Naruto, A Criança Hokage: escrita por Yori Sora


Capítulo 1
Prólogo:




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Cara, ser Hokage é complicado! Muito complicado. O meu nome é Uzumaki Naruto, um dos kages mais novos da História. Olha, se eu soubesse que seria tão complicado assinar papeladas infinitas o dia todo... todo e todo... eu seria um gennin por mais um tempo. Fora isso, selecionar times, mandar anbus para missões suicidas ou cruéis demais, etc.

 

Como diria o meu bom e velho amigo Shikamaru: "complicado".

 

Mas não estou aqui para reclamar, vamos pôr as mãos na massa. Estou aqui, poucos anos tendo se passado, em um mundo bem diferente de quando eu era criança, tentando escrever sobre a minha história. Eu não sou um cara narcisista que só pensa em si mesmo, eu só queria, sei lá... desabafar.

 

Como ando com um tempo sobrado desde que pensei em usar kage bunshins para preencher as montanhas de papeladas, é isso que farei.

 

Vamos começar pela minha infância. Vai ser assim:

 

Era uma vez um demônio. Tá, o demônio até que era um cara legal - de qualquer forma, essa história começa quando eu tinha onze anos, então onze anos atrás esse demônio atacou a vila em que morava. Era a Kyuubi no Yoko, uma raposa terrível e com uma pelugem descaradamente vermelha. Os olhos?! Mais vermelhos, sangrentos e impiedosos que o Sharingan dos Uchiha.

 

Era uma noite escura, pelo o que contam, e esse demônio, gigantesco, com a peculiaridade de ter nove caudas, atacou tudo e todos que via pela frente. Existia uma lenda, aliás, que dizia que quando a humanidade chegava a um nível crítico de maldade, essa criatura aparecia para ser a maldade maior, mais terrivelmente gloriosa que todo o mal anterior.

 

E assim a vila de Konoha foi atacada, muitas pessoas morreram e eu imagino como devia ser difícil para os aldeões, mas só vim a entender isso quando me vi no lugar do Yondaime Hokage, um dos hokages oficiais antes de mim.

 

E o meu pai.

 

Parece irônico, né? O meu pai lutou contra uma das maiores abominações do mundo, mas pareceria ainda mais se eu dissesse que, sem chances de vitória, o Quarto selou o espírito da criatura em mim. Eu, recém-nascido, era o portador da Kyuubi no Yoko.

 

"Demônio! Nos devolva o Yondaime-sama!", eu ouvia de algumas pessoas na rua, caminhando, poucos anos depois. Ouvia isso baixo, em sussurros. O meu pai morrera para selar esse "monstro" em mim.

 

Existem nove demônios de caudas nesse mundo, um com mais caudas do que o outro. A pessoa infeliz que se torna a portadora de um passa a ser chamada de "jinchuuriki". Eu entendo o pessoal da vila, eu podia ser visto como a própria Kyuubi! Afinal, a maioria deles não sabia nada sobre selamentos e como eu não poderia ser algo que tinha em mim, pois ser e ter são coisas diferentes.

 

No caso, um jinchuuriki, bem... ele compartilha coisas com seu demônio de cauda, mais conhecido como "bijuu". Conheço um que controla a areia, ele tem em seu corpo o Shukaku, um Tanuki que é feito de areia e a controla.

 

No meu caso, eu era uma raposinha mirim. Cinco para seis anos de idade, ainda não quero chegar aos meus onze anos - desde que me lembro, me regenerava rápido de qualquer ferimento e tinha sentidos apurados. Sinceramente, eu não entendia na época como as pessoas não sentiam determinados odores ou não viam certas coisas, entre outras coisas.

 

Aos cinco anos, eu era um garoto até bonitinho. Lembro que a tarde estava particularmente fria, o que era raro naquela vila tão ensolarada e veraneia - e eu caminhava com as mãos no bolso, levemente entristecido. Dei um sorriso melancólico quando cheguei na frente do Clã Hyuuga, com os guardas me olhando de uma forma gélida e repreensiva.

 

O meu sorriso melancólico permaneceu e meus olhos se estremeceram, mas mesmo assim, eu disse:

 

— A Hinata já chegou? É domingo e eu gostaria de chamar ela para treinar - tentei dar o meu melhor sorriso dessa vez. Um dos guardas, um rapaz alto e de cabelo negro, com aqueles olhos típicos dos Hyuuga: de íris totalmente brancas, me desafiou.

 

— Hinata-sama não vai voltar a estar com você, garoto-raposa. Por que não vai brincar com seus amigos? - ele dizia, rispidamente, me olhando de forma severa. Eu suspirei.

 

— Que amigos? - eu perguntei, impaciente. - Tem a Hinata, ela está aqui? - desafiei, dessa vez com um sorriso zombeteiro.

 

O outro guarda, um outro rapaz, mas esse de cabelo castanho e comprido, se levantou rispidamente e ergueu o punho em forma de palma. Oh, ele ia me atacar!

 

— Você não entendeu. garoto? Você não é digno da Hinata-sama - ele pronunciou.

 

— Que pena - respondo, vagamente. - Eu aposto que esse clã amaldiçoado queira amaldiçoar ela também - continuei.

 

— Repita isso! - ele ativou sua linhagem. Sorri, provocante.

 

— Vocês acham que eu, por ser mais novo, não sei o que vocês fazem com a Bouken? Que não sei sobre o selo amaldiçoado que impede que eles vivam normalmente, sendo escravos da Souken? Vocês não deveriam me subestimar! - apontei-lhes o indicador. E continuei. - Vocês não teriam chances contra mim, de qualquer maneira, e eu posso provar.

 

Parei de sorrir e abaixei o dedo indicador. Dei uma leve pirueta e, na volta, apontei para o outro também. Fiz o selo do tigre.

 

— Pronto! - foi apenas o que eu disse.

 

Aquelas pobres almas... poucos segundos se passaram e aquelas pessoas arrogantes começaram a se coçar desesperadamente, compulsivamente e inutilmente.

 

— Ainda não dei um nome para esse jutsu e pretendo melhorá-lo quando entrar pra academia - expliquei, com tédio, como se estivesse conversando com crianças bobas.

 

— Seu demônio! O que você fez?! - o de cabelo negro esbravejou.

 

Era um jutsu que desenvolvi para pregar peças: aproveitava a umidade do ar e unia com o meu chakra por cerca de um minuto, concentrando tudo numa pequena esfera no indicador e, apontando, esse chakra se espalhava por áreas do corpo do "inimigo", causando algo parecido com o efeito do pó de mico, após o chakra ser "ativado" na pessoa.

 

— Agora que vocês entenderam que ou eu vejo a Hinata ou vocês vão se coçar por uns dois dias, embora duas horas, pro clã de vocês, poderiam chamar a Hinata, porn favor? - terminei sorrindo, provocativo.

 

Eles tentavam me agredir, mas não conseguiam sair do local, devida a coceira! Comecei a rir histericamente. Era uma visão bonita, a risada de uma criança, tudo bem que meio magrela, mas com três marquinhas na bochecha que eram super apertáveis.

 

Tá, talvez eu seja um pouco narcisista. Quando parei de rir, ouvi uma voz, não que eu não tenha sentido o cheiro adocicado de sua dona desde muito antes.

 

— N-Naruto-kun? - ela gaguejou. Parei de rir para olhar. - Eu pedi para você... - ela mantinha a voz baixa - não usar esse jutsu nas pessoas.

 

— Desculpa, desculpa, Hinata! É que não resisti e eles mereceram! - sorri para ela. - Quer ir nas fontes termais comigo e depois comer um ramen? Se Hiashi-san permitir, claro.

 

Fui elogiado pelos meus instintos, pois um homem chegara ali, encostado e escondido na sombra de um poste. Alto, com um semblante sério e com o olhar dos Hyuuga, que ou eram perolados e "adocicados", no caso da Hinata ou eram perolados, frios e analíticos, como o de muitos ali.

 

Hyuuga Hiashi, aquele homem severo, fez uma breve curvatura.

 

— É um prazer revê-lo, Uzumaki Naruto-san - ele disse.

 

— O prazer é meu! - respondi. - E então, posso sair com a sua filha?

 

— Essa foi uma frase forte - ele me repreendeu. Olhei para a pequena Hinata e ela estava extremamente corada. - Mas eu não me importo, desde que retire o jutsu dos meus servos.

 

Olhei para eles, que ainda se coçavam, sem conseguir nem falar! Dei uma última risada, fiz o selo do tigre novamente e soltei um "kai!". Rapidamente, como num sunshin, apareci perto deles e peguei a mão de Hinata.

 

— Vamos, coradinha? - brinquei. Ela arregalou os olhos, achei uma graça e sorri mais ainda. - Com sua licença, Hiashi-san.

 

E levei ela logo para longe dali.


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Notas finais do capítulo

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