O fogo do vulcão envolvia todo o seu corpo. Já fora contaminada pela influência maléfica de Rita antes, mas nunca sentira o mal em suas veias como o das chamas de Maligore. A sensação era libertadora e pela primeira vez na vida sentia-se invencível. Seu único desejo era de destruir tudo e a todos, banhar-se com o sangue dos rangers e depois se vingar de todos os seus inimigos.

Um a um eles tentavam pará-la com súplicas infantis e com satisfação os abatia. Não precisava mais de armadura ou capacete, ela era mais forte. Tommy colocou-se em sua frente e tirou o capacete.

— Kimberly sou eu.

Ela parou um momento olhando-o. Claro que o reconhecia mesmo de vermelho, ele fora o seu amor e também o responsável por todo o seu sofrimento. Patético em sua vontade inabalável em proteger o mundo como um Power Ranger, incapaz de entregar os poderes para outra pessoa.

— Somos seus amigos Kimberly – a nova ranger rosa disse.

— Eu não tenho amigos! – atingiu um chute em Kat e Tommy.

Ela estava sozinha e iria fazer o mundo arder em chamas. O vulcão ardeu e viu Jason tentando jogar o ranger vermelho dentro do vulcão.

— Para as chamas! – exultou. Tommy também merecia sentir as chamas em suas veias.

Subitamente uma energia luminosa a envolveu e ela sentiu as chamas desaparecendo. Exclamou surpresa e toda a dor, compaixão e amor que faziam parte do seu ser voltaram. Gritou e correu para ajudar Tommy.

— Estou do seu lado – Tommy a olhou por um segundo e ela sabia que ele estava sorrindo dentro do capacete.

Depois de salvar Jason o caos se estabeleceu na ilha. A fúria de Maligore levou o vulcão em erupção fazendo a própria vilã fugir. A adrenalina de uma luta fazia com que se sentisse mais viva que nunca. Uma vez ranger sempre ranger, logo, estava empenhada em salvar Bulk, Skull e Lerigot e sua esposa.

Exultou ao voltar a entrar em um Zord. Mesmo não sendo seu o sentimento era inebriante. Suas preocupações e medos em reencontrar Tommy desapareceram com e conseguiu esquecer a carta e todas as mentiras e abraçar todos os rangers com um sorriso expansivo no rosto.

Entretanto ao chegar ao Centro de Comando tudo mudou. Percebeu que havia um bebê nos braços da esposa de Lerigot. Um bebê inocente correra perigo mortal na ilha em erupção e se o mago não a tivesse curado ela mesma o teria matado. Um arrepio a invadiu e sentiu um pavor tentando dominá-la. Fechou os olhos por um segundo e deixou a máscara de animação voltar a sua face. A cada dia estava mais fácil fingir que era feliz e completa.

— Bem vindos Rangers! – a voz de Zordon era potente e reconfortante. – Fizeram um bom trabalho. Nossos amigos estão a salvo e Maligore foi destruído. 

— Os novos poderes são incríveis Zordon, não sei se conseguiríamos sem eles – sorriu Tommy confiante.

— Uau isso é tão legal! – o ranger azul tirou o capacete e Justin voltou a sua altura normal.

— Uma criança! – Kimberly exclamou e todos os olhares se voltaram para ela.

— Olá, eu sou o Justin. Prazer em conhecê-la.

Kim olhou para o Zordon por um segundo e voltou a sua atenção para o menino.

— O prazer é meu Justin, meu nome é Kimberly.

— Ela foi à primeira ranger rosa – completou Kat.

— Legal! Antes do Rocky outra pessoa era o ranger azul? Eu sou segundo ou o terceiro?

Os outros rangers riram e Tommy respondeu:

— Você é o terceiro a usar o uniforme do ranger azul. Kimberly e Jason eram rosa e Vermelho da equipe original.

— Uau! Mas você era qual Tommy?

— Verde – respondeu Kimberly rindo. Sentiu o olhar de Tommy fixar-se nela, porém ela manteve-se firme e agiu naturalmente.

— Depois eu fui o ranger branco e agora sou vermelho.

— Isso é MUITO legal!

— Ai, aí é tão bom ver vocês aqui de novo! – disse Alpha.

Jason sorriu e disse:

— Passei na Flórida e convenci a Kimberly a vir comigo para assistir o campeonato.

— O Zack não estava com você Jason? – Tommy perguntou.

— Sim, mas ele ficou na Flórida para uma entrevista de emprego.

— Estão contratando um coreografo para a equipe de ginástica – Kimberly completou enquanto abraçava Alpha.

Tommy aproximou-se dos rangers antigos e perguntou tentando soar casual.

— Mas ele não precisa terminar o colégio?

— Nós já terminamos o colegial Tommy, acho que você vai ser o último a se formar.

— Sério? – ele perguntou olhando para Kimberly.

— Eu terminei ano passado, eu tive aulas em casa – Kimberly olhou-o nos olhos pela primeira vez e corou. 

— Rangers despeçam-se de mago ele irá retornar ao seu planeta natal.

— Vamos ver o bebê Justin? – Kat chamou e olhou para Tânia e Kimberly convidando.

Kimberly sorriu de volta, mas ignorou o pedido. Aproximou-se do mago e o abraçou murmurando:

— Obrigada por me curar.

Um sorriso de bondade chegou aos lábios do mago e ele tocou as mãos de Kimberly. Ela sentiu-se ligeiramente reconfortada.

Pouco depois, a família partia de volta para casa em um raio de luz.

— Vou sentir saudades – disse Alpha.

— Eles estarão bem.

— Agora é hora de voltarmos para Alameda dos Anjos – disse Tommy animado - Temos uma competição para ganhar.

— Eu gostaria de ficar mais um pouco – Kimberly disse – Preciso que me examinem. Não posso ficar com nenhuma energia residual no meu organismo, eles fazem exames de sangue de rotina no ginásio e eu acabei de sair de um vulcão em chamas.

— Naturalmente Kimberly.  Iremos realizar alguns testes – disse Zordon. - Jason também gostaria de ser examinado?

— Não precisa Zordon, estou bem e não sou um atleta olímpico – Jason sorriu mexendo com Kimberly - Nós vemos no campeonato?

— Claro.

— E para o jantar de comemoração depois – convidou Adam.

Os rangers teletransportaram-se para Terra deixando Kimberly no Centro de Comando.

— Alpha poderia trazer os aparelhos para a sala principal?

— Ai, ai em um minuto Zordon.

Assim que Alpha saiu, Zordon ativou a tranca do Centro e perguntou para Kimberly

— Como você está Kimberly?

— Como eu estou? – murmurou torcendo as mãos. – Eu mal pisei na Alameda dos Anjos e fui seqüestrada por uma vilã desconhecida. Foi como se todos os meus pesadelos tivessem se concretizado.

— Eu sinto muito Kimberly. Com o Império e Zedd e Rita afastados a Terra tornou-se alvo.

— Eu estava certa... – com um olhar desesperado ela continuou. – Ela está a salvo Zordon?

— Dulcea tem monitorado a Garça e nenhuma energia maligna se aproximou da menina. 

A moça suspirou aliviada.

— Pelo menos valeu a pena.

— Kimberly!

— Eu sinto falta dela Zordon! – uma lágrima silenciosa rolou pela face da moça. – Eu penso nela todos os dias. Eu estou vazia e despedaçada, mas saber que ela esta em segurança vale a pena.

Reunindo o fôlego ela continuou:

— Não entendo como pôde recrutar uma criança para ser um ranger, mas isso não é da minha conta. Mas Tommy sim. Ele já é o ranger mais antigo são quase quatro anos Zordon. Ele nunca mais vai ter uma vida normal. E as meninas, Tania e Kat elas não sabem o preço Zordon.

— Entendo, as suas preocupações Kimberly e estou trabalhando nisso. Os rangers deixarão os poderes quando se formarem no colégio e partirei da Terra.

— Como?

— Depois do nascimento da criança ficou claro que vocês não podem ficar desprotegidos. Mesmo depois de largarem os mantos precisam do poder para proteger suas famílias. Os rangers ainda não sabem, mas muitos vilões estão olhando para Terra e precisamos purificá-los e não apenas destruí-los.

— Os rangers já sabem?

— Quanto menos eles souberem melhor Kimberly. Depois que eu partir manterei contato com Dulcea, Billy e você para emergências.

— Isso não nos torna alvos Zordon?

— Vocês já são alvos Kimberly, eu só quero deixar-lhes meios de se defenderem.

— Entendo... é tarde para mim. Os outros ainda têm uma chance.

— Será que algum dia poderá me perdoar Kimberly?

— Eu não o culpo Zordon. Parte de mim sempre soube que nunca mais teria uma vida normal depois de aceitar ser uma ranger – sorrindo ela olhou para o mentor. – Dulcea me contou que você também foi um ranger.

— A milhões de anos atrás e perdi meu corpo por isso.

— Eu sinto muito Zordon.

— Eu também Kimberly, eu sinto por todos nós. Mas sua menina esta segura e eu juro que ela continuara assim.

— Obrigada!

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Apesar da felicidade de ganhar o campeonato e ajudar o abrigo, Tommy estava apreensivo com o jantar de comemoração. Iriam todos para uma pizzaria e não conseguia ficar indiferente a presença de Kimberly. Fazia mais de um ano que terminaram, mas a carta ainda doía e definitivamente não queria conversar com ela a respeito. Pelo contrário queria mostrar que estava muito bem com Kat agora e que também podia ser feliz sem ela.

Porém quando Divatox jogou os corpos no mar e a imaginou morta seu ressentimento desapareceu. Só o alivio de vê-la viva e respirando já era suficiente. Por isso gostava tanto de ser um ranger, as pequenas coisas desapareciam nas batalhas e só o que era realmente importante ficava. O importante agora é que Kimberly estava viva e feliz, mesmo longe dele. Só que a vida seria muito mais fácil se ela não estivesse ainda mais bonita.

Terminou de se vestir e saiu do vestiário do ginásio, Kat o estava esperando na porta.

— Tudo bem? – a expressão da garota era preocupada.

— Sim, acho que vai ser um pouco constrangedor. Mas já faz um ano não é?

— Você deveria conversar com ela a sós.

— Não, acho que estou para pronto para isso ainda e nem precisa – passando os braços em volta da cintura da garota ele disse. – Kimberly parece bem e eu estou feliz com você e com os rangers. Somos todos amigos agora.

— E ela vai embora amanhã...

Tommy sorriu e concordou beijando a testa de Katherine. Ela o entendia e não cobrava nada. O quê mais gostava do seu relacionamento com a australiana era o fato de serem tão amigos. Ela foi sua melhor amiga por meses antes de olhá-la como mulher. Sempre a achou linda claro. Não era cego, mas a atração eletrizante que sentiu por Kimberly desde o primeiro minuto não aconteceu com Kat. 

— Isso ajuda muito – os dois riram e foram para o restaurante com os outros.

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Os jovens acomodaram-se em uma grande mesa nos fundos, onde podiam conversar sem se preocupar em serem ouvidos. Assim poderiam conversar sem ser ouvidos. Tania sentou-se ao lado de Rocky para ajudá-lo com a comida e do outro lado Kimberly e Jason se posicionaram. Todos os rangers tomando cuidado para que ela e Tommy não ficassem muito próximos. Kim viu-se rodeada por Jason e Adam e não conseguiu se controlar e acabou rindo alto na mesa.

— O quê? – Rocky olhou confuso para os outros rangers, o suporte para o pescoço o impedia de ver bem.

— Hoje vamos conseguir comer pizza de verdade aqui. Afinal, você não vai conseguir comer tudo de uma vez – Kim riu mudando de assunto.

— Ah... eu só fiz isso uma vez – reclamou o garoto.

— Uma vez por semana, você come a pizza de peperoni sozinho todas as vezes – riu Tommy.

Todos riram e o clima ficou mais ameno.

— Pena que o Justin não pode vir também, ele ficou bem chateado – Tania comentou.

— Ele mora no abrigo? – perguntou Kimberly tomando um gole de suco.

— A mãe dele morreu a pouco tempo e o pai morava em outro Estado, então ele esta dormindo lá a quase um mês. O pai dele chega em duas semanas.

— Que triste! – murmurou Jason – Ele é um menino muito especial ou Zordon não o teria escolhido para ranger.

— É sim, mesmo triste ele anima as crianças menores do abrigo – Kat comentou – Vocês vão ter chance de conhecer ele melhor.

— Eu vou embora amanhã à noite – Kimberly comentou.

— Mas você acabou de chegar – Adam comentou.

— Só tenho duas semanas de folga do ginásio, com o rapto eu perdi dois dias. Amanhã eu vou passar o dia com meu pai.

— Sério? – Tommy perguntou surpreso.

— Por um dia eu agüento a mulher dele, mas só vou para casa para dormir.

— Pensei que estivesse na casa do Jason – Tommy comentou.

— Eu convidei, mas ela não quis – Jason comentou.

— Eu fiquei mais de um ano que não via meu pai – protestou Kimberly. – Quando me morei com a Aisha ele não estava morando na Alameda dos Anjos. Agora, ele comprou uma casa nova e deixou um quarto para mim. Não podia ir para outro lugar.

— Você está certa Kim, família é muito importante – Tania concordou.

— E a esposa dele o que achou? – Tommy perguntou tímido.

— Quase enfartou quando me viu chegando com as malas – Kimberly riu contando. -  Ela achou que eu ia ficar muito tempo sei lá. Foi bem divertido.  

— Também você trouxe uma mala gigante – comentou Jason.

— Só uma mala? – brincou Rocky.

— Está vendo, eu trouxe o mínimo possível.

Os rangers riram e Katherine perguntou para Jason.

— E você Jason vai ficar aqui nas férias ou vai continuar viajando?

— Então, eu tinha combinado de viajar com Zack. Estou tentando falar com ele desde que sai da ilha e não consigo. Ele não atende o telefone do hotel.

— Duvido que ele ainda esteja no hotel – Kimberly riu tomando um gole do suco.

— Hum? Ele conversou com você? – Jason perguntou confuso.

— Não... mas eu tenho certeza que ele está ficando com Susan no nosso quarto – Jason olhou para ele um pouco chocado e ela riu. – Ah Jason, você não notou o clima entre eles?

— Bom... mas eles acabaram de se conhecer.  Não seria apropriado eles...

— Nós temos 18 anos Jason e acho que a maioria de nós já fazia coisas inapropriadas antes disso – a maioria dos rangers corou, Kimberly sorriu e continuou.  - Susan é absolutamente perfeita para o Zack. Tenho certeza que já se acertaram.

Jason ficou calado e notando o clima tenso da mesa Tania riu e falou:

— É tão bom ter outra garota na turma, só você para deixar todos os meninos calados. Kat me contou que você deixou os poderes para participar do Pan Global chegou a ganhar alguma medalha?

— Infelizmente, eu não pude participar. Eu me machuquei antes e fiquei alguns meses sem treinar.

— Ah... desculpe eu não sabia. Eu sinto muito – murmurou Tania.

— Está tudo bem, eu já me recuperei e consegui uma vaga nas olimpíadas – Kimberly sorriu sentindo o olhar de Tommy sobre ela. Ela retribuiu o olhar e ele perguntou.

— O que aconteceu?

— Eu tinha uma lesão na coluna de alguma batalha antiga, acho que com o treinamento acabou piorando.

— Zordon não podia ter ajudado? – Kat perguntou.

— Podia, mas o tratamento do Centro de Comando iria reparar totalmente a lesão. Seria muito difícil explicar como uma fratura diagnóstica simplesmente desapareceu da noite para o dia no ginásio – séria ela continuou. – Então, eu tive que passar pelo tratamento convencional, lento e bem mais doloroso.

— Você comentou que as suas costas estavam doendo... – Tommy murmurou.

— Eu ainda não tinha recebido o resultado dos exames – Kimberly respirou fundo e continuou. – Foi um período bem complicado. Minha mãe veio de Paris para o meu aniversário e acabou ficando mais de seis meses comigo durante o tratamento. Pierre decidiu se mudar para o país e eles estão morando em Nova York.

— Vai passar o resto das férias com ela? – Kat perguntou.

— Vou sim – olhando para o Jason ela continou. – Trini vai se encontrar com a gente lá.

— Nossa faz séculos que não tenho notícias dela – Tommy comentou. – Por que ela não veio para Alameda dos Anjos?

— Jason não te contou? – Jason suspirou e passou as mãos na cabeça.

— Não... o que aconteceu? – Tommy parecia confuso.

— Ele e a Trini estavam namorando - Tommy olhou para Jason assustado, as meninas arregalaram os olhos curiosos. – Eles brigaram e ele veio para os EUA e desde então nenhum dos dois se falam.

— Ela não atende meus telefonemas – gemeu o garoto.

— Não acredito que não me contou – Tommy comentou ofendido.

— Claro, ao invés de voltar para conversar você virou o ranger dourado.  

— Hey, nós não tínhamos um acordo?

— Ok... eu não me meto na sua vida amorosa e você não se mete na minha – murmurou Kimberly. – Mas se quer saber, eu acho que agora ela conversaria com você.

— Sério? – o olhar do antigo líder dos rangers se iluminou.

Kim acenou a cabeça afirmativamente.

— Uau com certeza esse é o jantar de comemoração mais divertido dos últimos anos – Rocky comentou rindo. – Kim você definitivamente faz falta por aqui.

— Ela era bem mais discreta antigamente – murmurou Jason.

— E você era bem mais corajoso – Kimberly respondeu rindo, dirigindo-se para o Rocky ela perguntou. – Agora me conta Rocky as melhores histórias dos últimos anos?

— Estava esperando você perguntar.

Os rangers suspiraram e os rangers continuaram conversando até tarde. Tommy contou que descobriu seu irmão e as várias lutas do último ano. Deixaram a pizzaria quase na hora de fechar e Jason levou Kimberly para casa.  No carro ele reclamou:

— Não foi nada legal ter falado da Trini perto de todo mundo.

— Ah, alguém precisava te falar para ir atrás dela e o Zack...

— Kim! – ele a interrompeu. – Eu sei que você fez isso para que ninguém tivesse a chance de perguntar sobre o seu novo namorado.

— Me desculpe, – ela murmurou. – Seria muito difícil falar...

— Que ele não existe.

— É seria complicado explicar e...

— Tommy e a Kat estão juntos.

— Isso não tem nada a ver com o meu silêncio – Kimberly interrompeu e olhando para o Jason disse. – Eu estou feliz que eles estejam juntos e felizes.

— Kim?

— É sério Jason...

— Mas ainda não está pronta para conversa sobre a carta com o Tommy?

— Não mesmo, talvez daqui a alguns anos.

O carro parou na porta da casa de Kimberly.

— Então, eu imagino que não devo vê-la em Alameda dos Anjos para a formatura?

Kim balançou a cabeça negativamente e sorrindo falou.

— Mas eu te espero em Nova York em 5 dias ok? Alguns relacionamentos ainda podem ser salvos e o sei que você e a Trini ainda tem chance

— Pode contar comigo lá – ele disse sorrindo e ela saiu do carro.

Kimberly entrou na casa vazia e suspirou aliviada. Ela conseguira manter-se firme o tempo todo e seu segredo estava salvo.