WSU's Soldado Fantasma - O Riso da Caveira. escrita por Nemo, Lex Luthor, WSU


Capítulo 4
Soldado Fantasma X Temerário.


Notas iniciais do capítulo

Gostaria de agradecer profundamente a quem está acompanhando, mas também gostaria de agradecer ao Mauricio, por ter permitido que eu entrasse nesse universo.



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Casa de Ana Rodrigues, 21:24

 

Ana estava arrumando a janta, quando alguém bateu a porta, ela abriu e indagou ao estranho, enquanto ajeitava os cabelos castanhos e lisos:

— Em que posso ajudar?

— Eu gostaria de falar sobre seu marido, senhorita Rodrigues.

— Você é da polícia? — indagou desconfiada.

— Quase isso, digamos que eu seja um "detetive".

— Pode entrar. — disse ela convidando-o a sentar. A casa era tão simples quanto o sobrado de James, uma cozinha, um banheiro e um quarto, a casa era frágil, provavelmente era de barro, pela cor e pelo jeito das paredes. Em seguida surgiu uma garotinha, uma que James jamais esqueceria.

— Filha, vá para o quarto sim. — Ela voltou, fitou o estranho e correu com medo, James abaixou a cabeça, em seu passado as crianças gostavam dele por seu jeito, atrapalhado, bobo e gentil de ser, mas agora...

— Então, senhor?

—  James, pode me chamar de James.

— Descobriu algo sobre aquele monstro? — indagou ela um pouco irritada.

— Descobri muita coisa... — Ana ficou ansiosa.

— Não foi ele quem matou seu marido, ou qualquer um dos homens, aparentemente sua única vítima foi Santana.

— Então quem fez isso?

— Estou trabalhando nisso... e vou encontrá-lo. — disse James fazendo menção de sair, mas uma pergunta o deteve:

— Como sabe que não foi ele quem fez isso? — Algo em James quebrou, aquele era o momento de assumir quem era, ela merecia saber a verdade, precisava disso, tanto quanto ele precisava de paz.

— Porque, eu sou ele.

  Ana ficou petrificada. Correu para o telefone e tentou discar, mas enquanto fazia isso, percebeu que o estranho não se mexera nem um centímetro. Ela refletiu por um curto período de tempo e colocou o telefone no gancho. Se ele quisesse matá-la já teria feito, além disso, havia um semblante nele, um que ela viu em seu marido uma vez... Arrependimento.

—  O que você quer? Se justificar? Inventar mil mentiras? Me diga!

— Preciso confessar.

— Porque eu? — questionou ela incrédula.

— Porque não tenho ninguém. — disse ele com uma voz carregada de tristeza e arrependimento, ele tremia, ele suava, ele queimava por dentro.

 

 

 

******

 

As horas passaram James contou tudo, contou o que o levara a ser vigilante, contou que ia matar seu esposo, por um determinado crime, mas se mostrou incapaz de finalizar... E foi aí que tanto ela quanto ele conheceram a verdade.

—  A crise aumentou, foram anos difíceis aqui, Flávio ficou desempregado e não conseguiu emprego, mesmo eu trabalhando como empregada, não conseguia suprir os gastos. A contragosto se uniu ao mundo do crime, havia noites em que ele voltava triste e despedaçado, odiava tudo aquilo, depois que voltou de São Paulo rompeu totalmente os laços com Santana, chorou muitas noites depois daquilo...

—  Ele se lembrava de você e dela... implorou a Santana que voltasse e quase o agrediu por isso, mas os outros o impediram...

— Sinto muito pelo seu marido... Ele parecia ser um bom homem.

— Quer um conselho, Soldado? — indagou Ana, escorrendo as lágrimas do rosto — Ele fez que sim.

— Não mate mais, Santana era um cretino, mas ele não merecia isso, ninguém merece isso, você pode até ajudar e evitar que mortes aconteçam, mas não seja júri, juiz e carrasco, isso vai te conduzir a um caminho do qual não vai poder mais sair, você não será diferente de Santana ou do homem que assassinou meu marido e os outros. — enxugou as lágrimas. — Flavio sempre me disse que seu segundo maior medo era olhar para o abismo, pois se...

— Você olhar para o abismo ele vai olhar de volta para você... acho que o abismo já piscou para mim... — Ele olha para o chão — Sinceramente... as vezes quero saltar nele, mas... as vezes quero fugir.

— Eu gostaria de me desculpar por ter te julgado sem ter te conhecido. — disse ela.

— Não, sem problemas. — disse ele enquanto se levantava — Todos nós erramos, e aprendemos ou não, com nossos erros, mas o que aprendi hoje, foi seu conselho é tão simples e tão único, que guardarei eternamente para mim. E farei o possível para não seguir esse caminho, mas — Tirou dois papéis do bolso — não posso dizer que não farei mais isso, existem certas situações, em que ou você mata... ou boas pessoas morrem, isso não posso permitir. — Ana assentiu apesar de não concordar, essas situações existiam e nem sempre a alternativa era o melhor caminho, o soldado estendeu-os a Ana dizendo:

— Isso não será de grande ajuda, mas é o que eu posso fazer.

 Eram dois ingressos e um cartão, os primeiros para um filme.

— Zootopia. — disse James — dizem que é muito bom. 

  Maria saiu do quarto, estava com olhos vermelhos devia ter chorado novamente, ela foi até James e estendeu as mãos. Ele deu os bilhetes a ela, em, após fita-los por um momento, ela olhou novamente para James e beijou seu rosto. Agradecendo com um sorriso:

— Obrigada moço. — Em seguida começou a saltitar pela casa, cantando.

  James, ainda estava com a mão na parte em que tinha sido beijado, fazia quanto tempo que ele não sentia isso? O beijo, a felicidade de uma pequena o lembravam de si e do seu passado, levaram alguns segundos para voltar a sua realidade:

— Se precisar de ajuda, me chame, estou em dívida com você, senhorita Ana.

 

 

 

22:04

  

Marcos assistia mais uma reportagem, era de um detento em outra cidade, tinha decidido que ia dizer o que sabia:

—  Novo vigilante? Isso só pode ser uma piada.

—  Ele não é novo e nem um vigilante.

—  Ele é um monstro, que detonou pelo menos quinze famílias criminosas nos últimos meses, é um fantasma que desaparece e aparece onde se espera, um supersoldado com precisão mortal e atributos amplificados.

— Como ninguém falou nada sobre ele?

—  Ele é como uma lenda, ninguém acreditava que realmente existia, mas agora sabemos a verdade, monstros não vivem em caverna escuras ou pântanos, eles vivem entre nós.

 

 

 

22:37

 

Marcos, por sua vez, já havia chegado em sua outra casa e já efetuara as mudanças necessárias nas bombas de fumaça com ajuda de Matheus. Agora ambos faziam sua refeição.

—  A Besta está uma máquina. — elogiou Matheus.

— Desde que minha licença de lutador foi caçada, tenho tido tempo de trabalhar nela. Sem vidros, ou janelas tudo blindado com aramida. Seria um carro cego, se não fosse as câmeras e sonares. — analisou Marcos.

— Gostei da ideia do nitrogênio líquido, com a gasolina quase em cinco paus, vai economizar bastante.

— Fala... ficou bem legal os olhos pretos da Caveira, mas esses óculos de visão noturna não vão me trollar, né? E esse respiradouro? Não vai ser legal se eu ficar cego, ou dormir lutando contra um mutante assassino...

— Relaxa, comprei tudo no “Perigo”. — Ambos riram — Tem certeza disso? — indagou Matheus.

— Todo lutador estuda o seu oponente e foi isso que fizemos. Não pense que estou gostando disso, eu sou só um homem comum. Não tenho medo da morte, mas das consequências. Cresci sem meu pai e não foi nada bom, depois disso, a minha mãe e não quero o mesmo para os meus filhos. — respondeu Marcos. — É por Vanessa, por Elisa, pelo bebê em sua barriga. Pela minha cidade. — Poucos minutos depois, seu telefone tocou, era Elisa.

— Oi amor. — disse Marcos atendendo.

— Marcos, socorro, ele está aqui, o assassino está aqu... — A linha ficou muda.

— Elisa! — gritou Marcos desesperado, em seguida saindo em disparada em direção ao carro, com Matheus atrás.

— O que aconteceu?

— Cala a boca, Matheus.

  Assim que chegou, encontrou a casa toda aberta, vasculhou todos os cômodos, mas nada encontrou, até que Matheus o chamou, tinha acabado de tirar um papel colado na geladeira, Marcos o pegou rapidamente e leu:

  “Caveira, você deve comparecer a antiga fábrica de doces, vá sozinho, não quero intromissões, apenas desejo ver qual de nós é o melhor e mais digno de guardar a cidade, se me vencer terá sua família de volta, se falhar torturarei cada uma delas das piores formas que possa imaginar, com você amarrado e assistindo, e depois de acabar com elas, finalizarei com você. ”

Marcos amassou o papel, pensava em sua esposa grávida e sua filha, em seguida atirando-o papel no chão e o pisando:

— Tranque a casa e vá para a sua.

—  O que vai fazer?

— Esmagar o soldadinho de chumbo.

 

 

 

22:40

 

Em outra parte, o Soldado fazia sua batida, atrás de Paulo, sem desconfiar dos eventos que vinham se formando.

— Onde está Paulo? — indagou ele a um bandido, do qual apertava a garganta.

— N-não sei, mas se s-servir haverá um evento na antiga fábrica de doces-s, pode ser que ele vá para lá. — O Soldado jogou o homem no chão e em seguida disse:

— Siga para a delegacia e admita seus erros, caso contrário haverá consequências...

 

 

 

12:35, Fábrica abandonada.

 

 Não restava mais maquinário, haviam apenas alguns pilares que a mantinham de pé, o local estava completamente vazio. Exceto é claro pelo Caveira que aguardava no local, envolto em sombras. O Soldado esperava do lado de fora, mas como não haviam movimentos, decidiu adentrar no local e deixar seus presentes aos que aparecessem.

  Entrou pelo teto, ficou em silêncio por alguns instantes: Só pode ser uma armadilha ou esse evento acontecerá mais tarde, mas pode ter sido remarcado... Ou já pode ter ocorrido. Por via das dúvidas é melhor investigar...

Ele pousou no chão sujo da fábrica e caminhou cautelosamente.

— Você demorou demais. — falou uma voz do outro lado da fábrica. O Soldado por sua vez pegou sua pistola.

— Havia cinco dos seus homens aqui. — disse a voz. — Tentei interrogá-los, mas eles nada disseram, a não ser algo como algum evento.

O Soldado ficou parado, enquanto passos seguiam em sua direção.

— Onde elas estão? — indagou a caveira que ri.

  Marcos, que neste período de estresse de um mês estudando seu adversário para definitivamente enfrentá-lo, passava, por vezes, batido nos horários dos remédios para esquizofrenia e frequentemente via as suas antigas alucinações.

— Em um caixão. — disse Fagundes, a decapitada cabeça demoníaca.

— Eu não sei de quem está falando. — respondeu o Soldado, tentando entender o que diabos estava acontecendo.

— É óbvio que ele está tentando te fazer de idiota — disse o Gato. — Provavelmente vai atacar assim que estiver com a guarda baixa.

— Não vai acontecer. — respondeu Marcos.

—  Cara eu não sei o que você fumou hoje — respondeu o Soldado de forma obscura — Mas é melhor se afastar.

— Será que ele está zombando de você? — indagou a cabeça.

— Ou com medo de te enfrentar? — completou o Gato. — Marcos se irritava cada vez mais, o que ele queria era partir o Soldado ao meio cada vez mais, por fazê-lo de idiota, mas ao mesmo tempo não perdia o controle. Até que a Caveira se revelou ante um Fantasma nada espirituoso.

— Última chance, onde elas estão? — indagou a Caveira.

— Eu não sei do que está falando. — respondeu o Soldado convicto de que ou aquele cara era maluco ou havia algum mal-entendido.

  A Caveira avançou, enquanto jogava algo no Soldado. Este desviou, mas o projétil explodiu,  gerando uma terrível fumaça que cegou e envolveu o Soldado. O Caveira no entanto, não foi afetado, pois tinha óculos e uma máscara que impediam que ele ingerisse ou fosse cegado com o gás.

   O Soldado, no entanto, não podia dizer o mesmo, sua visão ficou turva e seu corpo ia adormecendo, de modo que seus movimentos ficassem mais lerdos. A caveira avançou já dando um gancho esquerdo no peito do Soldado e o fazendo cair no chão, em seguida pisando em cima, mas seu pé foi agarrado e por um momento os dois mediram força, mas Marcos venceu, massacrando o peito do Soldado.

— Onde elas estão?

— Eu já disse que não sei! — respondeu o Soldado com impaciência, enquanto passava uma rasteira no pé do qual Marcos se apoiava, fazendo o cair. O Soldado continuou um pouco no chão, mas em seguida tentou levantar. Quando conseguiu Marcos já vinha com um chute lateral em seu peito, que foi mal segurado pelo Soldado, mas conseguiu jogar para trás. Marcos ainda conseguiu ficar de pé e se direcionava mais uma vez para o Soldado, enquanto este pegava sua adaga e ia contra a Caveira dizendo:

— Eu não fiz nada. — Tentando cravá-la no seu peito, sem sucesso. O traje não cedera ao golpe.

— Gostou? — indagou o Temerário, enquanto socava seu maxilar com a mão direita e com a esquerda agarrava seus cabelos e lhe aplicava um soco nas costas, enquanto o oponente ia ao chão. — Se chama Aramida. — Chutando seu rosto.

  O Soldado viu sua pistola chão ao seu alcance, tentou pegá-la, mas o Temerário pisou em sua mão, desferindo um chute de ré em seu rosto, enquanto voltava, o Soldado agarrou-a com a mão esquerda e deu um puxão, fazendo Marcos cair a sua frente. Logo depois se colocou de pé, o gás ainda fazia efeito, mas estava se dissipando aos poucos, bem como sua visão. Marcos agarrou sua cintura, e enquanto o Soldado esmurrava suas costas, até Marcos bater as costas do soldado contra uma coluna.

— O que é preciso, seu desgraçado? — indagou o Temerário esmurrando sua cara por duas vezes. — Para me dizer onde elas estão! — O Soldado bloqueou o próximo soco e desferiu um na barriga da Caveira, enquanto agarrava a cabeça de Marcos com a que bloqueara, e a levava ao chão.

  Se levantou e foi em direção a pistola, mas Marcos avançou, o Soldado bloqueou seu ataque com a direita, mas Marcos socou sua cara com a esquerda, o aprimorado retribuiu o soco com a esquerda e desferiu outro soco com a direita, enquanto Marcos levantava a guarda, se defendeu dos dois ataques do Fantasma, tentou dar uma cotovelada com a direita, mas o Soldado bloqueou o ataque. O Temerário agarrou sua mão e a levantou, em seguida desferindo um soco com a esquerda no meio do peito do Soldado, fazendo este ir para trás.

— Quando terminamos isso, quero que saia da minha cidade e leve seu gore para bem longe. — ordenou Marcos.

  Este por sua vez se cansara de ficar na defensiva, avançando ferozmente contra Marcos, que já arremessara outra bomba de gás contra o Soldado, que a apanhou e a jogou para longe. A caveira decidiu mudar de estratégia indo para o estilo Muhammed Ali. Sua tática seria provocar o adversário até cansá-lo, se isso ia funcionar contra o Soldado, ele não sabia, mas sabia que iria fazer de tudo para reaver sua família.

  O Soldado tentou lhe dar um gancho de direita e em seguida de esquerda, mas Marcos desviou com mestria, seu oponente tentou de tudo desde chutes até socos, mas Marcos desviava tal qual uma serpente. Logo indagou:

— É o melhor que pode fazer? Estou decepcionado.

  O Soldado não se importou com aquilo, sabia o que seu oponente desejava e não iria ceder com tanta facilidade, avançou novamente, fingiu um gancho de esquerda e quando Marcos desviou, abriu uma brecha no espaço e socou violentamente suas costas, fazendo-o ficar de quatro.

—  Gás. — disse o Soldado — Tenho que admitir, foi uma boa sacada.

  Marcos se levantou e tentou desferir um soco no rosto do oponente, mas o Soldado agarrou sua mão e o puxou ao seu encontro, dando uma joelhada na boca de seu estômago, deixando-o no chão.

— Eu ouvi falar de você. — disse o aprimorado — Sinceramente não tenho nada contra você e admiro parte do seu trabalho, mas entenda que não lhe fiz nada! — Então o Soldado pegou a arma e a colocou em um dos seus bolsos, foi deixar o local, mas algo o deteve.

— Agora está zombando de mim? — Marcos levantou-se. — Este não é o meu trabalho. Não sou recompensado por ele no final, pelo contrário me subtraíram a minha família. — avançou cansado.

  Estava exausto, seus truques esgotados e o Soldado permanecia como se tivesse entrado a pouco na luta. Um jab, um direto, um chute alto e uma joelhada. Todos bloqueados pelo Soldado.

O Soldado desfere um cruzado de esquerda, o Temerário cambaleia. Um de direto e a Caveira cai ao chão.

— Admiro a sua coragem e persistência, mas agora tenho que achá-lo.

— Vá se foder com suas admirações desvirtuadas. Não sirvo de exemplo para você e jamais vou servir.

— Admiro o Papa Francisco e nem por isso sou santo. — Ele continuou — Sei em que tecla você quer que eu pise, mas acontece que o dano já está feito, eles acham que eu sou um terrorista...

— "Admiro o Papa Francisco". Papo de garota quando perde a virgindade. O que você faz é bem mais sério e você merece cada insulto e cada rejeição.

— Esses olhos que a terra vai comer viram as gravações. O sangue derramado. Você não é um herói, você não está fazendo o certo.

— E é por isso que te admiro. — disse ele olhando para o chão, havia culpa ali. Marcos não teve resposta, e por um momento sentiu pena, mas a preocupação com Elisa e sua filha eram maiores.

— O-onde está minha-a filha? — lamuriou Marcos. — Você sabe onde elas estão? Por favor, me diga onde elas estão, faço qualquer coisa, apenas me diga...

— Ah, não! — exclamou o Gato. — Você não tá pensando em virar BFF desse assassino com cabelo de princesa? Por acaso o nome da mãe de vocês é Martha? Levanta do chão, droga!

— Eu não tenho opção, amigo. Foi um erro, não posso com ele.

O Soldado estava confuso, pensava em com quem o Temerário conversava. Aproximou-se de Marcos dizendo:

— Eu não levei sua filha, juro que não fiz isso. Primeiro, eu nem ao menos sei quem é você. Segundo, ambos temos o mesmo objetivo, embora que de maneiras distintas e eu jamais sonharia em ocupar seu lugar, até porque não tenho intenção de ficar.

— Mas minha e-esposa, ela, ela disse que você...

— É claro que ela disse, eu a obriguei. — disse o Intangível, surgindo com vinte homens armados atrás de ambos — Finalmente os tenho a Caveira e o Fantasma.

— O que você quer? — indagou o Soldado, enquanto ajudava o Temerário a ficar pé. Estava claro como água o que tinha se passado.

— Ora Soldado, quero ambos fora do meu caminho, são muito ruins para os negócios, desde que estão atuando as vendas caíram em oitenta por cento.

— Mas é claro que fazê-los brigar entre si foi melhor ainda, isso apenas tornou minha vingança ainda mais saborosa.

— Vingança? — indagou Marcos ainda zonzo.

— Vocês dois devem se lembrar do traficante Santana, graças a vocês, ele foi humilhado, preso, libertado e depois morto. Ele era meu irmão mais velho, saibam que inicialmente eu só me vingaria de você Caveira, mas o Soldado teve que finalizar o serviço, antes daria a você uma morte rápida a você, juntamente com sua família, mas agora eu farei cada um de vocês agonizarem.


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Notas finais do capítulo

Quando escrevemos esse capitulo, recebemos a noticia de que Muhammad Ali havia falecido, então decidimos fazer uma homenagem a ele. Vou deixar aqui o comentário que o Maurício fez (em outra plataforma):

''Quando estávamos escrevendo esse capítulo recebemos inesperada a notícia do falecimento de Muhammad Ali. Nós, grande fãs não só de seu trabalho, como da pessoa que ele representou para a humanidade, tínhamos que homenageá-lo.

Muhammad Ali inspirou e ainda inspira as histórias não só do Temerário, como também todas as quais eu me envolvo. Sua mensagem de amor e tolerância ao próximo estará viva para sempre na nossa memória.

Este é o nosso "Rumble in the Jungle".
Este capítulo é dedicado a Muhammad Ali''.