Prezado Sr. Pai, Eu te odeio! escrita por May Winsleston


Capítulo 12
Principes, sapos e ninfas que amaldiçoam pessoas


Notas iniciais do capítulo

Oii Pessoas! Primeiramente, obrigada por não desistirem de mim! Segundamente, vai ter feriado gente! Quem mais ta oulando de alegria que nem eu? Terceiramente, tá parei kkk
Obrigadas pessoas lindas do meu coração! E depois de, _~*muito*~_ (entendedores, entenderão), algum tempo eu consegui terminar de escrever esse capítulo e espero muito que gostem! No feriado vou tentar adiantar outros capítulos para que a sofrencia fique para trás.
Um agradecimento mais do que especial a Kammy Cup Cake (que agora é minha leitora duas vezes, obrigada, sua linda!) e a querida Lakel ♥ vocês merecem corações cheios de guloseimas, bolo e pizza ♥ ♥ ♥

Sem mais delongas, boa leitura!!



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“Era uma vez uma mulher, não uma mulher comum, mas uma ninfa, cuja beleza e formosura eram excessivas, e cujo nome lembrava as ondas e a água, lugar onde vivia. Além das mais belas feições, a ninfa Ondina, como todas as outras, era também presenteada com a imortalidade, impedindo-a de definhar ou perder a formosura, a não ser que se apaixonasse, e tivesse um filho.

A vida de Ondina parecia continuar na imortalidade, porém num certo dia, um cavalheiro conquistou seu coração, e, apaixonada, ela o entregou a ele sem pestanejar, explicando o que aconteceria caso o fizesse. Como símbolo de gratidão e demonstração do seu amor, o cavalheiro prometeu que sempre que estivesse acordado e a cada respiração, o seu único pensamento seria amá-la e ser totalmente fiel a ela.

Lawrence amava Ondina, e como forma de agradecimento, no primeiro ano após o seu casamento, ela lhe deu filho, e como havia explicado, perdeu a imortalidade, passando assim a envelhecer como um mortal. Com o passar dos tempos, a beleza, os atrativos e o amor que Lawrence sentia por Ondina pareceram escapar de si, e numa tarde enquanto a ninfa caminhava próximo ao estabulo, encontrou seu amado marido, àquele a quem entregou sua imortalidade, nos braços de outra mulher.

Dilacerada por dentro, Ondina relembrou a promessa do marido de amá-la e ser fiel a ela a cada respiração e o amaldiçoou, daquele dia em diante, por haver quebrado sua promessa, ele estaria fadado a respirar apenas enquanto estivesse acordado, caso adormecesse, esqueceria de inalar o ar e morreria. Desse modo, Lawrence foi condenado a ficar acordado para sempre. ”

— Quando eu conversei com a mãe da Geovana pela primeira vez, fui surpreendida por este conto. De início, eu não entendi o motivo dela ter narrado aquela lenda para mim, mas depois ela me explicou que foi como ela justificou a sua filha sobre aquela doença. – expliquei, fungando – Ela contou a garotinha que ela era diferente, pois era descendente de uma ninfa. – ri, deixando mais lágrimas escaparem. Mauricio puxou minha cabeça delicadamente, e a pousou em seu ombro, não protestei, pelo contrário, me afundei ainda mais em seu ombro e pescoço, enquanto ele afagava minha cabeça. – Acha que ela vai...? – não consegui terminar aquela frase, não antes que mais lágrimas caíssem e pensamentos ruins enchessem a minha mente.

— Não. Pelo que me disse, ela é uma garotinha forte. E... – ele encaixou meu rosto em suas duas mãos largas e limpou minhas lágrimas com os polegares, enquanto fixava seus olhos nos meus. – É importante ter pensamentos positivos agora, afinal os pensamentos têm poder... – disse, fazendo uma expressão pensativa – ou algo do tipo. – ri.

— É a palavra. A palavra que tem poder. – expliquei, ainda com o riso no rosto, ele apenas deu de ombros. – Tem certeza que está tudo bem em deixar o Nick com o Henrique? Não é melhor que você vá?

— Nah. O Henrique e o Nick se adoram, além disso, acho que você precisa mais de mim agora.

— Preciso é? – antes que o Mauricio pudesse falar mais alguma coisa, uma garota loira apareceu, desesperada, na entrada do hospital. – Diana! – chamei – e a minha estagiaria se apressou para chegar às cadeiras em que estávamos.

— E então, como ela está? – ela perguntou, parecia angustiada.

— Não sabemos. – fui a primeira a responder – quando eu vi a mãe da Geo pela última vez, ela disse que estavam a reanimando.

— Droga! E se ela morrer, Alice? É tudo minha culpa! Droga! – chorou.

— Hey. Não é sua culpa.

— Mas eu deveria ter antecipado aquilo, a Geovana estava sonolenta, e eu expliquei para a substituta que ela não podia dormir, e eu realmente não sei o que aquela doida tinha na cabeça, porque quando eu voltei para a sala a Geo estava desacordada, e sem respiração, e aquela professora idiota só olhava as unhas de bruxa dela.

— Ela deixou a Geovana dormir? Eu achei que ela não havia notado. – Diana negou com a cabeça.

— Quando eu cheguei na sala, a Yui correu para mim e disse que a Geovana não estava se mexendo. Daí eu fiz um barraco e gritei aquela professora, enquanto mandava ela ir chamar a Sra. Ferraz... – ela soltou um longo suspiro e se jogou na cadeira ao meu lado – Eu fiquei tão assustada. – Acha que ela está bem?

— Huhum. – assenti, lembrando do que o Mauricio me disse. – Eu acho que ela é uma garotinha muito forte e que precisamos ter pensamentos bons, pois eles têm poder. – rimos, eu e Mauricio, compartilhando da piada interna, enquanto Diana apenas nos observava.

— Já que você está melhor vou comprar algo para bebermos, querem algo?

— Chocolate! – ele revirou os olhos para minha resposta.

— Água, por favor. – Diana pediu, com um sorriso escondido nos lábios. Assim que o Mauricio levantou e saiu de nossa vista, a Diana puxou meu braço fazendo com que eu me aproximasse dela.

— Ai! – reclamei.

— Quero saber o que está rolando! – disse, um olhar travesso nos olhos.

— Achei que estivesse super triste.

— Eu estou, mas agora estou com pensamentos melhores e extremamente curiosa! Vocês já beijaram? Ou fizeram algo mais? Afinal, pelo que me contou na ligação, você disse que havia dormido na casa do Nick, né? Aliás, cadê ele?

— Preciso responder todas mesmo? São muitas perguntas, sabe... – ela assentiu e fingi um longo suspiro – Não nos beijamos e nem transamos. Eu dormi com o Nick apenas, somente eu e ele como mãe e filho e ele está lá fora com o Henrique, inclusive, vou pedir pro Mauricio comprar algo para ele comer.

— Mauricio, é? – ela abriu outro sorriso.

— Sim... É o nome dele, não? – falei, franzindo as sobrancelhas.

— Achei que era troglodita, chantageador, idiota e afins. – riu.

— É verdade... – ponderei. Com a convivência, estava vendo um Mauricio diferente, um homem que realmente estava se tornando um pai. – Bem, ele, acho que ele mudou. – a minha estagiaria sorriu, satisfeita.

— Que bom que ele mudou, mas e você? Também mudou? – eu abri a boca para poder responde-la, mas antes que o fizesse, uma figura semelhante apareceu no meu campo de visão, e sem aviso, eu apenas me direcionei a ela, sendo seguida de perto pela Diana.

— Oi, e então? – perguntei, sem conseguir identificar a expressão da Sra. Vitória, mãe da Geovana.

— Obrigada! – ela disse, se dirigindo não a mim, mas a Diana que já estava ao meu lado – Os médicos conseguiram reanima-la, mas disseram que só não houve algo pior, pois iniciaram a reanimação na escola ainda, e a coordenadora Ferraz me explicou que você foi a autora dessa incrível façanha. – sorrimos, aliviadas, e eu a observei enquanto agarrava Diana num abraço. – Pró Alice, se cuide para não ficar mais doente, okay? – ri. – E eu espero que aquela mulher louca seja demitida ainda hoje! – bradou. Eu e Diana também esperamos!

— Eu fico extremamente feliz que a Geo ficou bem. E eu te digo uma coisa, eu fiquei muito alegre quando vi que a senhora não achou um erro na Diana, a coitada chegou chorando aqui.

— Nunca. Pelo contrário, sou eternamente grata a você, Di. A Geovana é minha única filha, e talvez ela não resista até a idade adulta, mas eu vou fazer meu máximo para que isso aconteça. Quero estar sempre ao lado do meu pequeno tesouro.

— Querida! – um senhor alto e grisalho chamou – a Geovana quer te ver agora.

— Eu vou indo. – se despediu – Obrigada, Diana e melhoras pró Alice. – sorrimos, agradecidas.

— Que bom que tudo terminou bem, não? – assenti à pergunta de minha estagiária. Logo, Mauricio apareceu com nossas bebidas. Dei as boas noticiais a ele e ele comemorou, oferecendo também uma carona para a Diana.

— Ah! Eu encontrei um médico amigo meu, e ele fez isso. – disse me entregando um papel, logo pude perceber que era o atestado que ele havia me prometido.

— Obrigada! Eu já havia me esquecido dele, sabia? E, nós precisamos comprar algo para o Nico...

— Não precisa. Eu já fui até o Henrique, dei um dinheiro a ele e pedi que ele e o Nick almoçassem no fast-food ao lado. – o olhei repreensiva, o que o fez explicar aquilo – Era para ser no restaurante do hospital, mas o Nick cismou que queria comer hambúrguer, e eu acabei cedendo, porquê ele foi um ótimo menino hoje.

— Ah. – sorri para aquele homem, e eu não por quanto tempo nos encaramos, mas havia esquecido completamente da presença da Diana ali.

— Então... vão ficar aí se olhando ou vamos comer hambúrguer com o Nick? – convidou, já andando em direção à saída. O Mauricio logo a seguiu, mostrando onde estava o carro e eu os acompanhei logo atrás.  Pensei na fala da minha amiga, ele mudou, disso eu tinha certeza, mas como eu não havia notado antes? Afinal, isso não aconteceu da noite para o dia, não é? E quando ele parou de parecer aquele pai idiota? Quando o troglodita começou a parecer diferente do que realmente era? Seria possível mesmo que o sapo virasse o príncipe, ou a única que havia se transformado ali era eu? Suspirei, enquanto entrava no carro e sentava ao lado do pai do meu filho, tentava desvendar um mistério que parecia claro para todos, menos para mim.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Para quem deseja saber mais sobre a doença da Geo, se chama Sindrome de Ondina/Ondine ou Sindrome da Hipoventilação Central Congênita, e sim, ela existe :(

Muito Obrigada por lerem e eu desejo um otimo feriado cheia de amor, união e carinho para todos vocês ♥



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