Our destiny escrita por Tisbe


Capítulo 17
Despedida


Notas iniciais do capítulo

Ai gente, to ouvindo a música Hallelujah e to mega emocionada! O capitulo começou de um jeito e foi completamente deletado. Não salvei nada da ideia inicial. Ele tá bem curtinho porque to sem tempo, mas eu queria muito dividir com vocês a ideia principal do que está por vir. Desculpem os erros e please, me contem o que estão achando.



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Assim que a pequena comitiva liderada por Jon Snow desapareceu de suas vistas, Sansa Stark respirou fundo e voltou seus olhos para cima.  Encarando o cinza escuro que era o céu daquela manhã, se segurou o máximo que pôde para não desabar em lágrimas. Brienne e Arya a olhavam caladas. Nada que as duas dissessem, ou mesmo fizessem, poderia quebrar aquela agoniante sensação de perda e abandono. Depois de apenas dois dias de casados, Jon foi obrigado a partir e deixá-la para trás. Dois dias que, para Sansa, não pareceram mais que meros segundos. – Tão pouco tempo meu amor, tão pouco tempo para sermos um do outro... para sermos nós mesmos. – Seu corpo tremia sob sua pesada capa de inverno. Não era o frio, era a dor de deixar o homem de sua vida sair para o desconhecido. – Maldita seja, Daenerys Targaryen! – O nome saltou de seus lábios num sussurro amargo como veneno.

— Sansa, vamos entrar, você não pode ficar aqui a manhã toda. – Arya tocou levemente o ombro da irmã e lhe lançou um sorriso acanhado. Estava tão carregada de sentimentos quanto a mais velha. – Assim que ele chegar a Porto Branco te mandará um corvo. Ele ficará bem, não se preocupe.

— Sim... eu sei que tudo ficará bem. Agora peço que me deem licença, vou para meu aposento tentar descansar um pouco.  – Sem coragem de encarar a irmã, ou qualquer outra pessoa, a garota abaixou sua cabeça e em passos apressados atravessou as portas e corredores do castelo.

— Deixe-a como está, não precisa arrumá-la. Obrigada. – Já em seu quarto, Sansa viu que uma das criadas estava prestes a esticar as mantas e cobertores sobre o leito que, a poucas horas atrás, dividira com o marido. – Saiam por favor. – Após trancar a porta, se permitiu libertar o choro que manteve preso por tanto tempo. Entre soluços, caminhou até a beirada da cama e correu os dedos sobre o travesseiro de Jon. Deitando a cabeça sobre ele, sentiu seu cheiro; uma mistura do suor de seu corpo com o aroma verde amadeirado de seus óleos de banho. Imediatamente, suas memórias a levaram à noite anterior, na qual o casal decidiu se recolher antes mesmo da lua aparecer. Após dividirem o banho, se deitaram um nos braços do outro e conversaram brevemente sobre a partida do rapaz no dia seguinte. Depois de algumas recomendações mútuas de cuidado; ele, preocupado com a presença de Petyr Baelish na fortaleza e ela, com a desconhecida rainha Dragão, o casal decidiu se esquecer daquilo tudo por um momento e aproveitar enquanto podiam a presença um do outro. Depois de tomá-la para si, Jon a apertou nos braços e sussurrou palavras doces em seu ouvido. Disse que tudo ficaria bem e que em breve, estariam escolhendo um belo nome para sua criança. Naquela noite, tiveram um sono leve, pois a todo momento, eram acordados um pelo outro em busca de beijos e carinho. Sansa sorriu enrubescida quando se lembrou do que fez depois de acordar no meio da madrugada e notar o marido dormindo. Escorregou por baixo das cobertas e correu a língua sobre seu membro em repouso, em seguida, o envolveu com a boca e o fez gemer seu nome. Ela só parou depois de fazê-lo se derramar em seus lábios. – Doce marido... seu gosto é realmente doce.

Entre sorrisos e lágrimas, a garota se apertou ainda mais no travesseiro branco e macio de Jon. Esticando as pernas sobre a cama, ela se virou para o lado em que ele costumava dormir. Com as mãos sobre o ventre, passou a conversar com seu bebê. – Oh querido, não vejo a hora de te conhecer... seu pai também está ansioso com a sua chegada. Ele já te ama tanto! Sabe filho... ele precisou nos deixar por um tempo, pois há monstros e homens maus por aí que fariam de tudo para nos ferir. Mas seu querido pai é o homem mais valente que eu conheço e ele fará de tudo para manter o mundo seguro para você, meu amor. – Ouvindo suas próprias palavras de conforto, a garota sentia que seu coração começava a abrandar. Puxando as cobertas sobre o corpo, ela fechou os olhos e cantarolou sua música preferida para o filho, mas antes mesmo de terminá-la, sentiu os olhos pesarem e acabou adormecendo.

De onde estava, conseguia ver pela janela o céu laranja avermelhado ser envolto em sombras negras. Redemoinhos de fogo cruzavam o horizonte. Olhou para si mesma e o vermelho do céu estava em sua camisola. Era úmido e morno. Tocou a barriga e sua palma se tornou rubra. Não havia dor, mas ela sabia que era o seu sangue que corria por entre suas pernas. Olhou ao redor a procura de ajuda e se deparou com dois lobos gigantes parados em lados opostos da cama. Um deles tinha o pelo marrom acinzentado. - Lady? – Pensou e se deu conta de que Lady estava morta e que aquele lobo era tão grande quanto o outro, que era branco e assustador, com um par rubis no lugar dos olhos. – Fantasma? – O animal rosnou ferozmente e se sentou sobre as patas traseiras. – Jon! – Tentou gritar, mas sua voz não saía. Estava presa em sua garganta.

— Seu príncipe não está aqui, passarinho. Ele é um dragão agora e ele deve permanecer ao lado dos dragões. – Uma voz masculina sibilava aquelas palavras dentro de seu cérebro como o sussurro de uma serpente. Ela sabia a quem pertencia.

— Petyr, sei que é você, apareça! – Olhou em volta do quarto e somente os lobos permaneciam a seu redor. – Apareça! – Tentou gritar mais uma vez, mas não ouviu a própria voz.

— Jon...- As lágrimas começaram a descer por seu rosto e seu medo se tornou ainda maior quando os lobos começaram a se aproximar para farejar seu sangue. – Não, por favor...

— Jon! – Sansa gritou novamente e o som agonizante que saltou de seus lábios a fez despertar de seu sono. Com o coração disparado, olhou ao redor. O quarto permanecia vazio. Através das pequenas vidraças, viu o mesmo céu cinza que encarara pela manhã. – Foi só um pesadelo. Vai ficar tudo bem.

Quando a menina chutou as cobertas e saiu da cama para buscar um copo de água, viu no lençol branco uma pequena mancha vermelha formada bem no local em que estava. – Deuses, meu bebê... o meu bebê! – Tremendo, ela ergueu as saias do vestido e tocou o meio de suas pernas. – Não... não pode ser! – Limpou os dedos na própria roupa e correu para abrir a porta do quarto. – Por favor, me ajudem!

— Lady Sansa? – Uma criada a viu e correu em sua direção.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
PS. Se vcs amam Jon e Sansa, eu amo vocês de volta! Beijos