Prezado Sr. Pai, Eu te odeio! escrita por May Winsleston


Capítulo 14
Como escolher entre leões e pinguins?


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas lindas, maravilhosas, cheirosas e muitas coisas mais! First: Desculpa a demora na postagem (eu não sei o que tá rolando com o word, mas ele tá bugado - ele trava toda hora e muitas vezes a autorecuperação não conseguia salvar as alterações, ou seja, muitas partes desse capítulo foram reescritas algumas vezes :/ ), mas enfim, saiu! EBBAA!!! Espero muito que amem esse capítulo, porque eu o amo ♥
Antes de lerem, gostaria de agradecer às minhas pessoas especiais: meu pai, minha mãe :'D, essa linda da Kammy (cup cake), Avalon (que nem rexona, nunca me abandona ♥) e minha querida Lakel (que já admiro pacas ♥), muito obrigada, suas lindas, vocês me felicitam e inspiram MUITO!! Obrigada também a quem começou a ler a pouco tempo e continua acompanhando e a todos aqueles que dão apoio à PSPETO!

Fim dos créditos :p
Boa leitura, pessoal!!



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“Você tem certeza que pegou tudo?” – perguntei pela terceira vez.

“Sabe, não importa quantas vezes você pergunte, a resposta vai continuar a mesma...” – replicou, tinha certeza que já estava entediado. Suspirei, angustiada. Era a nossa primeira viagem juntos, só os três, e eu continuava sem entender por que eu era a única que parecia que ia ter um colapso!

“Tá. Quantas malas tem no carro?” – conferi. Deviam ter...

“Quatro malas e uma mochila.” – estava certo. – “E se você fizer essa mesma pergunta de novo, eu juro que ‘esqueço’ uma aqui!” – ameaçou, bufando – “Estamos saindo, te vejo em quinze minutos.” – anunciou, por fim.

Desliguei o telefone, sentindo um embrulho em meu estômago. Era normal ficar assim por uma viagem? Calma, Alice, não é nada demais... Só é uma viagem de 15 dias com o cara que é pai de seu filho de mentira, o que poderia dar errado? Mas, e se alguém nos descobrisse? E se alguém decidisse mudar a rota? Por que eu perguntei a todos os meus alunos, e nenhum deles ficaria no Brasil, mas vai que decidem viajar para o mesmo local e se hospedam no mesmo hotel que a gente? Tremi, nervosa. 

— Ai!! Eu nem acredito que isso está mesmo acontecendo. Meu shipp é tão real. – Diana entrou na sala animada. Do seu lado, vinha também uma Emma inexpressiva. – Ué, o que ainda faz aqui?

— Ainda falta 10 minutos. – dei de ombros, sentando numa cadeira próxima ao Nicolas, começando a afagar o cabelo da criança.

— Tem certeza disso, né? – Emma perguntou, sentando ao meu lado e falando próximo ao meu ouvido, para que a conversa ficasse só entre nós.

— Não tenho muita saída, sabe? – cochichei.

— Bem, então eu só tenho algo a dizer... – começou, mas eu já sabia onde ela queria chegar.

— Eu sei, tomar cuidado, não me aproximar, eles não são a minha família...

— Na verdade, não. – riu – Dessa vez, não. Dessa vez... se divirta, aproveite e não se importe de fazer alguma loucura. – Quem é você e o que fez com a minha Emma?! — Eu sei que eu sempre tento te proteger e te levar para o caminho correto, mas, sei lá, você tem estado radiante, e eu não quero tirar isso de você, portanto, a partir de agora, pode contar comigo para qualquer que seja a sua decisão. – ela colocou os braços ao meu redor, mas a primeira a agarrá-la fui eu.

— Own, Emma, obrigada. – falei, antes de me afastar, porém fui surpreendida quando ela me impediu de sair e sussurrou no meu ouvido.

— Aproveite bem a viagem e não deixe a chance escapar, coelhinha, porque um cara gato daqueles não aparece todo dia...  

— Emma! – corei, dando-lhe um tapa de leve. Ela apenas sorriu e me lançou uma piscadela. As coisas estavam mudando e eu não sei porquê, mas estava começando a gostar daquilo.

¨¨                   ¨¨

— Quantas vezes mais vou ter que te falar? – revirou os olhos, aparentemente nervoso – É um dos transportes mais seguros do mundo e se, por acaso, hoje for o dia destinado à sua morte, você vai morrer de qualquer jeito, seja num avião ou chupando uma balinha. – disse, me fazendo engasgar com o drops que eu havia acabado de por na boca.

— E essa foi a melhor forma de me deixar tranquila? – disse, recuperando o fôlego e limpando os olhos molhados com as lágrimas de uma quase sufocamento. – Sinto lhe dizer, mas você seria um péssimo psicólogo – Psicólogos acalmam pessoas, né? — ou tranquilizador de pessoas, ou sei lá. – desisti de arranjar uma palavra adequada. Droga! Lamentei, percebendo que eu não devia ter sentado próximo a janela.

— Quer trocar de lugar? – Mauricio perguntou, provavelmente percebendo meu desconforto.

— Sim, por favor! – e antes que eu pudesse levantar, ou afastar um Nicolas adormecido de meu braço, o piloto anunciou “Partida autorizada”, fazendo com que aquela aeronave, grande e pesada demais para voar ou sair do lugar, se movesse, desafiando todas as leis da ciência, ou pelo menos da minha ciência.

Eu já estava assustada e nervosa e preocupada, vai que hoje é o tal dia que o Mauricio citou,  omigo para qualquer que seja a sua decise eu realmente não sei em que pepinos eu pensando antes de realizar uma ação que nenhum louco que tenha medo de altura deveria realizar: eu olhei pela janela, e a visão que eu tive não foi nenhum pouco bonita ou romântica, como sempre mostram nos filmes – que devem ignorar os sentimentos de medrosos como eu, bem pelo contrário, foi assustadora! Observar o chão se tornar cada vez menor e o horizonte abranger foi, no mínimo, aterrorizante. Então eu fiz o que a mesma coisa que uma pessoa normal e contida faria, eu desviei o olhar e entrei em desespero.

— Meu Deus, por que eu vim nesta viagem? Senhor, me livra de um acidente? Eu quero sair daqui!!! – falei, sem prestar atenção às pessoas ao redor e sem perceber comecei a chorar – Eu quero voltar para casa! – tapei os olhos e senti lágrimas quentes escorrerem pelos meus dedos, o silencio se tornou um barulho horrível e o medo me cegou, me fazendo encolher no banco, até que algo me tirou daquela bolha, uma mão quente me tocou e puxou meus braços para si, ele apertou meu rosto com a mão esquerda livre, e comecei a sibilar algumas palavras, que depois de algumas piscadas e respirações minhas, se tornaram mais compreensíveis.

— Hey, calma, respira! – ele se movimentava, como se estivesse me ensinando aquelas ações tão simples – Olha, vai ficar tudo bem, okay? Não precisa ter medo, eu estou bem aqui ao seu lado, viu? – disse, tomando minha mão e entrelaçando-a a dele. Assenti com a cabeça. – Eu prometo que a partir de agora o voo será mais tranquilo, você nem vai perceber, está bem? E se ficar com medo, é só apertar minha mão. – ofereceu. Respirei mais tranquila e limpei as lágrimas com a mão livre. Quando me acalmei, pude perceber que o Nick estava, agora, deitado no colo do pai. Quanto tempo eu levei surtando? Pensei. Tempo suficiente para o Mauricio ajeitar o garotinho em seu colo e para que todos os passageiros me observassem, alguns assustados e outros, estranhamente, admirados. Talvez seus pensamentos fossem “Ah! Que casal mais fofo” ou “Nossa, que cara gato. O que ele viu naquela doida?” O que fariam se soubessem a verdade? E enquanto eu devaneava, senti a mão do moreno desgrudar da minha, porém a agarrei de volta em poucos segundos. Será que dava para perceber que eu continuava surtando por dentro?

— Calma, eu estou aqui, só vou pegar meu celular. – me acalmou, pegando sua mochila logo em seguida e tirando o aparelho de lá. – Lembra do último fim de semana que você teve que ir para a escola para fazer planejamento de aula ou algo assim? – assenti – Bem, nesse dia eu e o Nick decidimos alguns passeios para fazermos nos dias livres, como o zoológico e alguns jardins, além do garoto ter cismado que precisamos ir em mais de uma dessas fábricas de chocolate... – rimos – Bem, eu acabei gravando um vídeo, porquê foi engraçado ver o pequeno naquele estado de animação, mas eu esqueci de te mostrar. Quer ver agora? – sorri um sim. Ele então tocou na tela e o vídeo começou a rodar no aparelho. E aquilo me deixou muito mais tranquila, as risadas e a animação do Nick.

Quando acabou, Mauricio colocou algumas músicas para tocar. Enquanto dividíamos o fone, acabei descobrindo que ele era bastante eclético com relação ao seu gosto musical, ouvindo Theanções como Blackas para tocar.dias.o sempre algo para fazer enquanto escutavamos m "dos os passageiros me observassem,  Beatles e logo depois Projota. Ele também não gostava de ficar parado, inventando sempre algo para fazer enquanto escutávamos as letras misturadas com as melodias. E sem perceber, o tempo passou e logo o piloto anunciou nossa descida.

— Quer trocar de lugar ou prefere segurar minha mão? – perguntou, atrevido. Revirei os olhos e neguei.

— Dessa vez vou enfrentar! – decidi – Mas ainda vou precisar da mão.

— Porque acho que está tirando proveito da situação? – indagou, sorrindo. E eu senti minhas bochechas arderem. Virei a cara, disfarçando o rubor. Coração, para com esses batimentos acelerados! Estômagos, borboletas não são permitidas!— Idiota! – xinguei, entrelaçando novamente minha mão à sua.

¨¨ ¨¨

— Acho que eu nunca percebi o quão pesado era o sono do Nicolas... – comentei, um pouco preocupada, ainda observando o garoto dormir. Tudo bem que a viagem de avião havia sido curta, afinal levamos apenas 50 minutos para chegar até Porto Alegre, porém a viagem de carro, que durara pouco mais de duas horas, e toda a movimentação, deveriam tê-lo acordado faz tempo.

— Bem, eu me responsabilizo por essa... – Mauricio levantou uma de suas mãos como quem admite sua culpa no cartório. Achei graça.

— O que houve? – perguntei, interessada no que haviam aprontado.

— Olha, antes de dizer que eu sou um péssimo pai e coisa e tal, quero que saiba que eu tentei colocá-lo para dormir várias vezes, mas ele estava animado demais... – ri, era típico do meu garotinho – Talvez se você estivesse lá também, como da última vez, ele tivesse dormido mais cedo, mas como é o pai... – Se eu estivesse lá... Por que isso soou como um convite? Balancei a cabeça, de leve, fazendo com que aquele pensamento desaparecesse.

— O que vamos fazer, então? – Não acho que daria mais tempo de fazermos qualquer passeio naquele horário...

Mauricio olhou para o relógio em seu pulso e pareceu pensar em algo, antes de dar a resposta final.

— Já são 18:22, acho que só devemos sair para jantar, ou então pedir algo. – concluiu.

— Porque não pedimos? – opinei – O Nick está cansado e eu também... Pra falar a verdade, hoje eu só estou afim de uma banho bem quente e um cobertor. Eu não imaginava que estaria tão frio. – reclamei, esfregando as mãos nos meus braços ainda gelados.

— Está com frio? Se quiser eu posso te esquentar... – provocou, se aproximando de mim. Mergulhei por baixo de seu braço, peguei minha mala e voei para o banheiro, trancando-me lá dentro.

— Só quero que peça a pizza! – gritei, sentindo meus batimentos cardíacos ecoarem em cada parte de meu corpo. Tirei minhas vestes, as largando no chão, abri a torneira e senti a ducha quente bater contra meu corpo. Fechei os olhos, controlando minha respiração e cantarolando algumas canções infantis, que cantava para as crianças na escola, tentando ao máximo esquecer aqueles desejos, que estavam se tornando cada vez mais presentes dentro de mim.

Após sair do banho, vesti meu pijama, um shortinho rosa estampado com pequenas corujas, e uma camisa de alguns tons mais claros e o mesmo animal, porém numa figura única e maior, e então foi a vez do Mauricio entrar no chuveiro. Enquanto ele tomava banho, alguém deu três batidas na porta, deduzi que era o entregador de pizza. Sem me importar muito em trocar de roupa ou colocar um casaco, fui atendê-lo mesmo assim, levando comigo o dinheiro que havia sido deixado próximo a tv. Assim que abri a porta, dei de um cara com um adolescente. Pela aparência, ele devia ter entre 16 e 18 anos, era bonito, mas eu não estava nenhum pouco interessada em garotos pelo menos 7 anos mais novos que eu, mas a adversativa com certeza era falsa, e eu percebi isso quando, ao invés de me entregar a pizza, ele preferiu, sem cerimônia alguma, sondar todo meu corpo com olhos esbugalhados e um sorriso malandro.

— Eh... a pizza, por favor? – pedi, o tom levemente ignorante.

— Claro... Mas o que uma garota tão bonita faz sozinha num quarto de hotel?

— Espera pela pizza... – forcei um sorriso e estiquei a mão com o dinheiro em sua direção.

—  Hum.... Se quiser, posso te fazer companhia...

— Ela já tem companhia, colega! – o garoto murchou ao olhar para uma figura que apareceu atrás de mim. Quando virei o rosto dei de cara com Mauricio, usando apenas uma toalha ao redor de sua cintura, para cobrir sua nudez. – E aí? – começou, se colocando em minha frente – Ela já te deu o dinheiro. Vai entregar a pizza ou vai ficar aí olhando pra minha mulher com essa cara de babaca? – Era perceptível a vergonha do garoto, enquanto dava a caixa octangular ao Mauricio. E essa vergonha pareceu aumentar, quando um garotinho com cabelo ondulados, roupa amassada e uma cara ainda sonolenta apareceu.

— Mamãe, tô com fome. – disse, ignorando a situação.

— Já vamos comer, meu anjo, mas antes que tal um bainho? – tomei o garoto no colo, e antes de sair de perto da porta, ouvi o entregador falar:

— Desculpa aí, chefia. Não sabia que eram casados e tinham um filho. – saindo logo após isso.

— Quem era mamãe? – o Nick perguntou, coçando o olho.

 - Era só um idiota que queria roubar a mamãe de nós, querido. – Mauricio falou, antes mesmo que eu pudesse abrir a boca.

— Não foi bem assim. – repliquei, tentando minimizar a repercussão daquele assunto – Parece até que você nunca foi adolescente...

— Que nem aquele idiota? Com certeza não... – bufou.

— Nick não gosta dele. – foi a vez do pequeno falar, formando um bico com os lábios. Não consegui evitar o riso.

— Okay, patinho. – brinquei – Agora, banho!

Assim que terminei de dar banho no Nick, fomos todos para a cama. Comemos, enquanto assistíamos uma comedia que passava na TV, e conversávamos entre as mordidas. O Nick estava entusiasmado e o Mauricio prometeu que o primeiro passeio seria o zoológico.

Estávamos exaustos, pelo menos eu e o Mauricio, então decidimos dormir assim que terminamos a “janta”. Como o Nick cismou que hoje queria dormir com a mamãe, o Mauricio deixou que eu ficasse com ele na cama de casal, dormindo na de solteiro. Assim que fechei os olhos, o sono chegou, trazendo consigo sonhos loucos, inimagináveis e divertidos. Sonhos que a Alice de meses atrás, com certeza, não aprovaria.

¨¨¨¨  ¨¨¨¨

— E então, de qual gostou mais? – perguntei, roubando uma colherada do sorvete do meu filho.

— Do pinguim! – disse, radiante.

— Sério? – Mauricio perguntou, passando a língua pelo seu sorvete de chocolate – Achei que iria gostar mais do leão...

— Eu gostou dele também! – o Nick falou, entusiasmado.

— Gostei, querido. Eu gostei! – corrigi, feliz que ele estava começando a usar pronomes para dirigir a si mesmo. Isso era um grande avanço.

— Também gostei, mamãe. – ri da não compreensão do garotinho, mas deixei pra lá – Eu amei o aviário. Tinham tantas espécies lindas e exóticas. – falei, quebrando o silencio que havia sido formado.

— Eu ainda prefiro o leão. – Mauricio falou, levantando. – Vamos? Já vai fechar. – chamou, olhando para o relógio.

O trajeto de volta para o hotel, apesar de longo, foi tranquilo. Não haviam tantos carros ou pessoas na rua, talvez porque estivesse frio demais para isso. Quando chegamos à nossa hospedagem, o Nicolas estava bambeando de sono.

— Foi um dia e tanto não é, garotão? – Mauricio falou, o carregando no colo. E assim que o fez, o garotinho se aninhou em seus braços e fechou os olhos, vencido. – Aqui só acorda amanhã. – riu.

— Não acha que devemos dar algo de comer antes pra ele? – perguntei, preocupada.

— Se você der algo mais pra ele comer hoje, ele vai ou estourar ou vomitar... – brincou, mas reformulou a frase ao perceber que minha face continuava com uma expressão de preocupação. – Relaxa. Ele comeu muito, e ele está cansado demais, pois passou o dia inteiro acordado e foi dormir ontem bem tarde, porque estava sem sono. – explicou, me convencendo.

Assim que subimos, fui a primeira a entrar no banho, coloquei o mesmo pijama da noite passada, e assim que saí, foi a vez do Mauricio. Enquanto ele estava no banheiro, bateram na porta. Estranhei, afinal não havíamos pedido outra pizza, mas mesmo assim fui atender. Assim que a abri, dei de cara com uma senhora de, bem, no mínimo 60 anos.

— Boa noite. – cumprimentei.

— Boa noite, eu vim cuidar da criança. – disse, um sorriso doce fez com que algumas rugas aparecessem, talvez as maiores provas de sua felicidade.

— Me perdoe, acho que...

— Bem na hora! – uma voz atrás de mim falou, tirando minha atenção da senhorinha e fazendo com que eu o olhasse e ficasse levemente confusa, afinal, eu não entendia o motivo dele estar tão bem vestido, com uma calça caqui marrom, uma camisa social e um sapato muito bem lustrado.

— Você vai sair? – perguntei, perdendo totalmente o foco na velha senhora.

— Nós vamos! – sorriu, apontando para ele e depois para mim. – Vá se trocar. Vamos para um restaurante elegante, portanto vista-se bem! – ordenou, me puxando e logo depois me empurrando em direção ao banheiro.

— Mas e o Nick?

— Já cuidei dele. – anunciou, pedindo para que a idosa entrasse.

Inicalmente, fiquei preocupada, afinal o Nick não tinha tido boas experiências com babás, mas logo meu coração foi se acostumando, afinal, ele já estava dormindo, e aquelasenhora parecia uma ótima pessoa. Então peguei um vestido branco longo de crochê, passei um pouco de maquiagem nos olhos e um batom bem claro nos lábios. Após me perfumar, saí do banheiro, dando de cara com Mauricio, que após notar minha presença, me olhou de cima abaixo.

— Uau! Se eu soubesse que um jantar te deixaria tão linda, teria te convidado antes.

— Idiota. – disse, sorrindo.

Beijei o Nick duas vezes antes de sair. Assim que descemos, o porteiro parou um táxi, e o Mauricio falou nosso destino, La Table D’or Mediteranée. Não consegui evitar ficar boquiaberta, assim que vi o restaurante. Era lindo. O caminho até a entrada era cheio de plantas e luzes, fazendo com que parecesse um jardim encantado, e a vista de dentro não decepcionava, com suas grandes cortinas, lustres e cadeiras bem desenhadas. Enquanto observava, maravilhada, o local, Mauricio pediu a mesa que havia reservado, e em pouco tempo fomos direcionados para nossos assentos.

— Acho que nunca entrei num lugar tão chique! – falei, sorrindo.

— Pois então se acostume! – mandou, pegando o cardápio. Fiz o mesmo. – Faz ideia do que vai pedir? – apenas neguei com a cabeça. Eram tantos pratos e palavras, que minha mente não conseguia processar direito. – Posso fazer seu pedido então? – assenti, entregando minhas escolhas à ele. E eu não me arrependi nenhum pouco disso.

A noite foi incrível, e cada prato que provei tinha uma textura e sabor inigualáveis. Ao fim da sobremesa, suspirei, bebendo um pouco de água, numa tentativa fracassada de expulsar a tontura, causada pela mistura do vinho com o cansaço.

— Eu não estou bem. – ri, tentando encontrar o próximo degrau na saída do restaurante.

— Vem, eu te ajudo. – disse, oferecendo o braço e me ajudando a descer – Se é tão fraca com álcool, porque inventou de beber três taças?

— Estava bom. – dei de ombros – Além disso, não é agora que devemos fazer loucuras? – disse, aproximando meu rosto do seu.

— Se continuar assim, a única loucura que vai fazer é rolar escada abaixo. – alertou, virando minha cabeça e me forçando a olhar para baixo, onde estavam meus pés.

— Bobagem! – repliquei, soltando meu braço de sua mão – Eu posso perfeitamente descer so... – e antes que eu pudesse terminar a frase, fui traída pelo meu salto, que me fez escorregar, porém antes de sentir o baque de minhas costas no chão, uma mão me agarrou e me puxou para perto.

— Eu não disse que ia escorregar? – brigou.

— Não! – falei, rindo – Você disse que eu ia rolar escada abaixo, mas errou. – Mauricio fez bico, o que o deixou mais lindo do que estava – Own, ficou bravo foi? O que será que eu poderia fazer para meu salvador ficar feliz? – brinquei, segurando seu pescoço com uma mão e afagando seus cabelos com a outra.

— Não faz isso! Não me provoca, senão...

— Senão o quê? – interrompi – Vai me botar de castigo e mandar eu pensar na bobagem que eu fiz? – ri.

— Não. – ele segurou meu rosto com as duas mãos, e fixou seus olhos nos meus. – Senão, eu vou fazer isso! – declarou, puxando minha face em direção à sua e selando nossos lábios, provocando uma sensação gostosa ecoar por todo o meu ser, e fazendo com que meu ficasse quente, tão quente que poderia derreter, até mesmo, o iceberg mais denso. 


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Notas finais do capítulo

E aí????? Tô pulando (mentalmente) aqui (pois sou sedentária kkk)
Tô deixando alguns links aqui para quem quiser visualizar melhor:

Pijama da Alice: http://modafeminina.biz/wp-content/uploads/2014/07/pijamas-femininos-fofos-1.jpg

Vestido branco de crochê: https://tudocommoda.com/wp-content/uploads/2017/02/vestido-de-croche-longo-2.jpg

O restaurante: http://comerdormirviajar.com/cdv/wp-content/uploads/2014/12/DCF_1389-c%C3%B3pia.jpg


Ignorem minhas loucuras na postagem, tô animada demais! hahahaha :p



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