O Sol em meio à tempestade escrita por nsbenzo


Capítulo 12
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

E é com grande prazer que lhes apresento Alex ♥ kkk ele é lindo. Desculpa gente *-*
Boa leitura.



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— Isso é horrível, Peeta. – reclamei ao bebericar o drink que ele havia me estendido. – Como vocês podem servir esse negócio?

— É um Tokio Tea. – ele respondeu pegando o copo da minha mão. – Difícil ficar ruim. – Peeta experimentou, fazendo uma careta em seguida. – Mas realmente está horrível.

Acabei rindo da sua constatação.

— Você precisa agitar mais a coqueteleira. – a voz do mesmo cara que nos fez descer, disse ao longe.

— Acho que mesmo que bata no liquidificador... Continuará ruim que dói. – retruquei, fazendo o barman e Peeta rirem. – Não riam de mim. – torci o nariz.

— Peeta. Preciso de ajuda com um bêbado infeliz. – uma garçonete disse se enfiando no meio das pessoas que rodeavam o balcão.

— Katniss. Ajude o Alex, por favor. – ele me entregou o copo. – Eu já volto. – Peeta falou passando por mim, e saindo de trás do bar.

O observei se afastar, até que um homem de cabelos loiros escuros, parou a minha frente.

— Suponho que você seja o Alex. – comentei.

Ele sorrio e olhou para os lados.

— Suponho que você, sendo a única mulher aqui, seja a Katniss. – seus olhos voltaram a me olhar.

— Talvez eu seja. – deixei um pequeno sorriso surgir no canto da boca. – Você é o profissional da coqueteleira? – perguntei.

Alex sorrio.

— E você é a que acha Tokio Tea um péssimo drink. – ele passou por mim, pegando a coqueteleira que Peeta havia usado, lavando-a na torneira mais próxima, e a secando com o pano branco que ele carregava em seu ombro direito. – Talvez se experimentar um drink de verdade, mude de ideia. – Alex sorrio e começou a virar algumas bebidas com agilidade dentro dela.

Eu o observei atentamente, tentando entender o que ele faria de diferente ao que Peeta havia feito, mas desde o momento em que Alex virou as bebidas na coqueteleira, até o momento que serviu o drink em um copo limpo, eu não tinha visto nada de errado no que Peeta havia feito.

— Experimente, loirinha. – ele pegou o copo que eu ainda segurava e me estendeu o outro que estava cheio. – Prometo que será a melhor bebida que já tomou. – hesitei em pegar, por isso Alex segurou minha mão, e o colocou nela. – Beba. Eu vou atender alguns clientes, e já volto pra saber o que achou. – ele me deu as costas, enquanto eu encarava a bebida.

— Quase precisei bater em um imbecil. – a voz de Peeta me fez erguer os olhos. – Ainda segurando isso? – questionou.

— O Alex fez outro pra mim. Me mandou experimentar apenas pra provar que o drink é bom. – expliquei, voltando a encarar o copo. – Mas tenho medo de ficar bêbada.

Ouvi uma risada que não era de Peeta, por isso ergui os olhos, apenas para ver Alex parado ao lado de um Mellark que estava sério, e com as sobrancelhas franzidas.

— Você não conseguiria ficar bêbada com um copo desses, loirinha. – ele deixou o canto de sua boca se erguer em um sorriso. – Te dou cinco dólares se virar todo o drink.

— Te dou cinco dólares se parar de me chamar de loirinha. – rebati levando o copo até o nariz sentindo o cheiro do álcool invadir minhas narinas, fazendo meus olhos lacrimejarem.

Alex riu novamente.

— Beba logo, loirinha. – ele deu ênfase no apelido que o mesmo havia inventado.

Rolei os olhos, aproximando o copo da boca.

— Você não precisa beber, se não quiser, Katniss. – Peeta disse sério.

— Claro que precisa. – Alex rebateu. – Beba logo, por que a clientela tá aumentando, e eu só vou voltar a atender se você beber. – ergui os olhos, notando que seus braços estavam cruzados.

Meus olhos encararam Peeta, que estava mais sério do que antes e também mantinha os braços sobre o peito. A diferença é que Alex estava despreocupado, enquanto Peeta parecia tentar se conter de alguma maneira, o que me deixava curiosa sobre o que o incomodava.

— Tudo bem. – murmurei, molhando os lábios com o drink.

Passei a língua por eles apenas para sentir o sabor, mas pude notar uma reação estranha dos dois a minha frente, o que na hora me fez notar o que eu havia feito.

— Parem de me olhar assim. – resmunguei sentindo meu rosto pegar fogo.

Sem espera-los dizer alguma coisa, virei toda a bebida, fazendo uma careta em seguida. Estendi o copo vazio para Alex que tinha um semblante carregado de expectativa.

— Melhor do que o outro. – disse sincera.

Alex sorrio abertamente pra mim e moveu suas sobrancelhas.

— Eu te disse que seria melhor. – ele me deu as costas e foi para a outra ponta do balcão voltando sua atenção para os clientes.

Peeta pigarreou, fazendo-me olha-lo.

— O drink dele estava melhor do que o meu? – questionou ainda de braços cruzados.

— Se formos analisar que você é um professor, e o Alex quem trabalha como barman, então é correto afirmar que o dele está melhor. E sinceramente é o correto. Você não precisa saber fazer um drink. – me aproximei segurando seus braços, e sem que eu precisasse fazer força, eu os descruzei. – Agora desfaça essa cara. – pedi erguendo as mãos para alcançar seu rosto, e o forçando a sorrir, usando meus dedos.

Peeta segurou o riso, enquanto tentava permanecer sério, mas eu mantive seu sorriso forçado por alguns segundos, até que ele acabou segurando meus pulsos, e afastou minhas mãos, apenas para finalmente rir.

— Você é a primeira pessoa a me convencer, mesmo que seja um pouco, que eu não preciso ser bom em tudo. – Peeta me soltou. – Mas isso não significa que eu não vá aprender fazer um bom drink, e te forçar a beber depois. – ele piscou com o olho direito, me fazendo rir. – Já que o Alex se concentrou com os drinks, eu fico na cerveja e você nas doses.

— Por que eu não fico na cerveja? – questionei. – Me parece mais fácil.

— Primeiro porque você faria muito sucesso, e os caras não sairiam daqui. E segundo... – ele franziu as sobrancelhas. – Não tem segundo. É só isso.

Neguei com a cabeça, rindo novamente.

— Então ao trabalho. – falei, me afastando dele.

 

~||~

 

— Alex gostou de você. – Peeta disse assim que estacionou em frente ao meu prédio, depois de virmos em silêncio o caminho todo.

Já era quase três horas da madrugada, e eu estava agitada o suficiente para não estar com um pingo de sono. Virei o rosto para olha-lo, mas o mesmo estava com as mãos no volante, olhando para frente.

O carro estava desligado, o que me fazia crer que Peeta não tinha pressa de ir embora.

— Alex gostou do fato de eu falar bem do drink dele. – falei desabotoando o cinto. – Apesar de eu nunca mais colocar aquilo na boca. – torci o nariz.

Peeta virou o rosto para me olhar e abriu um sorrisinho.

— Por que não disse isso a ele? – questionou.

— Porque não é algo que se diga a alguém que acabou de conhecer. – disse dando um riso curto.

Ele continuou a me observar por alguns segundos, sem parecer ter vontade de me responder.

— Ainda está chateado por eu não gostar do seu drink? – perguntei, ajeitando-me no banco, ficando levemente na diagonal. – Você mesmo disse que estava horrível. – tentei me defender.

— E estava. – ele soltou o volante e desabotoou o cinto, virando-se da mesma maneira que eu estava. – Mas você sabe que meu intuito é cuidar de você. Isso inclui te causar bem estar. Ou seja. Meu drink devia ser o melhor primeiro drink da sua vida. – Peeta deu um pequeno sorriso.

Sorri em resposta, negando com a cabeça.

— É sério. – ele insistiu. – Devia ser o meu drink o melhor, não o dele. – Peeta fez uma careta.

Me virei mais, apenas para encostar a cabeça no banco.

— Você me proporcionou um ótimo não encontro. – ri baixo, vendo-o sorrir. – Um ótimo McDonald’s. Uma ótima noite. Não precisa se preocupar com uma bebida que eu nem gostei. – cruzei os braços.

— Eu me preocupo quando alguém aparece fazendo algo melhor do que eu. – ele deu um sorriso torto.

Sorri divertida, desencostando a cabeça do banco.

— Já disse que você não precisa ser bom em tudo. – me aproximei e dei um beijo em sua bochecha. – Obrigada pela noite. Preciso subir, antes que Annie perceba que estamos aqui em baixo. – dei um pequeno sorriso. – Nos falamos por mensagem, tudo bem? – falei me afastando.

— Tudo bem. – ele disse baixo, voltando a segurar o volante.

Desci do carro, segurando minha bolsa ao lado do corpo. Andei uma boa parte do caminho, até ouvir uma porta de carro ser batida.

— Katniss. – Peeta chamou.

Quando virei para olha-lo, ele já andava em minha direção.

— Está tudo be...?

Fui interrompida quando suas mãos agarraram minha cintura, e seus lábios se chocaram contra os meus. Eu havia ficado tão em choque, que minha bolsa foi ao chão. Não tive muito tempo para raciocinar. Peeta estava me beijando, e eu já havia cedido sem pensar duas vezes. Minhas mãos alcançaram a lapela de sua jaqueta, enquanto suas mãos subiam por minhas costas.

Sua boca tinha o sabor do licor de maracujá que havíamos experimentado antes de virmos embora, e talvez a presença do álcool em seus lábios, deixava o beijo mais quente. Minhas mãos subiram para sua nuca, enquanto meus dedos se enfiavam por entre seus fios castanhos. Meu rosto estava fervendo, talvez por vergonha ou pelo pouco álcool que eu também havia ingerido. Eu não tinha certeza da razão, mas também não me importava naquele momento.

O beijo era lento, porém tinha algo que o deixava intenso a ponto de me roubar todo o ar em questão de pouquíssimo tempo. Peeta interrompeu o ato, afastando o rosto para me olhar. Suas mãos ainda estavam em minhas costas, e as minhas mãos, aos poucos deslizaram até alcançar seus ombros.

Uma mecha de cabelo caiu em meu rosto, e antes que eu pudesse coloca-la no lugar, a mão de Peeta já havia a alcançado, colocando-a atrás da minha orelha. Seus olhos focaram-se nos meus, enquanto sua mão deslizava até minha bochecha.

— Eu sei que eu não devia ter feito isso, mas... Eu enlouqueceria se fosse embora sem beija-la. – Peeta disse, fazendo acelerar mais meu coração desgovernado.

Seu outro braço ainda estava ao redor da minha cintura, mantendo sua mão parada na base da minha coluna. Continuei imóvel, sentindo seu polegar acariciar a maçã do meu rosto, que com certeza estava escarlate.

— Você realmente não deveria. – falei baixo. – Eu não sei se consigo lidar com algo desse tipo entre a gente. – minha voz saiu quase em um sussurro.

Parecia que meu coração estava em meus ouvidos, e minha respiração era falha e pesada. Mordi o lábio inferior, olhando seus olhos azuis que, apesar de mais escuros que o normal, brilhavam.

— Como assim? – perguntou franzindo sua testa.

— Eu não sei se consigo... Eu... – balancei a cabeça negativamente, e o empurrei devagar pelo peito. Peeta me soltou, permitindo com que eu me desvencilhasse de seus braços. – Eu sinto muito, Peeta. Eu não sei lidar com certas coisas. – abaixei, alcançando minha bolsa. – Eu preciso... Eu preciso... – gaguejei nervosa. – Eu... Eu tenho que subir. Eu... Ai, droga.

— Se acalma, Katniss. – ergui os olhos em sua direção, e pude ver um sorriso torto surgir em seus lábios. – Não é o fim do mundo. – Peeta colocou as mãos nos bolsos da jaqueta. – Mas se isso te deixará mais sossegada, prometo que não vai mais acontecer. Na verdade, peço desculpas por ter acontecido.

Afirmei com a cabeça algumas vezes de maneira rápida e nervosa.

— Tudo bem. Eu... Eu vou... – indiquei meu prédio com o polegar. – Eu... Até segunda.

Peeta deu outro sorriso torto.

— Até, pequena. – ele respondeu antes que eu virasse as costas e começasse a andar.

Essa era a forma que eu evitava estragar amizades? Correspondendo um beijo de Peeta? Eu era uma idiota.

Uma idiota que ainda sentia os lábios quentes, e que sem querer acabou tocando os mesmos com as pontas dos dedos, abrindo um sorriso bobo e soltando um suspiro.

Isso não podia estar acontecendo. Eu não podia arriscar meu coração dessa maneira.

Fechei o sorriso, abaixando a mão, enquanto eu me xingava mentalmente. Eu estava parecendo uma adolescente apaixonada, o que me incomodava, e, com certeza, tiraria meu sono.


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Notas finais do capítulo

Nada a declarar.
Beijos ♥



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