By your side escrita por jooanak


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oiii pessoal, sei que fiquei meio longe daqui por um tempo e peço desculpas por isso!!! Mas aqui estou eu, estou de volta e vim pra ficar. Espero que gostem do capítulo.



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O sol irradiava pela minha janela na manhã seguinte e o cantarolar dos passarinhos parecia mais insuportável do que na maioria das vezes. Hesitei em abrir os olhos, mas fui obrigada a fazê-lo. Me espreguicei algumas vezes antes de conseguir encontrar disposição para descer as escadas e tomar o café.

— Como foi o dia de ontem? – mamãe perguntei sorridente ao me ver.

— Extremamente... surpreendente.

Ela arqueou as sobrancelhas armando um sorriso curioso.

— Brutus e Enobaria escolheram Cato como o Carreirista do nosso distrito... – lancei a ela um sorriso tristonho.

Ela suspirou.

Um suspiro de alívio por não ver sua filha nos Jogos Vorazes, mas ao mesmo tempo, um suspiro frustrado ao ver meu grande sonho indo por água abaixo.

Gentilmente, ela se aproximou de mim e deu um beijo no topo de minha cabeça.

— Você sempre vai ser a vencedora para mim, Clove.

 

Era sábado.

Sábado era meu dia favorito da semana. Não haviam aulas no sábado, o que significa que eu podia passar o dia inteiro na academia. Apesar disso, naquele dia, eu não me sentia nenhum pouco entusiasmada para ir lá.

Ao olhar pela janela, vi Emma se aproximando. Suspirei e fui ao seu encontro.

Caminhamos em direção à cidade por alguns minutos em silêncio total, apesar das tentativas frustradas de Emma de iniciar uma conversa.

— Você tá estranha. – falou por fim.

Dei de ombros

— É, muito estranha...

— Tô menstruada. – falei seca.

Ela me lançou um olhar fuzilador.

Quando chegamos na cidade, demos de cara com Cato e seu grupo de amigos. Bailey estava junto deles.

— Respira fundo, amiga. – Emma colocou sua mão suavemente sobre meu ombro.

Assenti e tentei ignorar aquele grupinho insolente. Em vão. Meu olhar se redirecionava até eles o tempo inteiro, aquilo me deixava extremamente nervosa. A situação piorou quando minhas orações mentais pararam de funcionar e Cato acenou chamando Emma e eu para nos juntarmos à eles.

Fiz uma careta e segui em sua direção.

— CLOVE! – Bailey atirou-se em minha direção me envolvendo num abraço assim que cheguei perto do grupo. A coisa que eu mais odiava naquela garota era o fato de ela ser tão perfeita a ponto de não haver motivos para odiá-la.

O resto do grupo cumprimentou-nos apenas com um aceno de cabeça e nós retribuímos do mesmo jeito.

— Cato estava mesmo nos falando da escolha de Brutus e Enobaria! – Bailey exclamou – isso não é maravilhoso???

Ela falava aos gritos.

— Você como parceira de treinos e amiga deve estar muito orgulhosa!! – ela continuou falando. Senti minha cabeça girar.

Emma me cutucou.

— Sim. Sim, estou. Cato merecia muito essa chance. – sorri para o grupo.

Cato exibia um sorriso de tirar o fôlego. Eu nunca havia o visto tão feliz.

— Tenho certeza que no próximo ano será a Clove! Ela é a melhor. – ele me lançou uma piscadela e eu sorri fraco. O resto do grupo concordou em coro com ele.

Momentos depois, Emma inventou uma desculpa para nos livrar deles e eu nunca fui tão grata na minha vida por ter aquela garota como minha amiga.

— Por isso você tava estranha. Cato foi o escolhido, não você.

Dei de ombros.

— Só porque Brutus e Enobaria o escolheram, não significa que ele é melhor que você, Clove. Ele é mais velho, tem mais anos de experiência... é como ele disse, no próximo ano, será você!

Eu tentei sorrir.

— Mas não é isso que tá te chateando, é? – ela me encarou – você tá com medo... medo que ele não volte.

Ela suspirou.

— Clove... ah, minha doce Clove... quantas vezes eu ainda terei que dizer que já está na hora de você abrir esse seu coraçãozinho de pedra para esse cara?

Nós duas rimos.

— Você tem razão.

— Eu sempre tenho razão.

— Mas você sabe que eu não vou fazer isso.

Ela me abraçou.

— Eu sei.

 

Depois de um dia cansativo de treinos, eu finalmente me sentia exausta o suficiente para ir para casa. A lua já estava começando a aparecer naquela imensidão da noite. Por uma fração de segundos, pensei em Cato. A última vez que eu o tinha visto fora naquela manhã; Cato geralmente era um dos últimos a sair daquela academia, e, no entanto, ele não havia aparecido hoje. Devia estar transando com Bailey... pensando bem, os dois teriam lindos filhos de cabelos louros e olhos azuis.

Ao caminhar em direção à floresta, a exaustão percorria o meu corpo. Minhas pernas bambeavam levemente e quase tive vontade de deixar meu corpo desabar. Jesus, eu estava acabada! Emma estava certa, eu não estava chateada por não ter sido escolhida para os jogos. Eu estava chateada por ter medo.

Medo de perder Cato.

Aquela não era uma sensação que eu estava acostumada a sentir. Era uma sensação de impotência. Eu me sentia frágil. Bufei frustrada.

Ao chegar perto de casa, avistei nos degraus da varanda uma silhueta que eu já conhecia. Cato estava com a cabeça baixa, visivelmente frustrado. Apressei o passo e ao chegar, sentei-me ao lado dele.

— Quer? – ele me ofereceu um pouco da bebida que ele bebia.

Pelo odor forte, eu tinha certeza que era vodka. Apesar da vontade monstruosa de dar um gole, eu neguei. Cato tinha os olhos inchados, como se estivesse chorando há horas. Suas unhas estava roídas, ele fazia isso quando estava nervoso; e seu cabelo estava levemente despenteado.

Eu o conhecia há tempo suficiente para saber que ele falaria quando estivesse pronto; enquanto isso, ficamos iluminados sob a luz da lua e de alguns vagalumes que voavam por ali.

— Clove... – ele começou a falar mas começou a engasgar-se em suas próprias lágrimas. Cato estava explicitamente bêbado. Quantas garrafas de vodka haviam antes daquela??

Eu o abracei aninhando em meus braços. Sentir o calor do corpo de Cato me deixava tensa. Estar assim perto dele era viciante; era um vício que eu tentava controlar nos últimos anos. O seu cabelo exalava um cheiro doce de morangos silvestres; os mesmos morangos que meu pai costumava trazer para casa quando viajava.

Cato largou a garrafa e segurou minhas mãos. Lentamente, ele se desvencilhou do meu abraço e me fitou sério.

Ele esfregou o rosto e respirou fundo.

— Bailey está grávida.


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Notas finais do capítulo

Gente, comentem o que gostaram e o que não gostaram. A opinião de vocês é muito importante para o desenvolvimento da fanfic.



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