Our destiny escrita por Tisbe


Capítulo 18
A Mãe e o Estranho


Notas iniciais do capítulo

Oie, voltei! Escrevi, escrevi e escrevi como se não houvesse amanhã! Me perdoem os mega ,master erros pq to postando sem revisar nada. Virei a noite escrevendo depois de ver aquele trailer lindo da 7ª temporada. To feliz que GOT vai voltar.
Ah... Achei que este título representa o capítulo do começo ao fim, espero que gostem e que comentem o que acharam!
Enjoy



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Com uma navalha nas mãos, Petyr Baelish encarava o reflexo de seus próprios olhos no espelho disposto sobre a penteadeira. Depois de guardar seus pertences na mala de viagem, decidiu cuidar de si mesmo. Pediu a uma criada água quente e sabão para fazer a barba. Após três dias sem apará-la, viu sua aparência tomar um aspecto descuidado e empobrecido. E ele não gostava nem um pouco daquilo.

Erguendo a destra, deslizou lentamente a lâmina sobre a pele preparada com espuma. Enquanto corria o metal frio sobre o rosto, começou a pensar em tudo o que vivenciou nos últimos dias; ponderou tudo o que já havia conquistado até aquele momento e no revés de sua sorte, quando obrigaram a mulher de seus sonhos a se casar com um homem medíocre. – Maldito bastardo! – Pensou em Jon Snow enquanto passava a navalha pela bochecha esquerda. Seu ódio era tanto que se distraiu e acabou cortando o rosto por acidente. – Maldito! – Desta vez, disse em voz alta o que sentia. Com um lenço umedecido em água morna, limpou o filete de sangue que escorria do pequeno corte. Após terminar sua tarefa, trocou suas roupas e desceu para o café da manhã.

Na companhia de duas criadas, Gilly bateu na porta do quarto de Sansa e esperou por sua resposta.

— Entre.

— Bom dia, como está se sentindo hoje? – Gilly caminhou até a imponente cama de madeira maciça e se sentou ao lado da amiga que já estava com uma expressão bem melhor que nos últimos dias.

Deitada com o tronco apoiado em uma pilha de travesseiros, a rainha de Winterfell só mantinha o rosto e os braços expostos, o resto de seu corpo estava escondido sob seus pesados cobertores. – Bom dia Gilly, me sinto bem melhor, obrigada. – Sorrindo para a amiga, Sansa buscou as mãos da garota e as juntou nas suas. – Minha querida, você sabe que se não fosse por sua ajuda, hoje eu seria a mais infeliz de todas as mulheres. – A três dias atrás, quando Sansa notou seu sangramento, pediu que a criada fosse imediatamente chamar o Meistre para socorrê-la. Antes que o homem pudesse chegar à fortaleza, a companheira de Samwell Tarly usou todos seus conhecimentos para ajudar naquela situação. Ao vê-la andando de um lado para outro do quarto, chorando e soluçando convulsivamente, Gilly a tranquilizou e a fez se deitar novamente, depois, preparou um chá de flores silvestres que a fez dormir em poucos minutos. Ela sabia que se Sansa continuasse agitada daquela forma, com certeza teria mais chances de ter alguma complicação. Mas, depois de analisar a pequena mancha de sangue sobre o lençol, entendeu que aquilo não se tratava de um aborto. Por ter vivido entre dezenas de mulheres que ficavam constantemente grávidas, a garota já tinha visto algumas situações parecidas com aquela e em nenhum dos casos as mães perderam suas crianças, a não ser uma de suas irmãs, que sangrou por um dia inteiro antes de perder o terceiro filho que esperava do asqueroso Craster.

Quando o meistre chegou ao aposento de Sansa, a examinou utilizando um espéculo de metal. E com o uso de pequenos espelhos, fez com que a luz de uma vela fosse direcionada para o local em que fazia sua inspeção.  – “Um susto, doce criança! Um susto e um sinal para redobrar sua atenção. Seu herdeiro é forte e valente. Está agarrado à vida, mas a senhora não pode se dar ao luxo de ter grandes emoções, ou até mesmo, manter relações com seu marido. Creio que seu sangramento se deu exatamente por isso. Talvez um pequeno deslocamento de sua placenta, ou um rompimento de um vaso sanguíneo. Por isso, quero que você permaneça em repouso por pelo menos uma lua completa. Não se levante a menos que seja estritamente necessário”. – Após ouvir aquelas palavras, as lágrimas de Sansa desceram silenciosas e fluidas como as águas do Tridente.  Em suas orações, agradecia à Mãe por ter mantido seu filho dentro de si, e ao Estranho, por tê-lo poupado da morte.

— Posso servir seu desjejum, milady? – Lenna, uma jovem criada de cabelos escuros e escorridos, quebrou o momento que as duas amigas compartilhavam. Soltando as mãos de Sansa, Gilly se levantou e deixou que a garota servisse sua rainha.

— Oh... sim, obrigada, mas agora vocês já podem se retirar. Quero que voltem daqui a duas horas para me ajudar em meu banho. – Um dia depois de seu incidente, Sansa decidiu não esconder mais de suas aias sua gravidez. Quando as irmãs Lenna e Mary a viram nua, engoliram em seco. Com os olhos arregalados, tentaram compreender como uma mulher que se casou em menos de uma semana já trazia um ventre tão inchado e redondo. A ruiva notou quando as jovens se entreolharam com um ar de espanto no rosto. Achando graça daquilo, Sansa não se importaria se as garotas contassem para todo o reino a avançada situação de sua gestação, mas mesmo assim, ela as fez jurar guardar segredo, pelo menos por mais um dia, até que o maldito Baelish estivesse bem longe de Winterfell.

Depois que as criadas deixaram o quarto, a pedido de Sansa, Gilly buscou a caixa de costuras que a menina mantinha sobre a penteadeira e a entregou para a amiga. Depois de se despedir, partiu para seu próprio aposento.

No salão principal, Arya, Brienne e Sam tomavam seu café da manhã. Naquele dia as criadas prepararam rabanadas com canela e bolo de maçã. Além disso, trouxeram uma tigela de ovos mexidos e tiras de bacon crocante.

Enquanto espetava lascas de bacon em seu pedaço de bolo, Arya falava distraidamente com Sam sobre seus planos de deixar Winterfell para ir em busca de sua loba Nymeria. Há alguns dias, a menina ouvira uivos vindos da floresta e ela cismava que eram fortes de mais para serem de um lobo comum. Erguendo a cabeça para levar sua comida à boca, viu Mindinho se aproximando silenciosamente. Imediatamente, largou o bolo no prato. Se não fosse por Brienne, que segurava seu braço por baixo da mesa, ela teria saído dali no mesmo instante.

Encarando a loira, ela compreendeu que se saísse da mesa daquela forma, estaria insultando o “convidado” de sua casa, e mesmo sabendo que Baelish não merecia qualquer respeito, compreendia que Winterfell ainda estava em dívida com os cavaleiros do Vale e eles eram representados pela víbora vestida de púrpura e negro que vinha em sua direção.

— Bom dia senhoritas! – Mindinho se sentou à mesa e cumprimentou apenas as duas mulheres, ignorando completamente a presença de Sam. Só de olhar para o patrulheiro, seus pensamentos o faziam se lembrar de Jon Snow. – Malditos corvos... agora todos têm o direito de sair daquela gaiola imunda que é Castle Black? – Guardando sua reflexão para si, forçou um sorriso para a Stark enquanto colocava um pouco de ovo mexido em seu próprio prato. – Irá treinar agora de manhã senhorita?

— Sim. – Arya sequer levantou os olhos de seu prato. Espetando com o garfo um pedaço de maçã caramelizada, respondeu à pergunta e logo enfiou a comida na boca.

— Se me permite senhorita, gostaria de vê-la lutar. A última Stark que vi com uma espada nas mãos foi sua tia Lyanna. – Mindinho fingiu contentamento com a lembrança.

— Pode ver o treino, se quiser. – Arya respondeu e logo um pedaço de bolo e uma fatia de bacon encheram sua boca novamente.

— A propósito, já sabe se sua irmã está mais disposta? Eu gostaria que ela me acompanhasse em seu treino hoje. Ainda temos muito o que conversar sobre a situação dos cavaleiros do Vale. Sabe que desde que cheguei aqui não consegui trocar mais que cinco palavras com ela. – Baelish estava mais do que ansioso para ver sua querida Sansa, pois desde que chegara, a garota tratou de ignorá-lo completamente. Ele só a viu no dia de seu casamento e durante as refeições dos dois dias anteriores a partida de Snow. Sempre que tentava se aproximar dela, o bastardo surgia como uma sombra, a cercando e a roubando para si. Com a viagem de Jon para Pedra do Dragão, Petyr achou que seria mais fácil ficar sozinho com a garota e tentar convencê-la de que aquele casamento era nada menos que a pior coisa que ela poderia ter feito.

— Minha irmã ainda não se recuperou do resfriado que pegou. Como sabe, o meistre a proibiu de sair de seus aposentos, bem como, baniu qualquer contato com as outras pessoas do castelo. Não queremos um bando de doentes vagando pelos corredores da fortaleza, não é mesmo? -  Desta vez, Arya disse uma frase completa e até ergueu os olhos para encarar o homem. Sorriu, pois estava satisfeita por vê-lo se frustrando mais uma vez. Apenas ela, Gilly e Brienne sabiam da real condição da rainha, e aquela mentira só duraria até que Mindinho fosse embora.

— Oh sim, tem razão. Queiram os deuses que nossa rainha recupere logo sua saúde... Seria uma pena se... – Mindinho se calou quando passou por sua cabeça o vislumbre de sua Sansa morta. Ele sabia que resfriados iam e vinham em qualquer pessoa, mas também sabia que uma pneumonia, ou qualquer coisa do tipo poderia até tirar a vida do mais forte dos homens. Sansa era sua única esperança de conquistar o Norte e se ela morresse, sua ambição seria enterrada junto com ela.

— Escreva uma carta...

— O que disse? – Petyr se virou para Brienne ao ouvi-la do outro lado da mesa.

— Disse para escrever uma carta para Lady Sansa. O senhor irá embora hoje, não é mesmo? – Ela esperou que ele concordasse com a pergunta. – Pois então. Já que não pode ver a rainha pessoalmente, escreva tudo o que quer tratar com ela e eu farei com que a carta chegue em suas mãos.

— É uma ótima ideia, lady Brienne, farei isso imediatamente. Com licença. – Naquele momento Mindinho fervia de ódio, queria esbofetear a cara da grandalhona de cabelos amarelos. Se não fosse por sua ideia ridícula, com mais um pouco de insistência, poderia fazer com que Sansa se encontrasse com ele em seu escritório. Ele queria aproveitar para fazer mais uma tentativa e trazê-la para seu lado do jogo. Ele tinha dinheiro, um exército, o Vale de Aryn estava sob seus pés e depois das notícias que recebera de Porto Real, sabia que em pouco tempo Cersei e o resto dos Lannisters poderiam ser destruídos facilmente. Agora, ele precisava do Norte e a filha legítima de Wintefell era a chave para sua conquista.

Caminhando pelo corredor que o levaria em direção a seu quarto de hospede, Petyr ouviu vozes de mulheres se aproximando. Elas vinham das escadarias que davam acesso aos aposentos de Sansa. Se escondendo no escuro, atrás de uma larga coluna de pedra, pôde ver que duas criadas e a mulher que servia de dama de companhia da rainha caminhavam em direção ao salão principal. Depois de se certificar que as três já estavam longe o suficiente e que não havia mais ninguém naquele lado do castelo, ele mudou sua direção e decidiu subir aquelas escadas. Tentando acostumar as vistas ao ambiente, Mindinho se deu conta de que nunca estivera naquele lado da fortaleza; a torre do senhor de Winterfell. Local que abrigava o aposento que sua doce Sansa passou a dividir com o bastardo. – Ainda bem que o miserável está bem longe. – Enquanto caminhava até o quarto que ele julgava ser o de Sansa, Baelish pensava na noite de núpcias que ela tivera. Ele acreditava que a Stark desprezava o bastardo e apenas aceitou se casar para manter suas terras e o poder sobre o Norte. – Quem amaria um bastardo? Ainda mais um que até pouco tempo era considerado seu irmão... não minha doce e nobre Sansa. Ela não o amaria e muito menos se deitaria com ele. — Tentando ser otimista, Mindinho preferiu acreditar que apesar de bastardo, Jon teria a nobreza dos Starks e não a forçaria a nada que ela não quisesse. Batendo na porta de madeira, ele esperou por qualquer resposta.

— Entre. – Imaginado que alguma das criadas tivesse voltado para recolher as bandejas do café, Sansa não desviou os olhos da roupinha que costurava para seu filho. Somente após notar uma sombra escura se aproximando é que voltou a cabeça para cima e se deparou com a figura esguia de Mindinho. – O que faz aqui, lorde Baelish?

— Minha querida, eu precisava vê-la com meus próprios olhos. Nos últimos dias, cada pessoa desse castelo vem tentando me convencer de que você está doente. Entenda minha visita como um sinal de minha estima e preocupação.

— Petyr, por ordens do meistre eu estou proibida de ficar perto de qualquer pessoa. Estou resfriada e...

— E eu só queria saber se você está bem, milady. Temia que tinham te prendido nesta torre por ordens de seu marido. Vim resgatá-la! – Após o gracejo, Petyr sorriu e tocou o queixo enquanto se aproximava ainda mais da cama.

— Alguém sabe que você está aqui? Digo... sua visita foi autorizada pelo meistre? Não quero que você contraia a doença. – Sansa estava ficando cada vez mais ansiosa, mas forçou um sorriso e tentou relaxar um pouco quando se lembrou de que não podia passar por nenhum tipo de stress.

— Bem... você sabe que eu estou aqui. E é só isso que importa no momento. – Petyr sorriu e se sentou na beirada da cama. – Sansa, minha querida, sei que ainda guarda certo ressentimento pelo desastroso casamento que te arranjei com o Bolton. Eu pensei que... que após ter respondido seu pedido de socorro na batalha contra ele, você teria um pouco mais de consideração e que talvez... talvez tivesse me perdoado por este pequeno contratempo. – Com os olhos baixos, ele tentou sua melhor cara de arrependimento. - Sinto muito que isso tenha te levado a tomar decisões tão precipitadas. Mas se ao menos você tivesse me consultado antes, não precisaria ter se casado com o bas... – A palavra ficou presa em sua garganta e ele logo corrigiu. – Com seu primo Jon Snow.

— Por que acha que minha decisão foi precipitada? Meu primo e eu nos casamos para proteger o Norte e o nome de nossa família. – Enquanto falava, Sansa puxava a roupa do bebê para baixo das cobertas, ela não se sentia segura ao lado de Baelish, e mesmo tentando esconder, o homem transbordava sua raiva e repúdio por seu casamento com Jon. A aura negra de sua presença e o brilho vazio em seus olhos escuros faziam com que ela sentisse um frio na espinha. – Petyr, agradeço imensamente por sua ajuda. Saiba que eu e meu marido nunca esqueceremos de seu feito. Nós pagaremos nossa dívida com você e com o Vale.

— Meu passarinho, meu doce e inocente passarinho... pro inferno com seu marido! Sabe que fiz tudo isso por você. – As palavras agressivas de Mindinho soavam tão serenas como um elogio. Tocando o rosto de Sansa com o indicador, ele afastou uma mecha de cabelo que pendia sobre sua testa e a colocou atrás de sua orelha.

Com o toque, Sansa tremeu e fechou seus olhos. Tentava segurar uma lágrima. – Afaste-se Petyr. Sou uma mulher casada agora e devo honrar meu marido. Peço por gentileza que se retire. Um homem dentro do aposento da rainha não é nada além de imoral.

— Não precisa ser desta forma, Sansa Stark... você sabe disso. Se casou com o bastardo por obrigação política. Ele não é nada, meu amor... nada além de um rei tolo e ilegítimo. Minha oferta ainda está disponível. Anularemos este seu casamento e eu farei de você uma verdadeira rainha. Terá os Sete Reinos a seus pés.

— Não posso anular meu casamento Petyr. Ele é legítimo. – Sansa desviou os olhos de Baelish e passou a encarar o céu cinza pelas vidraças.

— Oh, sim... eu compreendo, o casamento foi consumado. Você se entregou para o bastardo... – Os olhos de Baelish se transformaram após aquela constatação; a ira ganhou força em seu semblante vazio. – Acidentes acontecem a todo momento... sim, inclusive com os reis; seu cavalo pode torcer a pata num desfiladeiro, ou o navio em que ele está pode afundar, ou então, o vinho que ele bebe pode estar um pouco mais amargo que o de costume e infelizmente ele pode se engasgar... sim... acidentes acontecem a todo momento.

Sansa já não sabia se Mindinho estava falando com ela, ou se eram devaneios que ele compartilhava consigo mesmo. Suas palavras saiam de seus lábios como sussurros jogados ao vento. - Petyr, o que quer dizer com isso? Não quero que nada aconteça com meu marido.

Saindo de seu transe, ele a olhou -  Não, claro que não... uma rainha nunca quer que nada de ruim aconteça com seu rei. Mas ele... ele é um bastardo, não um rei. Eu nasci para ser rei, minha querida e você será minha rainha!  – Com um sorriso sinistro, Baelish se aproximou de Sansa e por muito pouco não juntou seus lábios nos dela.

— Eu o amo! – Sua voz saiu enfraquecida. Eu amo meu marido, Petyr. Nada do que você possa fazer vai mudar o que sinto por ele. – Empurrando seus ombros com as duas mãos, Sansa o afastou.

— Como pode amá-lo? O teve em sua cama por apenas duas noites e já sabe o que é amor? Como pode ser tão tola? – A ira de Petyr se transformou em tristeza. – Você consegue ser pior que algumas de minhas putas... são tão pobres e carentes que se apaixonam pelo primeiro homem que as come direito.

Ao ouvir aquelas palavras, Sansa sentiu todo o sangue de seu corpo ferver e sua reação imediata foi mais forte que qualquer outra coisa; seus dedos arderam após estalar um tapa na face do homem. – Ele é meu marido e eu o amo! Ele é tudo o que você jamais será, lorde Baelish. Se acha que sou uma puta por gemer o nome de meu marido enquanto ele me satisfaz, então você tem razão... venho sendo uma puta desde que voltamos para nossa casa. Todas as noites ele me preenchia e me fazia a mulher mais feliz deste mundo! – Sem pensar nas consequências de suas palavras, Sansa não se conteve. – Jon Snow, o bastardo e rei de Winterfell, me deu um filho! O fruto de nosso amor está a mais tempo dentro de mim do que você possa imaginar. – Puxando as cobertas de cima de seu corpo, a barriga arredondada da garota se fez aparente através de sua leve camisola de algodão. – Vá embora Petyr Baelish! Eu nunca mais quero vê-lo na minha frente. Eu o desprezo e sempre desprezei... você é um monstro! Se não sair de Winterfell imediatamente, você será um homem morto.

— Um filho? -  Sua surpresa foi tão grande que ele sequer conseguiu ouvir o resto das palavras que saiam de sua boca perfeitamente desenhada. – Um filho do bastardo... – Petyr a olhou espantado quando ela gritou seu nome. Se aproximando mais uma vez de seus lábios, ele a beijou enquanto Sansa tentava empurrá-lo. Mas desta vez, sua boca a invadiu e suas mãos subiram até seu pescoço. Sem separar suas bocas, ele apertou os dedos contra a carne quente sob sua cabeça. Depois, a encarrou friamente enquanto sentia a pulsação de sua jugular. Sua doce Sansa  estava ficando cada vez mais vermelha e em volta de seus olhos azuis, bolsas de lágrimas se acumulavam, prontas para desabarem. Ao vê-la se debatendo, a imaginou como um passarinho frágil e indefeso  e o prazer de tê-la sob seus dedos só fez com que ele quisesse apertá-la mais e mais.

Com a garganta queimando de dor e a consciência quase se esvaindo, Sansa sentiu a visão ficando turva e um zumbido se instalando lentamente em seus ouvidos. Como num sonho, viu o filho nos braços do marido e um par de lobos correndo numa campina verde. Sentiu o amor vindo daquela ilusão e não se permitiu esmorecer. Com suas últimas forças, tateou a cama em busca de algo que pudesse ajudá-la a se livrar daquelas mãos. Entre espasmos, conseguiu derrubar a caixa de costura que estava a seu lado, movendo rapidamente os dedos pelos objetos caídos, agarrou a tesoura de prata de sua mãe. Sem olhar para o que fazia, atacou o rosto do homem. Ela atingiu sua bochecha esquerda, o fazendo gritar de dor. Assim que Baelish a soltou para estancar o sangue que escorria, Sansa se jogou para frente e cravou a tesoura no pescoço do maldito. Como a calmaria após uma tempestade, a garota sentiu seus músculos relaxarem e uma sensação de calor tomar conta de seu corpo. Ela estava viva e graças aos deuses, Mindinho estava morto. Após empurrar o corpo pesado e ensopado de sangue para fora de sua cama, Sansa fechou os olhos e se deixou cair sobre os travesseiros. Depois, não fez qualquer outro movimento, afinal, o meistre havia recomendado repouso absoluto e seu bebê era tudo o que importava naquele momento.


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Notas finais do capítulo

Eita Geovana, o forninho caiu pro lado do Mindinho... hehehe
E aí ...conta pra mim o que acharam desse finale que fiz pra ele. Beijos pra todos vocês