E se Fosse Verdade escrita por Gyane


Capítulo 53
Capítulo 53


Notas iniciais do capítulo

HUMMM. Tá eu sei que sumi, bom é que eu acho que fui engolida por um tsunami... cof cof. Acho que não colou ^^)
Na verdade é que eu ando meio off, meio não completamente OFF. Então eu não sabia muito bem o que escrever, ai saiu essa merda ai...
Tá resumindo, o capitulo está uma merda sem emoção, mas eu precisava postar ele para poder postar o ultimo capito. Deu pra entender? Deixa pra lá, vamos ao capitulo...



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—Minha opinião? —A Cida perguntou colocando a mão sobre o peito.

Eu apenas concordei com a cabeça.

—De tempo ao tempo garota. —Ela piscou para mim. —Não há nada que o tempo não possa resolver.

Pelo menos alguém por ali tinha uma opção mais aceitável.

—Você não vem nanica? —O Jerry perguntou colocando apenas a cabeça para o lado de dentro.

—Por isso que eu te amo Cida. —Eu disse jogando um beijo para ela e indo em direção a saída.

—Nós vamos ao shopping. — A Nice disse super empolgada quando eu me aproximei deles na calçada.

—Legal. —Eu disse sem entusiasmo, ainda pensando sobre o que a Cida me disse.

—O quê? —O Jerry perguntou fazendo a maior cara de quem não estava entendendo nada, como se algum dia ele entendesse de alguma coisa. —Você não esta se oferecendo para ir junto?
—Eu acho que estou de castigo. —Eu admiti tentando me lembrar se minha mãe tinha me dito algo sobre isso.

—Ah vamos Iza. —Eles disseram juntos.

—Tá eu vou. —Eu disse me rendendo,a minha mãe havia dito qualquer coisa sobre não sair de casa mais ela não disse nada sobre sair da lanchonete então tecnicamente  eu não estava quebrando as regras. —Mas se eu me meter em encrencas por causa de vocês, eu mato os dois. —Eu avisei.

—Como se você precisasse de alguém para se meter em encrencas. — O Jerry disse caindo na gargalhada.

Sem graça.

—Olha quem esta aqui. —A Nice me cutucou em baixo da mesa. Serio porque ela fazia isso se ela estava falando tão alto que eu achava que até o Michel do outro lado do salão da lanchonete havia ouvido.

Eu ergui minha cabeça só um pouco e olhei na sua direção, ele estava sentado de frente para minha mesa conversando com uma garota, que não era a Thifany...

Isso me pareceu bom no começo. Mas depois... Como assim não era a Thifany. Tipo eu e a Thifany nos matavam por ele, e ele não estava nem ai para nenhuma de nós duas. Não, não,não.

Perder para a anoréxica da Thifany era ate aceitável, agora perder para uma desconhecida que não havia sofrido nem metade do que nós duas tinha, isso não era justo.

—Parece que a fila andou. — O Jerry disse percebendo o mesmo que eu.

Eu lancei meu olhar mortal para ele.

—MENTIRA. —A Nice disse tão abismada quando eu. —Você não vai fazer nada.

Tipo o quê? Jogar uma granada na mesa deles, ou mandar os cachorrinhos ir comer aquele monte de ossos, tá minhas idéias estavam off. Isso se devia muito ao fato que parecia que tinha levado um belo soco no estomago.

—O que você quer que eu faço. —Eu estava totalmente off mesmo, até estava pedindo ajuda para Nice.

—Vai lá e mostra para aquela garota que o Michel tem dona. —Ela disse como se fosse a coisa mais fácil desse mundo.

Tudo séria perfeito, se euzinha não tivesse pedido para o Michel ficar bem longe de mim. Tá que eu não achei que ele fosse fazer isso tão rápido assim.

—Rá não vou mesmo. —Se ele queria assim o que eu podia fazer.

—Levou um pé na bunda. —O Jerry começou a me provocar.

—Eu não levei.

—Levou sim.

—Não levei.

—Então tá, prova. —O Jerry sabia como fazer meu sangue ferver.

—Como? —Eu perguntei realmente duvidando que quisesse saber da resposta.

—Vai até lá. —A Nice disse como se isso fosse obvio.

Aquele namoro não estava fazendo bem, para nenhum dos dois.

—Não mesmo.

—Se você for até lá e tirar aquela garota de perto do Michel eu sirvo as suas mesas durante uma semana. —O Jerry propôs.

Perfeito, eu adorava ver o trabalhando. Adorava mesmo. Só não sabia como eu ia fazer isso.

—Fechado. —Eu disse toda empolgada. Levantando-me da mesa e caminhando em direção da mesa do Michel.

Bom a cada passo que eu dava a merda do que tinha feito ia adentrando a minha cabeça, eu nunca ia conseguir fazer isso. Então eu comecei a estudar minhas opções. Bom minha primeira opção era dizer que a lanchonete estava pegando fogo, e eles sairiam correndo, e eu ficava feliz.

A segunda opção eu podia dizer para ela que o Michel tinha uma doença altamente contagiosa, então ela sairia correndo e eu teria que explicar isso para o Michel. E minha ultima opção eu poderia sentar no colo dele e beijá-lo na frente dela, ela ficaria totalmente magoada e sairia correndo e eu continuava beijando o Michel para não ter que explicar nada para ele. Eu não achei que nenhuma delas fosse muito sensata. Merda.

Aquela mesa estava andando ou era impressão minha. Porque eu estava bem de frente do Michel e de costa para menina tão rapido assim. Eu pensei em me virar e sair correndo, mas o Michel já estava olhando diretamente para mim. Perfeito.

Eu respirei fundo e me aproximei, porque o Michel não parava de me olhar daquele jeito. Eu parei de andar bem nas costa da menina. Só de olhar para o Michel era suficiente para eu não saber o que dizer. Eu não precisava de mais ninguém me olhando daquele jeito.

—Podemos conversar? —Eu perguntei diretamente para o Michel, ele levantou uma sobrancelha e me fitou desconfiado, meu estomago estava brincando de montanha russa ou era impressão minha.

Merda. Porque ele não respondia logo.

—Será que podemos conversar? —Eu repeti a pergunta dessa vez mais alta. Droga não era numa hora dessas que alguém devia aparecer para me salvar. Cadê o Chapolin colorado? Cadê ele quando a gente mais precisa?

—Eu achei que você não queria me ver nunca mais. —Ele jogou minhas palavras bem na minha cara. Humm essa doeu.

A menina sentada com ele se virou para me fitar, e eu juro que quase pulei no seu colo dela felicidade. Se ela não fosse mais magra que eu, eu tinha feito isso.

—Iza. —Emilia disse se levantando e me abraçado. —Que bom ver você.
Eu que o diga isso.

 —Você me parece muito mais linda. —Ela  disse pegando nos meus cabelos. —Você não acha Michel? —Ela perguntou sem se virar para ele.

Eu olhei para ele, esperando sua resposta.

—É, ela esta realmente linda. —Ele murmurou com seus olhos cravados em mim.

Isso devia significar alguma coisa. Dançinha da vitoria ou não...

—Senta aqui. —Emilia disse puxando a cadeira do seu lado.

Eu engoli em seco. Sentar de frente para o Michel?

—Eu... —Bom acho que essa era a hora que eu fugia.

Eu mal podia acreditar que tinha ao menos sonhado em pensar de dizer o que sinto para o Michel. Eu mal conseguia olhar para ele.

—Você quer alguma coisa? —Emilia me interrompeu.

—Não. —Eu neguei sem erguer meu olhar para o Michel.

Emilia era a única que falava ali sem parar, não percebendo ou fingindo não perceber tensão entre mim e o Michel, ele também parecia confortável com aquela situação.

—Passa o ketchup.... —Emilia pediu.

Eu e o Michel estendemos as mãos para pegar o frasco, foi quando nossos dedos se tocaram, eu levantei meus olhos e o Michel encarava meu rosto atentamente. Eu queria dizer para ele a verdade, mas eu tinha o medo, um medo tão infantil de ser ridicularizada... Será que realmente ele gostava de mim.

—Eu não entendo porque Lauren terminou com Igor. —Emilia disse fazendo com que quebrássemos nosso contado visual. —Eles pareciam se gostar tanto...

—Ele deve gostar dela, mas será que ela gosta dele... — O Michel disse com os olhos grudados em mim.

Espera ai. Ele não estava falando isso para mim estava?
—Será? —Emilia disse na duvida — Ela gosta dele sim.— afirmou por fim.

—Não há outra razão para terminar se não for isso. —ele falou com a sobrancelha levantando não olhando para Emilia e sim para mim.

Aquilo só podia ser brincadeira, ele não estava querendo me dizer que eu era a culpada.

—Será que ele alguma vez demonstrou que realmente gosta dela. —Eu rebati sustentando o seu olhar. —Quer dizer, mostrar não é só dizer a outra pessoa é fazer com que ela sinta que suas palavras sejam verdadeira.

—Mesmo quando a outra pessoa esta errada.

Eu não estava errada. Pelo menos eu acreditava nisso.

—Na visão de quem ela estava errada? Porque provavelmente não na dela. — A Cada palavra que eu dizia eu agradecia aos céus por ter entregado aquele telefone a Nice.

—Claro. —Ele disse debochadamente. —Ele precisa se a rastejar aos seus pés para parecer justo o amor. Mas o que ela fez para dizer que ama ele. —Eu detestava quando ele me olhava daquele jeito. —Deixa eu ver.  —Ele fingiu pensar por um instante. —Nada. Absolutamente nada.

Eu podia sentir que aquela conversa ia acabar em briga, eu estava começando a perder o controle sobre mim mesmo. O Michel era mesmo um pretensioso.

—Quem sabe você não enxergou. —Eu disse num suspirou, tentando me controlar.

—Não. —Ele parecia verdadeiramente irritado, o que me surpreendeu bastante. —Você não vai colocar a culpa em mim de novo.

—Eu não estou colocando. —Do que diabos ele estava falando? Tá talvez eu tivesse colocando, mas ele não ajudava.

—Esta sim. —Ele afirmou com absoluta certeza. —Você não tem coragem de assumir que gosta de mim, esta dizendo que sou eu que não sou capaz de enxergar.

—Do que vocês estão falando? —Emilia perguntou confusa olhando de mim para o Michel.

—Ok. —Eu disse ignorando a Emilia. —Quem sabe eu não tenha coragem de admitir que goste de você , mas a culpa é toda sua.

—Minha. —Ele repetiu incrédulo. —Como eu posso ter culpa nisso?

Meu celular começou a tocar, eu preferi ignorá-lo, agora eu estava num momento tenso, não tinha como parar para atender ao telefone. Mas mesmo assim meus olhos caíram para o visor.

O que a Nice queria? Será que ela não via que eu estava resolvendo assuntos mais importante.

—Você não é a pessoa mais fácil de se gostar. —Eu disse perdendo a concentração por causa daquela maldita musica.

—Viu é o que eu sempre falo. O mundo inteiro é culpado mesmo você Luiza, isso não parece estranho. —Ele apontou, Emilia apenas nos observava agora em silencio.

—Olho só quem esta falando. Você nem ao mesmo consegue se decidir entre mim e a Thifany. —Eu desabafei, será que ele não percebia que esse era o ponto da questão?

—Eu já me decidi. —Ele falou taxativo.

Bom aquele palavras pareciam dar um nó no meu estomago. Porque ele não falava logo. Claro talvez eu não fosse gostar da resposta.

—Achei que não íamos chegar nunca. —A voz daquela garota insuportável soou bem ao meu lado, fazendo meu estomago revirar mais violentamente ainda.

Lauren olhou para mim por um segundo então se afastou como se eu estivesse fedendo.

—O que ela esta fazendo aqui? —A Thifany perguntou debochadamente para mim através dos seus óculos de sol ridículo.

Eu fiquei imaginado se isso tinha haver com o soco que eu dei nela. Como eu amava fazer boas ações.

—A pergunta certa é o que você esta fazendo aqui? —Emilia rebateu.

Enquanto a ficha cai para mim. Então ele já tinha escolhido. Aquilo me pareceu perfeito.

O celular continuava tocando insistentemente na minha mão e eu o agradeci por isso.

—OI. —eu disse atendendo ele.

—O que esta acontecendo? — A Nice perguntou do outro lado.

—Eu já estou indo. —Eu disse desligando.

—Eu já vou. —Eu disse com os meus olhos presos no rosto da Emilia me recusando a olhar para o Michel, eu não queria que ele visse como ele tinha acabado com o meu dia, não mesmo.

O que pensar sobre aquela conversa idiota? Nada. Eu não queria pensar. Não havia jeito de nos entendermos, sempre fomos assim, planetas diferentes...

—O que aconteceu? —A Nice perguntou preocupada.

—Nada. —Eu não tinha condições de explicar.

—Perdeu. —O Jerry disse comemorando.

—Não valeu, era a prima dele. —Eu tentei me defender esmolecida. Quando eu pressionei o Michel para escolher, eu nunca tinha imaginado que ele iria escolher a Thifany, não mesmo.

—Mas a Thifany agora esta lá e você deixou ele com ela.—A Nice falou como se aquilo fosse a idéia mais absurda do mundo.

Eu dei de ombros, isso não pareceu importar mais.

—Ok. Se você conseguir tirar ele de perto dela eu sirvo suas mesas um mês. —A Nice propôs desesperada.

Eu levantei a sobrancelha.

—Impossível. —Eu disse me lembrando que ele tinha escolhido ela, esse era o detalhe que a Nice não sabia.

—Nice. —O Jerry disse como se ela tivesse ficando louca. —Eu não vou ajudar você.

—Ok. Se você não quer ir, eu vou... Mas você vai ter que fazer o que eu quiser. —Ela disse sorrindo triunfante.

Eu olhei para o Jerry abismada.

—Ela bateu a cabeça? —Eu perguntei ignorando ela.

—Acho que vou ter que levá-la diretamente para um sanatório. —O Jerry concordou comigo pela primeira vez, o negocio ali estava ficando bizarro.

—Feito. —A Nice ignorou nosso comentário estendo a mão para mim.

—Eu não gosto de me aproveitar da incapacidade dos outro. —Eu disse para ela. Ela revirou os olhos.

—Feito?
—Feito. —Eu disse aceitando a mão dela. Tinha algo de errado naquele Milk shake, só podia ser isso.

—Nice não. —O Jerry disse entre os dentes. —Você não tem nada haver com isso.

—Eu só estou ajudando uma amiga. —Ela disse sorrindo. —Agora observe e aprenda. —Ela disse para mim saindo em seguida.

—Isso não vai dar certo. —O Jerry disse acompanhando a Nice com os olhos.

Bom pelo menos eu ia passar um mês sem servi a mesas.

Eu observei a Nice se aproximar da mesa sem hesitar um instante, e falar diretamente com o Michel.

Ele se levantou da mesa e a acompanhou até metade do caminho conversando amigavelmente. Depois ele voltou para mesa falou alguma coisa, e saiu da lanchonete.

Minha boca caiu até o chão e eu comecei a imaginar o que a Nice havia dito para ele, e podem ter certeza que nenhuma era coisa boa, não mesmo.

—O que você disse para ele? —Eu perguntei antes mesmo da Nice sentar.

—Que você esta morrendo de ciúmes e que queria conversar com ele no primeiro banco livre. —Ela disse sorrindo como se fosse à coisa mais simples do mundo.


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Notas finais do capítulo

Gente esse é o penultimo cap então o proximo é o ultimo Dã
Eu sei que parece obvio o que vai acontecer, mas eu guardei o melhor para o final podem apostar nisso...
Então até lá.
Tudo bem eu já sei sem demora. Ok