O Sol em meio à tempestade escrita por nsbenzo


Capítulo 27
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura *-*



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— Finalmente nos encontramos. – foi a primeira frase que eu disse, ao parar em frente a turma do segundo ano.

— Não achei que gostasse tanto da nossa turma, professor Mellark. – Marvel comentou como piada.

— Na verdade, eu realmente nunca tive preferência por nenhuma sala. – cruzei os braços. – E para o azar de vocês, essa turma não chega nem perto disso. – estreitei os olhos, deixando-os passear por cada rosto curioso que me encarava. – Eu soube de algo que um de vocês fez ontem, durante a aula de literatura, e confesso que estou muito a fim de saber o autor.

— O que? – Cato perguntou, cruzando os braços também.

— Algo relacionado a uma frase dita a professora Everdeen, que havia acabado de voltar de licença pela morte do pai. – respondi, encarando-o. – Sabe sobre alguma coisa relacionada a isso, Ludwig? – questionei.

— Não. – ele franziu as sobrancelhas. – Por que eu saberia?

— Porque tenho certeza que a turma toda ouviu, e notou quando ela não retornou pra sala de aula. – soltei, tentando conter a raiva. – Então, quero que me digam quem foi. – descruzei os braços, e os coloquei pra trás, segurando meu pulso esquerdo com a mão direita. – Ou que o culpado se revele.

Todos permaneceram em silêncio, com os olhos atentos em mim.

Inspirei devagar, e fechei os olhos. Minha cabeça estava martelando.

Apesar de ter conseguido tranquilizar a agitação de Katniss, na noite passada, com filme e uma longa conversa sobre assuntos banais, eu me sentia péssimo. Ouvi-la dizer a frase maldosa que um deles havia usado com ela, simplesmente me revoltou. Eu sentia como se eu fosse explodir a qualquer momento. Minha mente vivia trazendo à tona a imagem de seus olhos brilhando com lágrimas, sua voz falha, e seu sorriso triste. Era exatamente isso que me deixava quase fora de controle.

— Alguém vai me dizer? – questionei, entre dentes, ainda de olhos fechados.

Silêncio.

Abri os olhos para voltar a encara-los.

— Detenção para a turma toda. – soltei a frase, e logo comecei a ouvir os murmúrios. – O resto da semana! – conclui em voz alta, fazendo-os se calarem.

— Isso não é justo. – Clove reclamou. – Eu não tenho nada a ver com essa palhaçada. Eu até gosto da professora Everdeen. – ela cruzou os braços.

— Se gosta dela, então me diga quem foi o idiota. – a desafiei, estreitando os olhos.

— Não vou entregar ninguém. – ela ergueu a sobrancelha direita.

— Então nos vemos depois da aula. – dei um meio sorriso. – Alguém tem mais algo a dizer? – perguntei, passeando meus olhos pelos alunos. – Ótimo. – disse antes que um deles tivesse tempo de responder. – Espero que vocês tenham se preparado para as duas longas, e maravilhosas, aulas que teremos hoje. – meu sorriso se alargou. – Vamos fazer algumas séries de exercícios.

As reclamações voltaram em um tom mais alto, o que me fez soltar os braços ao lado do corpo, para logo em seguida alcançar meu apito, assoprando ele com força exagerada.

— Não me façam aumentar os dias de detenção. – ameacei, e o silêncio voltou a reinar. – Quero todo mundo correndo ao redor do campo. – a turma continuou a me encarar. – Agora! – gritei, voltando a assoprar o apito.

 

~||~

 

— O Finnick me mandou mensagem. Disse que vai comprar uma barraca maior para ele e Annie dormirem juntos. Então ele me ofereceu a dele. – Katniss falou, enquanto eu mexia distraidamente em meu almoço com o garfo. – Peeta. – ela chamou. Eu ergui os olhos devagar, dando de cara com a confusão estampada em seu rosto. – Você está bem? – questionou.

 – Um pouco cansado. – respondi, com um pequeno sorriso. – Desculpa por minha desatenção, mas eu estava te ouvindo. – soltei o garfo. – Você parece animada para acampar.

Katniss não respondeu. Seus olhos passeavam por meu rosto, parecendo estuda-lo com cuidado.

— Eu estou bem. – insisti, o que a fez erguer a sobrancelha esquerda. – Não me olhe assim. – ri silenciosamente, voltando a segurar meu garfo. – Você ao menos sabe montar uma barraca? – questionei.

— Eu aprendo. – Katniss deu de ombros, pegando seu copo de suco. – Não deve ser difícil. – ela sugou a bebida pelo canudo, me observando ainda com atenção.

— Realmente não é. – respondi, decidido a ignorar seu olhar duvidoso. – Acampei com meu pai algumas vezes. Qualquer dia pretendo acampar com o Pietro. – acabei sorrindo, antes de levar um pouco de comida a boca.

Notei a feição de Katniss relaxando devagar.

— Acho que ele ia gostar. – ela comentou, sorrindo brevemente. – Como vão ele e sua irmã? – questionou.

— Estão bem. – respondi, depois de engolir. – Faz alguns dias que eu não os vejo. Delly anda ocupada. Ainda atrás de um novo local para o bar. E pra piorar, agora precisou demitir um chef grosseiro. Está louca atrás de outro.

Katniss uniu levemente as sobrancelhas, parecendo pensar em algo. Em seguida seu rosto se iluminou, e um pequeno sorriso surgiu em seus lábios.

— O Finnick tem faculdade de gastronomia. – sua voz saiu em tom baixo, enquanto repousava o copo sobre a mesa. – Será que não interessa pra Delly?

— Sabe que não lembrei do Finn? – franzi o cenho. – Minha irmã, com certeza vai amar conhecer o trabalho dele. – sorri, alcançando o celular no bolso. – Mas você acha que interessa para o Finnick? – questionei, antes de começar a digitar o número de Delly no aparelho, olhando para Katniss.

— Eu acho que pra ele, qualquer coisa é melhor que a escravidão da escola de culinária. – ela deu um pequeno sorriso. – E talvez ele goste de exercer a verdadeira função para qual estudou. – Katniss mexeu seu suco com o canudo. – Mas se achar melhor, eu falo com o Finnick antes de você falar com Delly.

— Não. Assim ela mesmo liga pra ele. – disquei seu número, e coloquei para chamar.

Oi. — minha irmã disse ao me atender.

— Já encontrou seu novo chef? – questionei.

Não. — ela bufou do outro lado. – O que acha de vir cozinhar pra mim?

Acabei rindo, e Katniss pareceu ficar curiosa, já que seus olhos estavam mais atentos em mim.

— Eu sei fazer algumas coisas, mas nada a nível de restaurante. – respondi. – Mas acho que encontrei alguém pra você.

Já disse que não quero namorado, Peeta. — Delly resmungou.

— Não estou te empurrando namorado. – falei divertido. – É o cunhado da Katniss. Fez faculdade de gastronomia, e me parece estar precisando de um novo emprego.

Não brinca. — ela soltou perplexa. – Como faço para falar com ele?

— Vou te mandar o contato do Finnick por mensagem. – respondi. – E vê se oferece um bom salário. Ele cozinha bem.

Não se meta nos meus negócios. — falou em tom de ameaça, mas eu a conhecia bem, e sabia que Delly segurava o riso do outro lado. – Está me ligando para falar do Finnick por mim, por ele, ou por ela?

Parei meus olhos em minha pequena, que havia desistido de tentar ouvir a ligação, e agora mexia em seu celular.

— Por todos. Mas sinceramente, é mais por ela. – suspirei. – Sempre vai ser por ela. – constatei, fazendo Katniss erguer os olhos para mim. – Vou te mandar o número do Finnick. – desviei o olhar para o lado, fingindo prestar atenção nos alunos ao nosso redor. – Depois nos falamos, Dell.

Desliguei a chamada, já entrando no aplicativo de mensagens, para enviar o número de Finnick.

— Quem é ela? – questionou, quando coloquei o aparelho no bolso.

— Ela o quê? – respondi com outra pergunta.

— Você disse que “é mais por ela. Sempre vai ser por ela.” – Katniss disse, enquanto me analisava. – Estava falando de quem?

— Obviamente de você. – respondi, fazendo-a corar.

— Sobre o que vocês estavam falando? – indagou timidamente.

Deixei meus olhos passearem por sua face ruborizada.

— Deixa de ser curiosa. – dei um sorriso torto. – Não vou me entregar desse jeito.

Katniss torceu o nariz, antes de guardar o celular na bolsa, que estava ao seu lado no banco.

— Eu avisei o Finnick sobre a Delly. Ele vai estar esperando. – comentou, e eu afirmei com a cabeça. Ficamos em silêncio, apenas trocando olhares, e ouvindo o inferno que os alunos faziam. – É impressão minha ou você não está com fome? – perguntou.

Encarei meu prato, que ainda estava cheio. Suspirei, voltando a olha-la.

— É assim que eu sei que tem algo errado. – Katniss continuou a falar. – Você nunca rejeita comida, Peeta. – ela deu um sorriso tímido.

— Você presta atenção em mim. – deixei a frase sair quase sem som, sendo mais para mim do que pra ela.

— Oi? – perguntou, curvando-se sobre a mesa. – Não deu pra ouvir com essa baderna.

— Eu estou bem sim. – mudei a frase, dando um sorriso torto. – Como eu disse, é só cansaço, pequena. – levantei, e dei a volta na mesa. Seus olhos cinzentos me acompanharam, enquanto eu sentava ao seu lado. – Eu já te falei como você está linda? – perguntei, deixando meu olhar descansar no dela.

Katniss corou instantaneamente, e deu um sorriso tímido.

— Não começa. – reclamou, mas não deixou de me encarar. – Você faz isso só pra me deixar com vergonha. – seus olhos deslizaram por meu rosto, e estranhamente pareceu parar em minha boca.

— Não. Isso é um efeito colateral, que eu amo. – falei sinceramente, notando seus olhos voltarem a subir para os meus. – Você realmente está linda. – meu tom de voz saiu mais baixo, como se eu segredasse algo.

Suas bochechas ruborizaram um pouco mais, e Katniss desviou o olhar para a frente.

— Como foi a aula com o segundo ano? – perguntou, mudando de assunto.

— Produtiva. – respondi. – Correram bastante hoje.

Katniss deu um pequeno sorriso em resposta.

O sinal bateu, e logo ela estava em pé, juntando sua bandeja e colocando a bolsa em seu ombro.

— Nos vemos depois? Vou te levar pra casa. – falei ao parar em frente ao balcão da cantina, e depositar minha bandeja ao lado da dela.

— Vou repor aula. – respondeu quando começamos a passar pelos alunos que saíam da cantina. – Mas nos vemos no jantar...? – falou em dúvida, olhando-me de relance.

— No jantar também. Mas eu... Estarei por aqui, enquanto você repõe aulas. Preciso... Resolver algumas coisas. – expliquei, acompanhando seus passos. – Então iremos embora no mesmo horário.

Katniss me olhou por mais tempo dessa vez, parecendo confusa, mas não retrucou.

Eu tinha alguma ideia da reação dela ao descobrir sobre a detenção, por isso, talvez fosse melhor não contar, por enquanto.

— Tudo bem. Então nos vemos mais tarde. – ela concordou, ao pararmos em frente a sala do primeiro ano.

Seus olhos passearam por meu rosto, e eu acabei fazendo o mesmo com o dela. Segundos depois, ambos acabamos sorrindo. Eu, com um sorriso que eu tinha certeza ser bobo, e ela, com um sorriso tímido, mas que não deixava de ser lindo.

Balancei a cabeça devagar, e me aproximei de maneira lenta. Senti sua respiração quente bater contra meu rosto, quando fiquei a centímetros dela. Nossos olhares se cruzaram, e meu coração acabou acelerando no peito.

Engoli em seco, e fechei os olhos brevemente, tentando colocar a cabeça no lugar. Ao abri-los, pude ver que Katniss estava parada do mesmo jeito, apenas com os olhos fechados. Ela os abriu logo, e fixou seu olhar no meu novamente. Dei um sorriso torto pra ela, e ela retribuiu com um pequeno sorriso. Elevei levemente a cabeça, repousando meus lábios em sua testa.

— Se precisar de mim, é só chamar. – disse baixo, afastando-me de Katniss.

— Não sei porque você precisaria de mim, mas eu digo o mesmo. – ela falou, dando mais um de seus sorrisos tímidos, e me deu as costas, entrando em sua sala.

— Eu preciso de você... Mais do que você pensa. – murmurei, sabendo que ela não me ouviria.

 

~||~

 

— Falou com Delly? – perguntei logo depois de cumprimentar Finnick, que preparava o jantar na cozinha de Katniss.

— Falei. – ele sorrio, enquanto cortava uma peça de carne em cubos. – Como o restaurante não abre na segunda, sua irmã marcou uma entrevista pra parte da manhã. – Finnick estava atento no que fazia com a faca, o que parecia dar mais perfeição ao corte. – Disse que se tudo der certo com a entrevista, vou fazer um teste na terça à noite.

— Legal, cara. – sorri, olhando para trás, podendo ver Katniss e Annie de costas para nós, preparando algum tipo de sobremesa no balcão de mármore. – Annie já sabe? – questionei em tom baixo, voltando a olha-lo.

— Bom... Como estamos tentando melhorar nossa comunicação, e nossas tomadas de decisões, não aceitei marcar a entrevista até nós dois concordarmos que era melhor que meu emprego atual. – Finnick respondeu, rindo silenciosamente.

Sorri, balançando a cabeça em afirmação.

A porta do apartamento foi aberta em um rompante.

— Oi, amadinhos da tia Madge. – a voz de Mad anunciou sua entrada. Eu e Finnick viramos ao mesmo tempo, podendo vê-la com um sorriso enorme no rosto. – Vim apenas ver vocês, antes de ir para a faculdade.

Pude notar uma troca de olhares de Katniss e Annie, que pareciam confusas.

— Você está bem, amiga? – Annabelle foi a primeira a falar. – Cadê o Hawthorne? – questionou.

— Está trabalhando. – respondeu ainda com o sorriso intacto.

— Você tem como ir para a faculdade? – Katniss perguntou.

— Vou de ônibus. – ela deu de ombros. – Temos algo para comer?

— O jantar ainda não está pronto. – Finnick disse. – Não quer que um de nós leve você, Mad? – perguntou.

— Não. – ela voltou a sorrir. – Consigo me virar.

Annie deixou Katniss sozinha em frente ao balcão, e caminhou até o armário.

— Coma um sanduiche pelo menos. – ela sugeriu, pegando presunto e queijo na geladeira, para juntar ao pão de forma que estava em sua mão.

Madge deu um sorrisinho, e negou com a cabeça.

— Não precisa. Na verdade, eu estou sem fome. – ela suspirou. – Só queria ver vocês mesmo. Já vou indo. – Madge nos deu as costas. – Até amanhã.

— Gale vai te buscar? – Katniss perguntou.

Ela virou para nos olhar.

— Vai sim. – Mad deu um pequeno sorriso. – Obrigada pela preocupação. – ela mandou um beijo no ar para Katniss, e saiu do apartamento, fechando a porta em seguida.

— Sou só eu, ou ela não parece estar normal? – Finnick questionou segundos depois, enquanto Annie voltava a guardar o que havia pegado para montar o sanduiche de Madge.

— Eu também notei. – comentei, observando as duas irmãs, que haviam trocado olhares novamente. – Está tudo bem com ela? – questionei.

— Já havíamos notado também. – Katniss confessou. – Mas não se preocupem. Annie vai tentar descobrir.

Afirmei com a cabeça, vendo as duas voltarem a dar atenção para a sobremesa que tentavam preparar.

Acabei me desatentando, enquanto observava Katniss, que parecia concentrada no que fazia. Eu gostaria de estar olhando seu belo rosto, mas o fato de tê-la de costas não ajudava em nada.

— Quando Katniss vai saber que você a ama? – Finnick questionou quase sussurrando.

Franzi o cenho, e o encarei. Ele olhou pra mim, e elevou uma sobrancelha.

— Qual é, irmão? Tá muito na cara. – Finnick voltou a sussurrar. – Talvez só ela não tenha notado ainda.

Suspirei e murchei os ombros.

— E eu não posso fazê-la notar. – sussurrei de volta, ficando de costas para Annie e Katniss. – Não quero assusta-la.

Ele sorrio, e voltou a cortar a carne a sua frente.

— Talvez ela precise de alguns sinais para se ligar.

— Mais sinais do que eu já dou? – questionei em um sussurro. – Eu jamais a pressionaria, Finnick, mas eu estou tentando ser o mais claro que consigo em relação a isso. Caramba! Eu nunca encarei tanto uma boca, sem beijar, como estou fazendo com ela.

Ele riu baixo, e balançou a cabeça.

— Tem sentido. Pelo que sei, Katniss é insegura demais para ter certeza sobre as coisas. Então esqueça a história de sinais. – Finnick voltou a me encarar. – Seja direto. – neguei com a cabeça. – Em algum momento ela precisará saber, cara. Quanto mais você adiar, mais ruim será pra você, reprimindo isso ai.

— Não sei...

— O que as senhoritas tanto tricotam? – Annie se manifestou.

— Conversa de homem, amor. – Finnick respondeu, olhando rapidamente pra trás. – Nada demais. – ele voltou a me olhar. – Mas pense bem nisso, irmão. – Finnick voltou a sussurrar. – Acho que você precisa dizer a ela o que sente.

Afirmei com a cabeça levemente, mesmo estando cheio de dúvidas.

Eu deveria dizer o que sentia, correndo o risco de perde-la? Ou deveria dizer o que sentia, e quem sabe descobrir, que Jared estava certo ao dizer que Katniss sentia o mesmo por mim há muito tempo, e só faltava descobrir?

Suspirei ao ouvi-la soltar um riso baixo atrás de mim, com certeza por culpa de Annie. Céus! Meu coração havia acelerado, apenas com esse ato simples.

Finnick tinha razão. Eu estava enlouquecendo, por reprimir um sentimento tão grande.

Não dava mais para guardar. Eu precisava me arriscar. Só faltava o momento certo, e eu tinha certeza, de que quando ele chegasse, eu saberia, e diria a coisa certa.

Ao menos eu contava com isso.

 


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Notas finais do capítulo

Beijos ♥



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