A Vingança da natureza escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 5
Hope na terapia




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P.O.V. Hope.

Eu tenho uma vida muito louca e muito agitada. Agora eu estou indo para a minha primeira sessão de terapia.

—Oi. Eu sou a Doutora Yveine Carter.

—Hope Mikaelson.

—Podemos entrar?

—Claro.

Entramos na sala. Mas, o meu pai estava lá fora e eu sabia que ele ia tentar ouvir.

—Me fale de você.

—Vou contar tudo sobre mim, mas antes preciso fazer uma coisa. Abaffiato!

—O que foi isso?

—Meu nome é Hope Mikaela Mikaelson, sou uma das últimas descendentes vivas da bruxa que criou os primeiros vampiros do mundo, meu pai é um vampiro nascido numa linhagem de lobisomens o que o torna o híbrido original. Eu sou nascida numa linhagem de lobisomens entretanto nunca ativei a maldição, o nome da minha mãe era Haylay Marshall, mas ela morreu quando eu nasci. Nem eu e nem meus dois meio irmãos fomos planejados, sou fruto de uma noite de bebedeira, minha tia doida tentou me matar quando eu era bebê. Eu sou metade bruxa, meu tio Elijah é casado com uma híbrida duplicata que é a eleita das bruxas. Ela é a bruxa mais poderosa do mundo e é metade vampira. Meu pai é casado com a mãe dos outros filhos dele, o nome dela é Caroline Anne Forbes que é um fantasma vivo. Fantasmas vivos podem ser vistos e tocados pelos vivos, meu pai é a âncora para o outro lado por tanto todo o ser sobrenatural que morre tem que passar através dele para chegar ao purgatório.

P.O.V. Doutora Carter.

Logo na primeira sessão deu pra perceber que a garota tinha sérios problemas psiquiátricos.

—Você acha que eu sou louca não é? Acha que eu tenho sérios problemas psiquiátricos. Meu pai disse que eu sou a cara da minha mãe.

—Olha, eu não sei qual é o seu trauma, mas fugir da realidade não é a solução.

—Fugir da realidade parece funcionar pra vocês. Dá uma olhada.

—O que?

—O armário. Olha o armário.

—Não vejo nada.

—Phasmathos Incendea!

O armário simplesmente pegou fogo.

—Shuta Incendea.

E o fogo apagou.

—Ainda acha que estou fugindo da realidade Doutora?

—Você fez isso?

—Fiz. Eu sou uma bruxa Doutora. O meu pai e todos os meus tios são os primeiros vampiros do mundo e estão mortos á mil anos. Os ancestrais da minha tia são os primeiros imortais e estão nesse mundo á dois mil anos. Eles são os rostos que geraram milhares de duplicatas.

—Duplicatas?

—Tipo Dopplegganger.

—Sósia?

—Não. Sósias são parecidas, duplicatas são cópias. Versões humanas de Silas e Amara.

—E onde estão Silas e Amara?

—Eles são nossos vizinhos. Minha tia projetou e construiu um condomínio onde humanos não são permitidos. Assim podemos ser nós mesmos sem ter que nos esconder.

—E quantas outras bruxas existem?

—Cem bruxas mortas, tem mil descendentes vivas. Inúmeras linhagens, vários tipos de bruxas. Na minha família por exemplo tem sangue Balcoin, Petrova, Salvatore, Mikaelson e essas são apenas quatro das cinco linhagens mais poderosas do mundo.

—E qual é a quinta?

Um apito soou.

—Hora de esquecer.

—Esquecer?

—Obliviate.

—O que aconteceu?

—Obrigado Doutora Carter, você me ajudou muito. Na próxima sessão, trago suas lembranças de volta.

—O que?

—Tchau Doutora, até semana que vem.

Na semana seguinte as minhas memórias voltaram. Vampiros, lobisomens, híbridos, duplicatas.

—Porque me fazer esquecer?

—Você é mortal, os mortais não sabem guardar segredos grandes.

—Tem medo que eu conte á alguém? É questão de ética menina, o que é dito aqui, fica aqui.

—Se tentar contar pra alguém vão pensar que ficou louca.

—Talvez eu tenha ficado.

—Não. Você tá bem.

—E quanto a quinta linhagem?

—Bennett. Somos amigos das bruxas Bennett, bom a minha madrasta e minha tia. O povo não gosta muito do meu pai.

—Porque?

—Porque ele mata, tortura, mata os entes queridos dos outros pra conseguir o que ele quer. O meu avô adotivo fez dele quem ele é hoje. Mas, a tia Caroline tá ajudando ele.

—Tia Caroline?

—Minha madrasta. Ela é minha mãe pra todos os efeitos, ela me criou, me alimentou, me educou, me levou a escola e me trata igual.

—Como assim te trata igual?

—Minha mãe biológica e minha tia Caroline se odiavam. Elas ainda se odeiam, a rixa delas prevaleceu mesmo depois da morte.

—E qual é a causa da rixa?

—Minha mãe e ela eram amigas desde criança, mas no colegial minha mãe dormiu com o namorado da tia Caroline e quando ela descobriu ficou furiosa e desde aquele dia elas vivem se provocando. Brigando.

—Se sua mãe está morta como pode ela e sua tia brigarem?

—Lembra do purgatório que eu falei? O outro lado?

—Lembro.

—É onde a minha mãe e minha tia estão. Só que a minha tia é um fantasma vivo ou seja ela pode ser interagir fisicamente com a gente e ser vista também.

—Tem algum fantasma por aqui?

—Provavelmente.

—Você pode vê-los?

—Não. Mas, o meu pai pode.

De repente ouvimos gritos do lado de fora da sala. Gritos de dor.

—O que é isso?

—Alguém está passando.

—Alguém está passando?

—Alguém morreu e está passando pelo meu pai pra chegar do outro lado.

—E porque ele está gritando?

—Todo ser sobrenatural que morre tem que passar pela âncora ou seja o meu pai para chegar ao outro lado e o meu pai é forçado a sentir a morte deles.

—Sentir a morte?

—A dor que a pessoa passou quando morreu. Ele já sentiu até dor de parto.

—Dor de parto?

—Quando minha tia morreu dando á luz aos gêmeos ela passou pelo meu pai e ele teve que sentir tudo.

—Sei. Desde quando esse outro lado existe?

—Desde dois mil antes de Cristo.

—Mas, o seu pai tem só mil anos.

—É. Ele não é a âncora original, minha tia Renesmee fez um feitiço de troca de âncora e colocou o meu pai no lugar da Amara.

—Mas, os mortos continuam mortos certo?

—Como assim?

—Ele pode puxar alguém pra cá?

—Não que eu saiba. Mas, se abaixarem o véu um fantasma pode passar pro lado de cá.

—O véu?

—Se já viu um véu de noiva?

—Sim.

—É mais ou menos igual a textura, é uma coisa muito fina, mas é uma barreira que separa a gente das pessoas do outro lado e o meu pai existe em dois lugares ao mesmo tempo aqui e do outro lado. Por isso ele pode ir e voltar sem estar morto.

—Ir?

—Passar totalmente através do véu e depois voltar, ele passa de corpo e alma pelo véu.

—Você já viu o véu?

—O véu é invisível para todos menos os que estão do outro lado e a âncora. Meu pai disse que o outro lado é meio esverdeado, que lá o tempo passa diferente. É outra dimensão.

—Diferente como?

—Você é minha terapeuta. Estamos aqui pra falar do quanto eu odeio a dinâmica familiar da minha família. Meus tios enfiam adagas uns nos outros literalmente e carregam a família em caixões, minha casa é cheia de traidores, eu tenho inimigos só por ser filha dos meus pais e não são poucos não. Minha mãe era uma vadia assassina ladra de namorado e o meu pai é um cretino egoísta na maior parte do tempo. Ele mata qualquer um que discorda dele, menos eu e a tia Caroline.

—Minha paciente é uma bruxa. Como você funciona?

—Estou cogitando o feitiço da amnésia outra vez. Vocês não estão psicologicamente preparados pra isso, e nem pros amigos da minha tia Renesmee ou para a capacidade cerebral dela.

—Reconhece algum desses símbolos?

—Todos. Esse aqui, queima.

—Ele vai me queimar?

—Não. Você deve queimá-lo, pentagrama invertido é sinônimo de magia negra, magia das trevas muito das trevas. Tipo pacto com o capeta falou?

—Tá bem. E esse?

—Você é bruxa?

—Não.

—Então não vou falar nada. Sessão encerrada.


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