Let me know escrita por Loretha


Capítulo 17
Apresentações


Notas iniciais do capítulo

Vocês pensaram que eu não ia postar capítulo hoje, não é?



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 — Você está bem melhor, mas seu pé inchou. — O médico franziu o cenho, enquanto examinava com atenção o pé de Marinette. — Você não forçou ele, não é? Sabe que não pode.

Marinette balançou a cabeça. Estava mentindo, é claro, mas não podia contar que tinha saído para um passeio até a Torre Eiffel usando um miraculous.

Seu pé doía um pouco, mas era tudo. Até a dor constate da costela quebrada não incomodava mais, mas decidiu manter isso em segredo do médico. Havia fingido sentir dor apenas para não ser submetida a um raio-x comprometedor, onde todos veriam que já não restava nem sequer um arranhão no osso. 

  — Bem, logo você terá alta. Sua costela está indo bem, diria até quase curada, e essa dor no tornozelo poder ser apenas falta de movimento, mas ainda sim não vai poder forçar muito. — Continuou o médico.

   Essa dor é excesso de movimento, isso sim, pensou Marinette, enquanto assentia. 

— Vou ter alta logo, não é? — Perguntou, os olhos brilhando de ansiedade.

O médico sorriu.

— Sim, não se preocupe. Bem, vou atualizar seus pais sobre sua melhora. — Lançou um sorriso amigável para Marinette e então saiu do quarto.

Logo que o homem fechou a porta, Tikki apareceu.

— Que ótima notícia, Marinette! Logo estaremos em casa e tudo vai ser como antes. 

— Não tenho tanta certeza, Tikki. — Marinette fez uma pausa, pensativa. — Eu não sei exatamente o que eles fizeram comigo, mas alguma coisa está muito errada.

— Eu sei. Sinto isso também, mas não devemos ser tão pessimistas. Vamos pensar no melhor. — Tikki balançou a cabeça, então sorriu para Marinette. — Já estaremos em casa e vai voltar à escola, ver Adrien todos os dias...

"Eu não vou mais estudar com vocês", lembrou Marinette.

A garota fez uma careta. Era tão otimista, sempre vendo uma solução para tudo, mas agora, diante de todo aquele cenário que era sua vida, ela não sabia como resolver as coisas mais simples. 

Toc, toc, toc. 

Tikki se escondeu.

— Marinette? — Alya entrou no quarto com os cabelos altos e uma camada de suor na testa.

— Oi, Alya. Pode entrar.

Assim que viu a amiga, Marinette percebeu que alguma coisa não estava bem.

— Você não devia estar na escola? —  Perguntou.

— Sim, mas... Tenho que ser rápida, ninguém me viu entrando — Alya balançou a cabeça. Fechou a porta e em passos rápidos logo estava esvaziando a mochila sobre a cama de Marinette. — Eu tenho um mapa e algumas coisas que podem ajudar a localizar o Nino.

Marinette arregalou os olhos. Abriu e fechou a boca várias vezes, mas sem nunca dizer nada. Alya estava procurando Nino e aquilo podia colocar sua vida em risco.

— Eu sei, eu sei... — Murmurou a garota enquanto abria um mapa. — Não precisa nem falar nada. Já sei que vai me dar uma bronca e dizer que eu não deveria fazer isso, mas... 

— Alya isso é perigoso! — Interrompeu Marinette.

— Sim, mas eu tenho as pistas certas e sei fazer as perguntas certas. Se você olhar esse mapa e algumas anotações que...

Marinette balançou a cabeça. Não deixaria sua melhor amiga enfrentar pessoas que nem mesmo Ladybug havia conseguido derrotar. Faria tudo o que estivesse ao seu alcance para fazer Alya mudar de ideia. E se não conseguisse, não permitiria que ela fosse sozinha.

— Alya, você não sabe mesmo com o que está lidando. Nem eu sei quem são aquelas pessoas. 

Alya baixou os olhos para suas mãos sobre as anotações de um pequeno caderno. 

— Acha que eu não sei do risco? — Perguntou, sem tirar os olhos do papel. — Eu sei que posso estar seguindo direto pra um caminho sem volta, mas, Mari, eu sinto que posso encontrar ele, assim como Adrien encontrou você.

Marinette piscou, demorando a entender o que a amiga dizia. O que Adrien tinha a ver com toda aquela história?

— Se não fosse pelo Adrien, Chat Noir não teria te achado. — Alya respondeu a pergunta que Marinette não havia feito em voz alta. — Ele encontrou uma pista e então...

— O Adrien! Você deveria me falar mais sobre essas pistas que ele achou, isso sim!

Alya sorriu e segundos depois desmoronou. Marinette se esticou na cama e abraçou a amiga, confortando-a como podia. Quando Alya secou as lágrimas com as costas da mão e fungou, Marinette tomou uma decisão.

— Alya, se você quer mesmo fazer isso, não pode fazer sozinha. 

— Eu não vou fazer isso sozinha. Vim aqui te mostrar isso para que você pudesse pedir ajuda a Ladybug. — Alya ajeitou os óculos e começou a recolher os papéis. — Você tem contato com ela, não tem?

Marinette baixou os olhos para o mapa, que continuava aberto sobre a cama. 

— Alya, eu posso tentar. Não posso garantir nada, mas também não quero que se arrisque por conta própria. 

— Tudo bem, eu agradeço. De qualquer forma, já tenho a ajuda da Rena Rouge. — Alya endireitou os ombros, confiante. 

Marinette bufou e semicerrou os olhos.

— Então você já confia nessa Rena Rouge...

A amiga riu. Balançou a cabeça, ignorando o tom de ciúmes na voz de Marinette.

— Vamos ao principal. — Mostrou alguns pontos marcados de vermelho no mapa. — São possíveis entradas para as catacumbas.

— As pedreiras? Antigos túneis e tudo mais? Por que lá? 

— A pista de Adrien levava para o subterrâneo. Eu tinha feito uma pesquisa recente para o Blog, então não foi difícil deduzir o lugar.

— Achei que só existisse uma entrada. — Falou Marinette, analisando o mapa com a mão no queixo, pensativa.

— Claro que não! — Alya se empolgou. — São muitos túneis. Claro que tentaram fechar alguns, por segurança. Muitos deles são perigosos, cheios de gangues, drogados... Só a entrada das Catacumbas que é realmente segura, por causa dos turistas. 

Marinette suspirou. Sabia que Alya não deixaria de procurar os outros. Ela mesma ia procurar assim que estivesse totalmente curada. Mas, ainda assim, temia o perigo que sua amiga iria encontrar. Fosse se perder nos túneis, encontrar uma dessas gangues ou, pior, acabar direto no covil das mesmas pessoas que sequestraram seus amigos.

— É uma boa estratégia, Alya. — Comentou Marinette assim que a amiga terminou de contar seus planos.

A porta foi aberta de repente, assustando as duas garotas. Uma enfermeira idosa entrou no quarto arfando e lançou um olhar irritado para Alya.

— Garotinha, eu quero que você saia agora deste quarto! — Apontou um dedo trêmulo para a menina. — Não pense que vai se dar bem por enganar a segurança daqui.

Marinette escondeu o riso com uma tosse falsa quando a enfermeira fez uma cara feia para ela.

— Não encontrei o banheiro, então como sabia que nesse quarto tinha um eu vim logo para cá. — Disse Alya, juntando seus pertences. 

— Não vou cair nessa, senhorita! 

— Certo, certo. Mil desculpas. — Assentiu para a enfermeira como quem tinha entendido a mensagem. Voltou-se para Marinette. — Vou indo, Mari. Conto com você.

— Alya? — Chamou Marinette quando a amiga já fechava a porta. 

— Oi?

— Não vá só, ok? 

Ela sorriu e assentiu. O nó no peito de Marinette pareceu aumentar. 

Um barulho do lado de fora da janela atraiu sua atenção. Levantou da cama, meio mancando, para olhar o que acontecia. Uma tempestade de areia, que vinha da rua próxima a sua escola, circulava perigosamente, como um furacão.

— Akuma. — Tikki anunciou, flutuando sobre o ombro de Marinette.

Marinette correu para trancar a porta do quarto e então olhou para sua kwami. 

— Tikki, transformar! 

                                      ***

 

— Chat Noir! — Gritou a estranha através da ventania. — Você está atrasado!

Chat Noir franziu o cenho. Quem era  aquela garota ele não sabia, mas parecia ser ajuda. E isso era bom.

— Desculpe-me, mas não escutei o alarme. — Disse, logo que chegou ao lado da loira vestida em amarelo e preto.

— Acho melhor você verificar da próxima vez. — Ela piscou e sorriu, pouco antes de uma nuvem de poeira a cercar. — Meu cabelo vai ficar horrível, sua cabeça de vento!

— Ei! Eu faço isso! — Reclamou Chat Noir expandindo o bastão. — Primeiro a Rena Rouge, agora você?! Tem mais alguém querendo pegar meus trocadilhos?

Os alunos da escola se afastaram, balançando a cabeça.

— Então tudo bem! Agora se escondam num lugar seguro que cuidamos do resto!

Voltou a atenção para a vilã. Quanto mais irritada ficava com as investidas da loira misteriosa, mais a ventania de Névoa Seca se intensificava.

Chat Noir pulou sobre um carro, tentando se aproximar da luta. Desviou de uma placa que voou em sua direção e pulou sobre a menina akumatizada. Quando desabaram, a tempestade de areia baixou por apenas alguns segundos, mas logo Névoa Seca se recuperou e se desvencilhou do gato, arremessado-o na vitrine de uma loja de roupas. 

A dor nas costas tirou seu fôlego. Quando jogou a cabeça para trás, resmungando um palavrão, viu um garotinho assustado, parado ao lado da mãe.

— Não pode falar palavrão! Tá vendo o que acontece se você falar esse nome feio? — Disse Chat Noir se levantando em meio ao vidro e os manequins quebrados.

O menino fez um bico de choro, então a mãe puxou o filho para trás de uma arara de roupas e apontou para fora.

A garota loira estava em frente a vitrine destruída, olhando de cara feia para Chat Noir.

— Sinceramente, Chat Noir! Eu adorava aquele look que você destruiu. — Ela balançou a cabeça, abanou a mão no ar e apontou para o vento que começava a soprar violentamente pelas ruas. — Bem, eu quase consegui acabar com ela, mas você atrapalhou. Agora ela está mais irritada. Resolva.

O gato assentiu e bateu continência.

— Sim, senhora! — E pulou para fora da loja, rindo da garota. 

Escalou um prédio mais baixo. Procurando Névoa Seca. Ela manifestava sua ira contra a escola. As paredes da estrutura começavam a soltar cimento, se desfazendo em pó.

— O que ela quer? — Perguntou quando a loira parou ao seu lado. 

— Não faço ideia do que possa ser interessante para uma vilã como ela. 

Chat Noir viu quando Rena Rouge chegou antes da garota. Ele conhecia os truques de ilusão dela melhor que a nova heroína.

— O que estou perdendo? — Perguntou ela a Chat Noir, assustando a nova companheira de luta. 

— Tem alguma coisa que ela quer na escola. — Respondeu Chat Noir, olhando para Névoa Seca enquanto girava o bastão nas mãos. 

Rena Rouge olhou para o prédio da escola e sua expressão clareou.

— É isso! — Virou-se para os dois heróis. — Uma exposição! 

— Vamos, temos que encontrar o Akuma.

— Só mais uma coisa. — Rena Rouge ergueu um dedo, pedindo que os outros dois esperassem. — Quem é você? — Perguntou para a loira.

A garota sorriu. Um sorriso realmente bonito.

— Queen Bee. 


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Notas finais do capítulo

GENTE, DESCULPA SE OS TITULOS SÃO MUITO NADA A VER ~mais ou menos~ Porem, minha criatividade pra um titulo que dê um resumão em tudo é escassa. Já tô escrevendo o próximo. Desculpem a demora hehehe



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