sorríamos um para o outro e nos olhávamos como se não houvesse amanhã.

 

— Apesar da conversa estar ótima, tenho que perguntar... — Fez uma pausa. — Falou com Diane sobre Roger?

— Ryan... — Inclinei a cabeça para o lado, em negativa.

— Sei que é o aniversario dela, mas você teve tempo! Anna, é sério, algum responsável precisa saber que ele está na sua cola antes que arme para você. — Me apontou ainda segurando seu copo, agora vazio.

— Eu sei, mas olhe para ele! Está bem e se divertindo, não vai causar problemas comigo hoje.

— Torço para que esteja certa.

— Eu também.

— Regina! — Alex se aproximou com um copo de whisky em mãos. — Me diz, você vai acabar com o destilado do bar? Vai dar prejuízo logo de cara?

— Meu Deus, esquece esse nome! — Ryan rolou os olhos e riu.

— É o melhor apelido que ela tem, você sabe. — Virou o copo e fez um barulho com a garganta antes de repousar o mesmo sobre o balcão. — Vamos dançar ou seu cão de guarda não deixa?

— O papai deixa. — Olhei para Ryan sorrindo e levantei. — Volto logo.

 

Alex segurou minha mão e passeamos pelo estabelecimento, chegando à parte da pista de dança. Ryan virou-se de frente para nós, nos assistindo, mas sendo levada pela música — e por alguns copos — eu o perdi de vista. Ao som de This Is What You Came For, da Rihanna, éramos apenas meu melhor amigo e eu dividindo experiências rítmicas e nada sensuais. Estávamos cantando, rindo, fazendo caretas, gravando vídeos, enfim... Todo o mundo de tensão que pairou sobre mim não existia naquele instante. Música pós música, gastamos nossa energia até que o DJ a diminuísse um pouco e isso geralmente acontece quando alguém quer dar um aviso ou fazer um discurso.

Quando lancei meu olhar em volta procurando a causa da interrupção do meu momento de descontração, avistei Jennifer em pé sobre uma mesa com uma taça de espumante em mãos. Seu cabelo platinado e chanel estava preso com um grampo simples para que pudéssemos ver seu rosto pequeno e frágil. Um discurso de Jennifer? Não sabia que Diane e ela eram tão próximas.

 

— Senhoras e senhores, gostaria de proporcionar um brinde à mulher mais genial de toda a Glam! — Bateu um garfo em sua taça e depois abriu os braços. — Antes de eu dizer o nome e tornar tudo isso simples, vou dizer à vocês todas as suas qualidades. Isso mesmo, me acompanhem! Essa mulher chegou para todos nós de mansinho. Indefesa, insegura, sem sorte, mas é justamente esse jeito que traz à ela tudo o que tem! Para quem não sabe, a pessoa à quem me refiro entrou aqui depois de se envolver com um fotógrafo e ganha várias horas e dias livres porque decidiu namorar nosso produtor executivo que nunca, nunca senhores namorou ninguém! E sabem a melhor reviravolta nisso tudo? Ela namora mesmo outro cara que não trabalha aqui e tem encontros secretos na porta com ele. Você é tão incrível, como faz isso? Sobe aqui e conte ao mundo como é roubar, diariamente o homem que amo. A festa é sua, Diane, mas quem está de parabéns é você... Anna.

 

As luzes de neon deram lugar à um holofote branco que cegava meus olhos à fim de que eu não percebesse que todos os olhares estavam à minha volta. Eu esqueci de respirar, de piscar e por segundos, esqueci da minha existência e dignidade. Meus lábios se afastavam, mas nada ecoava da minha garganta.

Assisti Alex subir na mesa e tirá-la dali aos gritos da afirmação da garota de que sim, ele era o homem, o qual ela amava. Ele a olhava em choque e eu parei de perceber detalhes quando meus olhos se inundaram.

Nada daquilo era verdade. Ou pelo menos não da maneira que ela contou.

Dedos frios tocaram meu braço e o rosto de Ryan ofuscou o holofote. Sua expressão ignorava os demais, se mantendo sério e frio, mas seus olhos traziam tristeza.

 

— Vamos embora daqui. — Disse, me puxando.

— Não! Você quer piorar as coisas para mim? Quer adicionar um novo capítulo na minha história barata? — Me soltei.

— Anna, eles estão bêbados, isso vai virar notícia velha. Vamos embora!

— Você não é meu namorado, não é nada meu. Pare de agir como se fosse! 

— Ninguém tem nada a ver sobre como decidimos levar nossa relação ou a transformação dela!

— Sabe quem tem a ver com isso? Roger! Eu fiz um escândalo na revista dele. Adivinha quem vai se dar mal?

— Anna...

— Não me siga, Ryan. Se você se importa comigo, como demonstra, não me siga.

 

Andei, apressadamente, rumo à escada, com o olhar de Roger fixamente sobre mim. Ouvi meu nome vindo da boca de Diane e Alex tentou me alcançar, mas meus pés não pararam nenhum segundo até que eu estivesse em outro quarteirão e as luzes rosas e chamativas estivessem distantes de mim.

Meu trabalho na Glam pode estar por um fio.


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