O Sol em meio à tempestade escrita por nsbenzo


Capítulo 73
Capítulo 72


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/709821/chapter/73

Eu estava completamente fora de mim, mas diferente do que Katniss achava, não era com ela que eu gostaria de brigar.

Na verdade, em meio a raiva que eu sentia de Johanna, e suas jogadas inescrupulosas, eu me sentia comovido e orgulhoso, por todo o sacrifício que Katniss vinha fazendo por mim, mesmo que não fosse só por minha causa que ela estivesse negociando com o diabo.

Saber que a minha pequena estava fazendo tudo aquilo, também para me ter completamente pra ela, havia sido uma das poucas coisas que eu gostei de ouvir, de toda aquela conversa com Annie.

Antes que eu seja julgado, por ouvir atrás da porta, devo ressaltar que eu fui, inocentemente, saber se estava tudo bem, e acabei encontrando a porta meio aberta. Então, acabei ouvindo Katniss contar sobre como ela quis bater em Mason. Depois daquilo, meus pés, simplesmente grudaram no chão, a ponto de não conseguir me mover, por longos minutos, enquanto ouvia quase todo o seu relato.

Apertei o volante do carro, sentindo meus dentes rangerem, ao travar o maxilar.

O fato é que eu nunca devia ter deixado Katniss a frente disso. Eu conhecia muito bem a pessoa sem limites que Johanna era, e eu me sentia culpado por toda aquela confusão que Katniss vinha passando, só para conseguir uma fortuna, para a pessoa que, no fundo eu sabia, não tinha a menor intenção de pagar qualquer dívida, e sim, gastar todo o dinheiro, em qualquer merda que a satisfizesse.

Meu celular tocava constantemente no console do carro, e eu não precisava olhar, para saber que o nome “pequena” aparecia na tela.

Eu não tinha intenção de deixa-la preocupada, mas eu sabia que se nos falássemos, eu acabaria cedendo, e voltaria pra casa, sem fazer o que eu realmente precisava fazer, por isso, reduzi a velocidade, e enviei uma rápida mensagem de texto para Katniss.

 

Não se preocupe, está tudo bem

Só preciso fazer isso[06:52 PM]

 

 

E depois disso, deixei meu celular no mudo, e o joguei de volta no console, voltando a dar total atenção a rua, em que eu havia entrado.

Se tinha alguém que poderia saber alguma coisa sobre o paradeiro de Johanna, eram seus pais, que eu não via desde que ela sumiu de Detroit, me deixando cheio de dívidas, e com um divórcio não resolvido. E apesar deles não terem me ajudado em nada na época, coisa que eu sabia que era para proteger a filha, eu não tinha outra escolha, a não ser tentar bater na porta da pequena casa, que parecia querer cair a qualquer momento.

Precisei bater, ao menos, três vezes, antes de ouvir uma voz feminina resmungar do lado de dentro:

Quem é?

A voz estava abafada, pelo fato da porta ainda estar fechada, mas eu a conhecia bem.

— Peeta – foi a única coisa que consegui soltar, sem rosnar.

As dobradiças rangeram, quando a porta se abriu minimamente, e foi tudo o que eu precisei para empurrar a madeira com força, ganhando espaço para entrar, enquanto Johanna quase caía pra trás.

— Que merda é essa?

— Você está sozinha? – questionei, encarando seu semblante confuso.

Sua expressão suavizou, e logo Johanna sorria.

— Achei que esse momento nunca chegaria... – ela soltou, batendo a porta, antes de iniciar uma caminhada lenta em minha direção.

Soltei uma risada sem humor, e balancei a cabeça, antes de voltar a ficar sério, e eu mesmo cortar a distância entre nós dois, para segurar seus braços, e empurra-la contra a parede mais próxima.

— Ai – Johanna resmungou. – Tudo bem. Podemos fazer desse jeito, se é o que quer – ela voltou a sorrir, mas eu apenas apertei mais seus pulsos, causando-lhe uma careta.

— Vou aceitar essa sua ceninha, como resposta para a minha pergunta – falei, entre dentes. – Agora, eu vou falar, e você vai ouvir, antes que eu enlouqueça, e faça uma besteira – alertei. – Entendeu? – soltei, quase rosnando, mas Johanna, com aquele famoso olhar de deboche, não me respondeu. – Você não tinha o direito de envolver Katniss dessa forma, nas suas tramoias.

— Ela quem pediu pra conversar comigo, e ela quem aceitou a minha proposta – Johanna disse, movendo os braços, para tentar se soltar. – Será que podemos conversar sem que você esteja me apertando desse jeito?

— Não – eu a puxei pra frente, apenas para voltar a empurra-la contra a parede. Johanna soltou um gemido baixinho, e por um segundo, eu me preocupei se eu teria a machucado, mas não a ponto de solta-la. – E eu disse pra você ouvir. Isso significa, que é pra calar a merda da boca – disse entre dentes. – A propósito, sabe o dinheiro que você queria? Não vai ver nem um centavo dele. E quer saber do que mais? Você vai assinar a porra do divórcio agora mesmo.

— Se você me machucar, vai perder toda a razão, Mellark – Johanna disse, apontando com os olhos, onde minhas mãos seguravam.

Respirei fundo, e quando soltei o ar, acabei abrindo um sorriso, que parecia estranho até pra mim. Lentamente, soltei seus pulsos, dando um pequeno passo pra trás.

— Muito bem. Está inteira? – perguntei com sarcasmo, cruzando os braços.

Johanna esfregou um pulso, depois o outro, antes de voltar a me encarar.

— O que te faz pensar que eu assinaria alguma coisa, a essa altura do campeonato?

— Sei lá... – dei de ombros. – Talvez se eu for atrás de provas da sua jogatina ilegal em Cleveland, já que Nova Iorque é grande demais, podemos chegar em um acordo sobre o assunto... – ameacei, sorrindo novamente, percebendo seu olhar desafiador, vacilar minimamente. – Ou, quem sabe, provar sobre as suas ameaças contra a minha atual namorada. Não é difícil, já que Katniss recebeu mensagens sua, hoje – descruzei os braços, e ergui dois dedos da mão direita. – Já foram dois motivos pra você colaborar. Vejamos o que mais... – fingi pensar, antes de prosseguir: – Tentativa de extorsão – ergui mais um dedo –, danos financeiros e psicológicos, ao seu marido abandonado – mais um dedo –, e por fim, eu chamando Delly pra te dar a surra que eu não posso – olhei a minha mão aberta, e voltei a fitar o rosto de Johanna, que já não parecia tão afim de discutir. – Olha só. Uma mão inteira de motivos, pra você colaborar.

Johanna me analisou devagar, enquanto eu abaixava a mão, e acabou abrindo um sorriso.

— Você ainda consegue me surpreender, Peeta – disse ela, passando a ponta do dedo indicador na gola da minha camisa, o que me obrigou a empurrar sua mão pra baixo, irritado. Johanna ainda sorria, parecendo se divertir com a minha reação. – Eu não achei que fosse tão protetor assim. Isso só pode significar que adotou a garota, não é? Faria sentido, porque não teria outra explicação pra você estar com uma criança como ela.

Travei o maxilar, e no segundo seguinte, eu segurava seu rosto, usando apenas a mão direita, onde meu polegar pressionava uma bochecha, e os outros dedos, pressionavam a outra.

— Katniss é muito mais mulher, do que você já foi um dia – soltei entre dentes, enquanto ela fazia uma careta.

Johanna espalmou as mãos em meu peito, e me empurrou com uma força que me surpreendeu, mas apenas a ponto de solta-la.

— Se ela é tão mulher assim, por que você está aqui? – perguntou, com um sorriso no canto dos lábios. – Sei que o divórcio é de seu interesse, mas não foi com você que eu negociei – esclareceu, quando franzi o cenho, confuso. – Ela quem devia estar reclamando do valor, não acha?

— Sim, você tem razão – concordei. – Katniss quem deveria estar aqui, porque eu prometi que não me envolveria no acordo de vocês – Johanna elevou a sobrancelha, com um sorriso esperto. – Mas eu ter quebrado essa promessa, não foi por não acreditar que ela seria capaz de resolver. Foi por ver o quanto a situação está mexendo com ela, e me preocupar no quanto isso pode afetar o bebê.

— Espero que não esteja se referindo a ela como bebê, Peeta, porque, francamente... – ela parou de falar, quando neguei com a cabeça devagar. Johanna arqueou as sobrancelhas. – Você vai ser pai? – algo estranho passou por seus olhos, quando a pergunta escapou de sua boca.

— Sim – respondi secamente, passando a mão direita por meus cabelos. – E é por isso que eu estou aqui, e não ela... Mas se preferir, daqui alguns meses, ao invés da Delly, posso deixar a Katniss te bater. Soube que ela sentiu essa vontade, enquanto negociavam.

Johanna engoliu com dificuldade, e se esforçou pra abrir um sorriso.

— Ela não daria conta... – sua voz saiu baixa, me fazendo franzir o cenho, enquanto seus olhos estudavam o meu rosto. – Você está feliz?

— Como nunca estive antes – respondi, sem hesitar.

Os olhos de Johanna brilharam, mas antes que eu conseguisse compreender o que estava acontecendo, ela finalmente se moveu, pra desencostar da parede, e se afastar de mim.

— Eu não sabia que você queria ser pai – comentou, com a voz levemente insegura.

Eu poderia dizer que Johanna não sabia daquilo, e de várias outras coisas, por, simplesmente, ter sido egoísta demais em nosso relacionamento, mas algo em meu coração, me fez conter a vontade de jogar qualquer coisa na cara dela, enquanto me virava para assisti-la caminhar pela sala.

— Bom. Agora sabe – foi a minha resposta.

Johanna parou de costas pra mim, e percebi quando ela ergueu as mãos, para passa-las no rosto, antes de voltar a me encarar.

— Precisamos de um novo acordo. Dessa vez, eu e você.

De cenho franzido, para a estranha seriedade em sua voz, e por seu semblante minimamente abatido, eu assenti com a cabeça.

— Tudo bem. E como será? – perguntei.

— Ainda quero o meu dinheiro – Johanna falou, e quando fiz menção de retrucar, ela ergueu a mão direita, com o dedo indicador levantado, e prosseguiu, ao notar que eu havia fechado a boca: – Eu preciso dele, Peeta.

— É muita coisa, Johanna – falei, passando a mão por meus cabelos. – Posso te dar só cinco mil, e garantir que os cinco motivos para colaborar, ficarão só entre nós dois. Em troca, você assina o divórcio, e some da minha vida.

Algo em sua pose de negociante vacilou com a minha última frase, mas logo Johanna fez questão de empinar o nariz, enquanto cruzava os braços.

— Sete mil – contrapôs.

— Seis, e nós vamos agora mesmo até o meu advogado.

Ela elevou uma sobrancelha.

— E quando você pretende me pagar? – questionou, desconfiada.

— Segunda-feira eu dou um jeito nisso. O banco nem está funcionando a essa hora, e amanhã é domingo – argumentei.

— Então, segunda-feira você volta com o dinheiro, e com os papeis – disse, em seu tom petulante.

Respirei fundo, soltando o ar pela boca, enquanto coçava a nuca com força.

— Certo. Venho depois do serviço – garanti.

— Acredite... Eu não sairei daqui – seu tom de voz tinha uma ponta de fragilidade, que me fez franzir o cenho.

— E o que isso significa? – questionei.

Ela pareceu se dar conta do que havia dito, e acabou dando um de seus sorrisos debochados, descruzando os braços.

— Exatamente o que você entendeu – foi sua resposta evasiva. – Agora, se me der licença, eu tenho mais o que fazer – ela andou até a porta, e a abriu, ficando, praticamente escondida atrás da madeira. – Mande um “oi” para Katniss, por mim – Johanna disse, assim que saí da casa, e não demorou pra bater a porta.

Logo ouvi o som da chave, me trancando pra fora.

O caminho de volta, foi bem mais tranquilo, apesar de eu me sentir incomodado com algumas atitudes de Johanna naquela noite. Era claro que algo mais estava acontecendo. Eu só não havia conseguido decifrar suas reações esquisitas, talvez, pelo simples fato de ter pressa em querer acabar com aquela palhaçada, o mais rápido possível.

Quando entrei na rua, enxerguei os carros estacionados em frente de casa, e foi só naquele momento que eu lembrei do jantar, e imaginei o quanto a minha namorada estaria preocupada, e talvez, até irritada comigo.

Passei a mão por meus cabelos, com certa força, sentindo alguns fios serem puxados entre meus dedos, antes que eu usasse a mesma mão para abrir a porta do carro.

Quando coloquei os pés na calçada, me dei conta do par de olhos que me observavam da varanda de casa, fazendo meu coração dar uma pequena acelerada.

Katniss estava sozinha, sentada no degrau mais alto, e com os pés no degrau de baixo, deixando suas pernas dobradas, cobertas até os joelhos pelo simples vestido que ela usava.

Ainda parado próximo ao meu veículo já fechado, era difícil enxergar sua expressão, por isso, apesar de me sentir culpado a ponto de estar levemente envergonhado, por tê-la deixado pra trás, sem ao menos me desculpar por ouvir sua conversa com Annie, decidi me aproximar.

Caminhei a passos lentos em sua direção, notando que seu olhar, que até então eu identificava apenas como um olhar preocupado e apreensivo, acompanhava meus movimentos.

Ela se moveu levemente em direção a coluna de madeira a sua direita, que dava início ao pequeno corrimão, quando fiquei a sua frente. Voltei a enfiar os dedos nos meus fios já bagunçados, para, em seguida, atender seu pedido mudo, sentando-me ao seu lado esquerdo.

Ficamos em silêncio por algum tempo, enquanto meus olhos encaravam a rua sem movimento, e meus ouvidos captavam o falatório que vinha do lado de dentro da casa.

— Você foi atrás dela? – a pergunta veio em tom neutro, me obrigando a mover a cabeça para fita-la.

A minha pequena já olhava em minha direção, e mantinha um olhar estranhamente calmo, apesar de eu notar, uma ponta de irritação, pelo quase bico que se formava em sua boca.

Suspirei.

— Sim. Eu fui até ela – respondi.

Seus braços, que até então, estavam apoiados em suas pernas, mantendo o celular entre suas mãos, se cruzaram instantaneamente, em uma clássica posição de defesa. Porém, para o meu alívio, Katniss não disse nada, e isso me deu tempo de voltar a falar:

— Sinto muito por quebrar a minha promessa – soltei, e isso só a fez estreitar os olhos. – Mas desde o início eu te disse, que faria qualquer coisa para te proteger. Eu cheguei até a prometer ao seu pai que cuidaria de você, pequena – ao mencionar Jared, Katniss moveu os braços levemente contra o peito, como se estivesse incomodada, mas continuou calada. – E te proteger, sempre vai ficar acima de qualquer coisa.

— Eu não precisava de proteção – ela finalmente se manifestou, exasperada. – Eu precisava que você confiasse em mim.

— E eu confio – falei sem hesitar, fazendo Katniss elevar uma sobrancelha. – Eu sei que você seria capaz de dar um jeito nisso tudo sem mim. Tanto é que você aguentou firme, sem dizer uma palavra, mesmo quando se viu desesperada, sem saber o que fazer – argumentei. – Mas eu me vi tão fora de mim, quando escutei tudo aquilo, que... – dei uma pausa, vasculhando seu rosto irritado. – A propósito, sinto muito por ter ouvido. Não foi por querer – me desculpei, e notei uma pequena ponta de satisfação em seus olhos, que ainda encaravam os meus. – O caso é que eu só fui perceber que não era só por você, que eu estava tão furioso, quando confessei a Johanna.

— Como assim? – perguntou, com uma expressão confusa.

— Você está carregando o nosso bebê, amor – minha voz saiu suave, quase como se eu segredasse algo a ela, e, naquele momento, foi como se eu sentisse toda a tensão na postura de Katniss, se diluindo aos poucos. – Assim como você vai passar a viver por dois, eu também vou estar sentindo preocupação em dobro, instinto de proteção em dobro... Amor em dobro – tentei explicar o que meu coração acelerado tentava dizer, enquanto assistia os olhos de Katniss brilharem com lágrimas. – E é por isso que, apesar de sentir muito por quebrar a promessa que eu fiz, não estou arrependido. Com certeza, eu faria de novo, se fosse para proteger você e o nosso bebê.

Quando me calei, algumas lágrimas já haviam escapado dos olhos cinzentos que eu tanto amava, e sem dizer nada, Katniss tocou ternamente a minha bochecha esquerda, antes de me beijar carinhosamente.

— Você realmente sabe o que dizer para me amolecer – ela comentou, pouco tempo depois, quando já havíamos nos separado. – E eu te amo ainda mais, por isso – sua voz saiu mais baixa, e eu sorri, apertando levemente sua coxa, onde minha mão havia se espalmado em algum momento. Katniss abriu um pequeno sorriso, mas logo o fechou, para morder o lábio inferior nervosamente. – Como foi com a Johanna?

Suspirei baixo, antes de alcançar a mão dela.

Eu queria contar sobre tudo o que aconteceu na casa dos pais de Johanna para Katniss, naquele mesmo instante. Porque, apesar de estar satisfeito com o fato de termos nos acertado, sem iniciarmos uma briga, eu também estava angustiado, sentindo uma pressão incomoda na cabeça, devido ao estresse que parecia percorrer por todo o meu corpo, o que me fazia ter uma necessidade de desabafar o mais rápido possível.

Mas quando pensei em abrir a boca, notei que o som do falatório dos nossos convidados, havia se reduzido um pouco, nos últimos segundos.

— Talvez devêssemos conversar depois... – sugeri, e Katniss franziu o cenho. – Não acredito que tenhamos muito tempo, agora que a conversa lá dentro diminuiu – expliquei, fazendo-a olhar em direção a porta fechada, antes de voltar a me fitar, com ar de entendimento. – E, afinal de contas, somos os anfitriões, e estamos do lado de fora – comentei, quase sorrindo, enquanto levantava, e a puxava comigo.

— Tudo bem... – Katniss concordou, ao se colocar de pé. – Mas você vai ter que me contar – avisou, em um tom firme, soltando a minha mão, para ajeitar a saia de seu vestido.

— Eu contarei, pequena – afirmei. – Eu me meti em sua negociação. Nada mais justo do que te colocar a par dos acontecimentos.

Ela ergueu o olhar, mais uma vez brilhante, pra mim, e dessa vez seu sorriso foi um pouco maior.

— Obrigada – Katniss agradeceu, se aproximando para selar nossos lábios. – Então vamos pra dentro... Temos uma notícia para dar – soltou, um pouco mais animada, com um sorriso ansioso em seu rosto perfeito, e com a mão estendida em minha direção.

Segurei sua mão, entrelaçando nossos dedos, e abri um sorriso pra ela.

— Sim. Nós temos.

E, deixando um pouco de lado toda a tensão que a situação com Johanna acarretava, eu entrei com a minha pequena, certo de que, não importava como ou quando aquilo acabaria.

Katniss estaria comigo, e isso era o suficiente, para fazer meu coração se acalmar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Beijos ♥