Teen Wolf Season 3- The Way I Like to Fall escrita por Apenas Lorena


Capítulo 13
Out of the grave


Notas iniciais do capítulo

Trailer da 3B
https://www.youtube.com/watch?v=0-gNzYZURFM&feature=youtu.be



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Agonia...

—Para!- A garota gritava enquanto tentava se livrar da dor agonizante.

Sede de poder...

Você não vai conseguir. Não agora que carregou o meu poder para o ritual. Graças a você nós nunca mais precisaremos servir aos lobos. Nem temer nossos inimigos. Seremos eu, o poder e os meus seguidores.- 

Dor...

—Não!- Ela estava morta. O sangue estava ali, espalhado e ele não podia fazer nada. Não adiantava correr como ele estava correndo. Ela já estava morta.

Desespero...

—Loren! Loren!- O corpo começou a esfriar por mais que ele a segurasse nos braços.

—Stiles, ela se foi...-

—Não, Scott! Ela não pode ter morrido! Ela não...- Não haviam palavras para descrever o sentimento.

Vingança...

—Qual a sensação de ter a garganta cortada depois de conseguir tanto poder Jennifer?- Deucalion finalmente se livrou de seu maior pesadelo enquanto a outra sufocava no próprio sangue.

Impacto...

Loren está morta.- A Hale mais jovem falou com cuidado ao irmão.

—Eu...- Derek perdeu a fala. O baque foi rápido e o carro que vinha a frente já não importava mais. Ele esquecera do que era estar ao seu lado e sabia no fundo que era sua culpa. Ele ignorara a aversão dela a Jennifer simplesmente por querer manter-se longe é isso custou a vida da garota que tomava conta de seus pensamentos.

—Derek, cuidado!- Cora gritou quando o carro entrou na contramão.

Raiva...

Ele ficou trancado no quarto durante horas.- O sheriff Stilinski abriu o quarto do filho permitindo a entrada do amigo Scott. -Quebrou tudo e depois saiu correndo.- 

Scott observou com atenção os objetos adorados do amigo de infância. Estavam todos quebrados e sem um pingo de sentimento. Stiles pareceu não se importar mais com o que antes era importante e agora tudo o que restara no quarto destruído era um retrato de Claudia Stilinski. Enquanto os soldados do tênis de Scott faziam barulho com os cacos de vidro no chão cobertos de sangue, Scott pode observar o papel de parede arranhado e procurar rastros do amigo.

—Eu vou encontrá—lo, sheriff.-

O nada...

Onde eu estou?-

—Você está morta.

O agora...

Procurei fôlego desesperadamente e então percebi que não havia ar. A terra ao meu redor estava úmida e o desespero me tomou por completo. Tateei até sentir que não havia mais terra e coloquei a outra mão pra fora. Fiz força para levantar meu corpo coberto de areia e tentei o mais rápido possível sair dali. A ideia de que insetos e lagartos poderiam passear pelo meu corpo me enjoava e refleti procurando razões para as larvas não terem comido minha pele.

A noite estava fria e eu estava completamente pelada. Em que parte de Beacon Hills estou? 

Caminhei sem habilidade alguma e aos tropeços pela mata deserta procurando por qualquer luz que seja, procurando pela cidade.

Foi quando percebi que minha caminhada havia me levado para aquela rua. Para aquela casa.

Meus passos arrastados e vagarosos alertavam o tempo que eu passara longes das ruas. 

Espera, eu não estava morta?

Levantei a minha mão trêmula para tocar a campainha quando a porta se abriu. 

Os olhos castanhos me encararam como se aquele momento fosse uma miragem.

Eu não sabia o que falar.

Estava pelada, toda suja de terra com os cabelos emaranhados e cheios de folhas enganchadas. 

Ele engoliu em seco e piscou algumas vezes. Silencioso. 

Se não estivesse pálida de tanto frio estaria corando. 

O momento não poderia ter ficado mais contrangedor e pra piorar tudo, o sheriff deixou uma xícara de cerâmica com café cair no chão. Ele observou Stiles, ainda incrédulo no batente, segurando a porta e pálido como papel. Desviou o olhar e me viu lá. Mãos ao lado do corpo, nua, coberta de terra e sem muita noção de tempo.

O primeiro a reagir foi Stiles, que estendeu a mão até meu braço e o tocou. Ele suspirou profundamente e desta vez apertou meu braço. Quando vi, Stiles já estava com os braços ao meu redor. Apertando-me em um abraço irracional, sentimental e desesperado. 

O Sr. Stilinski não chamou a atenção do filho, que estava abraçando uma morta-viva pelada. O observei correr para algum lugar dentro da casa e depois voltar com o celular em uma chamada. Pra mim qualquer sim ainda era barulho e eu não raciocinava. Não escutei as palavras mecânicas que saiam da boca do pai de Stiles. E o que veio em seguida foi simples. Ele puxou o filho, que obediente se afastou. Tirou o roupão que usava por cima do pijama e me cobriu. Me puxou delicadamente pelos ombros para dentro da casa e fechou a porta em um baque. 

Ele me guiou até o sofá, onde sentei e fechei o roupão. 

Stiles sentou a minha frente em uma poltrona e me observou calado durante as horas que se passaram. Eram tão castanhos e profundos os olhos que me observaram. Observei os detalhes que tanto gostava e não via a tempos. Os sinais espalhados pelo rosto e pescoço. Os lábios prestes a falar algo sarcástico. Suas mãos apreensivas e sempre nervosas. Veias ressaltadas sob a pele branca. A face esperta como uma raposa... Eu sabia que ele estava a me analisar também. Era o que ele fazia de melhor, e por um momento me senti bem mais pelada do que já estava. Ele estava despindo meu eu. Procurando entender o que estava acontecendo, de onde diabos eu tinha saído.

 Perdi a noção do tempo. Está escuro lá fora e quando caminhei pelada pelo asfalto ninguém veio até mim, então deve ser madrugada. Logo ouvi batidas insistentes na porta e passos rápidos logo em seguida. Foi quando o rosto inchado de um homem apareceu a minha frente. Acompanhado de Dembe, é claro.

—Loren?- Ele havia chorado. Muito.

—Oi, Red.-

Sem piada. Sem ironia. Sem tom. Sem emoção definida.

Essa sou eu?

Senti algo quente descer pelas minhas bochechas e lembrei o que era uma lágrima. Eu senti saudades dele.
Senti saudades de todos eles.
Levantei uma das minhas mãos e a observei. Eu estava tremendo.
Levantei devagar do sofá e joguei-me nos braços de Red chorando e soluçando descontroladamente.


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