Let me know escrita por Loretha


Capítulo 7
Novo


Notas iniciais do capítulo

Quero pedir um milhão de desculpas pra vocês :( Sério, três semanas sem postar não é algo que uma escritora possa fazer sem levar uma bronca, então podem me dar uma bronca! Mas aconteceram tantas coisas ruins essas semanas, que vocês nem tem ideia. Espero que possam me desculpar, porque amo muito vocês.



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       Adrien quase bufou quando avistou o hotel dos Bourgeois. Parecia que toda a imprensa estava esperando sua volta. Toda a imprensa e Natalie. 
       Quando cara de gorila avistou o garoto do lado de fora, seguiu até ele para impedir que os repórteres avançassem para ele. Guiou Adrien até onde Natalie o esperava.
       — Seu pai não está nada feliz. — Começou a mulher assim que Adrien se sentou no grande sofá da recepção. Os saltos de Natalie faziam barulho no assoalho enquanto ela andava de um lado a outro. — Eu disse que tentei impedir você, mas mesmo assim ele não me deu ouvidos. Adrien você precisa pensar antes de agir precipitadamente! 
       Natalie parou de frente ao garoto. Ele poderia jurar que, se ela fosse uma locomotiva, estaria a mil. Os olhos da mulher brilhavam escondendo a raiva, mas ainda sim era aparente.
       — Natalie, desculpa. — Adrien se curvou, apoiando os cotovelos nos joelhos e deixando o rosto escondido entre as mãos. — Eu precisava respirar um pouco longe disso tudo. 
       Ouviu Natalie suspirar. Ergueu os olhos. 
       — Eu sei. Tudo isso está sendo muito complicado. — Ela desviou os olhos para as janelas, onde algumas pessoas se aglomeravam. Bufou irritada e fez um gesto para cara de gorila fechar as cortinas. — Olha, eu não queria ter que ser a pessoa a dizer isso, mas esse é meu dever. Você vai voltar a ter aulas particulares comigo.
       Adrien já sabia que isso aconteceria, mas não queria que fosse agora. Se afastar dos amigos naquele momento, quando tudo que ele queria era estar com eles, pioraria tudo. Sua mente explodiria se voltasse a ficar preso diante dos olhos de Gabriel e Natalie, sem contar a vigília do cara de gorila. 
       — Espero que tenha entendido. — Natalie pegou uma chave dourada e jogou para Adrien, que pegou no ar. — A chave da sua suíte. Vão ser só umas noites. 
       Quando os funcionários do hotel voltaram a seus postos na recepção, Adrien seguiu para o quarto, no último andar. 
       — Isso não vai interferir como Chat Noir, vai? — Perguntou Plagg assim que Adrien fechou a porta.
       — Não. — Adrien olhou o quarto. 
       As luzes amareladas deixavam as molduras dos quadros brilhando como ouro. As paredes creme constatavam com os móveis e cortinas. A enorme cama era convidativa depois de um dia longo, mas Adrien queria estar no seu quarto, na sua cama e com os pensamentos longe daquela noite.
       — Adrien, você não ouviu o que eu disse, ouviu? — Plagg bateu de leve na cabeça do garoto. — Acho que não, então vou repetir. Hawk Moth encontrou alguém. 
       Adrien olhou para a televisão na parede. Uma sombra escura cobria a Torre Eiffel. Nenhumas das luzes na torre eram vistas quando a massa escura chegou ao chão e então começou a se arrastar. 
       — O que está acontecendo? — Adrien olhou pela janela e agradeceu por estar no último andar, olhando a cidade de cima.
       Viu quando tudo foi escurecendo conforme a sombra avançava, negra e lenta, sobre o asfalto, sobre as casas, as árvores, carros e tudo mais. Parecia que uma enorme mancha de petróleo havia caído sobre as ruas ao redor da torre. 
       — Plagg? — Adrien chamou se virando para o kwami. 
       — Ok, já entendi.
                                 ***
       Breu. Esse era seu nome. O escuro já não o assustava mais. Ele era o escuro, o medo e o terror de quando as luzes se apagavam. Não se sentia mais amedrontado, não era mais um garoto com medo do que se escondia nas sombras do seu quarto.
       — Ache Ladybug e Chat Noir e então será recompensado. — A voz de Hawk Moth disse em sua mente. — Pegue os Miraculous deles!
       Breu não podia expandir a névoa negra por toda a cidade sem avançar, mas de onde estava podia ver que o impacto seria maior. A Torre Eiffel não brilhava mais. Do topo dela, ele viu o pequeno caos que se tornaram as ruas quando as pessoas começaram a vagar sem rumo, tateando no escuro com os braços estendidos. 
        — Todos saberão como é sentir o medo ao extremo. — Breu riu. 
       Sua máscara parecia feita de ônix negro e todo o resto da vestimenta era mais escuro que um universo sem os astros. Hawk Moth não iria se arrepender dessa vez, porque ele não falharia como os outros.
       — Vestido bacana esse seu. — Disse uma voz, logo atrás de Breu. — Sério, gostei mesmo.
       Quando se virou, viu Chat Noir sorrindo para ele. Os olhos verdes do gato pareciam mais atentos que o normal. É claro que ele conseguiria ver alguma coisa no escuro, Breu sabia, mas ainda sim tinha dificuldades.
       — Chat Noir, não diria que estou surpreso em vê-lo aqui, porque não estou, mas fico feliz que não tenha demorado. — Disse o garoto akumatizado, numa voz que parecia acariciar a nuca do gato e se infiltrar em seu cérebro. — Será que hoje sua amiga Ladybug vai dar as caras depois de tanto tempo escondida?
       — Nunca se sabe... — O gato deu de ombros e ficou de pé, girando o bastão prateado nas mãos. O brilho fraco cintilava na escuridão quase completa. — Ela é tão imprevisível, mas... — Chat Noir parou de girar o bastão nas mãos e olhou para Breu parecendo pensativo. — Acho que é só mais um charme dela.
       — Você já sabe o que eu quero, então, por que não para de enrolar e me dá seu miraculous, sem que eu precise usar meus poderes? — Breu estendeu a mão, a máscara paralisada na mesma expressão dura e cruel.
       Chat Noir riu. Agora ele se equilibrava no parapeito da torre, sem parecer se importar com a altura em que estava.
       — Você é bem direto, não é? — Disse ele, olhando para Breu. — Bem, sua autoestima deve mesmo estar ás alturas com um vestido desses.
       A máscara negra se tornou uma careta assustadora. Até então não havia mudado de expressão, mas o tempo estava passando e Breu temia que o amanhecer pudesse afetar seus poderes. Ouvir Chat Noir zombando só o deixava mais irritado.
       — Bem, vejo que vou mesmo ter que forçar você a me dar seu Miraculous. — A máscara mudou novamente, agora um sorriso malicioso, ainda sim, cruel.
       Breu inspirou fundo, com o sorriso desafiando Chat Noir. Quando soltou o ar, ergueu os braços e a sombra negra recuou das ruas, até estar apenas em volta da torre. Parecia que estavam dentro de uma redoma de vidro escuro, sem nenhuma luz os alcançando.
       — Opa, não gostei disso. —  Chat Noir se abaixou, segurando na balaustrada com as garras da mão que não segurava o bastão.    
       A risada de Breu reverbou pela bolha, chegando até Chat Noir, mais alta que antes. Parecia também mais ameaçadora.
                                 ***
       Alya não sabia o que fazer com a pequena caixa que tinha nas mãos. Não sabia como aquilo havia parado em sua bolsa, mas tinha certeza que não tinha pego das coisas do velho que esbarrou com ela na entrada do hospital, quando foi visitar Marinette.
       Girou a caixinhas nas mãos, sentindo a curiosidade inflar a cada segundo. Talvez uma olhada não fizesse mal, logo cedo procuraria aquele homem para devolver sua caixa e então esqueceria aquilo.
       A garota levantou a tampa da caixa, jogando-a longe quando uma bolha brilhante explodiu diante dos seus olhos. Alya pulou para longe, com a mão no peito tentando se recuperar do susto.
       — Olá, Alya. — Disse uma voz, vindo de algum lugar perto do ombro da garota.
       Alya gritou e em outro pulo estava em cima da cama com o travesseiro na frente do corpo. O que era aquele ser pairando no centro do quarto?
       — Não se assuste. — Disse o ser alado, sorrindo para a garota. — Serei seu kwami. Eu sou Trixx.
       O kwami era pequenino, quase do tamanho de um pássaro. Era laranja abobora e seu rosto lembrava uma raposa.
       — Kwami? E o q-que você vai fazer? — Alya respirou fundo, encarando Trixx.
       — Explicarei depois, agora temos que dar uma ajuda ao Chat Noir.


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Notas finais do capítulo

Vou tirar o atraso ainda essa semana, postando mais dois capítulos antes de sábado (Eu disse que só iria pra uma festa que vai ter caso enviasse, então, como quero muuuito ir, vou enviar u.u)