Prezado Sr. Pai, Eu te odeio! escrita por May Winsleston


Capítulo 2
Abóboras e Trogloditas


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, lindos e lindas! Chegou a hora de mais um capítulo de... Ta, parei XD Enfim, pessoas! Obrigada aqueles que leram o primeiro capítulo de PSPETO, e um obrigada mais que especial, e cheio de coroaçõeszinhos, para aqueles que além de ler, acompanharam a minha fic! Enfim, sem mais demora, lhes apresento o segundo capitulo dessa história! Boa leitura!!



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— Não acredito que aquela piranha fez aquilo com o pobre garotinho! – falei, sentando numa das pequenas cadeiras da sala. -  Você devia ter visto a cara dele... Num momento ele estava radiante, e no outro aquele protótipo de mulher abóbora, acabou com toda a sua alegria. – cruzei os braços e olhei para Diana, que calmamente, arrumava as pinturas em ordem alfabética.

A interação com os pais foi divertida, talvez um pouco bizarra com alguns. Teve, por exemplo, um pai que deu em cima de mim, e pirem, na frente da mulher, porém ela estava muito ocupada flertando com outro homem, para perceber a cara de pau do próprio marido. Uma outra mulher era praticamente comandada pelo filho pequeno, que, segundo Diana, ameaçou de bater na pobre senhora. E tinha o garotinho, o Nicolas.

— Acha que ele é bem tratado? – perguntei, enquanto olhava algumas das pinturas.

— Acho que ele nunca poderá reclamar de não ter dinheiro... – ela riu, o que me fez fazer uma careta. – Qual é. Não se preocupe, tudo bem, a babá deve ser um monstro, mas pelo que a senhora disse, ele parece ser um menino feliz. Além disso, ele deve vir amanhã...

Mas ele não veio. Nem no dia seguinte, e nem no dia depois daquele. O calendário corria e logo a sexta-feira havia anunciado a sua chegada. Olhei para o relógio no canto da sala, ele mostrava que o turno escolar havia chegado ao fim, soltei um breve suspiro e lancei um olhar triste para Diana, a mesma me retribuiu com um sorriso confortador.

— Talvez os pais dele estejam viajando. Porquê não tenta ligar para eles? Pode fazer isso, não pode?

— Posso. – Assenti, deixando um leve sorriso escapar pelos meus lábios.

Uma onda de esperança se espalhou pelo meu corpo. Pedi licença a Diana, que sorriu em resposta, e saí, com passos rápidos, da sala de aula. Apressei a andada e logo estava fora do corredor da educação infantil, e procurava a porta com as letras SOP. A coordenadora havia me explicado, no momento de contratação, que esta sala era referente aos Serviços de Orientação Pedagógica, portanto, qualquer assunto referente aos pais, ou responsáveis, de um aluno era tratado ali. Bati levemente na porta e a abri. De dentro, uma mulher loira abaixava os óculos arredondados para me observar.

— Bom dia. – comecei. – Eu gostaria de fazer um telefonema. – pedi. A mesma apontou com a cabeça para o telefone branco em cima da mesa. – É... Preciso da lista telefônica do grupo 4 B. – solicitei. A mulher bufou e revirou os olhos, e se levantou com muita má vontade de sua cadeira acolchoada. Era culpa minha se a mulher abóbora sumiu com o garotinho? Deviam me agradecer por estar resolvendo esse caso! — Obrigada! - Sorri, forçadamente, quando ela me entregou o classificador, porque eu sou educada, diferente de certas loiras de óculos.

Andei até a mesa que tinha o telefone, e sentei na cadeira em frente ao objeto. No papel, havia uma tabela que era dividida com: nome do aluno, nome da mãe (telefone da mãe), nome do pai (telefone do pai) e telefone residencial. Procurei na lista o nome Nicolas e logo o encontrei, nos estágios apreendíamos que devíamos contatar primeiramente a mãe do aluno, caso ela não atendesse, ligávamos para o pai, porém o espaço onde deveria estar o nome da mãe estava em branco. Decidi então ligar para a residência. Disquei o número indicado no papel, pouco tempo depois, atenderam ao telefonema.

“Alô” – comecei – “Aqui é do Colégio Primeiros Passos, poderia falar com a mãe do aluno Nicolas Miller?”

“Não, ela não vive aqui.” – uma voz grossa respondeu do outro lado da linha.

“Ah! Então, o senhor poderia, por favor, me passar o número dela?” – requisitei. Ele riu. Sim, riu, simplesmente. Será que ele é maluco? “Algum problema?” – perguntei.

“Você tem o número do inferno?”

“HAN?!”

“Porque é lá que minha ex mulher deve estar agora!” – o homem do outro lado do telefone ria. “Ela morreu, minha senhora. Algum problema com meu filho?” – fiquei sem fala.

“Meus... meus sentimentos por sua esposa Sr.” – procurei, rapidamente, o nome do pai do garotinho na agenda, inutilmente.

“Mauricio. Mauricio Malta Miller. O garoto nem foi para a escola e já está dando problemas?”

“Sr. Miller! É-É exatamente sobre isso que eu gostaria de falar com o senhor. Sou Alice Monteiro, professora do Nicolas, e percebemos que seu filho não compareceu a nenhum dos dias de aula dessa semana. Gostaríamos de saber se houve algum problema?”

“O quê!? Meu filho de 4 anos não pode faltar a uma semana de aula? Quer saber porque ele faltou? Não é da sua conta. Agora, garota, se quer tanto um garoto pirracento na sua sala, ganhará! Segunda, meu filho estará na escola, no primeiro horário. E faz o favor de me ligar somente em caso de problemas, tá!”

“Senhor, eu não tolero esse...” E ele desligou o telefone! Esse pateta, idiota, mal educado e arrogante desligou o telefone na minha cara! Saí da sala do SOP soltando fogo pelas ventas. Caminhei a passos pesados até a minha sala, e uma Diana, antes calma, se levantou da cadeira, preocupada.

— Pró Alice, o que houve?

— O que houve? Um troglodita, foi isso o que houve! Mas se ele pensa que eu vou ficar caladinha e engolir à seco, está muito enganado! Haha, aquele homem não perde por esperar! Ele vai se arrepender de ter me tratado desse jeito, ou eu não me chamo Alice Monteiro!


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Notas finais do capítulo

E então?!? Qual foi a primeira impressão que o Sr. Miller passou? E a Alice, será que vai deixar barato? Ou será que fará vingança? Tudo isso e muito mais no próximo capí... ta parei! Obrigada por lerem, lindos! Agora faça um gesto bom para essa autora, comente! Beijo no ♥ Té mais!