O Sol em meio à tempestade escrita por nsbenzo


Capítulo 30
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Oi gente.
Peço desculpas pela demora. Eu sempre deixo os capítulos prontos, mas na quinta feira, passei por algo que me deixou pra baixo, então não tive coragem nem para estar corrigindo o capítulo.
Então, como pedido de desculpas, estou postando esse, que eu acabei escrevendo para postar antes do capítulo que já estava preparado para ser o próximo, apenas para vocês ficarem mais encantados com as primeiras horas de namoro Peetniss kk
Enfim. Boa leitura *-*



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— Katniss. – uma voz grave, porém suave, me fez abrir os olhos devagar.

Demorei a perceber que ainda estava deitada em uma barraca, e demorei um pouco mais para notar que eu estava dormindo quase em cima do corpo de Peeta. Como se eu tivesse tomado um choque, eu rolei rapidamente para o lado, sentindo meu corpo cair sobre a cama improvisada dele, que não passava de um cobertor, o que, consequentemente, havia me causado uma pequena dor ao atingir o chão.

— Ei. Calma. – ele disse divertido, e eu acabei virando o rosto para olha-lo. – Te assustei?

Respirei fundo e devagar, antes de olhar para o teto de lona e passar as mãos por meu rosto.

— Não foi, exatamente, você que me assustou. – falei corada, saindo da quentura do cobertor que nos cobria, e sentei. – Que horas são? – questionei, esfregando os olhos com a parte de trás dos meus dedos indicadores, antes de olhar de volta para Peeta.

Ele ergueu o braço direito, e com a mão esquerda, ele apertou o botão lateral do relógio que estava em seu pulso, fazendo a luz azul do mesmo acender, permitindo que Peeta enxergasse as horas. Ele virou a cabeça em minha direção, com um sorriso culpado nos lábios, depois de abaixar o braço.

— Quase quatro horas da madrugada. – Peeta soltou, e acabou rindo baixo.

Estranhamente não estava tão escuro. Talvez fosse o pouco da fogueira que ainda queimava do lado de fora, somado ao dia que clarearia em pouco tempo.

— Por que me acordou a essa hora? – perguntei claramente confusa, franzindo o cenho.

— Porque meu braço estava formigando. – ele riu um pouco mais. – Você se mexeu muito enquanto dormia, e deitou de mau jeito sobre ele. – explicou.

Senti meu rosto todo esquentar, mas não o respondi. Apenas suspirei, me movendo em seguida, até estar sentada em pose de meditação.

— Foi algum pesadelo? – Peeta perguntou, depois de me analisar por breves segundos.

— Não lembro. – disse sincera, bocejando. – É impressão minha ou parece que aqui já chegou o inverno? – questionei, estremecendo, enquanto esfregava uma mão na outra, tentando esquenta-las.

Senti um cutucão em minha cintura, o que me fez dar um pulinho, e parar o que estava fazendo. Virei o rosto para encarar Peeta, que sorria em minha direção. Antes que eu pudesse reclamar sobre sua provocação, ele se moveu, e seu braço alcançou meu corpo, passando por trás de mim, e ao redor da minha cintura. Em um movimento rápido, Peeta me puxou com certa força, me surpreendendo, e me fazendo cair desajeitada sobre seu corpo.

Minhas bochechas esquentaram instantaneamente, e meu coração acelerou, ao sentir seu abraço ao redor da minha cintura.

Me ajeitei sobre ele, para não machuca-lo, e olhei em seus olhos, dando um sorriso tímido.

— O que você quer, Peeta? – perguntei em um sussurro.

Ele soltou um riso, e me apertou.

— Só quero te esquentar, pequena. – respondeu, dando um sorriso torto.

— Acho que se eu entrar embaixo do cobertor, talvez me ajude de alguma forma. – elevei a sobrancelha esquerda, evitando sorrir de volta pra ele.

— Talvez se eu te beijar, também ajude. – rebateu.

Acabei sorrindo, mesmo sentindo que estava corada novamente, e me aproximei um pouco mais, deixando nossos narizes se tocarem. Fitei os olhos dele por mais alguns segundos, antes de entortar levemente a cabeça para a direita, e deixar nossos lábios se tocarem delicadamente. Peeta permaneceu atento, mas não fez menção de iniciar o beijo, assim como eu também não. Eu apenas me aproveitava da sensação gostosa que era sentir a quentura de seus lábios finos nos meus. Dei um meio sorriso, e me afastei alguns milímetros, apenas para voltar a olhar em seus olhos. Peeta sorrio de volta, e ergueu a cabeça, cortando a distância apenas para segurar meu lábio inferior entre os dentes e soltar, voltando a sua posição anterior.

Senti meu rosto, assim também como meu corpo, esquentar mais com seu ato, o que me fez fechar os olhos, sentindo algo se agitar em meu estomago. Respirei fundo, e assim que fiz menção de rolar para o lado novamente, Peeta me soltou do abraço, permitindo-me sair de cima dele.

— Você está bem? – Peeta perguntou.

Abri os olhos, e virei o rosto pra ele. Sorri ao notar a preocupação estampada em sua feição.

— Estou. Só preciso me acostumar com... – mordi o canto esquerdo do lábio inferior. – Com nós dois. – completei, e desviei o olhar, enquanto tentava me enfiar embaixo do cobertor novamente.

— Eu te ajudo a se acostumar rapidinho. – ele respondeu divertido, e eu voltei a olha-lo. – E não estamos fazendo nada que já não tenhamos feito antes. Trocamos alguns beijos. A diferença é que eu já não me sinto inseguro por beija-la.

Peeta me puxou devagar, até eu estar sobre seu braço de novo. Dessa vez me ajeitei até estar com a cabeça encostada em seu ombro.

— Acho que isso é a melhor parte. – falei timidamente, escondendo o rosto em seu pescoço. – Ser pega de surpresa, sem precisar ficar me martirizando por ter sido beijada por um amigo. – ri silenciosamente, quando o ouvi rir.

Minha fala contra sua pele, havia causado arrepios em Peeta, mas ele não disse nada. Apenas me apertou contra a lateral de seu corpo.

— Você realmente me considerava apenas um amigo? – perguntou.

— Eu tentei. – ergui a cabeça para poder olha-lo. – Mas... – voltei a esconder o rosto em seu pescoço, sentindo-me envergonhada pelo o que eu diria em seguida. – Toda vez que você chegava perto demais, quase me beijando, parte de mim cedia.

— Então por que você parecia fugir de mim?

— Porque eu tentava fugir. – falei sinceramente.

— Na festa de Halloween, foi apenas você fugindo então?

Voltei a elevar a cabeça, e o olhei.

— Aquele dia eu só fugi por culpa do local em que estávamos, e pela quantidade de gente. – confessei. – Em outra situação... Eu teria deixado acontecer. – com certeza eu ainda estava corada, mas permaneci com os olhos nele.

— Você realmente não gosta de se expor, não é? – questionou, analisando meu rosto.

— Nunca gostei. – passei meu braço sobre seu abdômen, e deixei meu rosto se esconder novamente em seu pescoço. – É horrível.

Peeta ficou em silêncio por alguns instantes, e eu continuei imóvel, apenas sentindo o cheiro gostoso de sua pele em minhas narinas.

— Posso perguntar uma coisa? – ele voltou a falar.

— Claro. – respondi em tom baixo, fazendo-o se arrepiar novamente.

— Você não vai querer contar pra ninguém sobre nosso namoro, não é? – indagou.

Me movi, elevando levemente meu tronco, para poder enxergar melhor o rosto de Peeta.

Eu tinha muitos motivos para dar preferência a privacidade, e o maior deles denominava-se Annabelle. Assim que ela ficasse sabendo sobre nós dois, eu passaria mais vergonha do que o necessário, e momentaneamente, isso não estava nos meus planos, já que a vergonha que eu sentia com Peeta, não chegava nem perto da vergonha que minha irmã me fazia passar desde sempre.

Mordi o lábio inferior, ainda analisando a feição tranquila dele.

— Você se chatearia com isso? – perguntei.

— Claro que não. – Peeta sorrio pra mim. – Sei que sua irmã não ajudaria em nada.

— É exatamente por culpa dela. Os outros até brincam comigo, mas a Annie... – suspirei. – Eu a amo, mas ela é terrível. – balancei levemente a cabeça. – Eu cheguei a pensar em te falar sobre o assunto, mas não sabia como dizer. – confessei, e logo senti sua mão tocar minha cintura. – É temporário. Eu prometo.

— Por mim tudo bem. – Peeta disse, empurrando-me para o lado com delicadeza, fazendo meu coração acelerar novamente, assim que ele se pôs sobre meu corpo, apoiando uma mão de cada lado da minha cabeça. Mordi o canto do lábio inferior, vendo-o se aproximar. Seu rosto se aproximou do meu ouvido esquerdo. – Vou gostar da ideia de te beijar as escondidas. – ele sussurrou, causando-me arrepios. Peeta moveu a cabeça, ficando cara a cara comigo. – Talvez você também goste. – ele deixou seu corpo pesar levemente sobre o meu, mantendo o restante do seu peso apenas com sua mão esquerda, enquanto, com a mão direita, ele alcançava a lateral do meu pescoço. – Não acha? – questionou, deixando seus dedos tocarem a lateral do meu rosto.

Minha respiração estava alterada, mas acabei sorrindo pra Peeta, que não deixou de sorrir pra mim. Eu apenas afirmei com a cabeça, tentando me concentrar nas novas sensações que ele me causava, e não na vergonha que se alastrava por todo o meu corpo.

Peeta manteve o sorriso intacto, e se aproximou mais, fazendo-me fechar os olhos. Nossos lábios se encontraram em um beijo que se iniciou logo, em um ritmo lento. Eu sorri contra sua boca, e alcancei a borda do cobertor, cobrindo melhor suas costas. Em seguida subi as mãos por baixo do mesmo, alcançando a nuca de Peeta.

Talvez eu não tivesse muito com o que me acostumar. Não quando as coisas pareciam simplesmente fluir entre nós dois.

 

~||~

 

— Será que eles vão saber que estamos aqui? – Peeta perguntou.

— Acho que sim. Nossas coisas não estão mais lá. Não teria outro lugar para estarmos. – dei levemente de ombros, apertando a mão dele, que estava presa a minha desde que iniciamos a descida até a praia.

Depois que acordamos na madrugada, nós não voltamos a dormir. Trocamos alguns beijos, e conversamos um pouco, até Peeta dar a ideia de descer a trilha, assim aproveitaríamos parte do nascer do sol quando chegássemos à praia.

Estávamos há alguns minutos, sentados na areia, apenas observando o horizonte. Nossas mochilas estavam jogadas de qualquer jeito próximas a nós dois, e não havíamos trocado nenhuma palavra desde que chegamos a praia, até Peeta questionar sobre os outros.

— A não ser o resto da ilha. – Peeta me respondeu, e eu virei o rosto para olha-lo. Ele já me olhava, com um sorriso torto, e não perdeu tempo, em unir nossos lábios em um beijo rápido. – Podíamos achar algum lugar na ilha. – voltou a falar assim que se afastou de mim. – Moraríamos aqui, e viveríamos de pesca. – ele sugeriu sério, mas eu acabei rindo. – Não estou brincando. Assim poderíamos ficar a sós, sem precisarmos nos preocupar com os outros. – sussurrou, olhando em meus olhos.

Mordi o canto do lábio inferior, e deixei meus olhos passearem por seu rosto.

— Estamos namorando há algumas horas, e você já quer ficar a sós comigo? – fingi incredulidade, mas acabei corando com a minha própria piada.

Peeta soltou uma risada quase sem som, e puxou minha mão, que ele ainda segurava, até ter o dorso dela contra seus lábios.

— Desculpa. – murmurou, abaixando nossas mãos, e descendo seu olhar até elas. – Não quis dar a entender outra coisa. Foi brincadeira.

O que raramente acontecia, acabava de acontecer. Peeta estava completamente sem graça, e eu chegava a crer que suas bochechas haviam corado também, o que me fez rir silenciosamente.

— Como você consegue? – questionei, fazendo-o erguer os olhos pra mim. Ele pareceu confuso, com as sobrancelhas ligeiramente unidas. – Ser tão fofo. – respondi sua pergunta muda, mordendo o lábio inferior.

— Acho que é um dom. – Peeta respondeu, dando um sorriso divertido, e piscou com o olho direito pra mim.

— Convencido. – comecei a mover meu dedo médio, acariciando a pele das costas de sua mão, enquanto o analisava. Ficamos em silêncio, apenas nos olhando, até que eu decidi voltar a falar. – O que te fez me dizer aquelas coisas ontem? – perguntei.

— Eu estava esperando o momento certo. – respondeu, virando o rosto para frente, e parando seus olhos no horizonte. – Mas ele nunca parecia chegar. – o corpo de Peeta balançou levemente com um riso silencioso. – Ai acabei soltando sem querer sobre sentir algo por você, e você insistiu tanto... – ele voltou a virar a cabeça para me olhar. – Eu não conseguiria mentir.

— Poderíamos estar namorando há mais tempo se tivesse me dito antes. – brinquei, dando um sorriso.

— Acho que você não estava preparada para ter um Mellark só pra você. – respondeu, com um sorriso convencido. – É algo esplendoroso demais.

— Você não para né? – soltei sua mão, para dar um tapinha em seu braço. – Não sei como aguento.

Ele havia recuado assim que o acertei, e ria, enquanto eu o encarava com a feição séria.

— Você aguenta porque é louca por mim. – Peeta retrucou.

Estreitei os olhos, e o empurrei com força, fazendo-o cair de costas na areia.

— Ai. – resmungou, olhando pra mim.

— É pra você aprender a ser menos convencido. – quando fiz menção de ficar em pé, senti a mão de Peeta segurar meu pulso.

Voltei a olha-lo, notando seu sorriso torto surgindo aos poucos. Contive um suspiro, e me mantive imóvel, encarando-o. Ele demorou para agir, mas dessa vez não me surpreendeu quando me puxou um pouco mais. Eu cedi facilmente ao seu pedido, e deixei meu corpo se curvar em sua direção, até ter o rosto próximo ao dele.

— Você gosta menos de mim quando estou sendo convencido? – questionou em voz baixa.

— Com certeza. – menti, fazendo-o arquear as sobrancelhas em surpresa. Ri baixo, e me aproximei mais, roçando nossos lábios. – Claro que não, Peeta. – respondi, sentindo sua respiração quente. – Eu te conheci assim, lembra? – questionei, afastando-me levemente para olha-lo.

— Justo. – ele afirmou com a cabeça. Sua mão soltou meu pulso, e deslizou até estar em minha cintura. – Você está sentindo aquela felicidade momentânea? – perguntou.

Dei um pequeno sorriso, e balancei a cabeça em negativa.

— Não acho que seja momentânea. – respondi quase em um sussurro, sentindo minhas bochechas corarem.

O sorriso de Peeta foi tão largo, que não consegui me conter, e acabei unindo nossos lábios de vez. Ele não chegou a corresponder de verdade, e não demorou a me empurrar, fazendo-me cair deitada ao seu lado.

— Peeta. – resmunguei, mas não tive tempo para reclamar mais.

Logo seu corpo estava sobre o meu. Seu rosto estava com uma expressão feliz, acompanhando o sorriso sincero em seus lábios. Suas mãos foram parar uma de cada lado da minha cabeça.

— Eu vou levar areia pra casa desse jeito. – dei um meio sorriso ao notar que a areia das roupas dele, caiam sobre mim. – Você vai limpar, caso isso aconteça.

Peeta se aproximou mais, e roçou o nariz contra o meu.

— Sou seu namorado, não seu empregado. – sussurrou, me fazendo estreitar os olhos. Ele se afastou para me olhar, e soltou uma risada gostosa. – Eu faria qualquer coisa por você, Katniss. Até limpar seu apartamento. – falou parecendo sincero, me fazendo corar instantaneamente.

Peeta sorrio pra mim, e se aproximou devagar. Eu estava pronta para fechar os olhos, quando ele ergueu a cabeça, desviando o olhar em direção a trilha. Em seguida seu corpo já não estava mais sobre o meu. Virei o rosto para olha-lo, podendo vê-lo sentando ao meu lado.

— Eu disse que precisávamos fugir para ficarmos a sós. – Peeta comentou.

Sentei devagar, com o cenho franzido, e virei a cabeça para trás. Madge vinha na frente, sendo seguida por Gale. Logo Annie e Finnick apareceram também. A distância era grande entre nós e os quatro, mas fazia sentido o afastamento repentino de Peeta. Se conseguíamos vê-los com facilidade, eles também nos veriam.

— Acha que alguém...? – comecei a falar, virando o rosto para olha-lo.

— Não. – Peeta me cortou. – Vi quando Madge apareceu. – ele deu de ombros.

— Como conseguiu? – questionei confusa. – Eles estão longe.

— Eu estava atento. – respondeu, dobrando as pernas, e apoiou os braços cruzados sobre os joelhos. – Você está me devendo um beijo. – falou baixo, enquanto encarava o horizonte.

— Eu? Por quê? – perguntei, olhando pra frente também.

— Apenas aceite que você está. – notei seu sorriso, só por ouvir sua voz, o que me fez sorrir também.

— Tudo bem. – respondi, mordendo o canto do lábio inferior.

Ficamos em silêncio, aguardando a aproximação dos outros.

— Como assim vocês descem sem avisar? – Annabelle questionou, aparecendo em nossa vista.

— Viemos tentar encontrar o alce de ontem. – Peeta mentiu, abaixando as pernas e descruzando os braços. Ele ergueu os olhos para minha irmã, que pareceu confusa com a resposta. – O alce que vimos entrar na água. Katniss contou pra todo mundo, enquanto comíamos ao redor da fogueira. – ele elevou a sobrancelha. – Você está bêbada ainda, Annie? – questionou, e eu precisei segurar o riso.

— Claro que não. – ela retrucou. – E quem disse que eu fiquei bêbada ontem?

— E então? Encontraram? – Madge perguntou cortando Annie e Peeta.

Virei o rosto na direção dela. Mad parecia melhor do que ontem, mas algo em seus olhos ainda pareciam gritar, dizendo que algo estava errado.

— Não. – respondi. – Mas nem chegamos a procurar muito. Minhas pernas estão acabadas.

— Acho que de todo mundo está. – Madge sorrio brevemente pra mim.

Eu a analisei cuidadosamente, tentando obter respostas.

— Faltam alguns minutos para o barco chegar. – Finnick se manifestou, desviando minha atenção para ele. – Alguém com fome? – perguntou, sentando ao meu lado.

— Eu. – Gale respondeu, enquanto meu cunhado retirava um saco de papel da mochila.

Todos acabaram sentando na areia, esperando o barco para nos levar embora. Os minutos passaram rápido, entre brincadeiras idiotas dos meninos, e olhares discretos que Peeta me lançava, sempre acompanhado de um sorriso.

— Você sabe que eu vou precisar me controlar muito para não beijar você na frente dos outros, não é? – seu sussurro em meu ouvido me fez estremecer da cabeça aos pés.

Os quatro andavam a minha frente, em direção ao barco, e Peeta estava logo atrás de mim, enquanto eu caminhava devagar, aproveitando distraidamente a brisa que vinha do mar, até seu sussurro me trazer de volta à realidade, pegando-me desprevenida.

Mordi o lábio inferior, ao sentir um beijo rápido no lóbulo da orelha. No segundo seguinte, Peeta já passava a minha frente, fazendo-me xinga-lo mentalmente por mexer comigo daquele jeito.

Quando me aproximei do barco, ele estava parado do lado de dentro, com a mão estendida, esperando para me ajudar.

Segurei sua mão, e com cuidado, eu entrei, parando a sua frente. Encarei seus olhos azuis, e Peeta sorrio pra mim.

— Você se controlar, significa que terei que aguentar suas provocações em troca? – questionei baixo.

— Talvez. – ele deu um sorriso torto, e se aproximou, beijando minha testa. – Você irá descobrir.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo, porque minha criatividade anda um pouco zoada.
Beijos amores ♥



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