A Escolhida do Destino escrita por Dama dos Mundos


Capítulo 8
Uma visita à Paris.


Notas iniciais do capítulo

Novo capítulo, espero que gostem!
Tenham uma boa leitura. :3



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Alyson chegou a conclusão que não gostava muito de Paris.

As roupas de inverso francesas eram uma graça, mas andar com elas debaixo do sol era detestável. Isso porque a garota tinha baixa tolerância ao calor, e precisava usar uma grande boina para esconder as orelhas, assim como um longo e pesado sobretudo para que sua calda oscilante não chamasse tanta a atenção. Além disso, Chloe enfiara em seu rosto óculos escuros que faziam-na parecer uma abelha.

Ela oscilava mais do que andava na calçada, seguindo Crós – tão empacotado quanto ela, mas nem um pouco incomodado com a temperatura – e o trio de amigos, todos devidamente vestidos com roupas frescas.

— Ly, você pode soltar a boina, ela não vai cair de sua cabeça. — Chloe observou-a, enquanto usava uma das mãos para manter o chapéu na cabeça e outra para segurar o celular, em busca de sinal. — Desse jeito você parece suspeita.

— Não sei porque eu pareceria suspeita, eu sou tão comum…

— Podem achar que você é uma terrorista suicida com uma bomba embaixo da boina. — Sasha sugeriu, o que fez Alyson se encolher.

— Uma bomba na cabeça? Que morte mais horrível…

— Se você é uma mulher bomba, isso não importa! — a ruiva riu, e Ken apressou-se em tampar sua boca.

— Pare de dizer esse tipo de coisa, se alguém escuta pode levar a sério…

— Não seria legal se fossemos caçados por qualquer que seja a divisão antiterrorista da França. — A jovem soltou o chapéu e voltou a guardar o celular no bolso do sobretudo.

— Creio que esteja a cargo da Interpol. — elucidou Chloe.

— Ei, vocês vão acabar se perdendo! — Crós retrucou, estava bem mais a frente do que eles. — Andem logo, crianças.

— Nós não somos crianças! — protestaram Ken e Sasha ao mesmo tempo.

— Em comparação com a idade dele, nós não somos nem fetos… — Chloe tirou uma mecha do cabelo cacheado do rosto e andou mais depressa para alcançar o feiticeiro. Sasha foi atrás, toda “sorrisos e poses” quando algum jovem muito bonito prestava atenção nela.

Ken esperou que Alyson emparelha-se com ele para continuar o caminho. — Tentando ligar para a sua mãe outra vez?

— A ligação caiu quando o Gigante de Fogo apareceu, desde então não consigo ligar de novo. — a garota cruzou os braços, franzindo o cenho. — Considerando meu azar superconcentrado, não deveria nem ficar surpresa.

— Ela disse algo?

— Nada de relevante. — pressionou os lábios, fitando-o de esguelha.

— Okay. Por que está me olhando assim?

— Por nada.

— Obviamente não é por nada, você está zangada. — ele focou sua atenção nela, ainda que não parasse de andar.

— Eu não estou zangada. Estou chateada. Porque ninguém me conta nada, eu estou andando às cegas! — ela jogou os braços para o ar. — Cada vez que descubro alguma coisa, parece que surgem outros tantos segredos para ficarem no lugar.

— Você está zangada por que não lhe contei que tinha uma irmã?

— Eu não estou zangada! E você poderia muito bem ter me contado, nem que fosse dizer apenas “Olha, tenho uma irmã gêmea que ainda mora no Japão, nós não nos falamos, ponto final”.

— Você está sendo um pouco infantil, não acha?

— Não, não acho. Você sequer sabe o que é ter todo mundo mentindo para você, escondendo coisas o tempo todo?

Aquilo pareceu atingi-lo. Ainda assim, Alyson sussurrou: — Acho que não… você é alguém que esconde, afinal. E eu, como uma tola, querendo sempre saber mais sobre você, ficando feliz a cada pequena informação.

Mágoa surgiu no rosto dele. — Eu estava tentando protegê-la, Alyson!

— Eu morri, Ken. — ela falou num tom mais baixo, abrindo um sorriso amargo. — Eu nem sei mais o quê ou quem eu sou. Nem sei se sou algo que vale a pena proteger… — ela encolheu um pouco o corpo e colocou as mãos nos bolsos, apertando o passo.

Algumas lágrimas ameaçaram cair, mas ela respirou profundamente e lutou para afastá-las. Os óculos protegiam-na contra perguntas indesejáveis, ainda assim achava que precisava manter suas emoções sob controle. Ela não podia simplesmente enrolar-se numa bola e chorar até que toda a sua frustração e tristeza acabassem. Era uma ideia atraente, porém nem um pouco prática.

Seus pensamentos dispersaram quando trombou violentamente contra Sasha, quase fazendo com que ambas caíssem. Olhou adiante, tentando ver o motivo daqueles que estavam a frente terem parado. — O que foi… por que…?

— Chegamos. — afirmou Crós, e deu espaço para que a garota passasse e visse a fachada do estabelecimento na qual estavam em frente.

— Isso é… um cassino? — questionou Chloe, descrente, enquanto observava o emaranhado de cartas que decoravam as portas de vidro escuro do local. A fachada mostrava o nome “Le monde de jeu” em relevo com lâmpadas que provavelmente deveriam iluminar bastante à noite.

— É mais uma “casa de jogos”. — Crós deu de ombros.

— Não é praticamente a mesma coisa? — Kensuke aproximou-se dos outros, fechando a cara.

— Gosto de jogos, vamos entrar. — Sasha cruzou as portas, como sempre sem se preocupar com o que poderia esperá-la do outro lado. Kensuke ficou lívido, acreditava que algo poderia atacá-los a qualquer instante, mas quando estendeu a mão para puxá-la de volta pelo ombro, Crós impediu-o.

— Relaxe, ninguém está correndo perigo aqui.

— É o que você diz. — ele disparou de volta, e Alyson ignorou todos, entrando logo atrás da ruiva. Chloe seguiu-a de perto, ficando apenas os homens do lado de fora. — Mas que diabos, ninguém aqui tem noção de autopreservação!?

— Você é paranoico demais, pare de remoer a culpa pela morte da garota e guarde sua energia para quando realmente precisarmos dela. — O feiticeiro revirou os olhos claros, endireitando o capuz e adentrando o recinto. Ken engoliu em seco, xingando algo em baixo tom e entrando por último.

Era um salão extenso, muito maior do que se imaginaria olhando por fora. Havia muitas máquinas agrupadas, lembrava mais um fliperama do que um cassino. Ken reconheceu jogos clássicos de corrida e luta, mas também viu a estrutura maior de um jogo de dança e outro de tiro. Em um canto estava armado um balcão, onde uma mulher franzina e jovem entregava fichas, prêmios e recebia o pagamento. Usava um vestido, cuja parte superior preta era bem justa, sem alças ou mangas, e a saia abria-se como a de uma bailarina, seu tecido branco decorado com os símbolos dos naipes de um baralho.

Ela ergueu os olhos quase brancos de tão claros para observar o grupo que acabava de entrar. O estabelecimento estava bem cheio, mas a moça não parecia ocupada no momento. Na verdade, até abriu um sorriso ao reconhecer o feiticeiro. — Crós! Já faz muito tempo!

— Olá, Emily. Você cresceu bastante, quase não a reconheci!

— É lógico, considerando que da última vez que nos visitou eu não passava de uma criança. — ela apoiou ambas as mãos na cintura, piscando em forma de cumprimento para as pessoas ao redor de Crós, e então sorriu. — O mestre está no salão particular. Você já conhece o caminho.

— Obrigada, Emily.

Crós guiou-os até as escadas que ficavam nos fundos do salão, as pessoas que jogavam não lhes davam muita atenção, mesmo que tanto ele quanto Alyson estivessem repletos de camadas de roupa. Subindo o primeiro lance de escadas, tinha-se a vista do segundo ambiente, um lugar mais sóbrio, menos barulhento. Mesas de sinuca e jogos de azar o caracterizavam, grupos de homens e mulheres maduros disputavam partidas de pôquer e lançavam sua sorte na roleta.

Alyson observou com certo interesse o salão. — Quantos salões têm nesse lugar? Parece tão pequeno por fora…

— Pessoas normais veem e apenas tem acesso a esses dois. Estamos rumando para o terceiro e maior, lá é onde Gil trava suas batalhas particulares. — Crós alegou, apontando para cima.

A jovem seguiu a indicação do seu dedo, franzindo o cenho. — Maior ainda?

— Magia é uma coisa adorável, tornar um espaço maior do que realmente é não exige muita dificuldade.

— Por que um feiticeiro tem uma casa de jogos? Ele não teria algo mais útil para gastar seu tempo, ainda mais sendo o tal guardião… — Chloe ainda estava em dúvida se deveria levar aquele lugar a sério.

— Seu ceticismo é tocante, garota. Vamos logo, é mais fácil conhecer Gilgamesh do que conversar cobre ele.

E, dito isso, ele começou a subir o último lance de escadas. Era mais longo que o outro, e assim que pisaram no primeiro degrau sentiram uma certa diferença na gravidade, ou talvez fosse no ar. Não era uma sensação fácil de explicar, era como se tivessem atravessado um limite e chegado a um local completamente diferente. Ken reconhecera aquilo, era o mesmo que acontecia com ele quando entrava ou saia do santuário onde vivera com a irmã.

As escadas terminaram em um par de portas de aparência antiga e pesada. Tinham a cor de ouro velho e arabescos em relevo cobriam-nas de cima a baixo. As aldravas eram enormes, e além dos degraus e daquela entrada, não havia mais coisa alguma a vista. Tudo a volta estava mergulhado em uma névoa branca e densa.

Então Alyson deu por falta de algo muito importante. — Onde está Sasha?

Nem sinal da garota ruiva. Aparentemente havia se separado do grupo para jogar alguma coisa, ainda no primeiro salão, o que não era nem de longe surpreendente.

— Bom, é uma pessoa a menos para surtar. — Suspirou Crós, tocando as portas com a palma das mãos, empurrando-as. Do outro lado estava nada mais, nada menos que…

Um escritório.

Um grande escritório, nada mais impressionante que isso. Comparado com o que Alyson imaginara dadas as afirmações de Crós, era relativamente pequeno, na verdade. A escrivaninha estava atulhada de livros. Nas paredes haviam várias prateleiras com volumes antigos. Em algumas haviam objetos aleatórios, dentre eles uma esfinge, um astrolábio e uma ampulheta. As janelas cobriam totalmente a parede atrás do móvel e de lá vinha uma luz natural, embora não desse para ver nada através do vidro. Pousado sobre o lustre antigo que pendia do teto, uma ave branca observava os visitantes atentamente, os olhos vermelhos sem perder um movimento sequer deles.

A cadeira de espaldar alto estava virada para a janela, mas com o grasnar do pássaro, foi girada lentamente para que seu ocupante ficasse de frente para o grupo. Olhos tão impactantes quanto os do corvo fitaram-nos, com visível falta de interesse.

— Ei, Gil… você parece apático como sempre.

O desconhecido fez uma careta em resposta. Seus cabelos negros e levemente ondulados caíam desordenadamente pelos ombros, dando a impressão de que ele acabara de acordar. Os olhos eram muito escuros, não dava para saber onde começava a retina e terminava a íris. A pele era corada, mas haviam olheiras permanentes sob seus olhos. Ele endireitou-se na cadeira – afinal, estava displicentemente atirado sobre a mesma, sem porte algum – e arrumou com puxões o terno que vestia. — Eu deveria fingir cortesia e dizer que estou feliz em recebê-lo, ou ser sincero?

O corvo grasnou outra vez, o que fez Gil focar sua atenção nele. — Não ameace eles, Beatrice, são meus convidados. — depois percorreu as quatro pessoas reunidas a sua frente e estalou a língua. — A julgar pelo tempo que se passou desde que uma certa profecia foi feita e a quantidade de jovens que traz a minha presença, devo cogitar que a tal prometida está entre nós?

— Você está sendo apressado como sempre.

— Eu apenas tento não perder meu tempo. — Gil fuzilou Crós com o olhar e cruzou as mãos sobre a mesa, observando as duas únicas garotas do grupo. Por alguma razão que Chloe foi incapaz de compreender, foi para ela que o feiticeiro moveu maior parte de sua atenção. — Você tem cheiro de bruxa.

— Eu deveria me ofender com essa alegação? — ela perguntou calmamente.

— Absolutamente não. Bruxas estão no nível mais alto que se pode alcançar em manipulação mágica. No entanto, é estranho tal energia vir de uma mortal comum como você. — agora ele parecia um pouco mais desperto. Em seguida percebeu, com o canto dos olhos, que a segunda garota retirava a boina e os óculos escuros. E ficou óbvio que era ela… — Oh… não me diga que é essa menina a Filha de Kairos!

— Hum… mesmo você pedindo para eu não dizer… — Crós também havia puxado o capuz para trás e agora olhava da garota para o homem e vice-versa.

— Inacreditável. É o que eu disse que aconteceria… Diamond não vai durar, no fim das contas.

Alyson arregalou os olhos. Esperava que ele fosse como Altair ou como o próprio Crós, talvez como a Morte, que atribuíram várias responsabilidades a ela sem nem considerar o quão forte era. Gilgamesh, contudo, não era gentil e nem escolhia as palavras para tratar com ela. Aquilo fora uma clara afirmação de que ela não era capaz.

— Ei, você não está exagerando? — Ken praticamente rosnou do seu lado. Ela não fez nada para segurá-lo desta vez.

— Eu? Exagerando? — o homem riu, e levantou-se da cadeira. Assim que seus pés tocaram no chão, o aposento inteiro tremeluziu e modificou-se. Um salão muito maior que os outros, mas vazio, formou-se ao redor deles. — Vou lhe dizer exatamente o que é exagerar, jovenzinho. Exagerar é quando colocamos todas as nossas apostas nas mãos de um destino incerto. Exagerar é acreditar que uma criança sem um pingo de treinamento pode, realmente, fazer frente com uma imortal sanguinária. — ele apontou o dedo indicador diretamente para Alyson, que instintivamente encolheu-se um pouco. — Exagerar é pôr um mundo inteiro nas costas dessa garota fraca.

Crós tomou a frente e abaixou o braço do outro com cautela. — Não há necessidade de atacá-la, a garota não tem culpa de ser quem é, Gilgamesh.

— Não… a culpa é toda de vocês. Deixe-me contar-lhe uma historinha, senhorita… hum, qual é mesmo o nome humano que lhe deram? — ao ver que a jovem não o responderia, ele deu de ombros e prosseguiu mesmo assim. — Que seja… senhorita Black, então. As pessoas envolvidas em sua proteção tinham a opção de treiná-la, de contar sobre sua verdadeira identidade e poli-la até que sua hora chegasse, e então você poderia retornar a Diamond e tornar-se de fato uma heroína. Mas não!

Ele deixou o corpo cair para trás, como se houvesse algo para impedir sua queda. De fato, a mesma cadeira que usava anteriormente materializou-se atrás dele, e Gil afundou no couro macio. Beatrice, o corvo branco, grasnava descontente, enquanto dava voltas acima das pessoas reunidas ali. — Não… eles decidiram que você permaneceria como humana. Que você cresceria, viveria como uma, com todas as coisas rotineiras e inúteis que pessoas comuns fazem. — bufou, dizendo mais uma frase, repleta de ironia: — Porque, venhamos e convenhamos, mandar uma menina despreparada para a morte é muito mais interessante!

Alyson trocou um olhar assustado com Crós. — É verdade? Foi assim que aconteceu?

— Não, Gilgamesh é apenas um babaca dramático. Embora tenha havido sim, essa possibilidade.

— Houve, mas é claro que ninguém leva o que eu digo em consideração. — o homem protestou baixo, cruzando as mãos sobre o colo e focando o olhar em algum ponto desconhecido acima. — E agora estamos aqui, criança, e eu não me sinto tentado a entregar as pedras que tive tanto trabalho em guardar para alguém tão despreparada quanto você.

— Nós temos um acordo, Gil!

— Eu o honraria se vocês não fossem todos idiotas. — Gilgamesh aprumou-se e apoiou as mãos sobre os joelhos, voltando a fitar intensamente Alyson. — Não vou entregar-lhe essas pedras, garota. Não é nada pessoal, mas você não saberia o que fazer com elas, de qualquer forma.

Kensuke deu um passo para a frente, visando esganar o feiticeiro. Chloe também o encarava de uma forma letal, ameaças implícitas martelando em sua mente. Ninguém falava assim de Alyson na frente dela, aquela garota não merecia esse tipo de tratamento, ainda mais de alguém que nunca a vira antes na vida. — Escute, Gilgamesh, com todo o respeito você pode…

— Parem! — o grito da jovem interrompeu um possível desastre. Quatro pares de olhos caíram sobre ela. Tremia muito, as mãos fechadas em punhos alinhadas com o tronco e as orelhas de gato arrepiadas. — Isso é algo que eu tenho de fazer. Gilgamesh, o que quer em troca das pedras?

— Nada. Não vou dá-las.

— Gil…

— A resposta é não.

— Eu sei que não estou qualificada para essa missão, droga! — ela explodiu, a voz subindo algumas oitavas. Chloe e Ken, que não estavam acostumados a vê-la irritada, se surpreenderam. — Eu sei… eu sei que sou fraca, e é claro que poderia ser diferente, mas eu quero ajudar! Então pare de ser um egoísta cretino e diga logo o que você quer para que eu possa resolver essa situação!

Gilgamesh ficou em silêncio, contemplando-a, de cima a baixo. Ergueu uma das mãos para que a ave branca pousasse nela, e agora eram duas criaturas analisando-a como se fosse algum tipo de experiência. Então ele abriu um sorriso – irônico, é claro, mas o primeiro que mostrara até então – e ergueu três dedos da mão livre.

— Vença-me em uma melhor de três jogos… e eu lhe entregarei as pedras.


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Notas finais do capítulo

Gilgamesh é a pessoa mais adorável que já apareceu nessa história, não é? -q
Bem, podemos chegar a um consenso, ele é o único que parece ter um pouco de bom senso por aqui.
Será que Alyson conseguirá vencer os desafios que a esperam?

Agradeço a todos que chegaram até aqui, quaisquer críticas e perguntas é só perguntarem. :3
Kisses, kisses e até a próxima. :3



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