Playlist of a Potter and a Scamander escrita por Cherry Pitch, Lily Lupin


Capítulo 22
Pretending


Notas iniciais do capítulo

Hey, aqui é a Lily Lupin, esse capítulo é baseado na música Pretending de Glee. Espero que gostem, beijos! ♥



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 Pretending (Glee)

Face to face and heart to heart

We're so close yet so far apart

I close my eyes I look away

That's just because I'm not okay

But I hold on I stay strong

Wondering if we still belong

Lorcan Scamander

As férias tinham começado há alguns poucos dias e era a primeira vez que eu encontraria Al fora da escola desde que nós tínhamos começado a... Namorar? Ainda era confuso saber o que nós éramos, no entanto, eu não suportava a idéia de só encontrar Al junto com o resto da minha família, então, nós combinamos de ir ao cinema. Albus era mais acostumado com o mundo trouxa do que eu, mas o cinema sempre me entusiasmara nas poucas vezes que eu estive em um. Era realmente impressionante o que os trouxas eram capazes de criar sem a mágica. Eu estava envolvido nesses pensamentos e não percebi Albus chegar.

— Al! Eu não notei que você tinha chegado. – Eu sorri, sentindo meu coração bater desesperadamente quando eu encarei Albus. Ele estava sorrindo para mim, com as mãos no bolso da calça jeans e o cabelo preto parecia mais arrumado do que eu jamais havia visto.

— Tudo bem, eu me distrai olhando para você. – Al respondeu. Era quase irritante a maneira com que Al sempre dizia o que estava pensando para mim, sem parecer reparar que cada vez que ele sorria, eu perdia a capacidade de pensar direito. – Eu não me atrasei, certo? Quase não consegui sair de casa a tempo.

— Não, você chegou na hora certa. – Ele se sentou do meu lado no banco que ficava na frente do cinema, que ficava em um shopping trouxa, que estava lotado naquela noite. – Por que você quase não saiu de casa na hora? – Eu perguntei, rindo.

— Rose e Scorpius passaram a tarde na minha casa. Eu disse que tinha que sair para ir ao cinema com você. Mas eles se convenceram de que eu estava mentindo e que ia em algum tipo de encontro secreto. Rose insistiu em pentear o meu cabelo de mil jeitos diferentes e Scorpius ficou me aconselhando sobre como flertar com alguém. Eu estava querendo morrer para me livrar deles. – Ele contou, eu quase ri com a ironia daquilo. Rose e Scorpius estavam certos, afinal eu era o encontro secreto de Albus. Eu estava tentando ignorar a pontada de ciúmes no meu coração com a menção de Scorpius, por quem Albus tivera uma queda. Al me dissera um milhão de vezes que ele só tinha confundido as coisas e que Scorp era o seu melhor amigo, além disso, ele nem sabia que Albus era gay.

 Eu sorri para Al, sentindo o meu coração se apertar, a história era realmente engraçada, mas não deixava de ser uma prova de que eu e Albus éramos um segredo. Que nós estávamos fingindo para todas as pessoas a nossa volta que nós somos apenas amigos quando, na verdade, somos muito mais que isso.

 Balancei a cabeça para afastar esses pensamentos e me concentrar no presente. Nós compramos os ingressos e decidimos comer alguma coisa enquanto esperávamos o horário do filme.

Will we ever say the words we're feeling

Reach down underneath it

Tear down all the walls

Will we ever have a happy ending

Or will we forever only be pretending

We will always be pretending

 Nós estávamos conversando sobre algum assunto aleatório, nada sério, mas um milhão de perguntas rodavam na minha cabeça. Será que algum dia nós iríamos dizer tudo o que nós sentimos, com todas as palavras? Alcançar o fundo das nossas almas e derrubar todas as paredes? Será que nós teremos um final feliz? Ou vamos ficar para sempre fingindo?

— Acho que já está na hora do filme. – Eu comentei, Albus assentiu e sorriu para mim. Eu queria beijá-lo, mas não queria fazer isso na frente de todas as pessoas na praça de alimentação. Nós caminhamos até o cinema, conversando, próximos.

How long do I fantasize

Make believe that it's still alive

Imagine that I am good enough

If we can choose the ones we love

But I hold on I stay strong

Wondering if we still belong

Albus Potter

 O cinema não estava cheio, já que era apenas a primeira sessão do dia, então, eu guiei Lorcan para as cadeiras do fundo, numa fileira vazia. Ele pareceu estranhar, mas me seguiu sem fazer perguntas. Nós nos sentamos e as luzes se apagaram depois alguns minutos quase torturantes. Quando a sala finalmente escureceu, eu me virei para Lorcan e sussurrei:

— Eu esperei o dia inteiro para fazer isso. – Em seguida, me inclinei para a frente e beijei Lorcan. Ele se retesou, momentaneamente surpreso, mas logo retribuiu, acariciando a minha nuca com as mãos. Nós separamos depois de algum tempo, ambos ofegantes. Eu sorri, não conseguindo impedir a felicidade que me invadiu. Por quanto tempo eu tinha fantasiado com isso? Acreditando que algum dia eu encontraria alguém por quem seria tão fácil se apaixonar. Era assustador perceber o quanto eu me importava com Lorcan, mas não havia outra palavra para expressar aquilo que eu sentia. Depois de toda a procura e a confusão, eu tinha o encontrado. Ainda imagino se eu sou bom o suficiente para ele.

— Então não me faça esperar mais, Potter. – Lorcan disse depois de alguns segundos, se referindo ao que eu disse antes. Ele se inclinou para frente daquela vez, sorrindo, e a mesma sensação de tranqüilidade me invadiu. Mesmo se nós pudéssemos escolher aqueles que amamos, eu não escolheria ninguém além dele. Certas vezes, enquanto observava casais como os meus pais, ou tio Rony e tia Mione, eu me perguntava se Lorcan e eu pertencíamos um ao outro daquele jeito. Nesse instante, eu sabia a resposta sem ter que pensar duas vezes. Sim. Nós pertencemos. Talvez ainda estivéssemos fingindo para o resto do mundo que não sentíamos nada e eu não sabia se estava pronto para deixar que todos soubessem, mas estar com Lorcan parecia tão certo quanto respirar.

— Eu não sei exatamente como ou quando, mas eu vou dar um jeito na bagunça que eu sou, Lorcan. Eu juro. E então vai ficar tudo bem. Quem sabe nós não vamos ter um final feliz? – Sussurrei, vendo os olhos azuis de Lorcan brilharem com divertimento e esperança.

— Eu acredito em você, Al. Mesmo. – Ele respondeu. Aquilo era tudo o que eu precisava ouvir para sorrir de novo. Talvez nós finalmente parássemos de fingir um dia.


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