Prezado Sr. Pai, Eu te odeio! escrita por May Winsleston


Capítulo 3
Príncipes encantados não existem!


Notas iniciais do capítulo

Gente!!! Como expressar minha felicidade?! Eu ia adiantar o capítulo, mas não deu, porém tentei escrever o mais rápido que pude para presentear vocês, seus lindos! Obrigada por lerem e acompanharem minha fic, fiquei super feliz! E prêmio supremo por deixar a autora mais feliz vai para BeatrizBraz! Essa linda comentou, não só em um, mas em 2 capítulos de PSPETO! Sua linda! Você merece um saco de chocolate!! Mas enfim, vou deixar vocês lerem! Beijos, seus lindos e boa leitura!!



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— Você devia ter visto, ou melhor, ouvido, aquele troglodita. Ele é um idiota, um fanfarrão, um...

— Dos caras mais ricos da escola. – Emma completou. Fiz uma careta em contragosto.

— Não me interessa quanto dinheiro ele tem! Quem ele pensa que é? Acredita que, além de falar um bilhão de grosserias para mim, ele ainda falou mal do próprio filho? – enfiei mais uma colherada de sorvete na boca.

— Allie, não acho que chamar o próprio filho de pirracento, seja falar mal. Vai que o garoto é realmente uma peste...

— Duvido! – contra ataquei, batendo com o talher na mesa e tomando a última colher do meu sorvete de flocos. – E quero mais! – pedi, estendendo a tigela vazia para a minha amiga.

— Tem uma lombriga vivendo no seu estômago? – perguntou, enquanto ia até a geladeira e pegava o pote do sorvete. – Toma, pode comer. – anunciou, me entregando a vasilha gelada.

— Cara, eu já disse que te amo?

— Sei... Mas enfim, porque não conversa com a professora do G3 B? Ela foi a professora do Nicolas ano passado. Talvez ela possa te falar um pouco sobre o pai do garoto.

...

— Não lembro dele! – Louise falou, enquanto sentava na cadeira. Suspirei, impaciente, com a péssima memorização da mulher. Tudo bem, ela estava perto de se aposentar, mas desde quando velhice implicava em perda de memória?

— Não lembra de nada? – perguntei, tentando parecer calma e educada.

— Eu sinto muito minha jovem, mas aquele homem mal aparecia aqui, porém – arregalei os olhos na expectativa – do pai do Daniel eu lembro bem. Um dia ele... – e ela começou a falar de todos os pais dos alunos e depois o assunto passou a ser sobre os professores, funcionários e até mesmo alunos da escola, com direito a pequenos detalhes e “Não fui eu quem te disse isso.” É serio! Eu ficaria surpresa se ela não soubesse de alguma coisa que acontecia dentro daquela escola. Perda de memória é uma ova! Aquela velha senhora, escondia por baixo daqueles cabelos grisalhos e de seu sorriso angelical, uma verdadeira espiã. A Russia estava perdendo uma grande arma, mais conhecida como Louise Portela.

Com a desculpa de ter que ir para a sala, e com uma baita dor de cabeça, fugi, quer dizer, saí à passos rápidos da sala do G3 B, porquê, vai que ela esqueceu de falar da vida de alguém... E entrei na minha sala.

— Bom dia, pró Alice! – uma sorridente Diana, cumprimentou.

— Bom dia, minha querida estagiária feliz! – falei, sem me preocupar em melhorar o desânimo contido na minha voz.

— O que houve dessa vez? – ‘dessa vez’, acho que minha vida já parece problemática demais aos olhos da Diana.

— Nada, só uma enxaqueca leve. – menti. – Quando as crianças devem ch...

O barulho da porta abrindo fez com que eu e Diana parássemos de conversar, e nos atentássemos àquelas pessoas. Vestindo um short curto e uma camiseta larga, a mulher abóbora desfilava pela sala, enquanto procurava um local adequado para colocar a mochila com a estampa de super heróis. Ao seu lado, um garotinho de cabelos ondulados seguia cada passo, como se fosse a sombra da mulher.

— Bom dia. – sorri, mais para o menino que para a mulher-legume.

— Bom dia, professora! – a infeliz fez o favor de abrir a boca. Forcei meu melhor sorriso e a encarei. – Cuide bem dele, tá! – pediu, enquanto agachava e melava a testa do garoto com batom e saía, balançando aquela abundância traseira. Falsa! Desfiz a careta e me voltei para o garotinho.

— Olá, tudo bem, meu anjo? – ele assentiu, tímido. Resolvi continuar. – Eu sou Alice, sua professora e essa garota loira aqui é a Diana. Logo seus amiguinhos irão chegar, então porque não senta e pega algum brinquedo? – ele obedeceu. O “garoto pirracento” obedeceu! Nicolas pegou uma caixa de quebra-cabeças e começou a montá-lo.

— Não acha a escolha dele um tanto estranha? – Diana sussurrou em meu ouvido.

— Estranha? Porquê? – quis saber.

— Tem carrinhos, foguetes, bonecos e papel para desenhar. Essas tem sido as principais escolhas dos garotos na última semana, porém é a primeira vez que um aluno pega, por si só, um quebra-cabeça. Tenho medo dele acabar brincando sozinho... – explicou, temerosa.

— Bobagem! – sorri – Você vai ver, assim que os garotos chegarem, eles vão se amontoar ao redor do pequeno Nick, e vão brincar como se fossem amigos há tempos!

Mas não foi isso que aconteceu.

A medida que os meninos entravam na sala, eles corriam em direção aos carrinhos, bonecos e outros brinquedos. O mesmo ocorreu com as garotas. Todos brincavam juntos, alguns formavam pequenos grupos, e outros interagiam com vários colegas ao mesmo tempo. Menos o Nicolas. Depois da brincadeira fomos para a aula de educação física, porém mais uma vez o Nicolas não brincou com outras crianças, mas, ao invés disso ele sentou e ficou observando os colegas correrem e jogarem bola. O mesmo aconteceu com as outras atividades do dia, e quanto mais o tempo passava, mais isolado o garotinho ficava.

— Acho que estava certa. – admiti, triste, para a Diana.

— Não queria estar. – falou, no mesmo tom. Então, começamos a discutir formas de incluir Nicolas nos grupos que existiam na sala. E nenhuma das formas parecia realmente eficaz, até que algo inédito aconteceu. – Pró, olha! – Diana me cutucou e apontou para um canto da sala, onde uma garotinha de olhos verdes e cabelos lisos se aproximava de um garotinho de cabelos ondulados.

— Senhor! Ela vai falar com ele! – abri um sorriso de orelha a orelha, e quando olhei para o lado percebi que Diana fazia o mesmo. Parecíamos duas torcedoras animadas com os últimos 5 minutos de um jogo praticamente vencido. Nada podia dar errado! Quase pulei de emoção quando a salvadora da pátria sentou ao lado do garotinho isolado e... saiu correndo minutos depois. Sim, minutos. Foi o tempo que Nicolas usou para deixar Diana e eu boquiabertas, tentando consolar a garotinha que teve o cabelo puxado.

— Garotas são chatas! – foi o que o pequeno bradou, antes de puxar os fios da Yui.

— Nicolas! – reclamei – Não pode fazer isso com as amiguinhas!

— Mas ela não é minha amiga! – replicou, fazendo bico.

— Ainda assim. Não pode bate… - a porta, de repente se abriu, revelando uma moça negra de cabelos cacheados.

— Com licença, pró Alice. Tem um pai na recepção, ele gostaria de falar com a senhora. – comunicou.

— Pai? Sabe de qual aluno? – Era muito cedo para os pais agendarem reuniões. – ela apenas negou com a cabeça. Dirigi meu olhar para Diana. – Consegue ficar sozinha com a classe? – falei, mas pedindo que perguntando.

— Pode ir, pró. Fique tranquila! – encorajou. Sorri e saí da sala, ainda com o pequeno Nicolas na cabeça. O trajeto até a entrada da escola foi rápido, e logo me vi empurrando a porta que dava na recepção. Além da secretária, havia apenas uma senhora sentada numa das cadeiras. Bufei. Será que me chamaram por engano? Decidi perguntar. Caminhei até a mesa da secretária, e abri a boca, não para falar, mas sim pela traição dos meus hormônios. Sim, hormônios! Que foram ativados quando, do nada, um homem alto e moreno, cujos cabelos castanhos ondulados e braços fortes e malhados podiam causar inveja até no Zac Efron, apareceu e andou em minha direção.

Tentando manter a respiração regulada, e a boca fechada, fiquei ereta, enquanto tentava não ser hipnotizada por aqueles olhos castanhos.

— Bom dia. – falou, sua voz forte e aveludada causou uma espécie de pane em meu organismo, e por alguns segundos, esqueci como se fazia para falar.

— B-Bom D-Dia. – gaguejei, tentando manter a pose. Ele sorriu, convencido. Alice, respira, não esquece de respirar!

— Eu vim pegar meu filho.

— Aham. – Se quiser pode me levar junto – Eu acho que o senhor chamou a professora errada. Eu não lembro do senhor na interação.

— Eu estava ocupado no dia, mas tenho certeza que a senhora é quem eu procuro. – Também procuro por um homem como você!— É Alice Monteiro, não é? – assenti, feito uma boba.

— E o senhor é? – o príncipe encantado, talvez?

— Mauricio. Mauricio Miller. – meu sorriso se desfez, e foi substituído por uma careta. Arregalei os olhos ao reconhecer o nome. – É um prazer conhecê-la, Srta. Monteiro!


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Notas finais do capítulo

E então??? O que acharam?!? Hehe, será que vai rolar treta? Pessoas, me inspirei em algumas pessoas para fazer os personagens... to pensando em postar os nomes ou fotos deles... o que acham?

Obrigada por lerem, seus lindos! Espero que tenham gostado! Até a próxima!