E se Fosse Verdade escrita por Gyane


Capítulo 54
Quase fim


Notas iniciais do capítulo

Bom eu sei que falei para vocês que esse era o ultimo capitulo, acontece que não estou conseguindo escrever ele....hummm quer dizer essa parte que postei já esta escrito algum tempo o resto é que esta dificil de botar para fora, então decidi post pq já faz algum tempo que não post nada.



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 Você esta sempre indo e vindo tudo bem.

Dessa vez eu já vesti minha armadura e

 mesmo que nada funcione

eu estarei de pé de queixo erguido. (Pitty)

—O QUÊ? —Eu gritei na cara da Nice. —Você só deve estar procurando a morte. —Eu avisei ela.

—Úe, eu achei que era isso que você queria fazer hoje cedo. —Ela rebateu na maior cara de pau do mundo.

—Eu sinto muito Jerry, mas eu acho que você vai ficar viúvo. —Eu disse para o Jerry já mirando o pescoço da Nice.

Eu iria arrancar os olhos dela com as minhas próprias mãos e depois iria picá-la em pedacinhos, juro que eu ia.

—Como pode fazer uma merda desse tamanho. —Eu mal podia acreditar nela, serio a Nice acabava comigo, não havia nada nela que disséssemos que éramos melhores amigas. — Será que você não percebeu que ele esta com a loira anorexia, e agora ele vai ficar pensando que eu estou rastejando atrás dele.

—Não falei que ela estava com ciúmes. — A Nice disse cutucando o Jerry.

—Agora foi seu ultimo suspiro. —Eu disse me levantando.

—Calma ai Iza. —A Nice pediu indo para trás do Jerry. —É brincadeira. —Ela disse rindo. —Eu não falei nada disso para ele. —Ela começou a se explicar quando percebeu que eu não estava acreditando muito em suas palavras. —Juro, Juro e juro.

—Então o que você falou para ele. —Se ela achava que ia sobreviver ela estava muito enganada.

—Poxa aonde esta o seu senso de humor? —Ela perguntou desconversando.

—Minha amiga o matou. —Eu disse entre os dentes. — O que você disse para o Michel ter ido embora?

—Eu não disse nada.

—Você vai falar por bem ou por mal. — Eu ameacei.

—Eu estou falando a verdade.

Eu lancei meu olhar mortal para ela.

—Tudo bem. —Ela disse por fim. —Eu só perguntei para ele, de quem ele realmente gostava.

Eu cruzei meus braços e lancei o meu olhar “você pensa que me engana.” Enquanto ela me devolvia outro do tipo “posso tentar”.

—Só isso?

Ela revirou os olhos.

—Achei que você queria saber a resposta. —Ela disse dando um sorrisinho.

Eu já sabia.

—Nice tudo que eu quero é saber o quanto você cagou lá. —Eu disse entre os dentes.

—Eu vou falar uma única vez e não vou repetir. —Eu já havia contado como a Nice é insolente. —Eu fui lá e chamei-o para conversar, ele se levantou e começamos a caminhar. —Eu olhei para ela impaciente. — Então ele me perguntou o que eu queria, eu disse para ele que... —Pausa dramática. —... Bom que a Thifany não era a garota certa para ele, ele quis saber por que eu disse isso, e eu respondi que era porque a garota certa para ele estava do outro lado da lanchonete conversando com o meu namorado.

A Nice deve ter treinado muito para poder fazer uma coisa daquela comigo.

—Melhor ainda. —Eu disse levantando minhas mãos para o céu. —Agora ele vai achar que eu mandei você ir falar com ele...

—Espera eu ainda não terminei. —A Nice reclamou. —Essa é a melhor parte.

—Fala logo. —O Jerry pediu impaciente, eu e ela olhamos para ele. Acho que tínhamos nos esquecido do Jerry.

—Ele disse que a garota que estava sentada conversando com o meu namorado, era a mesma garota que tinha pedido para ele nunca mais aparecer na frente dela. E que ele estava fazendo exatamente isso.

–Rá se fudeu. —O Jerry disse apontando do dedo para mim e rindo.

—Então o celular dele tocou. — A Nice prosseguiu ignorando o Jerry. —Acho que era Camila ou Melissa uma coisa assim e ele foi embora. Fim

E então o que eu tinha que fazer agora?

—Ele não falou porque a Thifany estava com ele? —Eu perguntei já sabendo a resposta.

—Não.

—Não fica assim não Iza. —O Jerry disse quebrando o silêncio. —Até mesmo um pé na bunda te empurra pra frente. —Ele foi o único que riu da sua piada idiota.

—Eu acho que vou embora. —Eu disse me levantando.

—Iza. —A Nice me chamou antes que eu pudesse me afastar eu me virei para ela.

—Você me deve uma. —Ela disse sustentando aquele sorriso enorme. Eu revirei meus olhos e sai andando.

Eu ia planejar o assassinato da Nice, mas primeiro eu tinha que sobreviver a minha mãe. Eu podia comprar um pelo presente para ela, assim com toda certeza ela me perdoaria por isso, mas o problema é que eu não tinha dinheiro então eu senti que teria que enfrentar um belo sermão.

Eu estava caminhando em direção a escada rolante, quando algo sentando em um pequeno banco me fez parar.

Quer dizer, não era algo era alguém e não era pequeno. Ahhhhhhhhhh EU IA ACABAR COM A NICE, ia destruir cada célula do seu corpo triturar cada ossinho dela, como ela podia fazer isso comigo, como? COMOOOOOOO

Tudo bem, eu respirei fundo, e estava preste a sair correndo dali, voando pra dizer a verdade quando o Michel levantou a cabeça e olhou diretamente para mim. Um único pensamento passou por minha cabeça: FUDEU.

Ele não sorriu, e então eu não tive nenhum incentivo para me aproximar, apesar de ter certeza que ele esperava que eu fizesse isso. Cada passo que eu dava em direção ao Michel eu senti como se tivesse quebrando um osso da Nice, e isso era bom, muito bom mesmo.

—Eu não tenho nada com isso. —Eu disse me sentando no banco e olhando para frente, eu mal conseguia olhar para ele sem sentir raiva dupla. —Eu não queria estar aqui, isso é culpa da Nice. —Eu disse antes que ele pensasse que eu estava me rastejando por ele.

Ele não respondeu nada, apenas olhava para frente também. Um silêncio desconfortável se instalou entre nós, e eu me arrependi por ter me sentado ali.

—Então porque mesmo você esta aqui? —Ele perguntou quebrando o silêncio, sua expressão não era nada amigável.

Ok. O que eu havia dito de errado?

—Eu já desisti de entender você. —Ele prosseguiu me deixando de boca aberta. —Na verdade eu nem sei se quero de entender mais.

Hummm, essa doeu.

—Não há muito que entender. —Eu rebati tentando usar o mesmo tom que ele, mas droga eu não era boa nisso.

—Não? —Ele perguntou levantando as sobrancelhas em descrença.

—Não. —Eu afirmei tentando soar confiante. —Eu acho que...

—Eu já sei o que você vai falar. —Ele me interrompeu olhando para frente. —A culpa é minha.

Eu mordi meus lábios, e olhei para ele pelo canto dos olhos.

—A Nossa historia começou de uma maneira errada. —Ele disse e essas palavras me forçaram a encararam. —Eu sei que pisei muito na bola com você.

—Você esta querendo me dar o fora. —Sabe parecia que era exatamente isso “O problema não é você, é com comigo.”

—Você que me deu pé na bunda. —Ele disse rindo sem humor algum.

—Não. —Eu neguei balançando a cabeça, sabendo que era mentira. —É que você é meio lesado e eu quis facilitar as coisas. —Eu também tentei usar o humor, mas falhei.

—Facilitar? —Ele repetiu sem entender. Eu engoli em seco. Ele agia como se não estivesse com a Thifany.

—Sim. —Eu senti um nó na garganta. —Facilitar para você e a sua noivinha.

Eu vi um brilho furioso acender dentro de seus olhos, e me arrependi das palavras no mesmo instante.

—Você pede por isso Luiza. —Sua voz esta fria agora.

—Não sou eu é você Michel. — Minhas palavras ficaram flutuando no ar por alguns instantes.

—Eu. —Ele disse abismado. —Como? Me diz?

— Você não consegue deixar a Thifany sair da sua vida.

Ele jogou suas mãos para cima. Aqui vamos nós de novo, o gesto dizia.

—Sinceramente Luiza eu não sei aonde você vê isso. —Ele disse como se realmente fosse inocente.

—Há cinco minutos atrás. —Eu disse ironicamente. —Na escola...

Ele passou as mãos nos cabelos.

—Você não entende. —Ele fechou uma mão em sua nuca, parecendo como se soubesse muito bem que tinha que escolher suas palavras cuidadosamente antes de continuar. —Você não tira uma pessoa da sua vida assim.

—Talvez você não esteja se esforçando o bastante. —Eu o acusei desistindo.

Ele não o respondeu desviou seu rosto para a multidão na nossa frente o silêncio reinou entre nós, pesado, forte. Então depois de algum tempo que na verdade me pareceu horas ele se virou para mim novamente, eu forcei olhá-lo.

—A gente nunca vai dar certo. —Ele sussurrou enquanto seu polegar escorregava por minhas bochechas. Eu não sei se foi suas palavras ou seu gesto mais meu estomago contraiu violentamente.

—Você é o cara mais teimoso que eu conheço. —Eu não sei dizer por que estávamos sussurrando, mas isso me parecia fazer as coisas mais intimas, e eu gostei de pensar nela assim.

—E você a garota mais orgulhosa. —Seu hálito quente batendo contra o meu rosto, isso me deixa meio tonta. —Tenho a impressão que só ficamos juntos para brigar.

Ele sorriu provavelmente se relembrando dos milhares brigas que já tivemos.

—É. — Eu concordei sem saber se isso era bom ou não. —Realmente nunca seremos um casal perfeito. —Eu constatei com o coração pesado, partido.

Aquela era uma realidade que eu estivera evitando deste que começamos aquela historia todas, eu sabia que não existia contos de fadas, mas mesmo assim eu estava me forçando a viver um, só que eu não enxergava é que ele nunca teria o final feliz. Eu senti um nó prender na minha garganta enquanto tentava evitar as lágrimas.

—Mas isso não quer dizer que eu não goste de você Luiza. —Agora seus dedos percorriam meus lábios. Seu nariz roçando no meu me fazendo prender a respiração.

—Mas não consegue viver sem a Thifany né. —Eu resmunguei tristemente.

Ele não respondeu e isso cortou ainda mais meu coração. Tudo bem. Eu devia saber disso deste do começo.

—Ah cara desculpa a demora. —Uma voz intrusa atrapalhou nosso momento de despedida perfeito, eu e o Michel erguemos nossa cabeça em sua direção.

Um rapaz alto e loiro estava parado na nossa frente segurando a mão de uma menina também loira, imediatamente eu o reconheci da escola, Rodrigo. —Ficou me esperando muito?

—Não. Eu vim pra cá só quando você me ligou. —O Michel disse se afastando um pouco mais segurando minha mão entre as suas.

Uglh. Isso queria dizer que a Nice não havia mentindo. E que eu tinha vindo atrás do Michel mesmo sem saber. CARACAS...

—Pensei que você viria com a Thifany. —A garota loira disse olhando para nossas mãos.

O Michel olhou para mim por um instante. Suas mãos apertaram mais em volta da minha.

—E eu vim. —Eu desviei meu rosto do Michel e olhei para pessoas na frente. Eu não estava chocada, nem surpresa, aquilo me pareceu estranhamente natural e revoltante.

—Então você também vai jogar? —Rodrigo perguntou para mim tentando concertar o clima tenso que sua namorada havia causado.—Boliche. —Ele especificou.

—Não na verdade eu não sou uma boa jogadora. —Eu disse forçando um sorriso.

—Uma pena. —A Garota loira lamentou simpaticamente, mas estragando tudo em seguida. —Você precisa ver a Thifany e o Michel jogando eles ganham todas. São perfeitos.

Perfeitos. Bem ao contrario de mim e dele. Eu engoli em seco.

—Estamos aqui para uma revanche. —Rodrigo completou.

—Bom jogo então. —Eu disse me levantando, o Michel não soltou minha mão. —Mas eu preciso ir para casa. —eu tentei liberar minha mão discretamente mais o Michel me segurava firmemente me impedindo de afastar.

—Rodrigo as meninas estão na lanchonete, chegá-la enquanto eu acompanho a Luiza até a saída.— O Michel disse seriamente.Eu revirei os olhos, eu sentia que viria outra briga pela frente, era sempre assim…

—Beleza. —Rodrigo concordou abraçando a namorada. —O Max esta lá? —Ele perguntou antes de ir.

Eu engoli em seco, ainda tinha o Max.

—Eu não tenho falando com o Max ultimamente. —O Michel disse olhando para mim.

Merda. Como se eu precisa de mais motivos para me sentir culpada.

—Porque esta fugindo? —O Michel perguntou se levantando e parando na minha frente.

—Eu não estou fugindo. —Como ele tinha coragem de me dizer. O que ele pensava que era. Cara o Michel me irritava às vezes, melhor consertando sempre.

—Luiza...

—Michel. —E o interrompi. —Eu não quero ouvir suas explicações. —Na verdade eu não me importo.

—Jura? —Ele perguntou se aproximando.

—Não. —Não tinha porque eu negar ele sabia a resposta antes mesmo de formular a pergunta. —Eu preciso ir, acho que ainda estou de castigo por causa da sua noivinha. —Eu disse debochadamente esperando que ele entendesse perfeitamente bem o recado.

—Luiza. —Seu tom de voz era severo, hostil. —Você procura por isso. —Ele disse nervoso passando a mão pelos cabelos.

—Tchau. —Eu disse me virando para ir embora, ele me seguro pelo cotovelo me abrigando a voltar para fita-lo.

—Diz que gosta de mim. —ele implorou.

—Eu não costumo mentir. —eu sorri e ele também.

Então ele me soltou e eu andei, não corri apesar dessa ser minha vontade, eu apenas caminhei tentando vencer a vontade de sair correndo.

Bom eu parei na frente da porta de casa e respirei fundo, hora de encarar a fera. Bom na verdade eu estava pensando muito sobre a conversa que tive com o Michel que não pensei em uma bela desculpa para minha mãe e isso era ruim, bastante ruim.

Antes mesmo que eu pudesse atravessar a sala, a voz aguda da minha mãe chegou até mim. Bom o que eu poderia dizer senão: Ferrou.

—Ana Luiza. —Minha mãe quase estourou meus tímpanos.

Bom se eu fosse um gato estava colado no teto da parede com meus pelos arrepiados, não porque minha mãe estava gritando comigo, isso era algo que depois de um tempo é como respirar, mas sim pelo fato dela estar sorrindo dava pra acreditar, Ela estava sorrindo.

—A senhora esta passando bem? —Eu perguntei preocupadamente.

—Estou. —Ela respondeu como se não tivesse entendendo o que havia de errado.

—Já sei. —Eu disse batendo palmas. —Ganhamos na mega sena?
Minha mãe colocou a mão na cintura, seu humor parecia que estava querendo mudar.

—Brincadeirinha. —Eu tentei contornar a situação, mas parecia ser tarde demais.

—Onde você esteve? —A Pergunta inevitável.

Hummm, pensa, pensa rápido Luiza. Muito rápido. Tudo bem os meus neurônios não gostam de trabalhar sobre pressão. Foi quando eu vi a salvação nas mãos de minha mãe ou não mais eu fui descobrir isso bem mais tarde.

—O que é isso ai? —Eu perguntei desconversando e apontando para o envelope nas mãos delas.

Minha mãe olhou para os envelopes e seus olhos brilharam. Algo me dizia que isso não era bom.

—Ah filha você foi convidada para ser acompanhante de um dos formados da escolha da pra acreditar? —Minha mãe só faltava pular de felicidade.

Claro que não dava para acreditar. Do que ela estava falando?

—Um amigo seu a convidou, ele é tão simpático. —Ela não parava de falar.Mas quando parou. —Porque você nunca falou nele?

—Nele? —Eu queria realmente descobrir quem era o infeliz.

—Max. —Minha mãe disse como se fosse obvio.

Ótimo só faltava essa.

—A gente tem que comprar um vestido altura para você ir...

O que? Minha mãe tinha pirado de vez mesmo. Eu não ia mas nem que a vaca cantasse...

—Eu não vou mãe. —Eu resmunguei com medo da sua reação.

—O que? —Minha mãe pareceu incrédula.

—Eu disse que não vou. —Eu me vi forçada a falar mais alto.

—Como  não. —Definitivamente minha mãe estava dizendo que eu tinha enlouquecido.—porque você não vai?

—Eu não gosto disso...

—Como você não gosta disso.—Ela me interrompeu aborrecida. —E aonde você estava?

Minha mãe sabia jogar sujo quando queria, eu tinha certeza mais do que absoluta que ela estava fazendo de propósito.

—Quando a gente vai comprar o vestido. —Eu disse querendo assassinar o Max. Logo eu viraria um assassina profissional a lista era tantas: A Thifany, a Nice, o Michel e agora até o Max.

—Assim que se fala garota. —Minha mãe disse voltando a fazer os planos. Aquilo ia ser torturante.


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Notas finais do capítulo

Bom gente sei que não esta grande coisas... mas que ultimamente não estou conseguindo escrever absolutamente nada que preste.
Desculpas.
MAs vamos ao que interessa o que vocês acharam? O que deve acontecer no prox cap? Iza fica com quem?