Our destiny escrita por Tisbe


Capítulo 28
Lições


Notas iniciais do capítulo

Voltei! O trailer me animou a voltar a escrever pq teve Jonerys demais e eu precisava fazer algo a respeito! Rsrsrs... Espero que aproveitem.



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— Agora girem o tronco para a esquerda e deixem seu pé de apoio à frente. Ataquem! – A frente de uma centena de jovens mulheres, Arya Stark fazia o melhor que podia para deixá-las prontas para a batalha que se aproximava. – Não se esqueçam, devem ser rápidas e certeiras.

Do outro lado do pátio, alguns ferreiros as observavam enquanto elas giravam suas espadas de madeira e se moviam numa dança suave e compassada. Forjando lanças e adagas de obsidiana, dois homens cochichavam e davam risinhos com o desempenho das novas guerreiras do Norte. – A minha senhora está ali no meio. É a de saias azuis.  Pedi aos Deuses uma mulher que cozinhasse, cuidasse dos meus filhos e que cumprisse seu dever comigo durante a noite. Mas agora, ela só sabe tagarelar sobre como está animada por treinar com a lobinha desgrenhada.

Polindo uma lança a poucos passos de onde os dois conversavam, o jovem de cabelos escuros parou subitamente o que fazia e se moveu até eles. – O que disse sobre lady Arya? – Ele ficou cara a cara com o homem atarracado que ofendera a aparência da Stark.

— Por um acaso é o guarda pessoal da senhorita? Ou está enamorado pela loba desgrenhada? – O homem riu em deboche e uma fileira de dentes sujos e amarelados se fez aparente em sua boca. Antes que ele pudesse fechá-la novamente, o rapaz o golpeou com um soco bem no meio do nariz.

— Tem sorte que tenha sido eu a ouvir isso. Se lady Arya estivesse em meu lugar, você estaria morto.

Ao notar o aglomerado de gente que se formara do outro lado do pátio, Arya deixou suas aprendizes e correu para ver o que estava acontecendo.

 – Gendry, o que houve aqui? – Ela se virou para o rapaz e em seu semblante, viu uma expressão de raiva dar lugar a um olhar mais sereno. – Apenas um mal-entendido. Aquele ferreiro engasgou enquanto falava uma bobagem qualquer e eu o ajudei.  Não é mesmo? – Ele se voltou para o homem que ostentava um grande corte em seu nariz.

— Exatamente, milady, eu me engasguei e o rapaz me ajudou. Com licença. – Sem dar tempo para qualquer outra pergunta, o ferreiro saiu em disparada para fora da fortaleza.

— Está com fome? Acho que já terminaram o almoço, mas podemos ver se encontramos algo quente na cozinha.  

Arya o chamou e ele respirou aliviado por não precisar dar mais nenhuma explicação pelo que acabara de fazer.

— Eu poderia comer. – Gendry respondeu e a acompanhou enquanto ela caminhava para dentro do castelo.

— Por que você socou aquele homem? – A menina despejou sua pergunta depois de abocanhar um pedaço de galinha assada.

Engolindo em seco, o moreno não teve muito tempo para inventar uma mentira e acabou contando toda a verdade para a amiga. – Ele a ofendeu e eu não podia deixá-lo impune.

— Posso saber o teor desta ofensa? – Despretensiosa, Arya o inquiriu e voltou mais um pedaço de carne à boca.

— Nada que você deva dar importância, aquele pobre infeliz estava insatisfeito por perder as regalias que o casamento lhe trazia. Apenas isso, milady.

— Não me chame de milady!

Com raiva, Arya mordeu a coxa da galinha e resquícios de comida ficaram grudados no canto de sua bochecha. Imediatamente, Gendry moveu seus dedos até seu rosto e a limpou. Com o toque, a menina paralisou e o olhou assustada.

— Me desculpe, é que... seu rosto estava sujo e... – Ele enrubesceu.

— Certo. obrigada – Arya buscou um guardanapo e terminou de se limpar. – Do que ele me chamou?

— Eu já me esqueci e agora preciso voltar para a forja. – Gendry soltou seus talheres sobre o prato vazio e tratou de mudar de assunto. – Ainda pretendo treinar depois que terminar o trabalho de hoje. Tenho visto o quanto suas alunas estão evoluindo e eu não posso ficar para trás. - Ele sorriu timidamente.

— Se quiser, podemos treinar juntos. Quando a noite cair me encontre no antigo celeiro que está desocupado. Lá é mais quente e estará melhor iluminado.

— Eu irei... e obrigado pelo almoço. – Gendry a viu anuir e saiu porta à fora de volta para seus afazeres.

Antes de voltar para seu treinamento, Arya foi até seu quarto e trocou de roupas, tirou o gibão e colocou um vestido surrado e encardido. Em sua maleta de rostos, procurou aquele que usara para se infiltrar na fortaleza dos Frays. Assim que se olhou no espelho, viu uma jovem camponesa de cabelos longos e castanhos.

Já no pátio, conseguiu rapidamente descobrir com suas alunas o que havia acontecido mais cedo. “Loba desgrenhada”, era o que estavam falando sobre si. Durante toda sua vida, a menina nunca havia se importado realmente com sua aparência, o que os outros pensavam dela não era um problema seu. Mas naquele momento, aquela pequena ofensa doeu de uma forma que ela nunca havia experimentado antes. De volta a seu aposento, Arya removeu o rosto emprestado e mirou sua real figura no espelho; seu cabelo meio preso estava eriçado e um tanto engordurado. Pequenos pontos de fuligem lhe cobriam a pele clara do rosto e suas roupas não cheiravam tão bem quanto ela gostaria. – Eu sou uma guerreira, não uma lady! – Pensou consigo mesma e logo a imagem do irmão mais novo surgiu em sua memória. – “Você não precisa escolher entre uma coisa ou outra”.

Em seu aposento, Sansa Stark se preparava para o banho. Com a ajuda de Gilly, ela removeu o vestido e os sapatos. Depois, só com as roupas de baixo caminhou devagar até a penteadeira e buscou seus óleos perfumados.

 – Amanhã entrarei na última lua. Mais algumas semanas e ele estará em meus braços. – A menina falou para sua acompanhante que terminava de encher com água quente a banheira que ficava na sala ao lado.

— Estou rezando para que sua hora seja tranquila, minha senhora. Não há momento mais feliz no mundo do que segurar um filho nos braços e ouvir seu choro pela primeira vez. – Gilly apareceu no aposento e sorriu para a amiga.

Assim que entrou na banheira, Sansa fechou seus olhos e passou a cantarolar sozinha enquanto aproveitava a água quente.

Distraída, dobrando algumas peças de roupa, Gilly foi surpreendida pelo rei do Norte que abriu a porta do quarto e entrou silenciosamente no ambiente. Jon a olhou e levou o dedo indicador sobre os próprios lábios, pedindo para que a menina não revelasse sua presença para a rainha. Apontando para a sala de banho, Gilly indicou onde Sansa estava e logo saiu do quarto para deixar o casal a sós.

— Gilly, estou pronta para sair. Já pode trazer meu roupão. – A ruiva pediu e não obteve qualquer resposta. - Gilly?

Sansa abriu os olhos e se deparou com a figura do marido a olhando encantado. De pé em frente a banheira, ele sorria.

— Há quanto tempo está aí? – Ela sorriu com a surpresa.

— Acabei de chegar, minha senhora. – Jon se aproximou e estendeu as mãos para ajudá-la a se levantar, depois, a enrolou numa toalha de algodão.

— Que bela surpresa, doce marido. Já terminou a reunião com a Targaryen? – Ela se apertou na toalha e o beijou levemente nos lábios.

— Sim. A rainha está impaciente. Está com medo do que Cersei possa estar fazendo em Porto Real. Ela sugeriu que fossemos além da muralha para emboscar o rei da Noite.

— Não acho que seja uma boa ideia, meu senhor. Ninguém sabe do que este monstro é capaz e nem o tamanho de seu exército. – Sansa o deixou para trás e caminhou até o quarto. Parada em frente ao espelho da penteadeira, deixou cair a toalha no chão e se virou para encarar o marido enquanto espalhava pelo corpo sua loção hidratante preferida. – Jon, eu não confio nela...

— Sansa, o que pensa que está fazendo? – Ele se fez sério.

— Não entendo, meu senhor. – A menina pareceu genuinamente confusa. – Não quer mais os meus conselhos? Acha que devemos confiar cegamente em Daenerys?

Caminhando lentamente em sua direção, ele respondeu. – Não, não é nada disso, meu amor, eu só não acho que sou capaz de pensar em qualquer coisa relacionada a guerra enquanto a vejo desta maneira. – Ele sorriu maliciosamente e logo pôs as duas mãos em sua cintura e a beijou. – Eu estava com saudades... muitas saudades de você.

— Jon... – Sansa fechou os olhos e o deixou beijar seu pescoço e colo. – Eu também estava, meu amor.

Com delicadeza, o rapaz a pegou no colo e a colocou sobre a cama, depois voltou a beijá-la.

— Querido, não podemos, o Meistre me proibiu, pelo bem de nossa criança.

— Eu sei, conversei com ele mais cedo.

— O quê? Você teve coragem de tratar destes assuntos com ele? – A rainha estava chocada e enrubesceu com aquela revelação.

— Mas é claro, minha querida. Não se preocupe, pois nada de ruim acontecerá com nosso bebê, eu prometo. Quero apenas que você relaxe e se esqueça de todas essas coisas que nos rodeiam. Feche os olhos. – Jon pediu e ela obedeceu no mesmo instante.

O Lobo Branco tirou suas botas e desabotoou sua camisa. Com cuidado, tocou a barriga da mulher e a beijou, depois foi descendo seus lábios até suas coxas e encontrou o meio de suas pernas. Ouvindo o gemido suave da esposa, tocou com a língua sua carne quente e úmida.

— Jon...

Ele se ajeitou na cama e a provou como a muito tempo não fazia. – Sansa...

Gilly, pode vir aqui por favor? – Arya chamou pela garota assim que a viu passar pelo corredor de seu quarto.

— Sim, milady.

— Gilly, você pode me ajudar com uma coisa?

— Mas é claro, senhorita. – A menina sorriu e entrou no aposento da Stark.

— Você sabe que desde que a Targaryen chegou aqui, a Mary vive ocupada cuidando dela e já não me ajuda mais com nada.

— Do que precisa? Peça e eu a ajudarei no que quiser.

— Meus cabelos... agora que estão maiores e eu não consigo arrumá-los. Será que você poderia trançá-los depois que eu terminar meu banho?

— Mas é claro, será um prazer. Tem algo a mais que eu possa fazer por você?

Arya pareceu pensativa e rodeou um pouco antes de falar. – Você sabe o que minha irmã usa em seu banho? Eu estou um pouco enjoada desse sabonete sem graça e eu queria, quem sabe, mudar um pouco.

— Oh sim, mas é claro. Sua irmã me deu uma dezena de óleos e essências, também uma porção de perfumes. Posso trazê-los até aqui e a senhorita escolhe o que preferir.

Gilly retornou rapidamente com uma caixinha cheia de frascos de diversos tamanhos e cores. Depois de abrir cada um deles, Arya escolheu o menor de todos, que continha uma mistura de madressilva e jasmim. – Este serve.

Assim que entrou na banheira, a menina sentiu o perfume que fora despejado na água exalar por todo o ambiente. – Sansa tem bom gosto. – Ela riu sozinha. Depois, passou a esfregar as pontas dos dedos com um pedaço de tecido, tentando limpar toda a sujeira acumulada sob as unhas. Com a ajuda de Gilly, lavou e desembaraçou seus cabelos.

— Posso prendê-lo, senhorita?

Arya anuiu e Gilly passou a trançar seus fios espessos e castanhos. Quando terminou, a loba correu para a frente do espelho e se viu como nunca antes; seu cabelo estava alinhado, preso para trás numa trança simples e discreta.

— Obrigada por sua ajuda, mas agora eu preciso ir.

— Senhorita, ainda não está na hora do jantar. – Gilly a olhou surpresa quando a viu sair apressadamente do quarto.

— Eu sei disso, mas tenho algo para fazer.

Andando ansiosamente de um lado para o outro, Gendry temia que a amiga havia se esquecido do combinado feito horas mais cedo. Dentro do celeiro, ele segurava uma lança em uma das mãos e uma espada enrolada em tecido na outra.

— Cuidado para não fazer um buraco no chão! – A menina exclamou assim que o viu se movendo pra lá e pra cá distraidamente.

— Achei que não viria mais. Eu estava quase indo embora. – Gendry a olhou e notou a mudança em sua aparência. Apesar de sentir vontade de dizer algo sobre aquele fato, ele preferiu se manter em silêncio.

— Eu disse que viria, não disse? – Ela se aproximou e apontou para as armas em suas mãos? - São de obsidiana?

— Sim, e esta é para você. – O rapaz desfez o embrulho e entregou a espada nas mãos da menina. O centro é feito de aço valiriano, somente a parte externa é feita de pedra. Mesmo que ela se quebre durante a luta, você ainda terá o aço intacto para protegê-la.

— Ela é perfeita, obrigada!

— Podemos testá-la se quiser. – Gendry segurou sua lança com as duas mãos e partiu para cima da menina.

Com extrema facilidade, Arya se esquivou do golpe movendo o corpo para o lado direito, depois, girou nos pés e foi sua vez de atacar. – Olhe para mim, não par a espada.

Gendry se abaixou e por muito pouco não acabou se estatelando no chão. Rapidamente, ele se ergueu e voltou ao combate. Arya se movia rápido, batendo incessantemente sua espada contra o bastão em suas mãos. Por mais que tentasse, o ferreiro não era capaz de amortecer todos os golpes estando parado. A cada investida que ela dava, ele era obrigado a se mover para trás.

— Quem te ensinou a lutar assim? – Ele perguntou ofegante.

— Ninguém. - A menina sorriu e continuou. – Seus pés... você precisa estabilizar seus pés. Concentre-se apenas no movimento de suas mãos. O resto de seu corpo não precisa ser uma preocupação para você.

— Certo, não devo me preocupar... – O rapaz já estava quase sem fôlego e só se deu conta de que estava encurralado quando bateu as costas numa parede. Assim que percebeu sua derrota, Gendry jogou a lança no chão e estendeu os dois braços para cima.

Com a espada voltada para o pescoço do moreno, Arya se aproximou e falou baixo. – Você é bom, mas se distrai facilmente.

Respirando pesadamente, ele a olhou nos olhos. – Não devo me distrair... - Por estar tão perto da menina, Gendry pôde sentir o cheiro doce que saltava de sua pele. Por muito pouco ele não se lançou para frente e lhe roubou um beijo. Mas algo em sua cabeça o fez refreá-lo. – Ela é uma lady e você um simples ferreiro...

— Quer tentar de novo? – Arya falou, o tirando de seus devaneios.

— Sim... claro. - O rapaz sacudiu a cabeça e os dois voltaram para o local em que estavam.

Frente a frente, se prepararam para um novo embate. Mais atento e concentrado, o ferreiro passou a executar as comandas de sua oponente de forma mais segura.

— Muito bem! Acho que por hoje conseguimos muita coisa. – A loba sorriu com o progresso do amigo. – Vamos entrar, o jantar logo será servido.

— Obrigado, mas eu prefiro ir para o alojamento. Quero dormir cedo e pela manhã terminar o último lote de lanças para o exército.

— Tem certeza? – Ela o questionou um tanto decepcionada.

Depois daquela noite, o casal passou a se encontrar regularmente no celeiro abandonado para seu treinamento. Uma semana havia se passado e a melhora do ferreiro no manejo da lança e espada era visível. Gendry era dedicado e se esforçava ao máximo para estar à altura da menina. Arya estava feliz por seus avanços, mas algo passou a incomodá-la, mesmo estando mais próximos naqueles dias, o rapaz parecia evitá-la. Ele falava pouco e assim que o treinamento terminava, saía correndo para seu alojamento. Durante o dia, ele também procurava ficar distante e sempre arrumava uma desculpa para se afastar.

Depois de terminarem a luta daquela noite, Gendry recolheu sua lança do chão e ao virar a cabeça para se despedir da garota, notou em seu próprio ombro direito um pequeno corte. Sua camisa estava rasgada e um filete de sangue manchara o tecido ao redor do ferimento. – Eu preciso limpar isso.

— Posso ver? – Ela se aproximou e o fez se abaixar levemente para que ficassem da mesma altura. – Não foi profundo. Mas temos que cuidar disso.

Gendry passou a observá-la enquanto ela analisava seu machucado. Mais uma vez, seu cheiro doce o fez se perder em seus pensamentos. – Ai! – Ele gemeu quando ela tocou o ferimento.

— Me desculpe! - Arya o encarou. – Tire a camisa, eu não consigo ver direito o corte.

— Não se preocupe, está tudo bem, eu mesmo farei um curativo e... – O moreno tentou se afastar.

— Não, não está tudo bem! Gendry, o que está acontecendo? – Ela o segurou pelo braço. - Desde que te conheci, você fala sem parar e não perde a oportunidade de me importunar ou fazer alguma piada. Agora você está me evitando, fugindo e inventando desculpas para me manter longe. O que eu fiz que te deixou tão irritado? – A menina tinha um olhar de súplica, tentando entender todo aquele comportamento.

Respirando pesadamente, o garoto baixou sua cabeça. – Você não fez nada...

— Então porque está agindo desta maneira? – Ela falou entristecida.

Gendry se esforçou o máximo que pôde para se manter calado, mas as palavras presas em sua garganta o forçaram a falar tudo o que estava em sua mente. – Arya, você não percebe? Eu sou um pobre bastardo apaixonado por uma lady! – Antes que a menina abrisse a boca para censurá-lo por dizer aquilo, ele se antecipou e continuou a falar. – Sim, você é uma lady, é a filha de um nobre, do homem mais poderoso do Norte, seu primo e sua irmã são os reis de todo este lugar. Acho que me apaixonei assim que descobri que você era uma garota. Uma garota linda e feroz. Mas eu era uma criança e não entendia muito bem o que estava sentido, mas agora eu sei, e é por isso que devo ficar longe. Você não tem noção do quanto me dói estar tão perto, sentir seu cheiro, olhar no fundo dos seus olhos e não poder tocá-la, não poder beijá-la. – Depois de dizer tudo aquilo, o rapaz voltou a si. – Me desculpe, eu não tinha o direito de falar essas coisas.

Pela primeira vez na vida, a menina havia perdido as palavras, seu sarcasmo não a ajudaria naquela situação e a verdade é que no fundo ela sabia que também sentia o mesmo por ele. Mas ela sempre teve medo, medo de se entregar e descobrir que ele a via somente como o menino que um dia ela fora. Que ele a achasse feia, ou pouco atraente comparada as outras moças que ele já teve. Ela tinha medo pois nunca na vida havia experimentado aquela sensação de vulnerabilidade e de desconhecido. Para ela, enfrentar a morte era muito mais simples que encarar o amor. – “Você pode ter as duas coisas...” – A voz do irmão ecoou mais uma vez em sua cabeça e ela ganhou coragem para falar. – Gendry... – Ele a olhou e ela continuou. - Você tem razão, eu sou uma lady, mas não sou apenas isso, eu sou uma guerreira também, mas para mim nada disso importa, porque agora eu sou apenas uma menina, uma menina perdidamente apaixonada por um ferreiro. – Depois de dizer aquelas palavras, Arya fechou seus olhos e o beijou. Suavemente, seus lábios tocaram os dele e ela se deixou levar por aquele momento completamente novo.

Mesmo surpreso com aquela resposta, Gendry a acolheu e retribuiu seu beijo. Com uma das mãos em sua cintura e a outra em seus cabelos, o rapaz se perdeu naquele instante.

Depois de separarem suas bocas, ele a olhou com ternura e beijou sua testa. – Definitivamente esta foi a melhor lição da noite, milady. -  Sorrindo, Arya fingiu socá-lo por dizer aquilo e ele logo a envolveu num abraço.


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Notas finais do capítulo

Por que tão meloso? Porque sim! Porque eu amo o romance brega e cheio de clichês... Porque eu amo o amor!! Arya é badass, mas é uma fofinha também! Obrigada pra quem leu. Eu espero que minha coragem me leve ao final da fic antes da estreia da temporada. Se puderem mandem comentários do que acharam pq eu estava com saudades de falar com vcs! Bjos!