E se Fosse Verdade escrita por Gyane


Capítulo 6
Cap 6 - Paranoica eu?




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—Mas o que aconteceu com você?–Minha mãe gritou como se tivesse visto um fantasma, ela tinha tendência para exagerar. —Andou tomando banho na poça de lama foi?

Ela nunca havia chegado tão perto da verdade.

—Mãe tava chovendo, e...

—Olha o meu tapete Ana Luiza.

Eu olhei para o chão só para confirmar. Bom era melhor eu sair dali rapidinho.

—Ana Luiza onde você pensa que vai?—A Minha mãe às vezes era confusa demais para mim.

—Ué pro quarto.—Eu disse como se eu fosse lógico.

—Não antes de me contar o que andou fazendo? E QUEM era aquele rapaz?—Ela disse colocando a mão na cintura. Aquilo não era bom sinal.

—Ou o seu tapete ou a historia.—Eu resmunguei.

—Ana Luiza.

Quem conseguia entender minha mãe.

—Eu estava na escola, começou a chover, eu esperei a chuva passar então o Dom Ruan de quinta me deu uma carona.—Eu tentei ser o mais prevê possível para não me meter em encrencas.

—Dom Ruan de quinta? Tantos detalhes para minha mãe prestar atenção e ela resolve se apegar justo nessa parte, isso só podia ser complô.

—O rapaz. —Eu disse dando um passo para frente, ela me lançou um olhar meio revolt então eu congelei.

—Da onde você o conhece?

Começou o interrogatório.

—Então eu estudo, geralmente, não sou só eu que estudo, isso aqui é uma cidade pequena, mas apesar disso existem muitas pessoas que freqüentam a escola, e por coincidência ou não na mesma escola que eu, isso é um fator natural sabe como é. As salas estão sempre lotadas de pessoas sabe que você vê todo dia, no seu tempo também era assim? Quero dizer sempre cheia de pessoas. Acho que não existiam tantas matérias para estudar antigamente, só o básico né tipo, português matemática e historia, mas como a população foi crescendo precisou de mais emprego então eles foram inventando matéria e mas matéria, e para cada uma um professor diferente o que gerou um bocado de emprego.—eu disparei a falar eu precisava mudar de assunto rapidamente antes que ela me matasse.

—Não me enrola. —Ela disse ainda com aquela mão na cintura.

—Eu só estou comentando como o aumento da população vez aparecer à necessidade de gerar mais emprego. —Eu fiz minha melhor cara de inocente.

—Luiza. —Ela nem deixou terminar.

—O que foi oras?—Eu perguntei tanto de ombros.

—Vai tomar um banho e depois vai trabalhar.

—Nossa eu achei que podia tirar um dia de folga.—Não custava nada tentar.

—Nem pense nisso. —Ela não precisava fazer aquela cara.

—tá bom, tá bom.

Eu fique quase uma hora dentro do banheiro, primeiro porque eu precisava me livrar daquela lama toda depois quanto mais tempo eu demorasse no banho menos tempo eu precisava trabalhar.

  Eu cheguei à lanchonete e a Nice veio correndo até mim, como uma desesperada.

—Onde você estava?

—Em casa. —Eu disse vestindo o meu avental . Eu detestava aquele uniforme vermelho que me vazia ficar parecendo um picolé de morango ambulante.

—Em casa. —A resposta não pareceu agradar muito ela. —Eu ainda vou ser a filha do chefe.

—Só se nascer de novo. —O Jerry disse parando do nosso lado.

Pelo visto tinha acabado a lei do silencio ali.

—Tenho novidades. —A Nice disse euforicamente.

Será que aquilo era bom? Eu tinha até medo de perguntar.

—Então Jerry não tem o que fazer, não?—A Nice falando assim com o Jerry, aquilo não podia ser um bom sinal.

—Fofoqueiras. —Ele resmungou  enquanto se afastava.

—Eu ouvi isso sua vara de cutucar estrela. —Era bom poder conversar novamente com o Jerry.

—Michel pediu pra voltar para a Thifany. —A Nice disse mal se contendo.

—Como?—Aquilo realmente não deveria me afetar.

—Ele quer voltar com ela...

Eu revirei meus olhos.

—Essa parte eu entendi. Mas os detalhes. —Porque realmente eu queria saber aquilo?

—Na escola na hora da saída.

Eu ainda matava o Sr. Vagner por ter feito eu perder isso.

—E advinha o que ela respondeu?—Porque a Nice tinha que ficar fazendo aquele suspense.

—Desembucha logo.—Eu pedi impaciente.

—Ela disse um NÃO bem redondo na cara dele e na frente do colégio todo.

A isso era um complô dos deuses contra mim. Só podia ser não tinha como ter outra explicação. O Dom Ruan de quinta leva o maior fora da escola e eu estava no meio da meiose e mitose, fala serio, isso só acontece comigo.

—Mentira. —Eu gritei, eu tava pegando a doença da Nice.

—E advinha por quê?

Será que a Nice podia parar de fazer suspense.

—Isso tudo porque ele não quis falar quem era a garota que tava com ele no quarto.

—Ah meu Deus.—Aquilo realmente era preocupante.

–Ela disse que ele esta protegendo vadia.

—Valeu pela vadia. —Ela fez uma careta e continuou falando.

— E que provavelmente então vocês dois tenham um caso.

Aquela loira anoréxica só podia ter dado férias para os neurônios dela, se é que ela tinha um.

—E que se ela descobrir quem fosse iria arrancar os olhos com as próprias mãos.

Os meus lindos olhinhos não.

—E aquele ogro não explicou que foi só um mal entendido. —Ele tinha servi para alguma coisa.

—Ele tentou mais a Thifany não deixou.

Perfeito. Agora tudo estava indo de mal a pior, porque aquela loira anoréxica não deixava meus olhinhos em paz e se ocupava com o tonto do Michel.

—Fim do intervalo. —O Jerry disse assim que um grupo de adolescentes entrou na lanchonete.

Eu passei o resto da tarde e da noite imaginando o que eu deveria fazer para sair daquela situação, mas nenhuma luz acendeu na minha mente então eu fui para escola rezando para que tudo acabasse bem.

—Porque isso foi acontecer comigo?—Eu disse assim que encontrei com a Nice no portão da escola.

—Acontece o que?

Ela me perguntou como se eu tivesse alucinando.

—Sabe eu nem queria ir naquela festa, você me arrastou para lá. —Eu disse acusadoramente. —Depois eu detesto populares, conseqüentemente o tonto do Michel.

—Você esta ficando paranóia.

—Eu não sou paranóia.—rebati no mesmo instante.

—Não?! Então porque não deixa pra lá isso. —Ela bufou enquanto subíamos para o corredor principal.

—Deixa eu ver... Deve ser porque tem uma corna sedenta por sangue atrás de mim, porque minha reputação esta em risco, porque eu posso virar a puta do ano sem ter provado o presunto, e a única pessoa que sabe disso é um popular idiota que gosta de se vangloriar para os amigos.

—Você disse que a Thifani não era corna.

A Nice às vezes demorava para pegar as coisa.

Chegamos ao corredor principal, e advinha quem estava vindo em nossa direção. O Dom Ruan de quinta com o seu  jeito escandaloso de chamar atenção, eu grudei o braço da Nice dando meia volta.

—Pra onde estamos indo?—A Nice perguntou mais eu não dei ao trabalho de responder, quando ouvi uma voz forte ecoar pelo corredor.

—Luiza.

A Nice parou de andar e olhou desorientada para os lados, ela que se fudese eu continuei andando o mais rápido que eu podia.

—Iza. —O Michel chamou de novo.


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Notas finais do capítulo

Suspense.....
Então o que estão achando mesmo?