A loucura da alma escrita por Marie Ann


Capítulo 8
Monstrinha do papai


Notas iniciais do capítulo

Olá Puddinzinhos.
Muito obrigado pelos acompanhamentos e comentarios maravilhosos que recebi ♥
Gostaria de avisar que posso demorar um pouco mais pra postar agora. Não, não é por causa da prova.
Acontece que eu (não) tenho ótimas coordenações motoras e acabei caindo de bicicleta, e eu to com tantos hematomas que parece que levei uma surra. Então eu já deixo meu aviso pra vocês também: CUIDADO, BICICLETA TAMBÉM CAUSA ACIDENTES GRAVES.
Mas vamos ao que interessa... Espero que gostem do primeiro capítulo com a Harley Quinn.
Boa Leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/710534/chapter/8

Em todo lugar havia manchetes que o Coringa havia escapado novamente, e ao lado da foto dele estava uma foto da doutora apontada como principal suspeita por ajudar na fuga.
Ela estava sentada em um sofá vermelho de camurça, vestindo uma roupa de bobo da corte preta e vermelha de couro que grudava em suas curvas. Bebia um drink da cor roxa, prestando atenção na televisão.
— Olha só puddinzinho... Estão falando da gente. – Ela disse com uma voz eufórica. Coringa estava sentado em uma mesa, contando o dinheiro do ultimo assalto e criando planos mirabolantes para usar contra o morcego. Usava um terno branco, com uma flor grudada na lapela, Uma clássica piada de palhaço, mas ao invés de agua, era ácido. Ignorou Harleen, como vinha fazendo há duas semanas depois do incidente na fabrica.
Eles estavam hospedados no segundo andar de uma boate, e a musica alta podia ser ouvida mesmo com as portas antirruído. Coringa era sócio do lugar, embora mandasse mais do que o dono.
As vozes na cabeça dela estavam mais altas, e ela tinha tiques nervosos e mudanças de humor constantes, assumiu um jeito infantil tanto na voz quanto nas atitudes, mas suas brincadeiras matavam... Ficou louca e nem percebeu.
— Será que eles vão nos encontrar? – Ela insistia, enquanto mexia em seus cabelos. Coringa a encarou. Ela estava pálida, como ele, por causa do tanque de ácido. Seus cabelos estavam platinados, e as pontas estavam rosa de um lado e azul do outro: Efeito das roupas de Coringa, que se desmanchou no tanque, grudando no cabelo da ex-doutora.
— Harley... Você pode calar a boca um segundo, querida? – Dizia ele, tentando manter a paciência para não bater nela mais uma vez. Ela concordou feliz, prometendo não incomodar.
Levantou saltitando rumo ao guarda-roupa. Colocou uma blusa dourada com losangos e uma saia curta da mesma cor, deixando-a com as curvas bem deneliadas. Deixou os cabelos soltos e bem penteados, passou uma maquiagem forte e calçou saltos altos. Sorriu com o que via no espelho. Coringa tinha tatuado o rosto da palhacinha. Tinha um coração abaixo do olho direito, e “rotten” na bochecha direita. A palavra queria dizer que ela estava “estragada”, assim como o “Damaged” na testa de Coringa.
— Vou descer amorzinho – Ela disse dando um beijo no rosto do homem de cabelos verdes, que suspirou irritado.
— Faça qualquer coisa, só me deixe em paz. – Ele rosnou. Ela sorriu e desceu pelo elevador chegando à pista de dança da boate.
Andou pelas pessoas que bebiam e dançavam e começou a ficar eufórica. Foi até o locutor da casa e disse que queria subir no palco. Ele concordou sem questionar, pois sabia quem ela era. E pior, sabia de quem ela era.
Do andar de cima o Coringa escutou o locutor anunciar a sua bonequinha.
— Senhoras e senhores, com vocês a preciosa Haaaaaaarley Quinn – Ele revirou os olhos. Ela não perdia a chance de ser o centro das atenções. Havia ficado realmente muito parecida com ele. Decidiu descer e ver o show, embora achasse ela insuportável, não admitia mas sentia algo por ela.
Desceu pelas escadas, segurando seu cedro com uma estatueta de palhaço na ponta. Andou calmamente entre a multidão, que ia se afastando dando passagem para ele. Passou pelo palco onde sua rainha se apresentava, e sorriu em direção dela, que mandou um beijinho carinhoso para ele.
Foi até a área vip, e se sentou no sofá de camurça, vendo Harley dançar e os homens ficarem loucos. Gostava de exibir sua mulher, mas ao mesmo tempo se sentia irritado com as cantadas que ela recebia.
Um dos aliados de Coringa, Monster T, entrou na área vip, acompanhado por alguns gangters. Johnny estava na porta da sala, segurando uma arma.
— Fala C., em nome de todos, a galera te mandou um salve. Eu queria passar por aqui pessoalmente e dizer obrigado. – Começou Monster, gesticulando com as mãos. Coringa apenas ignorou. Ele continuou – Você esta me trazendo um bom dinheiro, eu to te trazendo um bom dinheiro...
— Você esta falando comigo? – Coringa olhou para ele, e tapou a boca com a mão que havia a tatuagem de sorriso. – Eu amo esse cara, ele é tão intenso. – Continuou dessa vez olhando para Johnny, que sorriu.

Monster T. olhou em direção a Harley, que dançava no pole dance.
— Você é um cara de sorte, – Monster T. comentou – Vagaba Show.
Coringa encarou o homem. Sentiu o sangue subir, queria mata-lo no mesmo instante. Mas decidiu entrar em seu jogo. Matar não era mais divertido do que o desespero de morrer.
— Ah, ela é sim... – Senhor C. se levantou e caminhou até a porta onde Johnny estava – O fogo do meu lombo, a coceira da minha virilha. A primeira, a única, a infame... Harley Quinn! – Disse de maneira teatral, gesticulando exageradamente.
Coringa assoviou, e Harley chegou no mesmo instante.
— Vem pro papai. – Ele sussurrou, com malícia.
— Puddinzinho. – Ela o abraçou, lambendo o rosto do palhaço.
— Você é meu presente para esse garanhão! – Coringa praticamente gritou – É... Você pertence a ele agora.
Harley caminhou até Monster T sorrindo com malicia.
— Uh... Você é um gato. Você me quer? – Ela sentou no colo dele – Sou toda sua.
Coringa assistia a cena com os olhos cheio de ódio e a respiração pesada. Prestava atenção na tatuagem no peito de Harley que ele mesmo havia feito. “Mostrinha do papai”, será que as pessoas não sabiam ler?
— Aí Coringa... Eu não quero treta. – Monster T falou, erguendo os braços sem tocar em Harley Quinn.
— Você não quer treta? Não quer treta? Como assim não quer treta?! – Coringa Gritou se aproximando de Monster T.
— Por quê? O que tem de errado? – Harley se levantou do colo dele, e caminhou até o sofá – Não gostou de mim? Então não vou nem perder meu tempo. – Se sentou emburrada.
— Ela é tua, Coringa – Monster T resmunga.
Coringa o ignora e senta ao lado dele.
— Esta se divertindo? – O homem de cabelos verdes sorri.
— Não... – Monster T se afastou um pouco. Coringa percebeu que ele estava suando – A mina é tua Coringa.
— É... Ela é sim! – Coringa passou a mão pelos cabelos, e Monster T percebeu o tom ameaçador em sua voz. Temeu por sua vida.
— Qual é Coringa... – Começou a se defender, mas Senhor C. foi rápido ao pegar a arma no coldre e disparar contra a cabeça do gangster.
O som parou, e todos encararam Coringa. Harley não se surpreendeu, e sorria olhando na direção de seu puddinzinho.
— Que isso sirva de lição para todos! – Gritou – Não desrespeitem a Rainha de Gotham. – Em seguida deu sua risada histérica, seguida pela risada insana de Harley Quinn.
— Dê um jeito nisso. – Coringa murmurou para Johnny, que prontamente começou a arrastar o corpo.
Pouco a pouco foi tudo voltando ao normal na boate... Se é que aquilo era um lugar normal. A boate era escondida, e só frequentavam os loucos e criminosos de Gotham, fora alguns vendedores de drogas e membros de Gang.
Quase dez da noite, Harley Quinn estava se sentindo entediada. Não queria mais dançar, nem beber, nem ficar esperando seu puddinzinho lhe dar atenção. Caminhou até a entrada da boate e sentou-se nos degraus, olhando a noite movimentada de Gotham. Foi quando viu o símbolo do Batman preencher o céu.

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Esse capítulo era pra ficar maior, mas tive que dividir ele em duas partes por que gosto de detalhar cada uma com atenção. To nervosa pra saber se vocês vão aceitar minha Harley Quinn ♥

Eu nem sei se alguém lê as notas finais, mas se vocês esta lendo isso, conta ai como foi seu dia das crianças. Eu, mesmo com 20 anos no lombo, ganhei uma caixa de chocolate da minha mamãe e um pote de açai do meu namorado. Ou eles queriam me agradar ou me dar diabetes.
Beijinhos.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A loucura da alma" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.